quarta-feira, 15 de julho de 2015

A GREVE CONTINUA - Audiência de Conciliação Rodoviários e patrões não entram em acordo e greve continua na RMR




Em audiência de conciliação encerrada no fim da manhã desta quarta-feira (15), os rodoviários e donos das empresas de ônibus do Grande Recife não entraram em acordo e a greve da categoria continua. Foi marcado julgamento do dissídio coletivo para hoje, às 18h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Cais do Apolo, região central do Recife.

Marcado dissídio coletivo para hoje, às 18h / Foto: Amanda Miranda/ JC Trânsito
Marcado dissídio coletivo para hoje, às 18hFoto: Amanda Miranda/ JC Trânsito
A reunião entre os profissionais e os patrões, mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) começou por volta das 11h20, com vinte minutos de atraso. Depois de duas horas a portas fechadas, o MPT assumiu a autoria do dissídio, antes pedido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) e não assinado pela entidade que representa os rodoviários.
Retomando a sessão do TRT, a desembargadora Gizane Araújo questionou duas vezes aos sindicatos se um acordo ainda era possível. Com a negativa das duas entidades, foi iniciada uma audiência de instrução, que precede o julgamento. Os representantes dos motoristas e cobradores de ônibus pediram que fosse mantida a decisão de conceder reajuste retroativo à data-base da categoria, 1º de julho.
O Urbana-PE acatou o pedido, mas soliciou ao TRT para que julgue a greve ilegal e aplique multa ao Sindicato dos Rodoviários. Os empresários argumentaram que não foi cumprida a manutenção de 70% dos serviços nos horários de pico e 50% durante o dia, determinada pela Justiça antes da greve. Já os rodoviários alegaram que a frota já é reduzida em julho em 30%. O Grande Recife Consórcio estima que 52% da frota estavam em circulação esta manhã.
Os trabalhadores reivindicam 12% de reajuste salarial e aumento do tíquete-alimentação de R$ 188 para R$ 300 - propostas que foram reduzidas desde o início das negociações, quando eram pedidos 30% de aumento nos salários. Os empresários haviam oferecido reajuste de 9,5% e aumento do tíquete para R$ 220. Com isso, o salário dos motoristas passaria de R$ 1.765 para R$ 1.933. O do cobrador aumentaria de R$ 812 para R$ 889. 
No dissídio de 2014, o TRT-PE concedeu reajuste de 75% no valor do tíquete e 10% no salário, decisão cassada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que chegou a reduzir o aumento salarial para 6% e depois manteve todos os percentuais de reajuste em 10%.


FONTE: JC TRANSITO

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