A frase já se tornou lugar comum. “E ninguém faz nada”. Ela demonstra o sentimento de orfandade a que o pernambucano está submetido, diante de tantos problemas que não se resolvem. Sejam eles na saúde pública, na segurança, na educação. Na área de mobilidade, também, a gritaria é grande. E os relatos vêm de todos os pontos da Região Metropolitana. Mas a campeã de reclamações, ultimamente, tem sido a BR-101, principalmente no trecho que vai de Abreu e Lima a Jaboatão dos Guararapes. É uma extensão de 30 quilômetros, de puro suplício. E cada dia está pior. É buraco que não acaba mais, matagal, lixo nas margens. A rodovia, como se sabe, está sob responsabilidade do Governo de Pernambuco, através da Secretaria das Cidades, que alega estar fazendo trabalhos de manutenção. Só que ninguém percebe onde esses serviços estão. Porque o clamor é geral. Para os motoristas que por lá circulam, ela virou um exemplo de omissão das autoridades.
“Viajei no final de semana para o litoral sul, e de repente me defrontei com muita poeira. Achei que o trecho estava em obras. Mas era que o asfalto tinha acabado mesmo. Estava no barro”, conta Vicente Ribeiro Simony, funcionário da Chesf. “Isso não é uma imagem da lua, nem um buraco na camada de ozônio. É apenas uma cratera na BR-101, na entrada da Avenida Guararapes, em Prazeres, no sentido Recife”, afirma o leitor Ilo Siqueira, depois de enviar uma foto de um buraco imenso na rodovia. “Situação é precária na BR-101. Motoristas enfrentam engarrafamentos a qualquer dia e a qualquer hora”, reclama um outro, Leonardo França. “BR-101 não presta para nada”, queixa-se um terceiro, Gilliard Marcel. Realmente, o que se observa ali só tem um nome: descalabro.
De Paulista também chegam queixas com a Ponte do Janga, que não tem manutenção e está estrangulada pelo tráfego movido a 80 mil veículos por dia. A ponte liga os municípios de Paulista e Olinda, e moradores se queixam, com frequência, dos engarrafamentos “a qualquer hora do dia”, como relata leitor Caetano Macedo. “Nossos governantes não se posicionam, não dão perspectiva de melhoria da situação. Não aguentamos mais”, desabafa. Em Olinda, população também se queixa. Informa que sem novas vias, trânsito virou um caos. E fugindo dos engarrafamentos, automóveis invadem Sítio Histórico. Em junho, esse JC nas Ruas denunciou a situação, que seria resolvida em dois meses. Mas até agora a prometida inversão do trânsito na Cidade Alta não aconteceu, para suplício das pessoas que residem no Sítio Histórico.
Fonte: Jc notícias com Letícia Lins
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