segunda-feira, 25 de maio de 2015

TECNOLOGIA E MOBILIDADE - Volvo e Ericsson firmam parceria para sistema de mobilidade urbana

Volvo 



De acordo com as empresas, a solução Inteligent Tranportation System (ITS) permite a melhoria na eficiência da rede de transporte urbano e contribui com a melhoria da mobilidade por meio de um sistema de gestão de tráfego e informação ao passageiro, gerado, processado e transmitido em tempo real.
“Estamos somando a expertise da Ericsson no desenvolvimento tecnologia de ponta para aprimorar um produto que temos e ampliar a nossa oferta de soluções para melhoria da mobilidade urbana nas cidades”, afirma o presidente da Volvo Bus LatinAmerica, Luis Carlos Pimenta.

A Ericsson será responsável pelo desenvolvimento, implantação, suporte e manutenção da solução de Gestão de Tráfego e Informação para Passageiros que será oferecido comercialmente pelas duas empresas na América Latina. A solução deverá ser desenvolvida por profissionais de pesquisa e desenvolvimento da Ericsson no Centro de Inovação que a companhia mantém na cidade de Indaiatuba, interior do estado de São Paulo.

“A parceria evidencia as transformações que facilitam o dia-a-dia dos passageiros, à medida que conectamos a sociedade por meio das redes de comunicação. Tanto as operadoras dos ônibus em diversas cidades, quanto os usuários desses coletivos, podem se beneficiar com o aumento do uso da tecnologia e, juntos com Volvo Bus Latin America, estamos possibilitando isso”, ressalta o presidente da Ericsson para a América Latina, Sérgio Quiroga.

A customização do sistema, além de atender às necessidades das cidades da América Latina, vai garantir mais agilidade no suporte aos operadores de transporte e gestores públicos. O sistema de gestão de trafego e informação ao passageiro é uma ferramenta que auxilia as cidades a utilizar os recursos que já possuem para tornar o sistema de transporte urbano mais eficiente. Há melhoria da qualidade da mobilidade, e aumento da produtividade operacional e da satisfação dos passageiros.

Para os operadores, a vantagem é acompanhar a frota em tempo real e ter informações como tempo de percurso, pontualidade e quantidade de ônibus nos trajetos, o que permite redistribuir os veículos de acordo o modelo mais adequado para atender o fluxo de passageiros por rota e horário.

Os passageiros têm a vantagem de ter acesso em tempo real aos horários de chegada dos ônibus aos pontos de cada uma das linhas. As informações podem ser acessadas pela internet, aplicativos de smartphones, mensagem de texto e ainda por meio de um call center. São informações que permitem aos passageiros planejar melhor suas viagens e tempos de deslocamentos, evitando atrasos e longos períodos de espera.

por Amauri Vargas
Informações: Bitmag

sexta-feira, 22 de maio de 2015

TRANSPORTE Metrô trava portas para ambulantes Fiscalização tenta evitar camelô nos trens e nas estações. Quem é flagrado tem mercadoria apreendida

Operação está sendo realizada, inicialmente, nos terminais que apresentam o maior índice de casos de comércio informal / Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Operação está sendo realizada, inicialmente, nos terminais que apresentam o maior índice de casos de comércio informal

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) está fechando o cerco contra vendedores ambulantes que atuam ilegalmente dentro dos vagões e das estações do Metrô do Recife, por onde passam diariamente cerca de 400 mil passageiros. A empresa firmou parceria com a Prefeitura do Recife, Polícia Militar, e com o Grande Recife Consórcio de Transportes para intensificar as fiscalizações e coibir o comércio informal nas composições ferroviárias, prática proibida por duas leis – uma estadual e outra federal.

A ação está sendo articulada entre os órgãos desde o fim do ano passado e começou a ser colocada em prática na última semana. Os agentes da PM e fiscais da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) estão atuando com seguranças da CBTU. Quem é flagrado comercializando qualquer tipo de mercadoria dentro dos vagões ou nas estações tem o material apreendido.
De acordo com a CBTU, a operação está sendo realizada, inicialmente, nos terminais que apresentam o maior índice de casos de comércio informal, como a Estação Central do Recife e a Estação Joana Bezerra. A expectativa é de que a fiscalização seja ampliada e chegue a todas as estações que compõem o sistema Metrorec.
Nos terminais, os efeitos da operação já começaram a ser sentidos pelos passageiros. “Uso o metrô todos os dias e já percebo muita diferença nas estações desde que essa ação foi iniciada. Os ambulantes não estão atuando com tanta frequência. O barulho, provocado pelos gritos dos vendedores, também diminuiu bastante”, comenta a estudante Renata Virgínia, 30 anos. 
Para o coordenador de operações da CBTU, Murilo Barros, o reflexo do reforço na fiscalização nas estações é visto de maneira positiva. “Os passageiros reclamam muito da ação dos ambulantes. Eles comercializam todo o tipo de produto e acabam ocupando o espaço destinado aos usuários. Com a operação, as estações estão mais limpas e com menos barulho”, avalia o coordenador.
O Grande Recife Consórcio de Transportes também intensificou a fiscalização nos terminais integrados para coibir a entrada de ambulantes. Por enquanto, a operação está concentrada no TI Xambá, TI Joana Bezerra, TI Barro e TI Recife. Ação será estendida a outros terminais e estações de BRT (ônibus de trânsito rápido).

BRT PERNAMBUCO - QUE VERGONHA,Não é BRT o sistema implantado nos corredores do Grande Recife.

Corredor BRT na Avenida Cruz Cabugá com velocidade de 4km/h Foto- Aline Soares Especial DP/D.A.Press
Corredor Norte/SUl com ônibus no tráfego misto na Avenida Cruz Cabugá a uma velocidade de 4km/h Foto- Aline Soares Especial DP/D.A.Press
O criador do sistema BRT, o urbanista Jaime Lerner, primeiro a implantar um modelo de transporte com corredores exclusivos e segregados para ônibus, estações em nível e pagamento antecipado, na década de 1970 em Curitiba, afirma que o sistema implantado no estado não condiz com as premissas de seu modelo.
Exportado para o mundo inteiro na sigla de Transporte Rápido por Ônibus (Bus Rapid Transit), foi também escolhido para dois corredores de transporte da RMR: Norte/Sul e Leste/Oeste. Previstos para serem entregues até a Copa, os dois corredores chegaram ao primeiro semestre de 2015 sem operar da forma prevista.
Sistema de BRT de Curitiba com faixa exclusiva e segregada em todo o seu percurso Foto: Hedelson Alves Especial DP/D.A.Press
Sistema de BRT de Curitiba com faixa exclusiva e segregada em todo o seu percurso Foto: Hedelson Alves Especial DP/D.A.Press
Sem faixa segregada ao longo do seu percurso, os ônibus do BRT ficam presos nos congestionamentos e até mesmo nos trechos onde a faixa é exclusiva ocorrem invasões por falta de segregação do espaço. Pelo menos duas estações de BRT (Tacaruna e Prefeitura) tiveram parte do teto danificado por caminhões na faixa destinada ao ônibus. “Não acompanhei as obras, mas isso não é BRT”, ressaltou Jaime Lerner em entrevista durante um seminário de mobilidade promovido, na última quarta-feira, pela Volvo, em Curitiba.
A Cruz Cabugá é um dos trechos mais complicados do Norte/Sul. O corredor tem nova promessa de ser entregue no fim de junho. Ainda faltam seis estações e o terminal de integração de Abreu e Lima. A operação chegou a Igarassu no sábado.
Já o Leste/Oeste não tem nem previsão de ficar pronto. Faltam os terminais da 2ª e 3ª perimetrais e das estações de Camaragibe e Conde da Boa Vista. Também não há faixa exclusiva em Camaragibe e alguns trechos da área central da cidade. “O sistema perdeu o R de rápido. Sem segregação não há confiabilidade. Ele precisa ser concluído”, apontou o professor da UFPE Leonardo Meira.
O gerente de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, André Melibeu, reconhece as dificuldades operacionais. “Enquanto o corredor de ônibus não estiver segregado, ele não será um BRT puro. Não sei quando haverá a segregação. Mas o corredor tem que operar como trem sem nada na frente. Mas a obra ainda não está pronta”, afirmou. A Secretaria das Cidades informou que a segregação dos corredores será feita após a conclusão das estações e que o projeto da circulação com intervenções necessárias depende de aprovação da CTTU. As obras foram iniciadas em 2012.
Saiba mais
As premissas básicas do BRT
Corredor exclusivo e segregado
Estações com pagamento antecipado
- Monitoramento dos ônibus no corredor por um central de controle
- Regularidade das viagens
As nossas premissas
- Corredor com parte da faixa exclusiva na PE-15 (Norte/Sul)
- Corredor com faixa exclusiva na Caxangá (Leste/Oeste)
- Estações com pagamento antecipado
- Ausência de monitoramento dos corredores
- Sem previsão de regularidade das viagens
Operação atual dos corredores
Norte/Sul
De 5 a 10 minutos de intervalo
Velocidade média de 16km/h
Leste/Norte
De 6 a 10 minutos de intervalo
Velocidade média de 20km/h
Projetado para o Norte/Sul
- 180 mil é a demanda estimada
- 26 estações previstas
- 15 em operação
- 6 sem operação
- 5 pendentes

PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DA RMR COMEÇA A SER IMPLANTADO


Os alunos que se cadastraram até o último dia 20 começaram a usar o cartão com crédito de 70 passagens mensais nesta quarta. (Foto: Marcos Pastich/PCR)

O Governo de Pernambuco, resgatando o compromisso firmado no início do ano, começa a implantar o Passe Livre: benefício que, a partir do primeiro dia letivo do segundo semestre de 2015, garante passagem gratuita a estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino da Região Metropolitana do Recife (RMR). Terão direito ao benefício alunos dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico, além dos cotistas da Universidade de Pernambuco (UPE).

Para ter direito, deve-se morar e estudar exclusivamente em instituições localizadas na RMR. Ao todo, 260 mil alunos de 399 escolas, além de 1,5 mil cotistas da UPE, estão aptos a tirar o Passe Livre Estudantil. A partir da próxima segunda-feira, dia 25 de maio, os interessados já poderão agendar o atendimento, no site www.atendimentovem.com.br ou pelo número 3125-7575, de segunda a sábado, das 7h às 19h. 

Retirada do cartão - A retirada do cartão começará a ser realizada no dia 8 de junho, no posto do VEM, localizado na Rua da Soledade, nº259, no bairro da Boa Vista. Os cartões são impressos na hora. No dia do atendimento, os estudantes devem levar documentos originais com foto, CPF e comprovante de residência.

O passe será carregado com 44 créditos por mês, concedidos pelo Governo do Estado, válidos de segunda a sexta, durante o período letivo. Além disso, o estudante permanecerá com o benefício da meia passagem, podendo carregar até 26 créditos, totalizando 70 passagens por mês.

Mais informações podem ser obtidas na Central de Atendimento ao Cliente, no 0800 081 0158.
 http://www.granderecife.pe.gov.br/web/grande-recife/exibir_noticia?groupId=1726912&articleId=3203456&templateId=1731187

A partir desta quarta-feira (1°), Rodrigo Tavares, 11 anos, não vai mais precisar fazer 40 minutos de caminhada de Santo Amaro até a Escola Municipal de Tempo Integral (EMTI) Pedro Augusto, na Boa Vista. O aluno do 6º ano começou a usar o Passe Livre Recife juntamente com outros estudantes das 36 escolas de 6º ao 9º ano que se cadastraram até o último dia 20.
"Eu sempre ficava com preguiça de acordar cedo e caminhar tudo isso para chegar à escola. Já chegava na sala todo suado e sem vontade de estudar. Hoje foi diferente. Acordei feliz para estrear meu Passe Livre. Agora, com certeza, vou ter mais ânimo para sair de casa e estudar, além de ter a oportunidade de utilizar as passagens nos finais de semana quando for passear", comemorou o aluno, que mora com os avós. Maurício Luiz Martins, 69 anos, contou que se sentia péssimo por não ter condições de garantir as passagens para o neto estudar. "A gente se preocupa em oferecer o melhor, mas não temos condições. Me cortava o coração não conseguir ter dinheiro para isso. Agora é só alegria. É dia de comemorar. Estou feliz porque vi o quanto meu neto ficou feliz", afirmou.
Cerca de 14 mil alunos da rede municipal de ensino têm direito ao Passe Livre Recife. O cartão dá direito a 70 passagens mensais. No início de cada mês, eles receberão automaticamente o crédito correspondente a 70 viagens no valor de meia passagem da tarifa do Anel A (R$ 1,07). O sistema limitará o uso a 70 vezes por mês, não podendo ser utilizado mais de quatro vezes por dia. Os créditos expiram em 180 dias, como ocorre com todo VEM. Os estudantes poderão usufruir do Passe Livre Recife em todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos, feriados e até mesmo durante as férias escolares.
Na manhã desta quarta, o secretário de Educação do Recife, Jorge Vieira, esteve na Escola Municipal Pedro Augusto para recepcionar os alunos que utilizaram o Passe Livre pela primeira vez e para orientar os que ainda não fizeram o cadastro no Posto de Atendimento do VEM, na Boa Vista. "Os estudantes que deixaram passar o primeiro prazo não perdem o benefício; só vão demorar mais a usar as passagens gratuitas. Quem emitir o cartão até o dia 20 de cada mês poderá andar de ônibus de graça no dia 1º do mês seguinte". A expectativa do secretário é que o Passe Livre ajude a reduzir a evasão escolar, proporcione aos estudantes o acesso ao lazer e colabore para a economia das famílias de baixa renda. O investimento será de cerca de R$ 1 milhão por mês, o que representa uma economia mensal de R$ 74,90 para cada família. No fim do ano, os pais terão economizado mais de um salário mínimo: R$ 898,80 por aluno.
Pleito de décadas do movimento estudantil, o Passe Livre faz parte do plano de governo do prefeito Geraldo Julio. O benefício foi instituído pela Lei nº 18.043/2014, de autoria do executivo municipal, e sancionada pelo prefeito Geraldo Julio no dia 23 de julho.
O Passe Livre Recife é de uso pessoal e intransferível, sendo proibida a cessão, venda ou qualquer forma de utilização do benefício por terceiros. Se for verificado o uso indevido do cartão, o beneficiário será notificado pela Secretaria de Educação para apresentar defesa no prazo de dez dias. Se a defesa não for apresentada ou for rejeitada, o estudante terá o benefício suspenso por 30 dias. Em caso de reincidência, o direito ao Passe Livre será suspenso por todo o semestre.
Para quem ainda não fez o cadastro, o Posto de Atendimento do VEM fica na Rua da Soledade, n° 259, bairro da Boa Vista. O horário de funcionamento é das 8h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Em sete guichês, os funcionários atendem prioritariamente os alunos da Prefeitura do Recife. É preciso levar CPF, certidão de nascimento ou documento de identificação com foto (carteira de identidade ou carteira de estudante) e comprovante de residência (este último pode ser em nome do pai ou responsável). Na hora do cadastro, o estudante tira foto, cadastra as impressões digitais para biometria e já sai do posto com o cartão do Passe Livre Recife. Quem tiver dúvidas deve procurar a diretoria da escola em que estuda.
CPF – Como a maioria dos alunos do 6º ao 9º ano têm entre 11 e 14 anos e muitos ainda não têm CPF, eles só poderão tirar o Passe Livre depois que fizerem o documento em um dos postos do Expresso Cidadão. Diferentemente do Passe Livre, para tirar o CPF é preciso ir acompanhado do pai ou responsável, com o documento de identificação dele, além de levar os originais do documento de identificação ou certidão de nascimento do estudante. O CPF fica pronto na hora e é gratuito. Quem preferir também pode tirar o documento em agências dos Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, onde é cobrada uma taxa de R$ 5,70. Quando estiverem com o CPF em mãos, os alunos devem se dirigir ao Posto de Atendimento do VEM.

BRT pernambucano não é BRT, diz Jaime Lerner, o criador do Bus Rapid Transit


Arquiteto, urbanista e, principalmente, o criador do sistema BRT (Bus Rapid Transit), Jaime Lerner foi enfático ao afirmar que o BRT pernambucano, o Via Livre, não pode ser considerado um sistema de BRT devido às lacunas deixadas no projeto. “Um sistema que tem intervalos superiores a 10 minutos e anda em tráfego misto não é um BRT”, disse. Lerner participou do Fórum de Mobilidade Volvo, realizado esta semana na capital paranaense dentro do evento SmartCity Business America.
Lerner foi quem projetou o BRT pernambucano. Em 2009, ele foi contratado pelo Urbana-PE, o Sindicato dos Empresários de Ônibus, para projetar os corredores Norte-Sul, com seus dois eixos (Cruz Cabugá e Agamenon Magalhães), e Leste-Oeste. Mas como o próprio urbanista afirmou, ele não acompanhou a execução do BRT. “Não sei o que foi feito, os detalhes, mas com essas características de longos intervalos, sem canaleta exclusiva, circulando em tráfego misto, posso garantir que isso não é um BRT”, disse.



Fotos: Roberta Soares
Fotos: Roberta Soares

Durante palestra sobre o futuro da mobilidade, o urbanista ainda criticou o fato de os sistemas de BRT estarem muito caros. “Os projetos de BRT estão absurdamente caros. E quando se vem a Curitiba se vê como é simples. Percebe-se que falta visão, se gasta muito com desapropriações e há superdimensionamento dos sistemas. E sistemas de transporte não são feitos de um ou dois corredores, precisam de redes. Isso vale para o BRT”, afirmou.

Lerner_Palestra

Lerner foi além. Criticou a opção pelas faixas exclusivas, a insistência pelo metrô devido ao custo e a demora de implantação e a demagogia dos gestores públicos para executar projetos que priorizem o transporte público. “Faixa pintada não é prioridade ao transporte público. É o começo, mas não o fim. O mais importante é a rede de transporte, não o corredor. E mesmo assim, no Brasil se leva muito tempo para fazer uma faixa pintada. Parece que não se quer fazer”.






fonte> De Olho no Transito

http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/deolhonotransito/2015/05/22/brt-pernambucano-nao-e-brt-diz-jaime-lerner-o-criador-do-bus-rapid-transit/

Transporte Ferroviario no Brasil - Fabricantes de trens temem a chegada dos investidores chineses




20/05/2015 - Em Economia
A entrada dos chineses em projetos de infraestrutura logística ainda é uma promessa, mas começa a tirar o sono da indústria nacional de ferrovias. O setor, que faturou R$ 5,6 bilhões no ano passado e gera 20 mil empregos diretos, teme que a investida dos asiáticos comprometa a produção nacional.
Os chineses estão de olho na Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), uma malha de 883 quilômetros prevista para ligar o maior polo de produção de grãos no País, na região de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, até sua ligação com a Ferrovia Norte-Sul, em Campinorte (GO).
O temor da indústria não é a construção da ferrovia, uma iniciativa que é muito aguardada pelo setor. A apreensão é com os acordos atrelados ao projeto, como importação de trens de passageiros, vagões, locomotivas e tudo o mais que envolva a estrada de ferro.
"Não somos contrários a investimentos estrangeiros, muito pelo contrário. Mas é importante assegurar que todos atuem de acordo com as mesmas regras e que enfrentem a mesma realidade", diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate. "Não queremos passar pelo que está acontecendo hoje com a Argentina, que viu a sua indústria ferroviária praticamente desaparecer."
Nos últimos 18 meses, o governo argentino firmou vários contratos com os chineses, com o propósito de revitalizar sua indústria ferroviária. Os apertos de mão resultaram na compra de 1.310 carros de passageiros chineses, 3 mil vagões, 100 locomotivas e um sem número de componentes de reposição, incluindo trilhos e dormentes. "Prometeram produção local aos argentinos. Depois de venderem tudo, disseram a eles que o país não tinha escala que justificasse uma fábrica", disse Abate, que teve encontro dias atrás com representantes do governo argentino.
Apesar da crise, da lentidão dos projetos em andamento e da dificuldade do governo em leiloar a construção de novas ferrovias, a indústria nacional tem registrado resultados positivos. O resultado de R$ 5,6 bilhões registrado no ano passado representa 24% de crescimento sobre o ano anterior, quando o setor faturou R$ 4,3 bilhões. Do total movimentado, cerca de 60% está ligado a transporte de passageiros e 40%, cargas. No ano passado, foram produzidos no Brasil 4.703 vagões, outros 374 carros de passageiros e 80 locomotivas.
fonte: As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Morte no Transporte - Caso Camila Mirele: delegado confirma que dispositivo de abertura do ônibus foi violado Outras duas pessoas que estavam no coletivo envolvido na ocorrência foram ouvidas



 Wilson Maranhão, da Folha de Pernambuco

O lacre de proteção do dispositivo de abertura da porta do ônibus em que a estudante Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos, havia sido violado. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelas investigações da morte da jovem, Newson Motta, em entrevista à Folha nesta quinta-feira (21). Ele afirma que em depoimento, testemunhas garantiram que o veículo trafegava com a peça exposta. Nesta quinta-feira (21), outras duas pessoas que estavam no coletivo envolvido na ocorrência foram ouvidas na Delegacia de Delitos de Trânsito (DPDT), no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife.
Segundo Motta, esses passageiros foram listados no Boletim de Ocorrência registrado pelo patrulheiro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Marcos Augusto Gonçalves Nunes, o primeiro a chegar ao local. As testemunhas relataram do ocorrido ao policial logo depois do acidente.
"O patrulheiro também foi ouvido por nós. Segundo ele, não havia vestígios de sangue da vítima na parte exterior do ônibus. Além disso, considero a ouvida dos passageiros como muito harmoniosa com os demais depoimentos colhidos. Eles informaram também que momentos antes de cair, Camila estava de costas no primeiro degrau de acesso do coletivo encostada à porta. Porém, elas não conseguiram visualizar se algum outro passageiro acionou a destrava da porta", comentou o delegado.
O investigador ainda aguarda os laudos periciais realizados pelo instituto de Criminalística (IC), mas adiantou que há possibilidade de que a estudante de Biomedicina não teria sido vítima de atropelamento. "Pelas circunstâncias da queda e das lesões sofridas pela vítima, há uma grande possibilidade de descartamos o atropelamento. Mas, prefiro aguardar a conclusão da perícia do IC para confirmar qual foi à decorrência da morte da garota", complementou Newson Motta.
De acordo com o laudo da tanatoscópico do Instituto de Medicina Legal (IML), a estudante morreu em decorrência de lesões pelo corpo e politrauma com contusões no tórax e abdome.
Em relação à violação do lacre de proteção do dispositivo, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, informou que a fiscalização para coibir essa infração é de responsabilidade do Grande Recife Consórcio de Transporte junto às empresas prestadoras do serviço. “Mas, infelizmente essas fiscalizações não acontecem. Agora, acredito que a partir do caso de Camila, essas vistorias sejam realizadas. Quando esse dispositivo é violado, é recomendado que o veículo não saia da garagem. No caso que haja a violação deste dispositivo, é necessário que o motorista registre o ocorrido na linha de serviços, para que logo após, a empresa assine a ordem de serviço e a manutenção reponha a peça”, comentou o gestor da entidade sindical.
Procurada pela Folha, o Grande Recife informou que só irá se pronunciar após a conclusão do inquérito sobre a morte da estudante Camila Mirele. Já a Empresa Metropolitana, detentora do coletivo em que a vítima despencou, informou em nota que opera seguindo as exigências do Grande Recife.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Colisão entre dois ônibus deixa doze pessoas feridas no Recife Os dois coletivos, da mesma linha, se chocaram na Rua Vale do Siriji. Segundo Corpo de Bombeiros, lesões dos feridos foram leves.

20/05/2015
Ônibus colidiram na Várzea e deixaram pelo menos 10 pessoas feridas (Foto: Antonio Coelho / TV Globo)
Ônibus colidiram na Várzea e deixaram pelo menos 10 pessoas feridas (Foto: Antonio Coelho / TV Globo)
A colisão de dois ônibus da mesma linha deixou doze pessoas feridas, de acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), na tarde desta quarta-feira (20). O acidente aconteceu no final da Rua Vale do Siriji, na comunidade UR-07, bairro da Várzea, Zona Oeste doRecife. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram atender os feridos.
Segundo testemunhas, um dos motoristas entrou pela contramão, o que causou a batida (Foto: Antonio Coelho / TV Globo)Segundo testemunhas, um dos motoristas entrou
pela contramão, o que causou a batida
(Foto: Antonio Coelho / TV Globo)
Segundo os bombeiros, os dois coletivos da linha Jardim Teresópolis / TI Caxangá se chocaram de frente, deixando dez feridos. De acordo com testemunhas, um dos motoristas pegou uma contramão quando saía da Avenida Guarani para a Rua Vale do Siriji, o que provocou a colisão.
Os bombeiros informaram ainda que todos os feridos estavam conscientes e orientados, apenas com lesões leves. Uma mulher de 22 anos, com lesão no nariz, e um homem de 45 anos, com ferimento no braço esquerdo, foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Lourenço da Mata. Ainda não há informação sobre seus estados de saúde. Os outros feridos foram atendidos pelo Samu.
A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) informou que enviou agentes ao local para organizar o trânsito. Procurado pelo G1, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) informou que a empresa está prestando assistência às vítimas e enviou equipe ao local para apurar as circunstâncias da colisão.
fonte: g1 Pe
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/05/colisao-entre-dois-onibus-deixa-ao-menos-10-pessoas-feridas-no-recife.html
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BRT PELO BRASIL - Passageiros ficam até duas horas no terminal Alvorada para conseguir lugar em ônibus do BRT Superlotação e qualidade do asfaltamento estão entre as principais reclamações dos usuários da Transoeste Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bairros/passageiros-ficam-ate-duas-horas-no-terminal-alvorada-para-conseguir-lugar-em-onibus-do-brt-16216627#ixzz3am283KqQ © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Retrato diário: ônibus lotados - Angelo Antônio Duarte / Agência O Globo


RIO - O motorista de BRT Paulo Ferreira (nome fictício) leva uma hora e dez minutos para fazer uma viagem que deveria durar 55 minutos, por causa dos remendos no asfalto. A babá Priscila dos Santos fica até duas horas na fila do Terminal Alvorada, mais tempo do que passa no ônibus. Para chegar mais rápido em casa, o soldador Márcio Pereira da Silva prefere embarcar na “lata de sardinha”, como define. Esses são alguns dos incômodos impostos diariamente aos usuários e motoristas do pioneiro BRT Transoeste, principal projeto de mobilidade urbana da prefeitura, que, às vésperas do seu terceiro aniversário, já (ou ainda) apresenta consideráveis problemas.
Embora a praticidade e a redução do tempo de viagem sejam celebradas por quem depende do transporte público, as deficiências no serviço fazem com que o BRT atraia a antipatia de boa parte dos usuários. Uma visita ao Terminal Alvorada num dia de semana, entre 17h e 19h, é sintomática. O cenário é de filas gigantes e muita correria atrás de lugar nos ônibus.
— Se eu quiser ir rápido, preciso entrar numa lata de sardinha — diz o soldador Marcio Pereira da Silva, que viaja até a estação Mato Alto, onde pega uma linha alimentadora até Vila Kennedy. — O projeto é muito bom; o problema é a execução. São poucos ônibus para muita gente.
Atualmente, o Transoeste recebe em média 190 mil pessoas por dia. Número que aumentou muito devido, em parte, à política da prefeitura de extinguir linhas de ônibus e seccionar outras, que se tornaram alimentadoras. Em março deste ano, o prefeito Eduardo Paes reconheceu que a demanda foi subdimensionada. Já o secretário de Transportes, Rafael Picciani, disse, mês passado, que seriam necessários mais 41 ônibus articulados e 15 não articulados para desafogar os dois corredores.
— A viagem é rápida; o ruim é a superlotação. Fico de 40 minutos a uma hora no ônibus, e, às vezes, duas horas na fila, para pegar um mais vazio — conta a babá Priscila dos Santos, que vai da Barra a Santa Cruz diariamente. — Antes eu pegava o ônibus 882, que era pior. A construção do Túnel da Grota Funda foi uma grande vantagem também.
Mar de gente no Terminal Alvorada - Angelo Antônio Duarte / Agência O Globo



Segundo a Secretaria municipal de Transportes, desde a inauguração do sistema de BRTs, em junho de 2012, a frota cresceu 50%, e passou dos 10,8 milhões de passageiros por ano para os atuais 75,4 milhões. O aumento da demanda, sustenta, ocorre porque “a população reconhece as vantagens do sistema”.
Para o professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ Paulo Cezar Ribeiro, porém, a prefeitura erra ao considerar o sistema como um substituto do metrô:
— O BRT foi vendido como se pudesse suportar até 45 mil passageiros por hora, mas tem capacidade limitada. Se fosse ajustado ao seu nível real de demanda seria ótimo, já que tem custo mais baixo. Mas, como um substituto do metrô, não funciona. E, como consequência, vemos filas gigantescas e caos nos terminais.
FALTA DE INFORMAÇAO E POUCAS BILHETERIAS
O longo tempo de espera na fila e a superlotação do BRT Transoeste fazem a faxineira Maria do Nascimento sentir falta das linhas de ônibus que iam até Campo Grande e foram extintas. Já o estudante André Viana reclama de falta de informação. Certa vez, ele só descobriu que o ônibus expresso ia direto para a estação Mato Alto entre as 16h e as 20h, sem parar na Glaucio Gil, após ter embarcado.
— A sorte é que o motorista me deixou saltar antes; é preciso dar mais informações. Uso os dois corredores, e o Transcarioca é um pouco melhor. No geral, o BRT é mais prático, mas para mim, em questão de tempo, continua tudo igual.
Apesar de o Transoeste concentrar o maior número de reclamações, usuários do Transcarioca também relatam problemas. Para Roberto dos Santos, que vai da Barra, onde trabalha, para Madureira todos os dias, o tempo de viagem também não diminuiu.
— Faço a viagem em menos de uma hora, mas passo mais do que isso na fila. Antes eu pegava o 690, e às vezes ficava duas horas no trânsito. Mas, se considerar o quanto espero no Alvorada agora, pouco mudou.
Passageiro consegue espaço deitado - Angelo Antônio Duarte / Agência O Globo


Segundo o motorista de BRT Paulo Ferreira, a superlotação impede que passageiros entrem nos ônibus em determinadas estações.
— No horário de pico, nas últimas paradas antes do Alvorada, como o Barra Sul e o Novo Leblon, ninguém entra. Quem está dentro puxa o pino de emergência para controlar manualmente a porta, e, assim, impedir que ela se abra para outros passageiros.
Uma bilheteira acrescenta que falta planejamento na venda de passagens:
— Em Santa Cruz, no módulo expresso, só há duas bilheteiras trabalhando, quando seriam necessárias pelo menos quatro. E toda hora o sistema sai do ar; as filas ficam gigantes.

ASFALTO RUIM PROLONGA VIAGEM

A qualidade do asfaltamento do corredor Transoeste é outro problema, e acarreta o aumento do tempo de viagem. A má conservação da pista é agravada pelos vários “remendos” feitos, que formam, em alguns casos, verdadeiras lombadas. Segundo o motorista Paulo Ferreira, uma viagem entre Santa Cruz e a estação Alvorada, que era realizada em 55 minutos, agora chega a durar 15 minutos mais, já que, em muitos trechos, a redução de velocidade é imposta pelo estado da via.
Asfalto desnivelado em Guaratiba - Freelancer / Bia Guedes


Partindo da Alvorada, o primeiro trecho em estado precário fica em frente ao Américas Shopping. Mais adiante, em Guaratiba, entre as estações Mato Alto e Magarça, está o pior ponto, segundo Ferreira, onde ônibus são obrigados, muitas vezes, a circular a 20 km/h. Diferentemente da pista do Transoeste, primeiro corredor inaugurado, a do Transcarioca é feita de concreto, assim como serão a das futuras vias Transolímpica e Transbrasil e a do Lote Zero do Transoeste, em construção.
— O asfalto do Transoeste é de péssima qualidade, tem menos granito que o normal e mais borracha. Viram que foi um fracasso e mudaram a fórmula para os outros corredores. Concreto suporta muito mais peso — afirma Ferreira.
Na altura da estação Pingo D’Água, um extenso trecho da pista ficou fresado ao longo de mais de um mês, após a Secretaria de Conservação (Seconserva) interromper o recapeamento do asfalto. Depois de uma reportagem do “RJ-TV”, em abril, denunciar a presença de buracos, as obras começaram, mas, segundo usuários, cessaram sem explicação aparente, antes de serem concluídas. Procurada, a pasta não explicou a interrupção do serviço, mas informou que ele foi retomado na última sexta.
As ondulações no asfalto afetam ainda a vida útil dos ônibus do BRT, fazendo com que as chamadas sanfonas dos veículos enverguem — em alguns casos, a traseira chega a raspar no chão — e o bolsão de ar acabe estourando, o que deteriora a suspensão. Segundo Ferreira, desde 2013 três bolsões do veículo que ele dirige estouraram.
— Nós perdemos a estabilidade, e, como o orçamento é apertado para peças, demoram para repor a sanfona. O certo seria trocarem o asfalto inteiro dos trechos ruins do Transoeste, em vez de fazer remendo em cima de remendo — afirma o motorista, acrescentando que vários ônibus circulam sem o adesivo atualizado da vistoria no para-brisa.
Com o ônibus envergado, traseira do ônibus toca o chão - Freelancer / Bia Guedes


A Seconserva informou que o corredor Transoeste é visitado constantemente pelas equipes de manutenção e que o recapeamento de cinco quilômetros da pavimentação entre as estações Pingo D’Água e Magarça foi iniciado em abril a fim de evitar os remendos. A pasta confirmou que recomenda a redução de velocidade nos trechos com problemas. E, sobre a qualidade do asfalto, esclareceu que é do tipo SMA (stone mastic asphalt), “um pavimento resistente e adequado para cargas pesadas”, e que sua escolha foi técnica, devido ao tipo de solo da região, que é mole e exige um material mais flexível, diferentemente do que acontece nos demais corredores do BRT e também no Lote Zero do próprio Transoeste.
Já a Secretaria municipal de Transportes (SMTR) admitiu os problemas e disse que eles serão corrigidos com novas obras e ajustes da prefeitura, como a regulamentação, publicada em março, para o funcionamento de determinadas estações durante a madrugada e o estudo para construção de novas estações no Transoeste. Sobre a frota, a pasta diz que existem 320 ônibus nos corredores Transoeste e Transcarioca e que a carência de mais veículos, citada pelo secretário Rafael Picciani, em abril, persiste. Em relação aos veículos que circulariam sem o adesivo da vistoria, a SMTR prometeu averiguar a denúncia.
Trecho fresado na altura do Pingo D’água - Freelancer / Bia Guedes


Quanto à instabilidade do sistema de recarga de cartões, o consórcio do BRT respondeu que solicitou providências à RioCard. E, a respeito da falta de informações, a posição foi de que novos procedimentos serão implantados, como instalação de quiosques e telas de informação. Os usuários agradecem.


FONTE: O GLOBO

terça-feira, 19 de maio de 2015

Corredor Norte-Sul totalmente pronto somente em julho. Leste-Oeste ainda sem previsão. Assim caminha o BRT pernambucano

Fotos: Fernando da Hora/JC Imagem
Ausência de estações de BRT em Igarassu, por exemplo, compromete eficiência do sistema. Fotos: Fernando da Hora/JC Imagem
 Início de julho. Essa é a nova previsão de conclusão do Norte–Sul, um dos corredores de BRT (Bus Rapid Transit) pernambucano, batizado de Via Livre e que liga por 33 quilômetros o Recife ao município de Igarassu, no extremo norte da Região Metropolitana. Pelo menos para o eixo principal do corredor, que faz a ligação com o Centro da capital pela Avenida Cruz Cabugá. É mais uma promessa, já que o Norte–Sul deveria estar pronto desde o fim de 2013, mas no ano passado as obras começaram a se arrastar por falta de recursos, situação que permanece até hoje.
Das oito linhas previstas, apenas quatro estão funcionando – duas delas iniciadas no último sábado. O corredor, que deveria transportar 150 mil passageiros por dia, caminha para alcançar 45 mil após o incremento na operação. Dos 88 BRTs adquiridos pelo Consórcio Conorte (formado pelas empresas Itamaracá, Cidade Alta e Rodotur), 30 ainda permanecem nas garagens, sob sol e chuva, à espera de linhas para operá-las. Estão assim há dois anos. Das 25 estações previstas, 20 começaram a funcionar.
“Nossa estimativa é que no meio de junho possamos iniciar a operação das duas estações que faltam ser concluídas na Avenida Cruz Cabugá (próximas ao IEP e à Assembleia de Deus). Isso já trará muitos benefícios para os passageiros que saem dos TIs Pelópidas Silveira, PE–15 e Igarassu. O Terminal Integrado de Abreu e Lima e as outras três estações (no Complexo de Salgadinho, ao lado do TI Abreu e Lima e em Igarassu) devem ficar prontas no fim de junho, início de julho. Será quando teremos o corredor operando integralmente”, afirmou o diretor de Operações do Grande Recife Consórcio de Transportes, André Melibeu.

Estação em Igarassu é uma das que ficarão prontas em julho
Estação Cruz de Rebouças, em Igarassu, é uma das que ficarão prontas em julho

Nesta segundafeira, primeiro dia útil das duas novas linhas que entraram em operação no sábado, o sistema deu claros sinais de que ainda são necessários muitos ajustes. A população, de forma geral, elogiou o novo tipo de transporte, principalmente o fato de viajar em veículos mais confortáveis e refrigerados, o que antes não existia nas linhas 1946 – TI Igarassu (PCR) e 1976 – TI Pelópidas (PCR). Mas a ausência de estações de embarque e desembarque do BRT ao longo do percurso foi o principal motivo de reclamação dos passageiros. “Atrapalha demais. Mostra que o governo colocou o sistema para operar no improviso. É muito ruim para quem está na parada e não pode pegar o BRT porque a estação adequada para ele não existe ou não está pronta”, disse o gestor logístico Maurício de Medeiros.
A falta de opção para o desembarque fez com que a demanda do BRT fosse menor do que a prevista na linha TI Igarassu (PCR) e houvesse uma migração dos passageiros para a linha convencional TI Igarassu (Dantas Barreto). “Os BRTs estavam saindo com uma média de 10 passageiros em pé por veículo no horário de pico, quando esperávamos que fossem 60 ao longo do percurso. Por isso estamos correndo com as obras das estações da Cruz Cabugá e, ao mesmo tempo, vamos retornar a operação semi–expressa da linha TI Igarassu (Dantas Barreto), que recebeu uma demanda acima da normal”, explicou Melibeu.

TI da IV Perimetral começou a ser construído e encontra-se abandonado. Até um pé de melancia cresce no local
TI da IV Perimetral começou a ser construído e encontra-se abandonado. Até um pé de melancia cresce em meio ao concreto

SITUAÇÃO DO CORREDOR LESTE-OESTE É AINDA PIOR. RAMAL AGAMENON TAMBÉM
Se o Norte–Sul se arrasta para entrar plenamente em operação, a situação do segundo corredor de BRT da Região Metropolitana do Recife, o Leste–Oeste, é ainda pior. As obras estão paralisadas desde novembro do ano passado e ainda sem qualquer previsão de retomada. Com a quebra financeira da Construtora Mendes Júnior – após envolvimento na Operação Lava-Jato –, os trabalhos pararam de vez e, pelo menos por enquanto, não há previsão de retomada. O governo decidiu rescindir o contrato e estuda o que fazer.
O mesmo acontece com o segundo eixo do Corredor Norte–Sul, pela Avenida Agamenon Magalhães, até o Terminal Integrado Joana Bezerra. Depois que o governo do Estado foi forçado pela pressão popular a desistir da construção de quatro viadutos sobre a via, o corredor deveria ter começado a ser construído ainda em 2013, mas nada avançou.
O mais incômodo é que o Corredor Leste–Oeste está com 80% das obras finalizadas. E o que está quase pronto, mas sem uso, deteriora-se com o tempo. É o caso do TI da III Perimetral, quase concluído, mas abandonado. Em situação idêntica encontra-se o TI da IV Perimetral, onde até um pé de melancia cresce em meio à vegetação que toma conta do concreto.

FONTE : DE OLHO NO TRANSITO.
LINK: http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/deolhonotransito/2015/05/18/corredor-norte-sul-totalmente-pronto-somente-em-julho-leste-oeste-ainda-sem-previsao-assim-caminha-o-brt-pernambucano/

Metro funcionando legal e os ônibus circulares sem atender os usuário, e veja na foto 8 carros no patio.

Quem precisou da Estação Central esta manhã se deparou com esse cenário: longas filas e superlotação. A foto foi enviada por Francisco Vidal, pelo app Comuniq. "Quando o metrô funciona razoavelmente bem, as linhas de ônibus não correspondem. Oito ônibus estacionados e os passageiros esperando. Não pode diminuir o intervalo na hora do pico? Isso é um absurdo", reclamou.



fonte: Jc Trânsito.

Mobilidade » BRT com frequência irregular,Primeiro dia útil de duas novas linhas do Corredor Norte/Sul teve contraste entre intervalos longos ou muito curtos entre as viagens.



O primeiro dia útil das novas linhas do BRT do Corredor Norte-Sul foi marcado por contrastes entre intervalos longos ou muito curtos nas viagens. Na noite de ontem, em menos de 15 minutos, cinco ônibus da linha TI Pelópidas (PCR) passaram na Estação Riachuelo, na área central do Recife. Houve um momento em que dois veículos da mesma linha chegaram juntos ao local. 

Enquanto isso, a linha TI Igarassu teve um intervalo de 10 minutos de um ônibus para o outro na mesma parada. Mesmo entre as 18h e 19h, no horário de pico, as estações estavam tranquilas, com poucos passageiros. 

Na Avenida Cais do Apolo, Rua do Hospício e Rua do Riachuelo, onde é possível embarcar no BRT para essas duas novas rotas, não havia superlotação nem tumulto. As linhas começaram a operar no sábado e conquistaram alguns passageiros sobretudo pelo conforto.

O eletricista Adnelson Dantas, 44 anos, disse que vai trocar os ônibus convencionais pelo BRT, embora tenha gasto mais tempo de Igarassu para a Rua do Riachuelo no equipamento novo. “Trabalho à noite e geralmente passo 50 minutos nesse percurso, saindo do Terminal de Igarassu. Mas hoje demorei uma hora e quinze minutos. Mesmo assim, o conforto compensa”, observou.
Por meio da assessoria de imprensa, o Grande Recife Consórcio de Transportes informou que a primeira semana de operação dos veículos é de ajustes. A companhia está identificando as falhas nos horários para corrigi-los.

Cartão VEM
Funcionária do Grande Recife na Estação Riachuelo, Edneuza Bezerra dos Santos, 43, notou aumento na procura por cartões Vem nas estações. Só é possível usar o BRT por meio dele e, quem não tem, pode obtê-lo de forma fácil e rápida na entrada de cada estação. 
O passageiro paga R$ 10, sendo R$ 7 para a primeira recarga de créditos e R$ 3 do cartão, que sai na hora. “Das 14h às 18h fiz uns 50 novos cartões. Sem as novas linhas teria feito metade disso”, explicou Edneuza.



- As duas novas linhas passam pela PCR
- A TI Igarassu segue pelas rodovias BR-101 e PE-15 
- A TI Pelópidas entra no Terminal Integrado da PE-15

As novas linhas contam com: 
14 veículos
76 viagens
18 ônibus 
178 viagens por dia

- A TI Igarassu (PCR) opera das 4h10 às 21h30 e a TI Pelópidas (PCR) das 4h às 23h40.
fonte: Diario de Pernambuco
reporter: Larissa Rodrigues.