Em um ano, quase metade das linhas de ônibus no Grande Recife tem frota reduzida; corte afeta sistema já precarizado na capital mais ameaçada pela crise climática
Dados obtidos pelo g1 por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que, entre 2022 e 2023, 183 veículos foram retirados das ruas.
Redução das frotas de ônibus (por empresa)
Empresa
Quantidade de linhas reduzidas
Percentual de linhas reduzidas
Número de ônibus a menos
Percentual de redução
Borborema
26
50,9%
34
-9,5%
Caxangá
21
46,6%
27
-8,1%
Consórcio Conorte (Itamaracá, Cidade Alta e Rodotur)
20
31,2%
15
-3,5%
Consórcio Recife (Transcol e Pedrosa)
22
81,5%
33
-15,7%
Metropolitana
23
48,9%
28
-10,2%
Globo
13
76,4%
13
-9,7%
Mobibrasil
10
22,7%
6
-2,2%
São Judas Tadeu
2
16,6%
2
-2,2%
Viação Mirim
2
50%
2
-11,1%
Vera Cruz
21
48,9%
23
-11,6%
Entre as centenas de linhas reduzidas, há ramais bastante conhecidos, que cruzam cidades e grandes avenidas, como, por exemplo, a 050 - PE-15/Boa Viagem, operada pela Borborema. O percurso, que vai de Olinda à Zona Sul do Recife, tinha 36 ônibus e, agora, conta com 32, perdendo quatro veículos.
O número equivale a 44,2% dos 346 itinerários do sistema viário (sem contar as dos "bacuraus", que andam de madrugada e já utilizam parte dos coletivos empregados durante o dia).
Entre 1º de setembro de 2022 e o dia 5 do mesmo mês deste ano, o quantitativo de veículos que saíram das garagens para transportar passageiros entre bairros e comunidades caiu de 2.301 para 2.118.
A diferença, de 183 ônibus, representa um encolhimento de 7,9% na oferta do serviço. Juntos, esses coletivos têm capacidade para comportar até cerca de 14 mil pessoas sentadas e em pé.
A contagem, realizada a cada mês pelo órgão gestor do sistema de transporte público, vinculado à Secretaria Estadual de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), indica que a frota atual ainda está muito abaixo da que era empregada antes da pandemia (veja tabela abaixo).
Frota de ônibus do Grande Recife
Número de coletivos nas ruas segue menor do que antes da pandemia
Corredor Transoeste tem intervalos irregulares no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (18)
michellesouzarp
Mudança na operação ocorre por causa de obras de melhoria da pista exclusiva
MICHELLE SOUZA
A concessionária MobiRio informou na manhã deste sábado, 18 de novembro de 2023, que a operação dos ônibus do sistema BRT sofreu alterações. O corredor Transoeste apresenta intervalos irregulares devido a obras de melhoria da pista exclusiva sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura.
Após pouco mais de 5h, a concessionária MobiRio informou que o corredor Transoeste está com os intervalos regularizados.
GM demite funcionários por telegrama em 3 fábricas do Brasil, diz sindicato
No telegrama, a empresa informou que "a queda nas vendas levou a General Motors a adequar seu quadro de empregados"
Telegrama enviado pela GM, de acordo com o Sindicato
Foto: Reprodução/Sindicato dos Metalúrgicos
A General Motors (GM) comunicou por meio de telegrama neste sábado, 21, a demissão de funcionários em três unidades fabris da montadora localizadas no Brasil: São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, todas situadas no estado de São Paulo. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetal SJC). A empresa não informou o número de demitidos .
Avenidas Sul e Dantas Barreto serão as principais vias de entrada e saída do Centro do Recife - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
circulação no Centro do Recife é que, na visão das entidades e pessoas que já tiveram acesso à proposta, é que ele foca no veículo e, não, no pedestre. Transforma o Centro do Recife em uma passagem para os veículos saírem da Zona Sul e chegarem até Olinda, por exemplo. Isso tudo com o subterfúgio de que mais carros circulando trariam um movimento que daria vida ao Centro do Recife.
Outro aspecto colocado é que ficou evidente a adequação da nova circulação para beneficiar diretamente os automóveis que querem chegar aos projetos Novo Recife, em construção no Cais José Estelita, Hotel-Marina e Cecon, em construção no Cais de Santa Rita.
“Rua no centro sem estacionamento não é acesso, é passagem. É uma questão conceitual. Querem atrair veículos para o Centro sem dar opção para estacionamento. Veremos é a destruição de prédios históricos para virarem garagens”, critica um urbanista em reserva ao JC.
CENTRO DO RECIFE
NOVO TRÂNSITO CENTRO DO RECIFE: plano prioriza carros e esquece o pedestre, dizem críticos
Críticos afirmam que o projeto transforma o Centro do Recife em uma passagem para os veículos saírem da Zona Sul e chegarem até Olinda, por exemplo
Publicado em 15/09/2023 às 15:18 | Atualizado em 15/09/2023 às 15:23
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A principal crítica ao projeto da nova circulação no Centro do Recife é que, na visão das entidades e pessoas que já tiveram acesso à proposta, é que ele foca no veículo e, não, no pedestre. Transforma o Centro do Recife em uma passagem para os veículos saírem da Zona Sul e chegarem até Olinda, por exemplo. Isso tudo com o subterfúgio de que mais carros circulando trariam um movimento que daria vida ao Centro do Recife.
Outro aspecto colocado é que ficou evidente a adequação da nova circulação para beneficiar diretamente os automóveis que querem chegar aos projetos Novo Recife, em construção no Cais José Estelita, Hotel-Marina e Cecon, em construção no Cais de Santa Rita.
“Rua no centro sem estacionamento não é acesso, é passagem. É uma questão conceitual. Querem atrair veículos para o Centro sem dar opção para estacionamento. Veremos é a destruição de prédios históricos para virarem garagens”, critica um urbanista em reserva ao JC.
As observações feitas na ata da reunião de governança cidadã do Recentro em que o plano foi apresentado pela CTTU, no fim de agosto, e a qual a Coluna Mobilidade teve acesso, deixa muito evidente esse pensamento.
“Ficou evidente que o plano foi feito para promover uma melhor circulação em torno do Hotel-Marina e do Cecon. Esse é o objetivo oculto. Simplesmente estão ignorando a multidão que caminha pelo centro. É um projeto rodoviarista, mais uma vez”, reforça.
“Ao transformar a Rua Cais de Santa Rita numa avenida de três faixas, retirando todas as vagas de Zona Azul e permitindo um tráfego intenso de veículos, eles isolam o comércio que existe em volta e dificultam o acesso dos pedestres. Isso vai prejudicar o comércio. Não se vê um tratamento especial ao ônibus, por exemplo”, segue.
É um plano para viabilizar a passagem dos carros pelo Centro. Para que possam atravessar a cidade. Não consideram as pessoas, o pedestre caminhando no Centro. Vão transformar a Dantas Barreto numa grande avenida que permitirá o motorista sair de Olinda até Boa Viagem por ela. Isso tudo com o subterfúgio de que mais carros circulando trariam um movimento que daria vida ao Centro”, critica.
CAIS DE SANTA RITA SEGREGADO DO CENTRO
Sistema viário em implantação no Cais José Estelita e que faz parte do Projeto Novo Recife - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Outro alerta feito, agora por um arquiteto, também em reserva, é que o projeto corre um risco muito grande de segregar com tráfego pesado o Mercado e o Terminal de Santa Rita do resto do Centro.
“Vai, inclusive, prejudicar o Hotel-Marina e o Cecon. Os hóspedes e visitantes terão que atravessar duas avenidas pesadas (a Rua de Santa Rita, a Rua Cais de Santa Rita) para chegar ao Mercado de São José, por exemplo”, critica.
A transformação da Avenida Dantas Barreto numa avenida de tráfego intenso é outro ponto. “Conceitualmente, passar avenidas pelo Centro é ruim porque elas só funcionam se o tempo do pedestre for ruim. Caso contrário, não tem sentido. E a CTTU não vai adotar a Zona 30 nelas, sabemos disso”.
Essa alça cairá na Praça Frei Caneca, em São José (ao lado do Forte das Cinco Pontas), e será opção para quem quer chegar ao Centro pelo Cais José Estelita sem fazer o retorno nos armazéns do Cais de Santa Rita.
A Praça das Cinco Pontas, na mesma região, será unificada e funcionará como uma grande rotatória para os veículos fazerem as conexões com a nova circulação. A Praça Sergio Loreto terá o mesmo papel na conexão da Rua Imperial com a Avenida Dantas Barreto
A Praça das Cinco Pontas, na mesma região, será unificada e funcionará como uma grande rotatória para os veículos fazerem as conexões com a nova circulação. A Praça Sergio Loreto terá o mesmo papel na conexão da Rua Imperial com a Avenida Dantas Barreto.
CIRCULAÇÃO NO CAIS DE SANTA RITA
REPRODUÇÃO
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Plano da nova circulação no Centro do Recife - REPRODUÇÃO
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Plano da nova circulação no Centro do Recife - REPRODUÇÃO
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Plano da nova circulação no Centro do Recife - REPRODUÇÃO
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Plano da nova circulação no Centro do Recife - REPRODUÇÃO
A intenção clara do projeto é reduzir o volume de tráfego de veículos no Cais José Estelita - que será o quintal do Projeto Novo Recife - e do Cais de Santa Rita, que está recebendo o Hotel-Marina e o Cecon. A proposta é estimular o uso apenas para quem tem como destino os empreendimentos.