sábado, 30 de junho de 2012
GREVE ESTA SENDO NEGOCIADA COM SIDICATO
Todos trabalhando para evitar a greve de ônibus, programada para começar a partir da zero hora da próxima quarta-feira. Foi com esse propósito que, pelo menos nos bastidores, os líderes dos motoristas, cobradores e fiscais e do setor empresarial passaram esta sexta-feira e deverão continuar durante o fim de semana. O objetivo é, por bem ou por mal, evitar a paralisação, aprovada por unanimidade logo após fracassar a quarta rodada de negociações entre rodoviários e donos das empresas, na noite de quinta-feira (28/6).
Patrício Magalhães, presidente do Sindicato dos Rodoviários, afirmou que muitos motoristas têm ligado para a entidade buscando entender o que a categoria pode ganhar e perder com a greve. “Temos explicado que, se formos para o dissídio coletivo, a conta será zerada, ou seja, perderemos todas as cláusulas sociais que conquistamos até agora. Também temos dito que a perspectiva é de que só consigamos 5% de reajuste, que é menos do que os 7,5% proposto durante mediação da Superintendência do Trabalho. Temos que respeitar a vontade da categoria, mas estamos abertos para negociar”, disse.
Os empresários não quiseram falar, mas extra-oficialmente a informação que circula é que eles estão se articulando para evitar a greve de qualquer forma. Uma contraproposta não seria feita, mas os donos das empresas de ônibus estariam se preparando para dar entrada no dissídio coletivo, o que levaria a negociação para ser decidida pela Justiça do Trabalho. A outra alternativa dos empresários é contar que até a próxima terça-feira, quando está prevista uma assembleia da categoria antes do movimento começar, motoristas, cobradores e fiscais sejam convencidos de que aceitar os 7,5% é a melhor opção.
Os rodoviários começaram a rodada de negociação pedindo 30% de reajuste e os empresários ofereceram apenas 4,5%. Com a interferência do mediador da SRTE Mário César se chegou ao percentual de 7,5%. Caso fosse acatada pela categoria, o salário do motorista subiria de R$ 1.395 para R$ 1.500, o do cobrador de R$ 643 para R$ 690 e o do fiscal de R$ 903 para R$ 970. O tíquete refeição teria reajuste de 14%, passando de R$ 140 para R$ 160.
ESQUEMA
De qualquer forma, o Grande Recife Consórcio de Transporte e o metrô do Recife já anunciaram que vão fazer um esquema especial para tentar minimizar o impacto da greve. O metrô ampliará o seu horário de pico, segurando um número maior de trens, e o Grande Recife pretende deslocar veículos de linhas com menos demanda para as que têm maior procura pelos passageiros.
Postado por Roberta Soares | JC Online
VLT CAJUEIRO SECO / CABO INICIA AS OPERAÇÕES HOJE 30/06/12
Mas uma solução para o transporte público de Pernamuco começará a operar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em carater experimental a partir deste sábado. Ele deverá substituir os trens antigos, que fazem o trajeto entre Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, e o Cabo de Santo Agostinho. Primeiramente, as viagens só acontecerão aos sábados, para a CBTU-Metrorec efetuar testes de tempo e para que os usuários se adaptem ao novo veículo.
Fabricados no Ceará, os novos trens são mais rápidos - podem chegar a 80Km/hora – e mais confortáveis para os passageiros. O VLT é equipado com ar-condicionado, tem espaço para cadeirantes e assentos especiais para pessoas obesas. Cada trem possui três vagões e capacidade para transportar até 600 passageiros.
Veículos como este estão em operação no Sertão do Ceará desde 2009. O percurso de 13,5 quilômetros entre Juazeiro do Norte e Crato é feito em meia hora. São 40 viagens por dia.
Os sete trens vão custar R$ 70 milhões, e o valor total do projeto será de R$ 100 milhões. Nesse orçamento está incluída também a recuperação de toda a malha ferroviária. O dinheiro vem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
De acordo com o gerente de Comunicação e Marketing da CBTU, Justiniano Carvalho, “Existe também um plano para estender o trem até Suape, que está sendo discutido com o Governo do Estado”, disse.
O valor da tarifa será a mesma do metrô que é de R$ 1,60 (hum real e sessenta centavos)
Blog Meu Transporte
Postado por Clayton Leal às 18:59
Marcadores: Pernambuco, VLT
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
O TRANSITO DO RECIFE NO FUTURO COM A FAMÍLIA JACKSONS
veja como pegar ônibus no futuro:
Quando penso em tecnologia, a imagem que visualizo na minha cabeça é o famoso desenho de 1900 e bolinha “ A família Jackson” . Esse desenho animado que assistia nas manhãs de cada dia e ficava a imaginar como era viver em uma cidade controlada por robôs. Entretanto, hoje não estamos tão longe disso, pois vivemos inserido na tecnologia constantemente, não vivemos sem a televisão, telefone celular, computador, microondas, geladeira, etc. A tecnologia serve como o meio para facilitar a vida dos homens, além de tornar prático o conhecimento. Mas pensando no conhecimento, a tecnologia no âmbito da Educação, possibilita que as aulas se tornem mais dinâmica, ampliando e modificando as formas de ensinar o sujeito e o objeto do conhecimento. Com isso, contribuirá para as diversas linguagens que a tecnologia favorece para aprendizagem, não tornando um amuleto para o professor, mas sim, como meio para conduzir as estratégicas de aprendizagem.
Postado por Jandira Maria às 17:27
EM PERNAMBUCO,ASSEMBLEIA LEG.LANÇA CARTA ABERTA ¨DESAFIOS DA MOBILIDADE
Com o objetivo de explanar um diagnóstico sobre a situação da mobilidade urbana no país, focando em Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife, será lançada no próximo dia 28, às 10h30, a Carta Aberta “Desafios da Mobilidade”, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
"Temos um grande desafio com o transporte coletivo e a mobilidade urbana de Pernambuco. Este documento apresenta uma radiografia de toda problemática, incluindo obstáculos que os gestores públicos e a iniciativa privada têm que enfrentar. É um instrumento de pesquisas e sugestões para o futuro", afirma o presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Alepe, Sílvio Costa Filho (PTB).
O sistema de transporte coletivo de Curitiba, no estado do Paraná, é apresentado como um exemplo sugestivo à Região Metropolitana do Recife. Desde 1971, o arquiteto e então prefeito da capital paranaense, Jaime Lerner, investia em ruas exclusivas para pedestres, transporte público integrado e vias restritas para ônibus. O modelo foi copiado mundialmente, dando origem ao Transmilênio de Bogotá, capital da Colômbia.
De acordo com o doutor em mobilidade urbana da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Oswaldo Lima Neto, tem que mudar o plano diretor do Recife e a política de uso e ocupação do solo. A construção de corredores exclusivos, ciclovias ou ciclofaixas, e o incentivo ao uso de bicicletas são as principais alternativas rumo a uma mobilidade sustentável, em especial no Recife, com vistas para a Copa do Mundo de 2014.
“O plano diretor recifense contempla o chamado polo gerador de tráfegos, inclusive, em áreas já congestionadas. Isso tem que mudar. Além disso, a cidade cresce desordenadamente, causando prejuízos ao fluxo de veículos no Recife”, avalia Lima Neto. Para o engenheiro, a mobilidade urbana começa nas calçadas e também se faz necessária a priorização do transporte público.
“Num primeiro momento, o governo tem de requalificar as calçadas e investir em ciclovias para as pessoas começarem a mudar seus hábitos”, diz. “A curto prazo, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) precisa passar por uma reforma”, completou.
¨
Por Leonardo Lucena
Fonte: www.brasil247.com
BLOG MEU TRANSPORTE-CLEYTON LEAL
quarta-feira, 27 de junho de 2012
GREVE DE ÔNIBUS NO RECIFE 24 HORAS
Com paralisação, passageiros sofrem para pegar ônibus no Grande Recife
Apesar de balanço divulgar 80% da frota circulando, há reclamações.
Bairros de Olinda e Candeias são áreas mais prejudicadas.
Do G1 PE
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Filas imensas se formaram no Terminal Joana
Bezerra (Foto: Reprodução/TV Globo)
Mesmo com informações do Grande Recife Consórcio de Transporte de que cerca de 80% dos ônibus estariam circulando nesta quarta-feira (27) no Recife, muitos passageiros sofreram para pegar os coletivos na Região Metropolitana durante toda a manhã. Em alguns terminais, como o de Joana Bezerra, muito tumulto e empurra-empurra foram registrados. De acordo com o Grande Recife Consórcio, as regiões do bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, e localidades de Olinda foram as mais atingidas pela paralisação de advertência dos motoristas e cobradores.
As paradas de ônibus em áreas como o Derby e PE-15 ficaram bastante cheias, com passageiros à espera do transporte para o trabalho. No terminal integrado da Joana Bezerra, onde circulam aproximadamente 50 mil pessoas por dia, as filas eram enormes e havia tumulto a todo instante para subir nos ônibus: uma passageira chegou a passar mal e desmaiou.
No tumulto, passageiro entra no ônibus pela janela
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Segundo a diretora de Operações do Grande Recife, Taciana Ferreira, as linhas que apresentaram mais complicações foram aquelas que atendem a Zona Sul da capital pernambucana, como a PE-15/ Boa Viagem e Joana Bezerra/Boa Viagem. No terminal, essa deficiência podia ser percebida. Os ônibus demoravam mais de 30 minutos para chegar e havia correria, com passageiros embarcando até pela janela. “Já é ruim sem greve, muito complicado pegar ônibus aqui. Agora está pior ainda. Não sei nem se vai dar para eu chegar ao trabalho”, contou o auxiliar de serviços gerais Carlos Alberto Xavier.
No Terminal de Integração da PE-15, em Olinda, poucos ônibus circularam no começo da manhã. Nervosas, algumas pessoas não respeitaram as filas e empurraram para entrar nos ônibus. Os motoristas trabalharam sem uniforme e policiais militares ficaram de prontidão. No Terminal de Integração da Macaxeira, no Recife, a manhã também foi de muito movimento. Os ônibus que seguiam para o Terminal de Integração do Barro saíram muito lotados.
saiba mais
Paralisação deixa 25% da frota de ônibus fora das ruas do Grande Recife
No Recife, protesto de motoristas de ônibus fecha a Agamenon Magalhães
O Grande Recife informou que, durante a manhã, a prioridade para tentar normalizar o serviço foi para as linhas que passam por corredores, como o da Avenida Caxangá, e dos terminais integrados. O objetivo do consórcio é normalizar o movimento até o fim da tarde desta quarta, garantindo uma volta mais tranquila para casa.
“Estamos acompanhando a operação desde as 4h. As empresas têm priorizado, sob nossa orientação, as linhas de corredores e que atendem terminais, por apresentarem maior demanda [...] Acreditamos que o movimento não teve muita adesão dos motoristas e que, até o fim da tarde, 100% da frota esteja circulando”, contou Taciana Ferreira. Apenas um ônibus foi depredado, de acordo com o Grande Recife.
Em nota, o Sindicado das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) contou que está se empenhando para que a população seja menos prejudicada possível. As negociações com os motoristas serão retomadas na tarde de quinta-feira (28).
GREVE GREVE GREVE RECIFE PARADO!


terça-feira, 26 de junho de 2012
LICITAÇÃO DAS LINHAS FICANDO NO ESQUECIMENTO


sexta-feira, 22 de junho de 2012
BRASIL SURPREENDE O MUNDO COM TECNOLOGIAS DE TRANSPORTE LIMPOS NA RIO +20
Indústria e centros de pesquisas acadêmicos apresentam diversas soluções para os transportes coletivos se tornarem ainda mais sustentáveis. Faltam políticas públicas e comprometimento dos gestores
ADAMO BAZANI – CBN
Um verdadeiro desfile de tecnologias e soluções para melhorar os ganhos ao meio ambiente trazidos pelos transportes públicos, que por eles mesmos já proporcionam uma grande contribuição ao ajudar a diminuir o excesso de veículos de passeio das ruas, uma das maiores causas da poluição atmosférica nas grandes cidades.
É assim que pode ser considerada até agora a Rio + 20, Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
A Rio + 20 ainda não avançou nas questões relativas às políticas públicas sobre mobilidade.
Quando o assunto é a participação dos poderes públicos, em todo o mundo, para oferecer sistemas de cidades que deixem de privilegiar o transporte individual, que financia campanhas em diversos países, as discussões continuam acanhadas.
Muitas vezes, uma solução que melhore o ir e vir e a qualidade de vida das pessoas nem sempre depende de alternativas caras. Só um pouco mais de planejamento e acima de tudo independência e interesse dos gestores públicos.
Mas enquanto os que são pagos pelo dinheiro da população em todo o mundo pouco falam da questão, até o momento, o setor de tecnologia tem feito bonito na Rio + 20. E o mais importante: boa parte das soluções é nacional.
Tanto a indústria brasileira como os centros de pesquisas acadêmicas mostram o que há algumas décadas seria impossível de ser imaginado: trens que levitam, ônibus a hidrogênio que em vez de fumaça soltam vapor d’água, ônibus elétricos híbridos, ônibus a etanol sem perder desempenho em comparação aos convencionais, ônibus flex com Gás Natural e Diesel e até mesmo um diesel que não é como conhecemos, em vez de petróleo, ele é feitop de cana de açúcar.
As soluções em transportes públicos mais limpos estão aí, para todas as demandas, bolsos, urgências e aplicações. Algumas já são realidade e começam estar presentes nas ruas, mesmo que em número pequeno. Outras são realidade, mas ainda estão caras para se tornarem viáveis e há aquelas que ainda dependem um pouco mais de desenvolvimento.
O fato é que a indústria e o setor de pesquisa no Brasil merecem reconhecimento não só na Rio + 20, mas em incentivos para tornarem seus produtos acessíveis, pois se depender de boa parte do empresariado dos transportes públicos e dos gestores do setor, os barulhentos ônibus de motor na frente e os trens e o metrô que dão pane com uma certa constância continuarão presentes na vida de milhões de passageiros no País, sem atrair nem um pouquinho os outros milhões que ocupam demasiadamente as vias púbicas e poluem o ar com seus veículos particulares.
O TREM FLUTUANTE NA RIO +20
O nome dele é MagLev Cobra e ele tem chamado as atenções na Conferência da ONU.
Desenvolvido pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, o trem, que pode custar 70% menos que o metrô convencional, flutua sobre os trilhos e é movido totalmente a energia elétrica, sem emitir poluentes para sua tração.
A levitação não é nenhum milagre ou mágica, mas fruto de muito estudo de uma tecnologia cobiçada por todo o mundo.
O MegaLev chega a 100 quilômetros por hora e usa supercondutores que em temperaturas muito baixas criam um campo magnético capaz de sustentar o trem inteiro no ar.
Os vagões possuem bobinas elétricas que geram o movimento inicial sobre o trilho.
O sistema possui imãs que ativam os supercondutores que estão embaixo do trem e são liberados levitando o veículo.
O MegaLev consegue operar suspenso a 15 milímetros do solo.
Os supercondutores precisam ser refrigerados a pelo menos 196 graus centrígrados negativos com nitrogênio líquido a cada 24 horas.
A Universidade estima que em 2 anos o trem possa começar os primeiros testes comercialmente.
MagLeve é o trem brasileiro que flutua sobre os trilhos. A tecnologia é cobiçada por todo o mundo e o Brasil, pela UFRJ conseguiu das os primeiros passos. Com supercondutores, o veículo trafega a 15 milímetros do solo e custa 70% menos que o metrô convencional. Foto: Divulgação
ÔNIBUS A HIDROGÊNIO BEM MAIS EM CONTA
O corredor ABD, entre São Mateus, na zona Leste de São Paulo, e Jabaquara, na zona Sul da Capital Paulista, passando por municípios da região do ABC já recebeu a título de testes um ônibus elétrico híbrido, cuja geração da energia elétrica se dá pelo uso do hidrogênio.
A emissão de poluentes na operação do veículo é zero. O subproduto do processo da eletrólise que abastece de energia as baterias do ônibus é o vapor d´água, quando o Hidrogênio se separa do Oxigênio.
Assim, em vez de fumaça de combustível queimado, o escapamento solta vapor.
Além do ônibus que circulou em testes pelo corredor ABD, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia – Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, também desenvolveu seu próprio veículo.
Os estudos começaram em 2005, consumiram até agora R$ 15 milhões, mas em 2010 o ônibus foi lançado.
Na Rio + 20, no entanto, a UFRJ apresentou uma nova versão do veículo, mais econômica e barata.
Atualmente, um ônibus a hidrogênio custaria R$ 1 milhão a unidade convencional, com 12 metros de comprimento. Se o empresariado correu para renovar a frota no ano passado só para não pagar 15% a mais nos ônibus a diesel convencionais que a partir deste ano seguem novas normas de redução da poluição, não há de se esperar que um ônibus desse que custa quatro vezes mais que um comum do mesmo porte, seja comprado em nome da natureza. Além disso, não há pontos de abastecimento de hidrogênio disponíveis no País suficientemente.
Aí que deve entrar o poder público e assumir a questão.
Realmente um projeto de R$ 15 milhões e um ônibus de R$ 1 milhão não são nada baratos. Mas na relação custo-benefício, as diversas esferas do poder gastam muito mais em saúde pública, além de vidas que se acabam, por causa da poluição.
Isso sem contar que, produzido em maior escala, um ônibus com células de hidrogênio pode ser mais barato.
E foi isso que a UFRJ comprovou. Hoje já é possível fazer um ônibus desse com menos recursos e mais econômico.
Com ajustes no sistema de tração, a Universidade apresentou na Rio + 20 um ônibus que consome 40% menos hidrogênio.
A autonomia do veículo que antes era de 300 quilômetros subiu para 500 quilômetros, maior inclusive que a autonomia de qualquer ônibus diesel comum.
O novo ônibus H2 + 2 já tem valor 30% mais baixo que a primeira versão devido ao maior nível de nacionalização das peças. Isso foi possível pela parceria com a empresa Tracel.
O hidrogênio tem diversas formas de ser obtido na natureza, inclusive de maneira agressiva ao meio ambiente, como com o uso de processos químicos e obtenção pelo vapor do gás natural em refinarias de petróleo. Mas além deste processo, é possível extrair hidrogênio por biogases de sobras da agricultura, por dejetos de animais e até mesmo do esgoto humano.
O processo mais limpo, no entanto, é a eletrólise que consegue separar o hidrogênio da água por corrente elétrica.
Ônibus a hidrogênio desenvolvido pela UFRJ é mais barato e econômico, o que deixa a solução mais próxima da realidade. Foto: Sofia Moutinho
JÁ NAS RUAS
As montadoras de ônibus mostram suas soluções que já estão nas ruas ou serão realidade em poucos meses.
A Scania faz o trajeto que atende o Riocentro, o Autódromo, o Parque dos Atletas e a Arena HSBC com 6 ônibus a etanol, que podem reduzir em até 90% a emissão de alguns poluentes.
São dois veículos da VIM – Viação Metropolitana e outros dois da TUPI – Transporte Urbano Piratininga que já operam em São Paulo.
As duas empresas já têm 60 ônibus na Capital Paulista na chamada Ecofrota, que reúne diversos modelos de veículos de transportes públicos que poluem menos.
Os outros dois ônibus são da própria Scania e levam a inscrição “Etanol é Agora”
Vem da cana de açúcar também a tecnologia usada por outra fabricante de ônibus: A Mercedes Benz que circula com ônibus na Rio +20 que já são realidade nas ruas brasileiras. É a tecnologia do Óleo Diesel de Cana de Açúcar.
O combustível não é o etanol, mas provém da mesma matéria prima. O que muda é o processo de fermentação. É colocada uma levedura no caldo da cana que deixa o material com características semelhantes ao diesel convencional, com a vantagem que pode ser usado em qualquer motor diesel, inclusive nos mais antigos, sem a necessidade de alterações dos componentes.
As reduções de emissão chegam a 90% dependendo dos materiais em motores novos.
Já são 20 ônibus com diesel de cana circulando pelo Rio de Janeiro e 100 em São Paulo nos serviços regulares. A mistura do diesel de cana de açúcar ao convencional varia entre 10% e 30%, mas na Rio +20, os dez ônibus O 500 RS que transportam delegações são movidos com 100% do “novo” combustível.
A Volskwagen MAN serve às delegações da Rio + 20 com ônibus flex. Os veículos são movidos a Gás Natural e Diesel Convencional, o S 50, com menos teor de enxofre, obrigatório nos ônibus atualmente.
O modelo usado na Conferência são o 17.280 e os motores são abastecidos com 10% de diesel e 90% de Gás Natural. As reduções de alguns poluentes podem chegar a 80%
Em setembro de 2013, os veículos devem ser produzidos comercialmente para serviços urbanos, cujos custos e pontos mais próximos de abastecimento tornam viável a solução.
A Volvo apresentou o primeiro ônibus elétrico híbrido da marca no Brasil. O veículo tem dois motores, um a diesel ou biodiesel e outro elétrico. A tração elétrica funciona nos momentos em que um ônibus convencional mais polui: nas arrancadas e até 20 quilômetros por hora. Depois desta velocidade, entra em funcionamento o motor diesel. A cidade de Curitiba vai ter 60 modelos deste ônibus, sendo os trinta primeiros em setembro deste ano.
A Eletra, empresa de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, exibiu seu elétrico híbrido. O motor a combustão é a etanol, o que ajuda a reduzir ainda mais os níveis de emissão de poluição.
O veículo é usado em deslocamentos na Usina de Itaipu.
A Eletra foi a primeira empresa no País a operar comercialmente um ônibus híbrido em 1997 no Corredor ABD. Modelos híbrido, com eletricidade e diesel, circulam pelo corredor, que também recebe trólebus (ônibus elétricos ligados a rede área) modernizados.
Ônibus a Etanol da Scania circula na Rio +20 mas já é realidade nas ruas brasileiras. São Paulo possui 60 unidades em operação no sistema urbano. Mercedes Benz e Eletra exibiram modelos menos poluentes que também já circulam comercialmente. Híbrido da Volvo opera em setembro em Curitiba e Flex GNV – Diesel da Volkswagen / MAN vai ser comercializado em 2013. Foto: Divulgação Scania.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes



quinta-feira, 21 de junho de 2012
O DESAFIO DA AGAMENON
O desafio da Agamenon
Como integrante do Corredor Norte/Sul, perimetral terá que receber mais carros e, mesmo assim, oferecer transporte mais rápido
Depoimentos
"Moro em Itapissuma e trabalho na Zona Sul do Recife. São seis horas no ônibus todo dia. Espero que o corredor melhore minha qualidade de vida"
Antônio de Fontes, 42, motorista
"Eu moro em Igarassu e estudo no Recife. A volta demora até duas horas. Sobre o corredor de transporte, reduzi minhas expectativas para não me decepcionar"
Ana Caroline, 17, estudante
"Moro em Igarassu e trabalho em Boa Viagem. Com o corredor, pegarei o metrô e vou pagar só uma passagem"
Alessandra da Silva, 36, técnica em enfermagem sdsd
A Avenida Agamenon Magalhães terá pela frente um dos seus maiores desafios desde que foi inaugurada, em 1975. A primeira perimetral do Recife integrará o Corredor Norte/Sul, com faixa exclusiva de ônibus, nos moldes do sistema BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus). As intervenções previstas propõem garantir mais velocidade ao transporte individual, com eliminação de semáforos em quatro cruzamentos, a partir da construção dos viadutos projetados para a via. Dentro desse contexto, há pelo menos dois aspectos que precisam ser observados: o crescimento da frota, que recebe uma média de 3,5 mil novos carros por mês, somente na capital, e a qualidade do transporte público para atrair o usuário do carro.
Um transporte público de qualidade é condição fundamental para que a cidade não entre em colapso até 2020, quando deverá ter um milhão de carros. O BRT é sucesso em várias metrópoles, como Bogotá e Cidade do México. No Recife, ainda não há estimativa de quanto ele será capaz de transferir, para o sistema coletivo, o usuário que hoje opta pelo transporte individual. Mais do que isso, a gestão dos novos ônibus articulados terá o desafio de manter no sistema os usuários que hoje dependem do transporte público e só aguardam oportunidade financeira de sair para um veículo próprio.
Segundo o secretário de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo, a demanda estimada para o Norte/Sul é de 328 mil passageiros por dia. Na Agamenon, passam por dia cerca de 100 mil carros, a maioria transportando apenas uma pessoa. Imagine a redução no número de veículos se parte desse público migrasse para o transporte público. "O corredor não atende a demanda de deslocamento de todo esse público que usa carro. Mas quem sai de Igarassu, Paulista ou Olinda, por exemplo, para o polo médico do Recife, na Ilha do Leite, é perfeitamente atendido", explicou o engenheiro especialista em mobilidade, Germano Travassos.
Tornar o transporte público mais atraente do que o carro é o desafio. O técnico em eletrônica João Dourado dos Santos, 46 anos, conta que normalmente viaja sentado nos degraus do ônibus por falta de espaço. Ele chega a gastar mais de duas horas de Igarassu, limite Norte do corredor, ao Recife. "Se houvesse condições de ter um carro, eu deixaria o ônibus".
Os argumentos do transporte individual são fortes: liberdade de ir e vir, conforto e total autonomia. "Não é fácil levar o usuário do carro para o transporte público. O ônibus precisa ser rápido, confortável e atender às necessidades de deslocamentos. Além disso, devem haver restrições ao transporte individual. Enquanto o carro valer a pena, o motorista não fará a migração", apontou Travassos.
Com o aumento da velocidade na Agamenon, a estimativa do governo é que o número de automóveis na via passe de 3,3 mil para 4,2 mil por hora. A velocidade média atual no sentido Olinda/Boa Viagem, hoje de 20,9 km/h, passará a 30,3 km/h. No trecho mais crítico, na altura da Rua Paissandu, a velocidade em horário de pico, que é de 5 km/h, alcançará 18km/h.
O que muda no trânsito
Os números da Agamenon de hoje
100 mil carros por dia
88 linhas de ônibus
1.060 coletivos
40 sinais
2 lombadas eletrônicas
6 câmeras para monitorar
o tráfego
3 viadutos
11 pontilhões
O tempo de viagem no trecho de 37 quilômetros do Corredor Norte/Sul, de Igarassu (Litoral Norte) até os dois ramais do Recife - estação do metrô Joana Bezerra e a estação central do metrô - deverá ter uma redução de cerca de 30 minutos, segundo estimativa da Secretaria das Cidades. As maiores mudanças serão sentidas no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. Segundo o secretário executivo de mobilidade, Flávio Figueiredo, a PE-15, responsável pelo maior trecho do corredor, já dispunha de uma faixa central exclusiva para o ônibus. Mesmo assim, a velocidade poderá ser observada também por causa das estações de embarque, que terão pagamento antecipado e passagem em nível. Também na PE-15, haverá o fechamento de três dos quatro retornos existentes.
"O usuário do carro terá que fazer uma volta maior para fazer o retorno. A gente sabe que haverá crítica nesse sentido, mas o objetivo é garantir velocidade para o transporte público", ressaltou. No trecho da BR-101 - entre os municípios de Igarassu e Abreu e Lima - também serão reduzidos os retornos. Atualmente há um retorno a cada 400 metros. O intervalo será ampliado para cada 2 quilômetros. "Essas intervenções irão permitir mais segurança e velocidade para o Corredor Norte-Sul", apontou Flávio Figueiredo.
Na Agamenon, onde nos horários de pico o motorista gasta cerca de 45 minutos entre Tacaruna e a estação Joana Bezerra, o trecho será percorrido em 20 minutos. Segundo o secretário-executivo, na área mais crítica, entre o Derby e o Parque Amorim, são realizadas 7,7 mil viagens de ônibus por dia. Com o corredor a expectativa é de reduzir o número de viagens para seis mil por dia. Menos veículos, mas mais rápidos e eficientes.
Características do sistema BRT (Bus Rapid Transit)
• Corredor exclusivo para o ônibus
• Plataforma de embarque e desembarque em nível
• Pagamento antecipado da tarifa
• Veículos de alta capacidade e tecnologia mais limpa
• Transferência entre rotas, sem incidência de custo
• Integração dos modais em estações e terminais
• Programação e controle da operação por GPS
• Sinalização e informação ao usuário
• Identidade visual própria
A avenida que liga extremos
São sete mil metros dentro de um corredor de 37 km. Sem dúvida, o trecho mais polêmico e que exige maior atenção. A Agamenon Magalhães é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e de Leste a Oeste. A avenida também serve de passagem para os municípios vizinhos e comporta uma frota maior do que muitas cidades pernambucanas. O governo escolheu implantar o sistema BRT entre outros dois tipos de modais: o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e o Monotrilho. Um dos argumentos foi de que o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) previa para a malha viária da Região Metropolitana corredores exclusivos de ônibus.
O BRT não chega a superar o metrô, mas tem vantagens. Segundo os especialistas, com as características que o diferenciam do modelo convencional do transporte por ônibus, o sistema pode transportar de 30 mil a 35 mil passageiros por hora. É o que ocorre, por exemplo, com o Transmilênio de Bogotá, Colômbia. Na defesa do modelo, o urbanista paranaense Jaime Lerner, que chegou a desenhar o projeto do Norte/Sul, disse: "O BRT pode ser implantado em dois anos e se paga sem precisar de subsídios necessários para construir o metrê".
O corredor Norte/Sul terá dois ramais ao chegar no Recife. O primeiro passará pela Agamenon e se integrará à estação de metrô Joana Bezerra. O segundo passará pela Avenida Cruz Cabugá e se misturará ao tráfego misto até chegar à estação central do metrô. quando o usuário terá a opção de seguir viagem no metrô ou, se preferir, pegar uma embarcação em direção à Zona Oeste. O projeto de navegabilidade foi incluído no PAC Mobilidade, mas falta o governo definir a forma de financiamento. "Já estamos fazendo o estudo de impacto para não perdermos tempo", revelou Flávio Figueiredo, secretário executivo de mobilidade.
A avenida e o corredor Norte/Sul
37,9 km é a extensão dos dois ramais do Norte/Sul de Igarassu às estações do metrô Joana Bezerra (pela avenida Agamenon) e Centro do Recife (pela Avenida Cruz Cabugá)
25 a 30 minutos é a estimativa de redução do tempo de viagem com o corredor
As estações
43 estações de embarque e desembarque serão inseridas no corredor Norte/Sul
10 estações somente no trecho da Avenida Agamenon Magalhães
Cada estação terá 180 metros quadrados de área nos dois lados do canal e capacidade para 600 pessoas cada uma




PASSADO,PRESENTE E FUTURO DA AGAMENON E SEUS VIADUTOS
Viadutos já eram tidos como solução na época em que a via foi construída. Hoje, não há mais consenso
Há mais de 40 anos, a solução apontada por arquitetos e urbanistas para acabar com os pontos de conflitos na Avenida Agamenon Magalhães eram os viadutos. Hoje, não há mais unanimidade. Até quem defendeu a construção de elevados tem dúvidas. Na edição de hoje, fazemos um resgate das ideias do passado e mostramos o que elas podem significar para o futuro da primeira perimetral da cidade.
Evolução da frota no Recife
1972: 58.368
2012: 582.900
No início da década de 1970, o Recife tinha uma frota de cerca de 50 mil veículos. Já naquela época, havia uma preocupação com pontos críticos da Avenida Agamenon Magalhães. No governo do prefeito Geraldo Magalhães foram projetadas soluções de tráfego nas imediações da antiga fábrica Tacaruna e nos cruzamentos da Rua Odorico Mendes, da Avenida Norte, da Avenida João de Barros, da Rua do Paissandu e do Parque Amorim. O então prefeito, que comandou a abertura da avenida, cujas obras tiveram continuidade nos governos seguintes, chegou a deixar uma maquete com a previsão de construção de sete viadutos e a ponte da Ilha Joana Bezerra. Em nossa pesquisa, encontramos registros jornalísticos e relatos como o do arquiteto e assessor de planejamento do governo Geraldo Magalhães, Waldecy Fernandes Pinto, que participou das soluções viárias para acabar com os engarrafamentos.
Hoje, a nossa frota é 10 vezes maior, mas as ideias do passado estão sendo resgatadas com o objetivo de resolver conflitos viários e aumentar a velocidade da via. No governo de Geraldo Magalhães estavam previstos sete viadutos e mais o viaduto-ponte da Ilha Joana Bezerra. Dos sete previstos, foram erguidos quatro: o viaduto-ponte da Ilha Joana Bezerra e os viadutos Capitão Temudo, Avenida Norte e João de Barros. Na época, já se desenhava a construção dos elevados da Paissandu, Parque Amorim e Odorico Mendes, além de outro na altura da fábrica Tacaruna. Quatro décadas depois, os viadutos ressurgem para acabar com os conflitos em quatro cruzamentos. O cruzamento da Odorico Mendes, que até hoje é problemático, ficou de fora. Dessa vez, foram incluídos os cruzamentos do Parque Amorim, Paissandu, Rui Barbosa e Bandeira Filho.
Concepção
De acordo com o historiador Luís Manuel Domingues, que abordou as obras viárias da Agamenon na sua tese de doutorado, foi a partir de Geraldo Magalhães que se elaborou um plano urbanístico para a via, contendo jardins, áreas de parqueamento e outras destinadas à instalação de equipamentos urbanos como área de lazer, esportes e postos de combustíveis. "Todo o conjunto de obras estava previsto para ser executado ao longo da década de 1970, durante a gestão de três prefeitos", relatou o historiador.
Uma avenida expressa com ares de modernidade. Era assim que o prefeito Geraldo Magalhães queria que seu legado fosse lembrado. A via, no entanto, tem hoje trechos com velocidade média de 5 km/h no rush, como o cruzamento da Rua do Paissandu.
Ao final da década de 1970, a Agamenon estava praticamente concluída, no governo do prefeito Antônio Farias (1975 a 1979), que construiu o elevado do Cabanga e a segunda ponte sobre o Rio Pina. Coube ao prefeito Augusto Lucena (1971-1976) fazer a abertura, a pavimentação e alargamento até o Derby, além do viaduto da Avenida Norte.
De acordo com o historiador, o objetivo principal era dotar a cidade de um sistema viário capaz de viabilizar o fluxo nos diversos sentidos e evitar retenções. Hoje sabe-se que o alargamento de vias e construção de elevados, somente, não resolvem os deslocamentos a longo prazo.
A Avenida Canal
Implantação do corredor mudou cenário ocupado por famílias de baixa renda. Foto: ACERVO FUNDAJ/DIVULGAÇÃO
Por muito tempo, a Agamenon Magalhães era conhecida como Avenida Canal. Sua construção modificou o cenário por onde passava um canal e viviam famílias de baixa renda. Na obra, foram removidos 178 mocambos, dos 1,2 mil existentes no trecho entre o Tacaruna e a Avenida Norte. Até hoje há comunidades pobres nessas imediações.
O Recife passava a abranger o tráfego de todos os subúrbios. Quem saísse de Afogados em direção a Olinda, por exemplo, não precisava mais ir ao Centro. "Pensamos em um plano urbanístico que é usado até hoje", afirma o arquiteto Waldecy Pinto.
Apesar de se tornar uma via estratégica, a Agamenon também se transformou em um calcanhar de Aquiles. Qualquer problema impacta o trânsito em toda a cidade. Talvez por isso, ela é o principal palco de protesto dos movimentos sociais. Basta uma faixa interditada para chamar muita atenção.
Esgotamento
Para se ter uma ideia de como a via está esgotada, a velocidade média geral nos horários é de 18km/h. Segundo o arquiteto Waldecy Pinto, as vias locais foram pensadas para os ônibus. "Infelizmente não foram criadas faixas exclusivas como se projetava originalmente", revelou. Ainda segundo ele, naquela época não se pensava em ciclovias.
De volta para o começo
Criação de elevados é vista pela Secretaria das Cidades como a correção de um atraso histórico, mas eles são apenas parte da solução do problema viário
Como explicar que projetos pensados há 40 anos podem se adequar à realidade atual?
Para o secretário-executivo de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo, os projetistas da década de 1970, que atuavam na administração do município e previam a construção de sete viadutos e uma ponte-viaduto na primeira perimetral, estavam antenados com a tendência da época. "A abertura de vias e a construção de elevados era muito comum. Além disso, havia facilidade para adquirir financiamentos".
Ainda segundo o secretário, o planejamento está atrasado em pelo menos uma década. "Estamos programando uma intervenção que já deveria ter sido feita há pelo menos 10 anos. A construção dos viadutos vai melhorar a fluidez da principal perimetral da cidade e criar a opção de um corredor exclusivo de ônibus", afirmou Flávio Figueiredo.
Segundo nota técnica da Secretaria das Cidades, cada novo viaduto da Agamenon Magalhães terá sete metros de pista, capacidade média para suportar 3.500 carros por hora – cerca de 40 mil carros por dia.Coma implantação deles, a velocidade média da via passará de 20 km/h para 30 km/h, no sentido Olinda - Boa Viagem; e de 18 km/h para 33 km/h no sentido inverso. O ganho mais significativo, explica o documento, será entre a Rui Barbosa e a Buenos Aires, cujos carros passarão de uma velocidade de 5km/h para 18km/h (Olinda-Boa Viagem) e na Paissandu, quando eles passarão de 7km/h para 40km/h (Boa Viagem-Olinda).
Mas com uma década de atraso, qual é a projeção de horizonte para os próximos anos? "A projeção será mais curta. Acredito que de 10 a 20 anos", afirmou. Da década de 1970 aos dias de hoje, o aumento na frota foi de pelo menos 10 vezes. Na opinião de especialistas, a projeção de capacidade de fluidez dos veículos com os viadutos projetados pelo estado, será muito menor.
De acordo com Flávio Figueiredo, o desafio do projeto estadual é demelhorar a fluidez da Agamenon Magalhães. Segundo ele, as vias do entorno, ou seja, as radiais, devem ser resolvidas em ações futuras pelo município ou pelo próprio governo do estado. "Os viadutos terão uma função específica de melhorar a fluidez da perimetral. Não irão resolver os problemas das radiais", afirmou o secretário executivo. Ele disse ainda, que terão que ser elaboradas soluções, por exemplo, para o binário Rui Barbosa/Rosa e Silva.
Desde a década de 1970, os viadutos imaginados para a Agamenon estavam sendo protelados. Segundo o ex-presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), César Barros, essa solução sempre era trazida à tona com a intenção de melhorar o tráfego, mas nas discussões os projetos erampreteridos. "A gente já tinha chegado à conclusão de que os viadutos não iriam resolver a questão do tráfego. Por isso os projetos não foram executados", afirmou o arquiteto César Barros, que atuou na URB de 2001 a 2006. Para o arquiteto, os elevados não permitem a conexão da cidade com seus moradores.
O professor e engenheiro César Cavalcanti, especialista em mobilidade urbana, alerta para a necessidade de continuidade das obras no entorno."Se não, após um ano já serão observadas retenções no próprio viaduto".
Entrevista >>Waldecy Pinto
"Foi uma ideia de longo prazo"
O senhor participou da administração municipal na década de 1970, quando teve início a construção da Avenida Agamenon Magalhães e foram projetados sete viadutos e uma ponte. Não era um exagero para a época?
Estávamos pensando a longo prazo. Era a primeira perimetral da cidade e os viadutos eram importantes para fazer as ligações com os bairros e resolver pontos de conflito nos cruzamentos. Fizemos um plano urbanístico para a avenida que é usado até hoje. Ela é a via mais bem pensada e projetada da cidade. A ideia era uma via de velocidade, mas hoje a gente percebe, que por conta dos congestionamentos e da quantidade de semáforos, a velocidade é cada vez mais baixa.
O que o senhor acha do projeto do governo do estado de implantar quatro viadutos, sendo dois nos mesmos
locais apontados há quarenta anos?
Que os viadutos vão melhorar pontos de conflito nesses cruzamentos e melhorar a velocidade da via, por algum tempo, eu sei que sim. Mas não sei como irão se comportar as vias radiais, que estão muito congestionadas. Fico imaginando que a Rosa e Silva, por exemplo, não tem como comportar um fluxo grande.
Mas e se os viadutos tivessem sido construídos naquela época, como poderia ser a realidade atual?
Provalvemente estariam congestionados. Mas também acredito, que se eles tivessem sido construídos há mais tempo, hoje estaríamos pensando em outras soluções, inclusive de melhoria das vias radiais. Como isso não foi feito, o passo está sendo dado agora com bastante atraso.
O senhor acredita se tratar da melhor solução para o trânsito de hoje?
O trânsito hoje está muito diferente e as ruas do entorno estão com a capacidade esgotada. Aqui mesmo onde eu moro, os engarrafamentos são constantes. Mas acredito que para eles terem tomado essa decisão, eles devem ter se baseado em estudos de tráfego. Não há como tomar uma decisão dessa sem embasamento.
Apesar de ser umavia larga, a Agamenon não tem faixa exclusiva para ônibus e muito menos ciclovia. Naquela época vocês não pensavam nisso?
Faixas exclusivas para ônibus sim. Ciclovias não. Quase ninguém andava de bicicleta naquela época. Mas em relação às faixas para os ônibus, a ideia era usar as vias locais para os ônibus. Não sei porque isso nunca aconteceu e hoje elas são ocupadas por veículos. Aliás, as vias locais são muito engarrafadas. Não era para ser assim.
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GREVE DE ÔNIBUS A VISTA NO RECIFE
quarta-feira, 20 de junho de 2012
TERMINAL INTEGRADO XAMBÁ

GREVE DO METRO RECIFE ACABOU!!!!
E AINDA RECLAMA DO METRO DO RECIFE
O vídeo abaixo, enviado por Diogo Morais, leitor da De Olho no Trânsito e apaixonado pelo sistema metroviário, mostra que a superlotação do transporte público é realidade em todo o mundo. Se é certo ou não?, se deve mudar ou não?, cabe a você, leitor, concluir. Nesse meio tempo, divirta-se porque, embora triste, as imagens são engraçadas.


Única a desenvolver e disponibilizar no País veículo que reduz em até 90% emissões de CO2, montadora contribui para conceito de sustentabilidade da conferência
Texto e fotos por Scania – Assessoria de Comunicação
Pioneira na tecnologia de motores a etanol, a Scania pôs à disposição dos participantes da Rio+20 seis ônibus movidos pelo combustível renovável para transporte durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro. Desde o dia 13 de junho, os veículos estão fazendo um percurso que contempla o Riocentro, o Autódromo, o Parque dos Atletas e a Arena HSBC. Eles vão circular até dia 22, data de encerramento da Rio+20.
Entre os ônibus estão dois modelos K 270 6×2 de 15 metros com piso baixo, disponibilizados pela Viação Tupi Transportes, e dois K 270 4×2, cedidos pela Viação Metropolitana, todos com motores de 9 litros e 270 cavalos de potência. Essas companhias operam os 60 ônibus movidos a etanol que já circulam em São Paulo no Projeto Ecofrota da Prefeitura da cidade. Os outros dois veículos foram disponibilizados pela própria Scania com a identificação: “Etanol é Agora!”
Equipados com motores que atendem às normas europeias de emissão de gases poluentes Euro 5 e a ainda mais rigorosa EEV (Enhanced Environmentally Friendly Vehicles), os veículos movidos a etanol são capazes de reduzir em até 90% a emissão de CO2 na atmosfera. Esse combustível renovável também proporciona a redução de material particulado, NOx (óxidos de nitrogênio) e hidrocarbonetos.
Para Wilson Pereira, gerente executivo de Vendas de Ônibus da Scania Brasil, o etanol é um dos combustíveis renováveis mais econômicos disponíveis no momento para aplicação urbana. “O etanol oferece a melhor relação custo-eficiência, além de apresentar alta disponibilidade e reduzir significativamente as emissões de gases poluentes”, afirma o executivo.
O Brasil é o primeiro país da América Latina a utilizar ônibus movido a etanol e a Scania foi a única montadora a desenvolver e disponibilizar o produto no mercado brasileiro. “O ônibus movido a etanol reforça a postura da Scania de investir em soluções sustentáveis de transporte”, ressalta Marcelo Montanha de Oliveira, gerente de Ônibus da Scania para América Latina. “Essa tecnologia contribui para a melhoria da qualidade do ar nas cidades, mas sem eliminar as características dos veículos da marca, como excelente produtividade e desempenho.”
Além da Viação Metropolitana e da Viação Tupi Transportes, a Clariant – empresa de especialidades químicas com atividade internacional – também contribuirá para a iniciativa com o fornecimento do aditivo Master Batch ED 95, produzido localmente e necessário para o funcionamento dos veículos que utilizam etanol.
“Para a Clariant, a participação nesse projeto de transporte ecológico está totalmente alinhada à sua política de sustentabilidade”, explica Marcia Regina Rios, gerente da Clariant BU ICS/Industrial Application para América Latina. “Investimos de forma contínua na inovação de nosso portfólio, com o objetivo de oferecer produtos que atendam aos requisitos ambientais de nossos clientes e do mercado.”
Scania. Ethanol is now. Este é slogan da montadora sueca no K270 6x2 piso baixo sob a carroceria Caio Millennium.
Mais presença na Rio+20
Durante a Rio+20, André Rodrigues de Oliveira, gerente de negócios da Scania para América Latina, apresentará o conceito “Moving People, Changing Minds” da montadora em seminário a ser realizado no dia 19 de Junho, das 12h00 às 12h40 no auditório CNO 4, no Parque dos Atletas. A Scania está comprometida em contribuir para um sistema de transporte mais sustentável e esse conceito discute soluções de melhoria em transportes para os grandes centros urbanos que proporcionem menor impacto ambiental e também redução de gases poluentes.
Os visitantes poderão encontrar mais informações sobre os veículos movidos a etanol e sobre o conceito “BRS – Bus Rapid System by Scania” no estande do Conselho de Comércio da Suécia, localizado no Parque dos Atletas. Cerca de 200 ônibus da marca Scania, modelo K 230 4×2 com piso baixo já circulam no sistema BRS da Cidade do Rio de Janeiro.
[Ver com PicLens]

BRT Transoeste - O primeiro corredor expresso de ônibus vai transportar 120 mil passageiros por dia, com uma redução de 1h no trajeto entre Barra e Santa Cruz / Campo Grande. A partir de agosto, quando todo o sistema estiver em operação, o BRT terá 56 km de extensão e 63 estações. O intervalo entre os ônibus será de aproximadamente 1 minuto meio. A passagem custa R$ 2,75 e só pode ser comprada nas bilheterias das estações. O passageiro também pode usar o Bilhete Único carioca.
As nove estações são: Pingo d’Água, Pontal, Recreio Shopping, Nova Barra, Gelson Fonseca, Pedra de Itaúna, Riomar, Novo Leblon e Alvorada.
Os repórteres Marcelo Castilo e Sérgio Meirelles, da “TV Brasil”, prepararam uma série de reportagens para o programa “Repórter Rio” sobre o sistema Bus Rapid Transit (BRT). Eles apresentaram as características e pontos fortes de cada um. Além disso, a série de reportagem mostra como vai funcionar o BRT no Rio de Janeiro

terça-feira, 19 de junho de 2012
O Grande Recife Consórcio de Transporte está promovendo no Terminal Integrado de Passageiros Aeroporto, situado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, uma campanha educativa com a turma do Programa Educa Transporte.
A campanha tem a finalidade de informar e orientar os usuários do sistema de transporte coletivo sobre as questões que diz respeito as filas e às prioridades, preservação do bem público e outros temas ligados à cidadania.
Rapazes e moças vestidos com roupas coloridas e chamativas, orientam e ajudam os passageiros em tom alegre e brincalhão, especialmente os idosos, crianças e deficientes.
Texto e fotos da Turma do Programa Educa Transporte:
Maria Helena do Nascimento//Cidadã repórter
segunda-feira, 18 de junho de 2012
COPA 2014
Mobilidade no Recife: muitos projetos, só um em execução
Obras iniciadas, só as do terminal de metrô Cosme e Damião; corredores estão muito atrasados
Ônibus e metrô lotados, engarrafamentos e uma explosão de veículos nas ruas. A infraestrutura viária da região metropolitana do Recife não acompanhou o crescimento da cidade.
Sem vazão para o grande número de automóveis e motos, e com o transporte público não atendendo com qualidade à população, a conclusão é que se fosse hoje, Recife não suportaria realizar um grande evento como a Copa do Mundo.
Para mudar este cenário até 2014, as obras de mobilidade urbana previstas precisam ser agilizadas, e o sinal de alerta já acendeu: de todos os projetos integrantes da Matriz de Responsabilidades, apenas um saiu do papel, o Terminal Cosme e Damião de metrô.
Com obras iniciadas em janeiro deste ano, o Cosme e Damião conta com investimento de R$ 15,8 milhões do governo do estado. Ele vai facilitar o acesso à Cidade da Copa e terá capacidade para receber 40 mil passageiros por dia.
Já as obras do Corredor Via Mangue, primeira via expressa do Recife, com 4,5 km de extensão, deveriam ter sido iniciadas em julho passado. Mas a licitação sofreu atrasos, e os envelopes com as propostas das empresas habilitadas só foram abertos no dia 23 de março. As propostas agora estão sendo analisadas pela Empresa de Urbanização do Recife (URB), que escolherá o vencedor. O corredor ligará a ponte Paulo Guerra, no bairro do Pina, à avenida Antônio Falcão, em Boa Viagem. Ações de saneamento, urbanização e habitação estão incluídas no projeto, a cargo da prefeitura do Recife.
Outra obra muito atrasada é o Corredor Norte-Sul. Pelo cronograma original, ela deveria ter começado em abril do ano passado. Com 15 km de extensão, o Norte-Sul passará por seis municípios da RMR, saindo de Igarassu até Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. A obra ainda não foi licitada, como também não o foi a dos corredores Leste-Oeste e da Avenida Norte. A Secretaria das Cidades esclarece que a licitação só será lançada depois de feita a escolha do modal, ou seja, o tipo de sistema de transporte que será utilizado nos corredores de transporte do Recife.
BRT ou monotrilho?
A escolha do modal para os corredores é um assunto polêmico, inclusive para o meio técnico. Alguns especialistas apontam o BRT (Bus Rapid Transit) como o sistema mais adequado para o Recife, e ele já consta inclusive na Matriz de Responsabilidades. Mas, na opinião do vice-presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia Regional Pernambuco (Sinaenco-PE), Ilo Leite, o monotrilho seria a melhor solução. Segundo ele, o volume de passageiros transportados pelo BRT é limitado: “O BRT não dá conta do tamanho de problema que temos na cidade. A longo prazo, não seria eficiente”, argumenta.
Para o diretor do Sinaenco, o importante é que as obras sejam planejadas “de olho no futuro, e não apenas para resolver demandas imediatas”. “A RMR deve ser vista com o olhar do amanhã. Não podemos continuar planejando o país olhando para os pés; temos que nos voltar para a frente”, alerta o especialista.
O Grande Recife Consórcio, órgão gestor do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), opera com 382 linhas de ônibus e duas de metrô. No total, dois milhões de passageiros por dia são transportados pelo modelo, que divide-se em sistema complementar e sistema estrutural integrado. O primeiro utiliza veículos convencionais e microônibus, e o integrado opera com linhas de ônibus e metrô. Há diversas alternativas de deslocamento, com integração em terminais fechados e pagamento de tarifa única. Hoje, 13 terminais do sistema estrutural integrado estão em funcionamento e, até o final de 2011, informa o órgão gestor, sete novos terminais serão construídos e dois ampliados.
Obras complementares
A principal via de acesso até a Arena Pernambuco, a BR-408, está sendo duplicada pelo governo do estado. Com 60% da obra já concluída, e investimento total de R$ 120 milhões, a obra compreende 19,7 km de extensão, entre Carpina, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes. A previsão de finalização é dezembro de 2011. Para facilitar o acesso ao estádio, serão erguidos também dois viadutos, de 2 km, entre Jaboatão e São Lourenço da Mata, ao custo de R$ 22 milhões. A obra está em fase final de licitação e o prazo de execução é de dez meses.
Principal acesso ao pólo turístico no litoral sul de Pernambuco, a Estrada da Batalha, na PE-008 (Jaboatão dos Guararapes), será duplicada em 6 km, com investimentos de R$ 160 milhões. A obra inclui ainda dois novos viadutos e um túnel, além de um centro cultural e uma grande área urbanizada na região. Um dos viadutos está pronto, e o outro sendo finalizado. Mais da metade das obras do túnel foram feitas e falta concluir a duplicação no trecho entre os dois viadutos.
Em maio próximo, o secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, prometeu apresentar ao governador Eduardo Campos um novo projeto de melhoria da mobilidade urbana na região metropolitana do Recife. O projeto Contorno do Recife prevê a requalificação do trecho urbano da BR-101, de Cabo de Santo Agostinho até Igarassu, e a construção de um corredor inteligente de ônibus, que será interligado a vários corredores viários, como o Binário de Cajueiro Seco, avenidas Abdias de Carvalho, Caxangá e Norte. O orçamento inicial da obra é de R$ 400 milhões.
Obras e prazos previstos na Matriz de Responsabilidade
Obra Início obras Conclusão
Corredor Caxangá (Leste/Oeste) Out 2010 Mai 2013
BRT Norte-Sul (Igarassu/Centro) Abr 2010 Out 2012
BRT Leste-Oeste (Ramal Cidade da Copa) Abr 2011 Abr 2013
Corredor Via Mangue Jul 2010 Jul 2013
Metrô Terminal Cosme e Damião Jan 2011 Jul 2012
Fonte: Ministério do Esporte/Matriz de Responsabilidade
domingo, 17 de junho de 2012
OS CAMINHOS DA AGAMENON



sexta-feira, 15 de junho de 2012
Trens do metrô do Recife se chocam na estação Coqueiral
Publicada: 15/06/2012 13:15| Atualizada: 15/06/2012 11:22
Uol
Dois trens do Metrô do Recife se chocaram por volta das 8h desta sexta (15) na estação Coqueiral, na Zona Oeste da capital pernambucana. Vidros foram quebrados e os passageiros ficaram assustados. Não houve morte. De acordo com Augusto Lima, inspetor da Polícia Ferroviária Federal, de 15 a 20 pessoas ficaram levemente feridas. Já o Corpo de Bombeiros, socorreu apenas três. A colisão entre trens foi a primeira desde que foi iniciada a operação do MetroRec, há 27 anos. Em período de não-greve cerca de 280 mil passageiros circulam por essa linha Centro-Sul.
De acordo com a passageira Ítala Alves, que estava no último vagão do trem que seguia de Camaragibe para o Recife, a informação que foi passada aos passageiros foi de que um trem estava ocupando a estação de Tejipió e, por isso, o trem em que ela se encontrava na estação Coqueiral precisou esperar que a próxima estação fosse liberada. Nesse tempo de espera, um outro trem se aproximou e aconteceu a colisão.
Segundo a passageira, as pessoas começaram a dizer "Vai bater, vai bater" e houve o choque. "Depois do choque, muitas pessoas começaram a andar sobre os trilhos, mas foram retiradas pela polícia", conta a passageira. Os feridos foram socorridos e a Polícia Ferroviária Federal já amenizou a situação.
De acordo com a assessoria de imprensa da Metrorec, o maquinista do trem que seguia sentido subúrbio-cidade parou na plataforma de Coqueiral para socorrer um usuário que passava mal. Nessa parada, o trem que vinha atrás promoveu "um acoplamento indevido".
A assessoria de imprensa do Metrô anteriormente havia informado outra versão sobre o fato. Um trem havia quebrado quando estava parado na plataforma da Estação Coqueira, e um segundo veículo seguiu para o local para engatar no trem quebrado e passar energia para o metrô com problemas. Na hora do engate, teria havido um barulho e um pequeno impacto, que assustou os passageiros que estavam na composição. Ainda de acordo com a assessoria, o impacto não foi forte. Essa versão foi posteriormente pela Metrorec.
Os trens já foram retirados da estação e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) realizará perícia para investigar o ocorrido. O metrô volta a operar normalmente às 16h30.



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