domingo, 6 de março de 2016

BRT DE PERNAMBUCO ESTA EM RUINAS, POR SER MAU ADMINISTADO PELA SECRETÁRIA DAS CIDADES.

Fonte: Blog de Olho no Trânsito com Roberta Soares do Jc


Fonte

A degradação do sistema BRT recifense acontece a olhos vistos. Que dor!




Ele foi projetado para ser o transporte do futuro. Quando o então governador Eduardo Campos decidiu que iria copiar o modelo de Curitiba, no Paraná, ainda em 2009, a promessa era de um sistema de transporte de alto nível, com qualidade, conforto, beleza e higiene. E tudo isso sem novos custos para a população. Mas as promessas se perderam no vento e, hoje, quase dois anos depois de uma operação capenga, o sistema de BRT (Bus Rapid Transit) do Grande Recife, batizado de Via Livre, se deteriora a olhos vistos. Os ônibus, que custaram entre R$ 700 e 800 mil, estão sendo avariados porque continuam trafegando sem ou com pouca prioridade viária, disputando espaço com os veículos particulares e outros coletivos. E as estações sofrem com a cara manutenção – quase R$ 1 milhão por mês – e a falta de recursos para promover melhorias.
Gastamos R$ 8 mil somente nos últimos três meses. Apelamos à população para que colabore cuidando do sistema”,
João Batista, coordenador de engenharia do Consórcio Grande Recife

Confira o especial multimídia O Transporte do Futuroproduzido pela repórter Roberta Soares, em 2009, quando Pernambuco sonhava com um sistema de BRT eficiente, igual ao de Curitiba.

Quem percorre os dois corredores recifenses de BRT (Norte-Sul, com 33 quilômetros, e o Leste-Oeste, com 15 quilômetros) percebe o quanto largado está o sistema. Nota sem dificuldade a degradação em toda a parte. Em algumas estações, o dano material é evidente, mas em outras não. A falta de fôlego financeiro do poder público – nesse caso leia-se o Grande Recife Consórcio de Transporte e a Secretaria Estadual das Cidades – é mais subjetiva. Mas basta olhar com um pouco de atenção que se percebe.


Os horríveis gelos-baianos viraram acessório de proteção das estações. Fotos: Fernando da Hora/JC Imagem
Os horríveis gelos-baianos viraram acessório de proteção das estações. Fotos: Fernando da Hora/JC Imagem


O ar-condicionado da maioria das estações já não proporciona a mesma refrigeração de antes e é comum encontrar alguns quebrados ou desativados. Portas de vidro danificadas são frequentes nos dois corredores, resultado de constantes atos de vandalismo. O Consórcio Grande Recife tenta conscientizar a população sobre a importância de preservar o sistema BRT por ser mais caro e tem adesivado algumas das portas danificadas, mas muitos dos passageiros sequer percebem a ação. O chão das estações está sujo, assim como os vidros internos e externos – vale ressaltar que são vidros temperados, caros, escolhidos para minimizar a sensação de calor dos usuários. Percebe-se que não são lavados com frequência. Algumas estações do Corredor Leste-Oeste têm marcas do resíduo liberado pelo cano de escape dos BRTs e, como a limpeza não é feita regularmente, manchas negras predominam na cobertura.


Estação Tacaruna, do Leste-Oeste, está com a cobertura destruída há mais de um ano
Estação Tacaruna, do Leste-Oeste, está com a cobertura destruída há mais de um ano


Quando o enfoque é o dano físico do BRT, os problemas se tornam ainda maiores. Por falta da segregação física para o tráfego exclusivo dos veículos, pelo menos seis estações estão com as coberturas parcialmente destruídas. Algumas, como a Tacaruna (Corredor Norte-Sul), está assim há mais de um ano. O entorno das unidades também é deprimente. A prometida urbanização anunciada nos projetos de BRT também foi esquecida no caso do sistema recifense. Não há calçadas nem arborização. No máximo, semáforos para ajudar na travessia dos pedestres. Gelos-baianos – muitos deles pichados – foram transformados em equipamentos de proteção das estações. A impressão é de que, de fato, se preocuparam apenas em instalar o sistema, sem integrá-lo de forma agradável ao ambiente existente.



Jogou a toalha? Sem recursos para concluir as obras, Consórcio Grande Recife decide tapumar as estações para evitar mais vandalismo
Jogou a toalha? Sem recursos para concluir as obras, Consórcio Grande Recife decide tapumar as estações para evitar mais vandalismo

O Estado se constrange quando fala do assunto. Responsável pela operação do sistema, o Consórcio Grande Recife luta para garantir a boa operação do BRT mesmo sem os recursos ideais. A manutenção de cada estação custa, por mês, R$ 22 mil. Hoje, são 29 estações em operação. Deveriam ser 54. “Sofremos muito com o vandalismo e a situação não está pior porque estamos sempre trocando as portas de vidro. Mas os recursos são poucos. A crise está em todo lugar. Gastamos R$ 8 mil somente nos últimos três meses. Apelamos à população para que colabore cuidando do sistema”, diz João Batista, coordenador de engenharia do órgão.


Em três meses, o Estado gastou R$ 8 mil para trocar as portas de vidro. Estações foram caras e são ainda mais caras para manter: R$ 22 mil cada uma por mês
Em três meses, o Estado gastou R$ 8 mil para trocar as portas de vidro. Estações custaram muito e são ainda mais caras para manter: R$ 22 mil cada uma por mês


CORREDOR VIA LIVRE NORTE/SUL

24 Estações em operação – Deveriam ser 28
Demanda de 36 mil usuários/dia – Eram 180 mil/dia
5 linhas de BRT em operação
Estações em operação: Cruz de Rebouças, Abreu e Lima, José de Alencar, Hospital Central, São Salvador do Mundo, Cidade Tabajará, Jupirá, Aloísio Magalhães, Bultrins, Quartel, Sítio Histórico, Mathias de Albuquerque, Kennedy, Tacaruna, Santa Casa da Misericórdia, Araripina, IEP, Treze de Maio, Riachuelo, Praça da República, Nossa Senhora do Carmo, Maurício de Nassau, Istmo do Recife e Forte do Brum.
CORREDOR VIA LIVRE LESTE/OESTE
15 Estações – Deveriam ser 26
Demanda de 50 mil usuários/dia – A previsão era de 155 mil/dia
3 linhas de BRT em operação
Estações em operação: Areinha, Barreiras, Padre Cícero, Capibaribe, Engenho Poeta, Riacho do Cavoco, BR-101, Caiara, Parque do Cordeiro, Forte do Arraial, Getúlio Vargas, Zumbi, Abolição, Derby e Guararapes.
22 mil reais é o custo de manutenção de cada uma das estações
8 mil reais foram gastos com a reposição de apenas seis portas de vidro nos últimos três meses


Sem a limpeza adequada, cobertura de algumas estações ficam marcadas pela sujeira que sai do carburador dos ônubus
Sem a limpeza adequada, coberturas de algumas estações ficam marcadas pela sujeira que sai do escapamento dos BRTs.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Grande Recife Consórcio promete disponibilizar Whatsapp para denúncias


Queima de parada é a denúncia mais frequente 
Foto: Júlio Cirne/JC Trânsito


Do JC Trânsito
Após anos de reclamações contra a central de atendimento do Grande Recife Consórcio de Transporte, que não aceita ligações feitas de telefones celulares, o órgão agora promete se redimir. Um canal de denúncias deverá ser lançado pelo Whatsapp ainda este mês.
O número ainda não foi disponibilizado, mas deve ter a mesma terminação que o atendimento comum, que hoje funciona pelo 0800.081.0158 diariamente, das 7h às 19h. Para fazer denúncias, o usuário deve anotar informações como nome e número da linha, nome da empresa, data, hora, local e sentido da viagem, além do número de ordem do veículo.

O objetivo, segundo o Grande Recife Consórcio, é que os passageiros possam fazer denúncias mais completas, com imagens e vídeos. Uma orientação que pode parecer estranha, por exemplo, é para poder provar que motoristas queimam os pontos de ônibus. Nesses casos, se a irregularidade for frequente, o Grande Recife Consórcio afirma que o usuário já deve sinalizar pedindo a parada com o celular na mão e gravando.

NÚMEROS ATUAIS - De acordo com o órgão, são recebidas, em média, 270 ligações diariamente. A reclamação mais registrada foi justamente a queima de parada, com 678 denúncias. O ranking segue com queixas sobre o não cumprimento do quadro de horários (361) e a falta de urbanidade, que é quando os profissionais tratam mal os passageiros (330).
Fonte: Jc Trânsito caderno transporte.

MOBILIDADE Uber começa a funcionar no Recife Capital pernambucana é a primeira do Nordeste a receber serviço que oferece corridas a partir de carros particulares


Novos usuários podem baixar o aplicativo ou usar via web
Novos usuários podem baixar o aplicativo ou usar via web
Arnaldo Carvalho/JC Imagem
A polêmica em torno da Uber aportou de verdade no Recife. A empresa, que permite a cidadãos comuns oferecerem transporte em seus carros particulares, começou a prestar seus serviços na capital pernambucana nesta quinta-feira (3) – oficialmente a partir das 14h. Chega para a alegria de entusiastas do sistema de compartilhamento de veículos, com promessa de renda extra para quem dirige e de economia de até 40% para quem usa. Mas é sinônimo de angústia para taxistas, que encaram o sistema como um concorrente desleal; e para o poder público, que ainda não sabe bem como lidar com essa novidade.
A seleção de motoristas, chamados pela Uber de parceiros, já está ocorrendo, mas a empresa não revela quantas pessoas aderiram ao sistema no Recife. Informa apenas que são 10 mil pessoas no País. Esses parceiros são pessoas maiores de idade que precisam provar que não têm antecedentes criminais e têm que apresentar documentos pessoais e do veículo. É preciso, ainda, passar pelo que a Uber chama de “sessão de ativação”, para conhecer as práticas dos motoristas que têm as melhores avaliações.
O cadastro pode ser feito no site www.parceirospe.com. A remuneração é paga semanalmente e equivale a 75% do que o cliente paga pelas corridas, cuja oferta é feita de acordo com a vontade do motorista: ele é quem define quando vai estar disponível e por quanto tempo, já que aceita as corridas se quiser.
Não há uma estimativa de ganhos no Recife, mas, para São Paulo, o site dos parceiros daquele Estado mostra uma simulação em que sete a nove horas por dia e boa avaliação dos clientes podem render cerca de R$ 4.300 por mês, já descontada a comissão da Uber. Vale lembrar que esses valores são para São Paulo e cada Estado tem suas tarifas. No Recife, por exemplo, os preços para as corridas são R$ 2,50 como valor-base (cobrado em toda corrida), R$ 1,15 por quilômetro mais R$ 0,17 por segundo. No entanto, o valor mínimo para uma corrida é de R$ 6. A tabela vale para o preço regular, mas a Uber trabalha também com “Preços Dinâmicos”, que aumenta os valores para situações de alta demanda, como o Carnaval, por exemplo.
No caso dos usuários, também é preciso um cadastro (veja no quadro abaixo), que pode ser feito no site ou nos aplicativos para iOSAndroid e Windows Phone . Quem já tem conta pode distribuir um código promocional com R$ 20 em bônus para seus contatos (acessível via web ou aplicativo no menu “Viagens gratuitas”).


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CARROS - 
A estreia no Recife é com a categoria UberX. Nela, o carro tem que ser de um modelo a partir de 2008, com quatro portas e ar-condicionado. Nesta modalidade, o preço da corrida é mais barato do que na Uber Black, pela qual a empresa é mais conhecida e que se restringe a carros pretos de luxo. Segundo o diretor de Comunicação da Uber no Brasil, Fábio Sabba, a oferta desse segmento, assim como de outros serviços como o UberPet, que permite o transporte de animais de estimação, vai ser avaliada conforme a demanda.

Recife é a primeira do Nordeste em que a companhia norte-americana opera. O município entrou no radar da empresa devido à quantidade significativa de usuários do sistema oriundos da cidade mas que faziam corridas em outros Estados ou países. O interesse da companhia foi revelado em agosto do ano passado, quando começaram as contratações para o escritório local. Uma equipe já está formada e outras quatro vagas estão abertas, para cargos de gerência e coordenação (veja em www.uber.com/careers).

Serviço encara resistência
Assim como em diversos pontos do mundo, a Uber chega ao Recife cercada de resistência. Em outubro do ano passado, foi sancionada uma lei municipal que restringe o uso de aplicativos de táxi e proíbe a atuação de motoristas e veículos que não atendam à lei federal 12.468/2011, que regulamenta a profissão de taxista. É a mesma legislação usada pela Uber como defesa da atividade da empresa, pois só serviria para taxistas e não se aplicaria aos parceiros da Uber.

As divergências de interpretações da lei dão espaço para que a empresa atue no Recife – onde, inclusive, tem CNPJ e paga Imposto Sobre Serviço (ISS), tributo que aplicativos como EasyTaxi e 99Taxis não recolhem aqui. “Todas as decisões judiciais têm sido favoráveis à Uber”, assegura Fábio Sabba, executivo da empresa que anunciou ontem a chegada à capital. “A lei (do Recife) é inconstitucional. O governo pode fiscalizar, mas não pode proibir”, assegura.
Do outro lado, a Prefeitura do Recife já mostra que há muita disputa pela frente. Em nota ao JC, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc) informou que “(...) uma vez que os veículos que utilizam a plataforma do Uber não são cadastrados no município, os mesmos poderão ser fiscalizados como transporte irregular de passageiros. A fiscalização por parte da CTTU já acontece de forma contínua e o valor da multa para os condutores que realizam esse tipo de transporte de forma irregular é de R$ 2.776”.
Em Olinda, a postura da prefeitura é semelhante. Segundo o secretário de Transportes e Trânsito, Oswaldo Lima Neto, tramita na Câmara de Vereadores olindense uma lei encaminhada pelo Executivo com linhas gerais semelhantes à do Recife, "proibindo esse tipo de modalidade (Uber)" e apreendendo e multando quem for pego contrariando a regra.
Fábio Sabba - FOto: Diego Nigro/JC Imagem
Fábio Sabba diz que todas as ações judiciais têm sido favoráveis à Uber- Foto: Diego Nigro/JC Imagem

TAXISTAS - O Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sinditáxi-PE) promete reagir à chegada do Uber no Estado. A principal justificativa seria a diferença de condições para motoristas vinculados à empresa e para os taxistas. “Estamos aguardando o início da operação para decidir como vamos agir, mas vamos consultar o departamento jurídico para decidir como proceder”, afirma o presidente do Sinditáxi, Everaldo Menezes.
Os taxistas afirmam que não são contra os aplicativos, mas a forma como eles são utilizados. “Aplicativo para carro comum sem ser táxi não deveria existir. A entrada do Uber aqui não é justa porque nós pagamos todos os impostos e somos obrigados a fazer cursos. E pra eles quais são as regras? Eles estão entrando pela janela, como diz o ditado”, reforça Menezes.
De acordo com o Sinditáxi, existem entre 15 mil e 18 mil táxis circulando em Pernambuco. Desse total, 6,1 mil estão no Recife. “Os clientes precisam ficar atentos porque essas empresas chegam fazendo mil propagandas, mas depois não mantêm as promessas”, diz, lembrando que em São Paulo são tensas as relações entre taxistas e motoristas do Uber. Em dezembro, os taxistas protestaram contra a regulamentação do serviço do Uber no Estado, inclusive com episódios de violência.


Protestos, violência e alta de taxas
O valor do mercado da Uber - US$ 65 bilhões (R$ 243,12 bilhões) alcançados em apenas sete anos de atividades - dá uma ideia de por que a empresa segue expandindo em novos mercados, apesar das grandes polêmicas em que se envolve – dos campos jurídico e político ao policial. Em todo o mundo, há relatos de protestos, restrições, leis contrárias e casos de violência, envolvendo principalmente a categoria que se sente mais prejudicada, a de taxistas.
Há menos de 15 dias, cerca de mil taxistas espanhóis concentraram-se para protestar com buzinaço e fogos de artifício contra o que consideram uma concorrência desleal em relação à Uber. No Brasil, onde está desde maio de 2014, os problemas envolvem violência. Em São Paulo, houve casos de paralisações quilométricas de táxis e agressões, como a que foi feita contra um motorista da Uber por um grupo de taxistas, que também destruíram o carro dele e até mesmo contra passageiros. Na capital paulista, o caminho escolhido pelo prefeito Fernando Haddad foi abrir uma consulta pública sobre o assunto.
Mas não é só taxista que protesta. Os questionamentos dos parceiros também crescem nos EUA. No mês passado, cerca de 400 parceiros da Uber de Nova York também protestaram, nesse caso contra o aumento da comissão da empresa: antes de 15% e agora de 25%. Um ponto tão delicado que abriu margem para a chegada de novos aplicativos, como o Juno, que promete oferecer o mesmo serviço na cidade, cobrando 10% do motorista.
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Protesto contra Uber na França, em junho de 2015 - Foto: AFP

Usuários locais avaliam experiências
Polêmicas à parte, usuários recifenses que utilizaram Uber em outros Estados se mostram favoráveis ao serviço. Ao final de um show em São Paulo, de madrugada, o biológo Diego Sotero, 30 anos, esperava um táxi com preços razoáveis há mais de duas horas. “Eles faziam leilão”, denuncia. “Baixei o app da Uber, que chegou em menos de 10 minutos, e paguei menos de um quarto do preço dos que os táxis estavam cobrando. Foi a única vez que usei e ficou muito clara a discrepância”, afirma.
A professora universitária Teresinha Lima, 57, destaca o comportamento dos motoristas. Ela usou o aplicativo em viagens a São Paulo, incluindo o trajeto do aeroporto, a partir de recomendações de amigos que destacaram a qualidade do serviço e o preço mais baixo. “É notável como eles têm uma postura mais amigável do que a média dos taxistas. É um tratamento diferenciado”, conta Teresinha.
O engenheiro Murilo Bernardes, 30, que utiliza rotineiramente o sistema quando vai a São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, também compara o ambiente interno dos táxis e dos veículos Uber. “Os carros da Uber são mais confortáveis, o ar está sempre gelado, você pode sincronizar seu Spotify (aplicativo de músicas), muitas vezes tem água e bombons disponíveis... é mais prático, mais confortável e mais barato”, resume

Ônibus que ligam Zona Norte à Zona Sul do Recife ganham nova roupagem para incentivar uso


Foto: Juliana Oliveira/Rádio Jornal
Os veículos têm ar-condicionado e realizam 33 viagens por dia saindo do Parque da Macaxeira, em Apipucos, até o Shopping RioMar, no bairro do Pina.


Nesta quinta-feira (3), o Grande Recife Consórcio de Transporte e do Shopping Rio Mar iniciaram uma ação conjunta para incentiar a população a utilizar os veículos da linha 518 – Apipucos/RioMar, que liga a Zona Norte do Recife à Zona Sul. Saiba mais 
De acordo com o coordenador de Operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, Mário Sérgio Cornélio, a linha criada em junho é uma opção diferenciada para ligar a Zona Norte à Zona Sul. Ela conta com cinco ônibus tipo rodoviário e funciona de segunda a sábado.  Os veículos têm ar-condicionado e realizam 33 viagens por dia saindo do Parque da Macaxeira, em Apipucos, até o Shopping RioMar, no bairro do Pina. A tarifa é de R$ 5,25.
Para estimular o uso da linha, os veículos da Transcol e Borborema estão sendo adesivados com envelopes especiais. A nova roupagem também chega a quatro pontos de ônibus em localizações estratégicas nos percursos de ida e de volta. A campanha visa informar a população da Zona Norte sobre essa linha Opcional que passa por vários bairros da Zona Norte (Macaxeira, Apipucos, Monteiro, Casa Forte, Parnamirim, Graças, Espinheiro, Tamarineira) e tem como ponto de retorno o Shopping RioMar, localizado no bairro do Pina.
Confira, abaixo, o itinerário da linha 518 – Apipucos/RioMar:
Parque da Macaxeira/ Shopping RioMar : Rua Cel. João Batista do Rêgo Barros (Terminal), Ponte sobre o Açude de Apipucos, Rua de Apipucos, Av. 17 de Agosto, Av. Parnamirim, Av. Rui Barbosa, Praça do Entroncamento, Av. Governador Agamenon Magalhães (pista local), Av. Gov. Agamenon Magalhães, Ponte Papa João Paulo II (José de Barros Lima), Viaduto Capitão Temudo, Ponte Governador Paulo Guerra, Alça de acesso ao RioMar Shopping, via interna do Shopping RioMar e ponto de retorno na parada 10350.
RioMar/Parque da Macaxeira : Via de contorno do Shopping RioMar, Rua Amador Bueno, Rua Dr. Dirceu Velloso Toscano de Brito, Rua Manuel de Brito, Túnel sob a Rua Herculano Bandeira, Av. Eng. Antônio de Góes (pista da esquerda), Ponte Gov. Agamenon Magalhães, Viaduto Capitão Temudo, Rua Juiz César Barreto, acesso à Ponte José de Barros Lima, Ponte José de Barros Lima, Av. Gov. Agamenon Magalhães (1º acesso à via local), Praça do Parque Amorim, Rua Dr. Bandeira Filho, Av. Conselheiro Rosa e Silva, Estrada do Arraial, Rua Des. Góes Cavalcante, Av. 17 de Agosto, Rua de Apipucos, Ponte sobre o Açude de Apipucos, Rua Cel. João Batista do Rego Barros e Parque da Macaxeira.
fonte : Radio Jornal

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Transporte coletivo Problema na linha Sul do metrô chega ao sétimo dia, causando atraso nas viagens


Problema atinge a linha Sul do sistema desde a noite da última terça-feira (23) / Foto: Dinaldo Neto via ComuniQ
Problema atinge a linha Sul do sistema desde a noite da última terça-feira (23)Foto: Dinaldo Neto via ComuniQ
O problema técnico que atinge a linha Sul do metrô do Recife chega, nessa segunda-feira (29), ao sétimo dia e sem que haja previsão para regularizar a situação, que gera atrasos por causa do aumento no intervalo de tempo entre as composição. 

Esses atrasos tiveram início na noite da última terça-feira (23) e o problema atinge o trecho da linha entre as estações Aeroporto e Largo da Paz. 
A assessoria de imprensa da CBTU/Metrorec informa que o tempo de espera entre os trens passou de 6 minutos para pouco mais de 9 minutos. No entanto, internautas relatam através das redes sociais do JC Trânsito que o tempo de espera é bem maior que esse. 
Com o defeito, as informações sobre a localização dos trens, por exemplo, não está chegando ao centro de comando do metrô. Por segurança, a velocidade das composições foi reduzida de 60 km/h para 40 km/h.
Técnicos trabalham para fazer o conserto desde a manhã da última quarta-feira (24), mas ainda não houve resultados.
FONTE: JC TRÂNSITO

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Caminhada "Nos trilhos da História" movimentou Paudalho neste Sábado


A ONG Movimento Nacional Amigos do Trem - Regional Pernambuco realizou mais uma caminhada "Nos trilhos da história". Em sua 4ª edição, a Caminhada foi realizada no percurso entre a Estação Ferroviária de Paudalho e São Severino dos Ramos. Participaram cerca de 60 pessoas, público recorde para as caminhadas sobre trilhos realizadas pela ONG. 
Antigo trole foi uma das atrações
no percurso.
O objetivo do evento foi trazer a população para conhecer as belezas naturais e a história ao longo dos trilhos, bem como ver de perto o patrimônio ferroviário de Pernambuco, mostrando a importância de sua preservação e sua possível recuperação, ressaltando que o transporte sobre trilhos precisa ser valorizado no Estado.
O percurso foi cheio de surpresas agradáveis, dentre as quais a principal foi a demonstração realizada pela Associação Pernambucana de Ferromodelismo - APEFE, junto a ONG Amigos do Trem de um antigo trole manual (Imagem) que recebeu os visitantes no trecho final da caminhada.
O evento contou com apoio de diversas entidades. A ONG Amigos do Trem agradece a todos que participaram direta e indiretamente do evento. Agradecimentos também à Secretaria de Cultura de Paudalho pelo apoio. 
Abaixo, mais algumas imagens do evento:
Uma causa nobre.

Saindo de Paudalho, rumo a São Severino.

Em São Severino dos Ramos, diante da Igreja de Nossa
Senhora da Luz.
Nos trilhos, destino São Severino.
Fonte: ONG movimento nacional dos amigos do trem regional Pernambuco.

ESPECIAL: Haddad oficializa Plano de Mobilidade para São Paulo até 2030 e divide operação de ônibus em corredores

onibus
Plano de Mobilidade de São Paulo cria seis tipos de corredores para circulação de ônibus. Foto: Adamo Bazani
Proposta leva em conta todos os tópicos dos editais de licitação dos transportes que foi barrada pelo TCM. Novos corredores devem ter ciclovias
ADAMO BAZANI
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pelo Decreto número 56.834, de 24 de fevereiro de 2016, oficializou o PlanMob/SP 2015, o Plano de Mobilidade de São Paulo que prevê ações relativas à circulação na cidade de São Paulo pelos próximos 15 anos.
Blog Ponto de Ônibus traz nesta matéria especial alguns aspectos.
O plano prevê a ampliação da rede de ciclovias e também a divisão das operações de ônibus em São Paulo em seis diferentes tipos de corredores. Estão nos projetos da prefeitura mais espaços do tipo BRT – Bus Rapid Transit, que permitem mais eficiência na operação do transporte coletivo, além dos 150 quilômetros prometidos até o final de 2016.
O documento também prevê ciclovias em todos os novos eixos principais de transportes por ônibus e classifica os diferentes espaços para ciclistas.
No dia 17 de dezembro de 2015, o Blog Ponto de Ônibus já havia informado que o Plano prevê até 2030 600 quilômetros de corredores de ônibus, sendo que 540 quilômetros devem contar com ciclovias, e um total de 1,5 mil quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas. Devem ser construídos mais 29 terminais de ônibus. Confira em:
Nesta edição, a reportagem traz detalhes sobre a classificação dos espaços.
O plano de mobilidade também considera para cidade de São Paulo o modelo proposto pela licitação do sistema de ônibus que está barrada desde novembro de 2015 pelo TCM – Tribunal de Contas do Município, que pede esclarecimentos como se são realmente indicados contratos de 20 anos renováveis por mais 20 anos com as empresas de ônibus e a forma pela qual serão implantados sistemas de tecnologia nos veículos e no gerenciamento.
O plano também prevê a expansão do número de terminais de ônibus bem como a ampliação dos horários de funcionamento com vistas a aumentar o número de linhas que servem a madrugada. Atualmente são 151 trajetos.
O Plano de Mobilidade Urbana de São Paulo, que foi instituído oficialmente pelo prefeito Fernando Haddad nesta quarta-feira 24 de fevereiro de 2016 após ser apresentado em dezembro, atende a Lei Federal 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que dentro das diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana determina que municípios com mais de 20 mil habitantes tenham os seus próprios planos. O prazo para finalização era no ano passado, mas diversos municípios não concluíram seus planos de mobilidade e o Congresso discute ampliação deste prazo para 2018.
onibus
Estrutura tronco-alimentadora de linhas prevista no edital de licitação foi incluída no Plano de Mobilidade. Reprodução PlanMob/15
CORREDORES DE ÔNIBUS:
Para definir a circulação dos ônibus na cidade, administração Haddad dentro do plano dividiu a cidade em diferentes tipos de corredores. Cada um deles vai receber um volume diferente de veículos. Dependendo da estrutura, também variam os tamanhos dos ônibus de acordo com a classe do corredor.
A SPTrans quer determinar de maneira mais rápida se autoriza a circulação de ônibus menores ou então de articulados e biarticulados em cada tipo de trajeto. Hoje são comuns as cenas de ônibus maiores  com dificuldade de manobra em vias pequenas para o seu porte. Os corredores foram divididos da seguinte maneira:
Classe I – corredor em pista dedicada, central ou elevada, totalmente segregada das demais faixas de tráfego geral, apresentando faixas de ultrapassagem nas paradas; pouca (ou nenhuma) interferência nas interseções com priorização semafórica; paradas escalonadas com cobrança desembarcada, controle de acesso e plataformas em nível com o piso do veículo, preferencialmente utilizando portas sincronizadas; ônibus articulados para embarque e desembarque por todas as portas; operação com linhas estruturais integradas fisicamente com outras linhas ou modos em terminais de ponta, terminais intermediários ou conexões da rede, sem partilhar o corredor com linhas de hierarquia inferior; condição ideal de operação com volumes entre 120 a 200 on/h. Resumindo, um conjunto de características similares ao chamado Bus Rapid Transit ou simplificadamente, BRT.
Classe II – corredor em pista central dedicada com alto nível de segregação das demais faixas de rolamento do tráfego geral; geralmente com faixas de ultrapassagem nas paradas; interseções em nível preferencialmente com priorização semafórica; paradas geralmente escalonadas preferencialmente com cobrança desembarcada e plataformas em nível com o piso do veículo; ônibus preferencialmente articulados não sendo permitidos veículos de capacidade inferior ao ônibus urbano básico (convencional); operação com linhas estruturais integradas fisicamente com outras linhas ou modos em terminais de ponta, terminais intermediários ou conexões da rede, sem partilhar o corredor com linhas de hierarquia inferior; condição ideal de operação com volumes entre 90 a 180 on/h
Classe III – corredor em faixa à esquerda (central) segregada, sinalizada, mas sem separação física do tráfego geral; tratamento prioritário para ônibus junto ao canteiro central (faixa de uso exclusivo fiscalizada) preferencialmente com faixa de ultrapassagem nas paradas de maior demanda; interseções semaforizadas em nível preferencialmente com priorização semafórica nos cruzamentos com maiores volumes; paradas escalonadas ou não sem cobrança desembarcada, preferencialmente com plataformas em nível com o piso do veículo; ônibus preferencialmente articulados admitindo coexistência com ônibus padron ou básico de linhas de demanda intermediária, não sendo permitidos veículos de capacidade inferior; operação com linhas estruturais integradas fisicamente com outras linhas ou modos em terminais de ponta, compartilhando a faixa segregada com linhas que fazem entrada e saída ao longo do corredor; condição ideal de operação com volumes entre 90 a 150 on/h.
Classe IV – faixa exclusiva à direita convivendo ou não com outras faixas de rolamento para tráfego geral, contando com segregação feita por sinalização e fiscalização e permitindo entrada e saída de outros veículos para acesso aos imóveis lindeiros e acesso a vias transversais; interseções semaforizadas em nível; paradas escalonadas ou não sem cobrança desembarcada; ônibus de qualquer porte com preferência para a operação com articulados, padron e básico, evitando os de menor porte; operação com linhas preferencialmente estruturais admitindo compartilhar faixa com linhas locais em pequenos trechos além de operar com faixas horárias em alguns casos; condição ideal de operação com volumes entre 60 a 90 on/h.
Classe V – faixa preferencial à direita convivendo com outras faixas de rolamento para tráfego geral, contando com indicação da preferência feita por sinalização e permitindo entrada e saída de outros veículos para livre acesso aos imóveis lindeiros e acesso a vias transversais; interseções semaforizadas em nível; paradas sem cobrança desembarcada; ônibus de qualquer porte; operação com linhas estruturais ou locais; condição ideal de operação com volumes entre 40 a 80 on/h.
Classe VI – enquadram-se nessa categoria todo o viário ainda sem qualquer tipo de tratamento prioritário para ônibus, mas que são importantes eixos para o transporte coletivo; a circulação das linhas é compartilhada com o tráfego geral nas faixas de rolamento; interseções semaforizadas em nível; paradas sem cobrança desembarcada; ônibus de qualquer porte, evitando articulados; operação com sobreposição de linhas estruturais ou locais; operação com volumes a partir de 30 on/h, a saturação é função do desempenho do tráfego gera.
A prefeitura ainda especifica a condição do Corredor Expresso Tiradentes:
Todos os corredores de ônibus urbanos à esquerda de São Paulo pertencem à Classe III com exceção do Corredor Expresso Tiradentes que pode ser considerado Classe II. Nessa classificação as faixas dedicadas aos ônibus conhecidas como faixas exclusivas estão igualmente classificadas como tipos mais singelos de corredores de ônibus: Classe IV ou Classe V. Volumes acima do valor de referência comprometem a operação, enquanto volumes abaixo subutilizam a infraestrutura instalada
TERMINAIS:
O Plano de Mobilidade sancionado pelo prefeito Fernando Haddad também prevê ampliação do número de terminais na cidade de São Paulo e adequação dos horários à nova rede de ônibus da madrugada que deve ter mais linhas:
Na nova rede os terminais seguem constituindo os mais importantes equipamentos de transferência do sistema e pontos de conexão entre linhas, oferecendo ao usuário uma grande flexibilidade de destinos. Configuram-se como os principais pontos de troncalização da rede e devem abrigar grande número de integrações, especialmente entre linhas locais e estruturais. A implantação de novos terminais de integração bem como a requalificação dos existentes são importantes, sobretudo para o controle operacional dos corredores planejados. A Operação Controlada, que será tratada a seguir, tem principalmente nos terminais de ônibus os pontos de controle de partidas, fluxo e intervalos, bem como o abrigo da reserva técnica necessária. O programa de novos terminais considera o seguinte conjunto de premissas:
– implantar novos terminais urbanos de forma a propiciar a organização, troncalização e segmentação das linhas segundo suas funções estruturais ou locais; x requalificar terminais urbanos existentes de forma a oferecer uma melhor condição de conforto e segurança aos usuários;
– ampliar o horário de funcionamento dos terminais envolvidos na operação do serviço noturno;
– requalificar ou implantar terminais urbanos considerando os quesitos da acessibilidade universal de forma a garantir autonomia a todos os usuários do sistema.
Além dos terminais de responsabilidade direta da Prefeitura de São Paulo o PlanMob/SP 2015 também considera o conjunto de terminais de responsabilidade do Governo do Estado, tais como: os terminais da Cia do Metropolitano, da EMTU e da CPTM. Esses terminais são fundamentais para a operação das linhas das redes de ônibus municipais.
CICLOVIAS NOS EIXOS DOS ÔNIBUS:
O plano de mobilidade sancionado pelo prefeito Fernando Haddad também tem como meta implantar ciclovias nos novos espaços para os ônibus em São Paulo:
São diretrizes específicas da infraestrutura cicloviária nos Eixos do Sistema de Transporte:
– garantir a implantação de ciclovias ou ciclofaixas ao longo de todas as novas intervenções viárias destinadas ao transporte coletivo;
–  complementar com a implantação de ciclovias ou ciclofaixas as vias em que houver readequações do transporte coletivo;
–  conectar a nova infraestrutura associada ao sistema de Transporte Público Coletivo à Rede Cicloviária Estrutural do entorno.
Para deixar clara a definição de projetos, o Plano diferencia em seu conteúdo os diferentes espaços para bicicletas.
No PlanMob/SP 2015 fica definida a seguinte classificação para os diversos tratamentos cicloviários:
ciclovia – pista de uso exclusivo de bicicletas e outros ciclos, com segregação física do tráfego lindeiro motorizado ou ativo, com sinalização viária, podendo ter piso diferenciado no mesmo patamar da pista de rolamento ou no nível da calçada:
ciclovia unidirecional-  é a ciclovia com um único sentido de circulação; –ciclovia bidirecional: é a ciclovia com sentido duplo de circulação.
– ciclofaixa – faixa de rolamento de uso exclusivo à circulação de ciclos, com segregação visual ou física do tráfego lindeiro, podendo ter piso diferenciado no mesmo patamar da pista de rolamento.
ciclofaixa unidirecional: é a ciclofaixa com sentido único de circulação.
ciclofaixa bidirecional: é a ciclofaixa com sentido duplo de circulação.
– ciclorrota – sinalização cicloviária específica em pista de rolamento compartilhada com os demais veículos, onde as características de volume e velocidade do trânsito na via possibilitam o uso de vários modos de transporte sem a necessidade de segregação. Este conceito deve ser aplicado obedecendo ao princípio da continuidade e orientação, especialmente em complementação às ciclovias e ciclofaixas.
– calçadas compartilhadas e partilhadas – o artigo 59 CTB prevê que a circulação de bicicletas nas calçadas é permitida “desde que autorizada e devidamente sinalizada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via”. Sem que haja prejuízo da prioridade, do conforto e da segurança de pedestres e cadeirantes é possível utilizar as calçadas de duas formas na rede cicloviária:
– calçada compartilhada: espaço comum para a circulação de bicicletas, pedestres e cadeirantes, devidamente sinalizado. Esta solução é utilizada somente na impossibilidade de conexão da rede por outros tratamentos cicloviários;
– calçada partilhada: espaço exclusivo para circulação de ciclos sobre a calçada, com segregação visual do tráfego de pedestres, podendo ter piso diferenciado no mesmo patamar, devidamente sinalizado. As calçadas partilhadas equiparam-se às ciclofaixas, porém na calçada.
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES:
O plano também inclui para cidade de São Paulo o modelo de transportes previsto no edital de licitação, que vai alterar a composição das empresas de ônibus, que vão ter de se reunir em Sociedades de Propósito Específico.
A licitação é a maior do setor de transportes em todo mundo, devendo movimentar R$ 166,1 bilhões, com contratos de 20 anos, renováveis por mais 20 anos.
A licitação deve remodelar os transportes na cidade de São Paulo, reduzindo o número de ônibus, mas aumentando o total de viagens e lugares disponíveis nos veículos, segundo a prefeitura, com a eliminação de linhas sobrepostas e substituição de micro-ônibus por micrões ou convencionais e de ônibus padron por articulados e superarticulados.  O passageiro deve ter de fazer mais baldeações.
Dos atuais 14 mil 878 ônibus a frota deve ter 13 mil 057 veículos, mas, na promessa da prefeitura, o total de viagens deve subir 17%. Hoje são atuais 186 mil por dia e devem passar para 217 mil. Já os lugares disponíveis nos ônibus devem subir 14% de 996 mil para 1,1 milhão.
A licitação foi lançada em julho de 2015. No dia 11 de novembro de 2015, o TCM barrou a licitação, apontando 49 questionamentos sobre a concorrência dos ônibus. No dia 18 de novembro, os outros conselheiros confirmaram a decisão do Conselheiro Relator de Transportes, Edson Simões, apontado como desafeto político do prefeito Fernando Haddad, para suspender a licitação e incluíram mais 13 questionamentos à secretaria de Transportes.
Entre os questionamentos feitos pelos conselheiros estão como a prefeitura vai viabilizar a implantação pelas empresas do novo CCO – Centro de Controle Operacional, que vai monitorar os serviços de ônibus, os valores e tempo de contratos, considerados altos pelos conselheiros, e formas de remuneração às empresas de ônibus.
No plano, é destacada a divisão do sistema em local e estrutural, semelhantemente ao que é hoje na capital:
Subsistema Estrutural é formado pelo conjunto de linhas com as seguintes características:
– atendem às demandas elevadas de passageiros,
– exigem menores intervalos entre viagens e devem ser operadas por veículos de maior capacidade;
– atendem aos deslocamentos de maior amplitude no território, integrando as regiões da cidade e os vários Setores de Ônibus;
– operam com uma oferta organizada em rede, de forma a homogeneizar a macroacessibilidade em todas as regiões da cidade;
– têm seu trajeto estabelecido majoritariamente no Viário Estrutural de Interesse dos Ônibus;
– apresentam um traçado o mais simples possível, estabelecido de forma a ligar diretamente os núcleos de produção e os núcleos de atração de viagens;
– configuram a Rede Estrutural de Ônibus que, junto com a Rede de Metrô e Trem, organizam e estruturam o deslocamento por transporte coletivo público no Município de São Paulo;
–  operam preferencialmente com seu início e fim em terminais de integração;
– classificam-se em Linhas Estruturais Radiais e Linhas Estruturais Perimetrais.
Subsistema Local é formado pelo conjunto de linhas com as seguintes características:
– atendem às demandas mais dispersas de passageiros, médias ou baixas, passíveis de serem operadas por veículos de menor capacidade de passageiros e com maiores intervalos entre viagens do que as linhas estruturais;
– atendem aos deslocamentos de amplitude mediana ou curta no território, internamente em cada um dos Setores de Ônibus ou articulando setores vizinhos em uma mesma região da cidade;
– possuem a maior parte do seu traçado fora do Viário Estrutural de Interesse dos Ônibus;
– apresentam, pelas características de atendimento de passageiros no território, um traçado mais complexo, servindo a um maior número de vias;
O plano também inclui o tópico do processo de licitação que divide os subsistemas local e estrutural em diferentes tipos de linhas:
Estrutural:
Linhas Estruturais Radiais (LER): linhas do Subsistema Estrutural, que atendem as ligações dos Setores de Ônibus com a Região Central da Cidade, bem como aquelas que atendem as Centralidades Regionais Urbanas ao longo dos eixos viários que compõem a ligação com a Região Central.
Linhas Estruturais Perimetrais (LEP): linhas do Subsistema Estrutural, que articulam as ligações radiais estruturais de ônibus, ligam as centralidades urbanas regionais e Setores de Ônibus, com trajetos não radiais, sem passar pelo Centro Histórico da Cidade, ligando regiões dispostas nos anéis viários da cidade.
Linhas Locais de Articulação Regional (LLA): linhas que ligam os Setores de Ônibus às centralidades urbanas de alcance regional, que interligam os Setores de Ônibus situados em Áreas Operacionais distintas, que atendem à ligação com a Região Central com percurso predominantemente fora do VEIO, e as linhas cuja função da ligação se configure como de atendimento de natureza regional.
Linhas Locais de Distribuição (LLD): linhas que realizam as ligações internas aos Setores de Ônibus, atendendo as centralidades de bairro e centralidades urbanas de alcance regional inseridas no Setor de Ônibus ou que realizam algumas ligações externas ao Setor de Ônibus, cumprindo a função de alimentação do Subsistema Estrutural, mediante atendimento aos terminais de ônibus e às estações da rede metroferroviárias localizadas em outro Setor, desde que observem características complementares, como:
  1. a) os Terminais e Estações de Metrô não estejam inseridos na área de influência de uma centralidade urbana de alcance regional;
  2. b) possuam traçados com maior capilaridade, com abrangência de atendimento típica de áreas residenciais; –
  3. c) possuam traçados que requeiram o uso de veículos de pequena capacidade em razão das características geométricas das vias e topográficas dos traçados;
 Linhas Locais Rurais (LLR): linhas enquadradas na categoria de Serviços Complementares que atendem as regiões da Macroárea de Contenção Urbana e Uso Sustentável e Macroárea de Preservação de Ecossistemas Naturais, definidas no Plano Diretor Estratégico.
REDES DE LINHAS:
O Plano de Mobilidade também prevê o ponto do edital de licitação que dentro dos sistemas estrutural e local divide as linhas em redes de acordo com os dias e horários de operação:
Rede de Referência de Dia Útil e Sábados: conjunto de linhas definidas para o atendimento com oferta em rede, da demanda de fora dos horários de pico de dias úteis.
Linhas de Reforço (Horários de Pico dos Dias Úteis): conjunto de linhas para complementação do atendimento da Rede de Referência de Dia Útil nos horários de pico, ou em outros horários específicos, caracterizadas por linhas com traçado que ofereça atendimento direto dos bairros à região do Centro Histórico da Cidade e às centralidades urbanas de âmbito regional, estabelecidas de forma a evitar saturações dos equipamentos públicos de integração e deseconomias decorrentes de transferência de elevados fluxos de passageiros entre linhas em condições pouco confortáveis.
Rede da Madrugada (dia útil, sábado e domingo): conjunto de linhas definidas para o atendimento, com oferta em rede, da demanda específica do período das 0h:00min às 4h:00 min. para o atendimento de trabalho, lazer e entretenimento deste período do dia.
– Rede de Domingo: conjunto de linhas definidas para o atendimento, com oferta em rede, da demanda específica de dias de domingo e feriados, para atendimento de trabalho, lazer e entretenimento destes tipos de dia. A classificação dos conjuntos de linhas definidos acima, as linhas do Sistema Integrado de Ônibus, além de sua classificação funcional, se diferenciam quanto a sua jornada operacional ao longo do tempo da seguinte forma:
Linhas de Referência da Rede: todas as linhas estruturais ou locais que compõem a Rede de Referência de Dia Útil e Sábados, a Rede da Madrugada e a Rede de Domingo;
Linhas de Reforço de Pico: linhas com operação limitada aos períodos de pico, manhã ou tarde, destinada a complementar a operação de uma Linha de Referência, no interesse da regulação da oferta à demanda;
Linhas Especiais: toda linha que seja estabelecida em caráter permanente ou transitório, para atendimento de demandas pontuais de comunidades ou de polos de atração em horários específicos do dia, bem como em eventos da cidade.
Adamo Bazani, jornalista especializado 

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