domingo, 2 de junho de 2013
GRANDE RECIFE- Arco Metropolitano pode ter mais 21 quilômetros
KLEBER NUNES / FOLHA-PE
O Arco Viário da Região Metropolitana ficará maior e mais caro. Com a determinação do governador Eduardo Campos de mudar o traçado da via para evitar a destruição de 30 hectares de Mata Atlântica, em Camaragibe, a alternativa já proposta pela equipe técnica do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) prevê uma ampliação de 21 quilômetros da rodovia, o que elevaria seu custo em pelo menos R$ 300 milhões. No entanto, o Estado está trabalhando para que o aumento das pistas chegue no máximo a 13 quilômetros. Ao que tudo indica, será esse o projeto entregue ao Governo Federal, que esta semana assumiu o financiamento das obras.
Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), a retirada do arco de dentro do perímetro da Área de Proteção Ambiental Aldeia-Beberibe, obriga que o desvio do traçado contorne a mata pelo lado leste, passando próximo da cidade de Araçoiaba. O ponto negativo, segundo o próprio estudo, é que além de aumentar para R$ 1,5 bilhão os investimentos necessários para as obras, a mudança provocaria um afastamento excessivo da BR-101 Norte no último trecho, o que comprometeria a “atratividade do empreendimento”.
A alternativa trabalhada pelo Governo do Estado previa que o Arco Metropolitano tivesse 77 quilômetros, começando no entroncamento da BR-101 Sul próximo ao hospital Dom Hélder Câmara e finalizando na BR-101 Norte, perto da Fábrica de Cervejas Nobel. Por esse traçado, a rodovia cortaria os municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paudalho, São Lourenço, Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. O custo estimado seria de R$ 1,2 bilhão. A proposta, que é a do consórcio empreendedor formado pela Odebrecht Transport, em sociedade com a Invepar e a Queiroz Galvão, foi discutida em duas audiências públicas no início deste mês.
Procurada pela reportagem, a Secretaria do Governo, reponsável pelo projeto, informou, por meio de sua assessoria de Comunicação que a definição de como será o empreendimento depende do Governo Federal, “pois serão eles que definirão o responsável pela licitação”. Há chances de o Governo do Estado assumir essa etapa para tirar o Arco Metropolitano do papel. A indefinição põe em xeque a meta do Executivo Estadual, que é de iniciar as obras em setembro e concluir em 2016.
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