Patrocínio do blog Grande Recife Mobilidade Pernambuco notícias
Ônibus lotado “desfilando” na Marquês do Sapucaí é critica ao transporte público no Rio de Janeiro
Publicado em: 24 de fevereiro de 2020
Ônibus foi segunda alegoria
União da Ilha falou sobre favelas e dificuldades de quem mora nas periferias
ADAMO BAZANI
O transporte coletivo foi assunto na Marquês do Sapucaí.
A escola União da Ilha levou um ônibus de verdade à passarela do Samba para retratar a vida e as dificuldades de quem mora na periferia.
Com uma crítica à qualidade do transporte no Rio de Janeiro e, de quebra, em todo o País, a agremiação se mostrou original ao enfeitar e adaptar o coletivo que estava lotado. Os assaltos aos ônibus também foram abordados.
O carro tinha a inscrição “Vai Trabalhar”.
A carroceria Neobus de geração antiga foi decorada com uma imitação de ferrugem em alusão às condições de conservação da frota na cidade.
O desfile ainda falou dos problemas de segurança pública, com um carro alegórico que tinha representação de um helicóptero de polícia. Os investimentos insuficientes em educação também foram apresentados pela escola.
O samba-enredo foi “Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte está Lançada: Salve-se quem Puder!”
Apesar da criatividade e da temática forte, a escola não está entre as cotadas para ganhar o Carnaval no Grupo Especial no Rio de Janeiro. A agremiação estourou em um minuto o tempo de desfile.
O ônibus, que era a segunda alegoria, perdeu o freio e quase atropelou membros da agremiação. Um acidente foi evitado porque os outros passistas se agarraram à traseira, segundo o site UOL.
Por norma do Carnaval, o ônibus teve de ser empurrado como qualquer outro carro alegórico.
O carro abre-alas teve de fazer manobras na dispersão e houve uma pequena colisão entre dois carros alegóricos. Não houve vítimas, mas a escultura de um deles chegou a ser danificada.
Samba-enredo
“Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte Está Lançada: Salve-se quem Puder!”
Compositores Fran Sérgio, Cahê Rodrigues, Larissa Pereira, Anderson Netto, Allan Barbosa, Felipe Costa
Intérprete
Intérprete
Senhor, eu sou a Ilha
E no meu ventre essa verdade que impera
Que é invisível entre becos e vielas
De quem desperta pra viver a mesma ilusão
E vai trabalhar
Antes do sol levantar de novo
A voz do rancor não cala meu povo não
Sou mãe dignidade é meu destino
Rogo em prece meus meninos
Ao longe alguém ouviu
Meus filhos são filhos dessa mãe gentil
E no meu ventre essa verdade que impera
Que é invisível entre becos e vielas
De quem desperta pra viver a mesma ilusão
E vai trabalhar
Antes do sol levantar de novo
A voz do rancor não cala meu povo não
Sou mãe dignidade é meu destino
Rogo em prece meus meninos
Ao longe alguém ouviu
Meus filhos são filhos dessa mãe gentil
Inocentes, culpados, são todos irmãos
Esse nó na garganta vou desabafar
O chumbo trocado, o lenço na mão
Nessa terra de Deus dará
Esse nó na garganta vou desabafar
O chumbo trocado, o lenço na mão
Nessa terra de Deus dará
Eu sei o seu discurso oportunista
É a ganância, hipocrisia
O seu abraço é minha dor (seu doutor)
Eu sei que todo mal que vem do homem
Traz a miséria e causa fome
Será justiça de quem esperou
O morro desce o asfalto e dessa vez
Esquece a tristeza agora
É hoje, o dia da comunidade
Um novo amanhã, num canto de liberdade
É a ganância, hipocrisia
O seu abraço é minha dor (seu doutor)
Eu sei que todo mal que vem do homem
Traz a miséria e causa fome
Será justiça de quem esperou
O morro desce o asfalto e dessa vez
Esquece a tristeza agora
É hoje, o dia da comunidade
Um novo amanhã, num canto de liberdade
A nossa riqueza e ser feliz
Por todos os cantos do país
Na paz da criança, o amor da mulher
De gente humilde que pede com fé
Por todos os cantos do país
Na paz da criança, o amor da mulher
De gente humilde que pede com fé
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Nenhum comentário:
Postar um comentário