Durante a última semana, o jornal O Globo, no Rio de Janeiro, listou o balanço das obras de mobilidades nas cidades sede da Copa do Mundo de 2014. A um ano da estreia, as únicas já concluídas são os seis estádios onde haverá jogos da Copa das Confederações.
Das intervenções anunciadas para melhorar a mobilidade urbana e os aeroportos das 12 cidades-sede da Copa, nenhuma está pronta. Entre os quatro estados nordestinos que sediarão jogos em 2014 – Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará –, Recife foi classificada como a pior no quesito mobilidade.
Veja:
BAHIA
Em Salvador, a ampliação do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, que vai custar R$ 45 milhões, deveria estar pronta este mês. Mas o prazo foi estendido para dezembro.
RIO GRANDE DO NORTE
Em Natal, obras importantes como a da Avenida Engenheiro Roberto Freire só ficarão prontas em maio de 2014. A conclusão do Aeroporto São Gonçalo do Amarante é prometida para novembro, ao custo de R$ 557 milhões.
PERNAMBUCO
Em Recife, a situação é pior. Se a Copa começasse hoje, o torcedor iria comer o pão que o diabo amassou para chegar à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, a 22 km da capital. Os acessos deixam a desejar. O metrô não dá conta, e o trânsito ficou congestionado nos dias de jogos-teste. A Estação Joana Bezerra, a principal para quem vai de metrô do Centro ou da Zona Sul (onde se concentra a imensa maioria dos hotéis), é, na verdade, um espanta-visitas: suja, com lixo nas calçadas, poluição sonora, escadas rolantes quebradas e sem banheiros.
A preparação de Pernambuco para o Mundial está custando mais de R$1,5 bilhão só em obras para melhorar a mobilidade. Desse total, R$ 700 milhões foram investidos em preparativos para a Copa das Confederações. Se não está bom agora, imagina na Copa.