24/06/2013 12h00
- Atualizado em
24/06/2013 14h14
Dia de torcedor: Recife se despede com forró e problemas no metrô
Apesar da tranquilidade e da festa dos sanfoneiros na saída, esquema de estação precisa ser readequado para receber a Copa do Mundo 2014
Na véspera de São João, festa tradicional no Nordeste, a Arena Pernambuco abriu as portas para se despedir da Copa das Confederações. Em campo, Uruguai e Taiti proporcionaram momentos inesquecíveis para os 22.047 presentes. A vitória da Celeste por 8 a 0, no entanto, foi ofuscada pelo emocionante agradecimento dos taitianos, que, enrolados em bandeiras do Brasil, contagiaram o público no último domingo. Fora do estádio, o torcedor pôde sentir um pouco da tradição local. Bandas de forró, quadrilhas juninas e muita alegria embalavam a saída do estádio. O clima festivo só foi interrompido pelas longas filas na estação do metrô que dá acesso ao local do jogo, mas o esforço dos funcionários conseguiu minimizar as falhas da organização do evento.
- Quando entrei no metrô não acreditei. Está muito diferente. Mas acho que não teremos muitas pessoas no estádio. Deve ser por isso que está bem melhor.
Sem tumulto, com conforto e rápido, apenas 50 minutos em um percurso que chegou a levar duas horas no primeiro jogo no estádio na competição, os torcedores conseguiram chegar na última parada antes da Arena Pernambuco: a estação de Cosme e Damião. Assim como na partida entre Espanha e Uruguai, muitas pessoas desembarcavam ao mesmo tempo, e uma enorme aglomeração começou a se formar. Aos berros nos megafones, os funcionários tentavam fazer com que as pessoas se dirigissem rapidamente para a rampa de acesso ao ponto de ônibus, para que o escoamento fosse eficaz. A estratégia funcionou e, mesmo com longas filas, a entrada nos coletivos que iriam levar os torcedores transcorreu em paz.
Em todo o percurso, a única queixa dos turistas era ter que andar os 1,2 quilômetros que separa a saída dos ônibus até o local da partida, sob o intenso calor que fazia na capital pernambucana.
- Estava tudo indo muito bem, mas esse sol é infernal. Os ônibus deveriam deixar a gente mais perto. Quando não é calor, é chuva – reclamou a estudante Ana Carina.
Forró dá o tom da saída, mas estação de metrô faz o público perder o passo
Sanfoneiro toca na saída do estádio
(Foto: Elton de Castro)
Se na chegada a distância entre o estádio e os ônibus foi motivo de
reclamação, na saída o clima junino fez os torcedores esquecerem da
longa caminhada. Munidos de sanfonas, triângulos e zabumbas, várias
bandas foram espalhadas pelo percurso. Ao som de Luiz Gonzaga e com o
auxilio de dançarinos profissionais, que convidavam o público para
participar de uma animada quadrilha junina, a Arena Pernambuco virou um
enorme arraial.(Foto: Elton de Castro)
Empolgados com o som, vários torcedores preferiram cair na dança antes de se dirigir aos ônibus. As brincadeiras ajudaram os organizadores a controlar as filas que eram enormes. Porém, mesmo quem estava esperando o transporte até o metrô se deixou levar pelo som das sanfonas.
- Nunca tinha tocado em uma situação assim, mas estou achando bom. O povo vai saindo do estádio e vai ficando para ouvir a gente. Com tanta mulher bonita, se eu não estivesse tocando estaria lá – brincou o sanfoneiro Marcílio Sá, apontando para um grupo de moças que estava dançando.
Clima de arraial toma conta da saída (Foto: Elton de Castro)
O ambiente festivo só foi deixado de lado na estação de Cosme e Damião.
Sem explicação, a rampa que serviu de acesso na ida – dando conta do
recado – foi trocada por uma escadaria (a mesma que gerou um enorme
tumulto após o jogo entre a Celeste e a Fúria). Mal projetada, estreita e
perigosa, ela dificultou a saída dos passageiros até o metrô.
Aglomerados, os torcedores de Náutico, Sport e Santa Cruz começaram a
disputar quem estava em maior número no local, com direito a músicas,
provocações e xingamentos. O duelo deixou algumas pessoas tensas,
principalmente pela falta de policiamento no local. Mas, felizmente,
nada de mais grave aconteceu.Após a apreensão, os torcedores conseguiram deixar o local com uma certeza: a estação de Cosme e Damião precisará passar por ajustes para que Recife não corra o risco de ter alguma confusão de maiores proporções na Copa do Mundo do ano que vem.
isso se tiver Copa aqui no ano q vem. por que não há clima para esse tipo de evento. e quer saber: se a FiFA quiser tirar isso daqui,ÓTIMO!
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