Situação do ônibus na última sexta-feira (5), registrada no TI da Macaxeira
Foto: Mariana Campello/JC Trânsito
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O CASO - A estudante de biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos, deixava a instituição no dia 8 de maio, uma sexta-feira, num ônibus Barro/Macaxeira superlotado, quando caiu do veículo. A jovem permaneceu consciente até chegar ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), também na Zona Oeste, onde faleceu.
As investigações ainda estão sendo realizadas pela Delegacia de Acidentes e Delitos de Trânsito, sob responsabilidade do delegado Newson Mota. O prazo para a conclusão do inquérito acabaria neste domingo (7), mas Mota pediu mais tempo para descobrir como o acidente aconteceu e se há culpados.
O delegado questionou à equipe de perícia, por exemplo, como funcionava o mecanismo de abertura e fechamento da porta, se havia câmera no interior no ônibus, se esses equipamentos estavam funcionando corretamente e se há imagens captadas do momento do acidente. Outra dúvida do delegado enviada em ofício ao IC é sobre os ângulos de visão do motorista em relação aos demais passageiros e à parte externa do veículo.
Quando tiver acesso a essas respostas, Mota ainda fará algumas diligências. Até lá, prefere não se pronunciar sobre o caso. "Enquanto o laudo não chegar, não posso formar nenhum juízo", justificou.
Filas e falta de segurança incomodam os passageirosFoto: Mariana Campello/JC Trânsito
Antes de ser ouvido pela polícia, o motorista afirmou à imprensa, em entrevista coletiva, que não teve culpa. "Estava com o veículo lotado. Não estava enxergando o retrovisor e pedia para um rapaz se afastar, mas ele me xingava", relatou. "Mesmo com o carro em movimento, sou obrigado a parar e eles invadem mesmo", disse ainda.
Depois do acidente, o condutor não teve condições emocionais de voltar ao trabalho e ficou afastado da função por mais de uma semana, segundo o Sindicato dos Rodoviários. Porém, afirma que, no dia do acidente, a empresa Metropolitana, concessionária da linha, pediu que ele realizasse mais duas viagens com o ônibus.
A Metropolitana só irá se posicionar sobre o assunto após a conclusão do inquérito. O Grande Recife Consórcio também prefere silenciar sobre o tema.
FONTE: JC NE10
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