(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Durante a visita que fez à fábrica da Fiat, no município de Goiana, na Mata Norte, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), afirmou que o Arco Metropolitano ¬ alça rodoviária que vai ligar o município a Suape –, ainda não saiu do papel porque o projeto que foi apresentado ao Governo Federal incluía a cobrança de pedágio, por isso não poderia ser levado adiante.
“O Arco Rodoviário veio para mim para cobrar pedágio. Não somos a favor de pedágio em regiões metropolitanas”, afirmou a presidente, em uma rápida entrevista na fábrica de automóveis.
Dilma descartou que fosse uma retaliação pelo fato de o ex-governador Eduardo Campos ter rompido com o seu Governo. “Nunca fizemos retaliação no Estado”, respondeu a petista, sem se estender na resposta.
A candidata à reeleição aproveitou a entrevista para alfinetar o adversário Aécio Neves (PSDB). Afirmando que os bancos públicos tem mais lucro e devem bem menos hoje em dia, em relação ao fim do Governo Fernando Henrique, a petista exaltou os resultados apresentados por eles.
“Em 2002 (Governo FHC), o ativo da Caixa era de R$ 128,4 bilhões. Agora, em junho de 2014, é de R$ 1,04 trilhão. O lucro líquido em 2014 foi três vezes maior do que em 2002. Já o lucro líquido do BB é quatro vezes maior hoje do que em 2002”, exemplificou a presidente.
Mais uma vez citando o nome do economista Armínio Fraga, apontado por Aécio como seu futuro ministro da Fazenda, a petista disparou: “O candidato adversário e o seu ministro da Fazenda afirmam quem vão fazer uma auditória nos bancos públicos. Qualquer tentativa de dizer que banco público não dá lucro está fadada ao fracasso. Quando chegamos ao Governo, os bancos públicos estavam sucateados”.
Ainda em relação aos bancos públicos, a presidente destacou a importância para os programas sociais. “Eles são importante por causa do Bolsa Família, pelo Brasil sem Miséria, o Miniha Casa, Minha Vida, o Plano Safra e o Ciência sem fronteiras”, elencou.
Por fim, indagada sobre se ganharia de Aécio em Pernambuco, disparou: “Os pernambucanos são muito politizados. Talvez um dos Estados mais politizados do Brasil. Eles vão pensar o que os tucanos fizeram pelo Nordeste”.
A entrevista da presidente Dilma foi interrompida com a chegada do ex-presidente Lula. Ao avistar o líder petista, os funcionários da fábrica começaram a gritar o nome dele. Acompanhavam ainda a candidata petista o senador Armando Monteiro Neto (PTB), os deputados federais Fernando Ferro e João Paulo, e a presidente estadual do PT, a deputada Teresa Leitão.