Em meio a um cenário sem calçamento e saneamento básico, várias famílias continuam construindo casas livremente no entorno do terminal. Cimento, areia, tijolos e madeiras reaproveitadas são alguns materiais usados na construção de novas moradias. Numa viela, bem próximo a uma das entradas da obra cercada por tapumes, uma senhora cava um buraco na tentativa de facilitar a passagem da água de esgoto que é despejada a céu aberto. Do outro lado, homens usam furadeiras para instalar uma porta numa das casas recém-construídas, sem medo de fiscalização.
De acordo com uma dona de casa, que não quis ser identificada temendo retaliação, várias famílias receberam indenizações "de valor muito baixo". "Minha casa [de alvenaria] foi avaliada em R$ 24 mil. Onde é que eu vou comprar uma casa nova com esse dinheiro? Fui praticamente obrigada a sair do lugar onde vivi durante 14 anos", disse. Ainda segundo a mulher, ela mesma construiu uma nova casa, também de alvenaria, apenas alguns metros dos tapumes que cercam a obra do terminal.
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