Estações vão estar reformadas até a Copa do MundoProcesso de licitação para a mudança das estações já foi iniciado pelo Governo Federal
Passageira aguarda trem na escura estação Alto do Céu, em Jaboatão dos Guararapes. Falta de iluminação é principal problema no local
O metrô terá papel fundamental no transporte de passageiros até a Arena Pernambuco, estádio que está sendo erguido em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), para receber jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014. O fluxo diário de usuários, hoje em 285 mil por dia, deve se acentuar com a consequente verticalização da região, que receberá empreendimentos como faculdades, hospital, centros empresariais e hotéis. A demanda crescente, sobretudo no período dos dois eventos esportivos, quando a presença de turistas no Estado também se acentuará, vai exigir um tratamento mais digno aos seus visitantes. Além dos novos trens, a reforma das estações foi elencada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos como item prioritário.
O processo de licitação para a mudança das estações já foi iniciado, segundo o gerente Regional de Operação da CBTU, João Dueire. De acordo com o executivo, as 28 estações de metrô, mais as oito do trem diesel, receberão uma nova cara, com retoques na pintura e sinalização, troca das cobertas, novos bancos, cabines de bilheteria, entre outros. “Algumas estações têm 28 anos de operação e precisam desse reparo”, lembra Dueire. O trecho compreendido entre as estações Recife e Werneck, o mais antigo das três linhas, foi inaugurado em 11 de março de 1985, há 28 anos, como menciona o gerente.
Além dos retoques na aparência, as estações deverão contar com câmeras de circuito interno também na parte externa. Hoje, os equipamentos estão instalados apenas internamente, como nas plataformas. “Vamos trabalhar de acordo com o orçamento disponível. Já realizamos o pré-projeto para a compra e instalação das câmeras, item que está sendo bastante pedido”. João reclama do repasse de verbas do poder público, que tem impedindo a realização de algumas obras. O valor que será empenhado na reforma não foi repassado pela CBTU.
No entanto, o retoque em algumas estações também já foi iniciado, como constatou a reportagem do FolhaPE. As de Mangueira e Ipiranga tiveram as cobertas trocadas e a pintura no entorno foi retocada, apesar de já estar pichada. “Os pichadores são o tipo de usuário que não interessa ao metrô. É um problema de falta de educação do povo”, comenta Dueire. Além das pinturas, as sinalizações na parte interna estão mais visíveis, além de ter sido incluída na plataforma a indicação de caminho para deficientes visuais. Nos dois locais, também é possível perceber a presença de novos lixeiros, grades, corrimões e cabines de bilheteria.
Nas dezenas de estações visitadas, a equipe de reportagem verificou a necessidade da reparação de alguns itens. O principal deles, e o mais difícil de ser combatido, é a pichação, presente em praticamente todos os prédios do sistema. Situação precária foi constatada em Tejipió, onde o FolhaPE encontrou as grades da passarela quebradas, furadas e enferrujadas. Em Alto do Céu, um dos problemas é a falta de iluminação. Situação de abandono também foi verificada na estação Curado, onde percebemos vigas enferrujadas expostas, além do forte cheiro de urina no espaço. Vendedores ambulantes atuam livremente no local. No geral, a reportagem avaliou como bom o aspecto na parte interna das estações.
MOTOS
Outro problema grave verificado pela reportagem é a passagem de motos e bicicletas pelas passarelas das estações, o que é expressamente proibido. A locomoção dos veículos coloca em risco a vida dos passageiros, que podem ser atropelados. O FolhaPE flagrou a ação de motoqueiros nas estações Alto do Céu e Curado, onde o tráfego é intenso. Por coincidência, nos dois locais não há barras de ferro que impeçam, na entrada, a passagem desses equipamentos, diferentemente da Mangueira, Ipiranga e Barro, por exemplo. As placas indicativas sobre a proibição afixadas nas paredes servem apenas para compor o cenário.
Segundo a CBTU, o processo de licitação para a compra de ferragens também já foi iniciado. A empresa admitiu não ter quadro de vigilantes suficiente para realizar a fiscalização nas estações. "Quando o vigilante se aproxima da moto, o condutor já tem partido com o veículo. Não dá tempo. Mesmo que se coloque segurança para orientar, é complicado", explica João Dueire. De acordo com gerente Regional de Operação, a CBTU já foi alvo de ação do Ministério Público sobre o assunto. A companhia respondeu que o procedimento de compra já foi iniciado.
Fonte:
http://www1.folhape.com.br/cms/openc...etro/0019.htmlCosme e Damião em fase de acabamentoA estação da Copa do Mundo, em São Lourenço, deve ficar pronta em abril
Obra tem custo de R$ 7 mil e será a porta de entrada para a Arena Pernambuco
Projetada para ser a estação da Copa do Mundo, Cosme e Damião, na divisa entre Recife, Camaragibe e São Lourenço da Mata, está com as obras em fase de acabamento, com previsão de ser inaugurada em abril deste ano junto com o Terminal Integrado (TI) de mesmo nome, que será responsável por enviar ônibus para a Cidade da Copa. São duas obras diferentes, mas que se complementam.
A estação está sendo tocada por um consórcio que conta com 100 operários e orçada em R$ 7 milhões. O terminal, obra que contempla a primeira etapa, o Ramal da Copa, está custando R$ 18 milhões. O novo equipamento urbano deverá movimentar 21 mil pessoas em dias de movimento normal. A previsão inicial do Governo do Estado era entregar o TI e a primeira etapa do ramal em fevereiro deste ano, mas a Secretaria das Cidades garante a entrega junto com a inauguração do estádio que será utilizado na Copa das Confederações. O mesmo adiamento justificado serviu para a estação.
No caso da parada do metrô, a empreiteira promete o fim da construção para o fim de março, mas o Metrorec precisará de tempo ainda para instalar equipamentos e contratar serviços. Um desses serviços será o do comércio, pois está previsto o desenvolvimento econômico da região, por conta da quantidade de passageiros que farão conexão/integração no local.
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http://www1.folhape.com.br/cms/openc...etro/0013.htmlNo que depender do Plano de Mobilidade, metrô fica para depoisAutoridades municipais não preveem ampliação da rede nos próximos 20 anos. Apenas maior integração com os ônibus
Segundo Antonio Machado, preferência do governo é pelos BRTsElaborado em 2008, o Plano de Mobilidade do Recife, que deverá ser totalmente implantado nos próximos 20 anos, não prevê uma ampliação das linhas do metrô dentro da capital pernambucana. De acordo com o coordenador de mobilidade do Instituto Pelópidas Silveira, Antonio Machado, há apenas a intenção de melhorar o sistema de transporte sobre rodas para aumentar a alimentação do metrô.
Ele acredita ser mais barata a ampliação e manutenção do Sistema Estrutural Integrado (SEI), com a maior inclusão da rede existente de transporte sobre trilhos. “Não há pretensão de ampliar o metrô, porque é muito caro, mas há projetos para ampliar a interligação dos ônibus com a rede atual”, diz Machado.
“O que o Governo do Estado está optando é em fazer um transporte com a capacidade semelhante e, no caso do modelo de implantação aqui no Recife, maior do que o do metrô, que são os BRTs. Então, o metrô tem que se integrar a uma malha existente, chamada Sistema Estrutural Integrado” continua.
Em resumo, o plano consiste em criar corredores de ônibus com conexões que diminuam a quantidade de linhas no Centro da Cidade e descentralizem o desenvolvimento econômico. “Uma das principais teorias para a redução dos problemas de mobilidade é a teoria do ‘não-transporte’. Na verdade, uma descentralização econômica levaria a uma redução no número de viagens e a um número de viagens mais focadas na sua própria região”.
A redução das linhas com destino ao Centro seria feita através de conexões que já existem, mas ainda de forma desordenada, como o Largo da Paz, no bairro de Afogados. “Um dos elementos do plano de mobilidade são as zonas especiais de desenvolvimento econômico de centro (Zede de Centro), que são os cruzamentos da malha viária, conhecidos como “nós”. Por exemplo, um nó tradicional é o Largo da Paz, onde, apesar de algumas linhas não terem integração tarifária dentro de uma estação, as pessoas descem para pegar outro ônibus e, enquanto esperam, fazem compras”, acrescenta Machado.
No lugar do metrô, o plano aposta na implantação dos ônibus de trânsito rápido (BRTs, na sigla em inglês) nos grandes corredores, como a Avenida Agamenon Magalhães. Apresentado como mais barato, o BRT precisa de estação elevada, pagamento antecipado de passagem e ônibus articulado. Com isso, ele segue um caminho sem interrupções semafóricas ou congestionamentos, com velocidade de embarque maior, “que é o que aumenta a capacidade do sistema”, segundo o coordenador de mobilidade.
Fonte:
http://www1.folhape.com.br/cms/openc...etro/0016.html
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