O Governo do Estado quer integrar as empresas do
Complexo Industrial Portuário de Suape ao sistema de transporte público
de passageiros. A intenção é desobrigar as companhias dos gastos com o
frete de ônibus particulares para a condução dos trabalhadores ao
trabalho. A expectativa é que as soluções sejam implantadas dentro de
oito a doze meses.
“É uma forma de trazer competitividade às
empresas e também uma economia de tempo aos trabalhadores”, defendeu o
secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Thiago
Norões, ontem, durante inauguração de expansão da empresa Bemis, no
complexo, conforme adiantado pela Folha de Pernambuco, na edição de
ontem.
O modelo de transporte integrado vai
seguir a experiência aplicada em Goiana, na Zona da Mata Norte, onde as
linhas comuns servem às empresas da região. “O estudo feito no local
comprovou uma economia de horas nos deslocamentos dos funcionários”,
afirmou Norões, esclarecendo que não haverá custos para o Estado.
Atualmente estão sendo levantadas as demandas específicas das empresas,
para a criação de linhas focadas nas áreas que não são servidas e em
horários compatíveis aos turnos das fábricas.
As
novas linhas de ônibus também devem ser integradas à expansão da linha
do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) até o Porto de Suape, ainda sem data
para ser inaugurada e orçada em aproximadamente R$ 300 milhões.
Frete
Diariamente,
o transporte das empresas instaladas em Suape mobiliza, pelo menos, 1,5
mil ônibus da frota de 2 mil veículos de dez empresas associadas ao
Sindicato das Empresas de Fretamento de Pernambuco (Sindifrete).
“Extinguir o serviço significaria desempregar uma quantidade imensa de
pessoas”, considerou o diretor financeiro do Sindifrete, Marcos
Teixeira.
fonte: Folha Pe Por: Mariama Correia
Sobre essas
dificuldades, o secretário Norões avaliou que as empresas precisarão se
adaptar, “porque a oferta de serviço público de transporte é um dever
do Governo”.
Diretor do Sindicato da
Construção Pesada do Estado (Sintepav-PE), Rogério Rocha criticou o
plano. “Muitas pessoas moram longe, pegam cedo ou saem tarde demais. É
preciso ter condução para Suape como alternativa, mas não anula a
necessidade de as empresas oferecerem transporte”, argumentou.
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