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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

CTTU ANUNCIA PLANO DE MOBILIDADE PARA O CARNAVAL

Prefeitura do Recife divulga esquema especial de mobilidade do Carnaval 2019 do Recife

Entre os dias de folia, 320 profissionais trabalharão diariamente na orientação do trânsito

320 profissionais, entre 110 agentes e orientadores de trânsito, irão trabalhar diariamente no Carnaval 2019 / Foto: Ricardo Labastier/ Acervo JC Imagem
320 profissionais, entre 110 agentes e orientadores de trânsito, irão trabalhar diariamente no Carnaval 2019
Foto: Ricardo Labastier
FONTE: JC Online

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU), divulgou nesta quinta-feira (21) seu esquema especial de mobilidade para o Carnaval 2019. Por meio de coletiva de imprensa, realizada na sede da Prefeitura, a Autarquia anunciou que 320 profissionais, entre 110 agentes e orientadores de trânsito, irão trabalhar diariamente na Festa do Momo. Além disso, esquemas especiais de ônibus e interdição de vias serão realizados para facilitar o tráfego dos foliões.
O tradicional Expresso Folia está confirmado para mais um ano. Para o Galo da Madrugada, o esquema contará com 30 ônibus que levarão e buscarão os foliões do maior bloco de rua do mundo em pontos estratégicos. Haverá coletivos saindo dos shoppings RioMar, Recife, Plaza e Tacaruna, levando o público para os polos de folia na capital pernambucana. A passagem custará R$ 12, com direito a ida e volta. Para os foliões que desejam deixar seu veículo particular no estacionamento dos shoppings, será cobrada uma taxa diária de R$ 8,50.

Bloqueios

Uma das principais mudanças anunciadas para este ano é a interdição antecipada da Ponte Duarte Coelho, que estará bloqueada para o tráfego de veículos a partir do dia 26, às 22h. Além disso, a Ponte Buarque de Macedo também terá tráfego para veículos bloqueados. A partir do dia 2 de março, a via será exclusiva para pedestres.
A Rua Princesa Isabel será bloqueada para tráfego de carros e motos, com bloqueio previsto para o dia 1º de março - apenas táxis e ônibus poderão trafegar pelo local. A Ponte Giratória será interditada, também, a partir do dia 1º. Neste período, apenas condutores que forem utilizar o estacionamento do Paço Alfândega, táxis e ônibus terão acesso à via.

Já a ponte Maurício de Nassau será bloqueada a partir do dia 2. A Ponte de Limoeiro ficará aberta para o trânsito, porém, poderá ser bloqueada de acordo caso haja esgotamento de vagas gratuitas de estacionamentos disponibilizadas pela Prefeitura do Recife Tribunal Regional Federal (TRF).

Estacionamento

Assim como vinha acontecendo em anos anteriores, a Prefeitura disponibilizará estacionamento gratuitos, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e no Tribunal Regional Federal (TRF), localizados na Avenida Cais do Apolo. Ao total, serão 1500 vagas destinadas a carros e 300 para bicicletas e motos. Especificamente para os ciclistas, a recomendação é que os mesmos apresentem um cadeado, para a maior segurança do equipamento.

Táxis

A Prefeitura também anunciou uma parceria com o Convênio de Táxi Metropolitano, que foi assinado por nove municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR). Com isso, táxis dos municípios de Olinda, Igarassu, Paulista, Abreu e Lima, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes poderão embarcar e desembarcar passageiros livremente na cidade. O Convênio que já teve início na quarta-feira (20) e se estende até o dia 6 de março, Quarta-feira de Cinzas.

MATERIAL DE DIVULGAÇÃO : CTTU 
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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

RELEMBRANDO UMA MATÉRIA DE 2016 E QUASE NADA MUDOU OU TEVE INICIO

MOBILIDADE EM PERNAMBUCO - Projetos de mobilidade, que incluem corredores de ônibus, ciclofaixas e alargamento de calçadas, estão parados no Recife.

 
Além da falta de recursos para contrapartida, município alega que projetos precisam de ajustes. A construção de uma alça no cruzamento da Avenida Dom Hélder Câmara com a Avenida Recife é um deles. Fotos: Bobby Fabisak/JC Imagem

Três projetos que poderiam tirar o Recife do atraso no tema mobilidade, oferecendo prioridade ao transporte coletivo de passageiros, implantação de ciclofaixas bidirecionais, arborização das vias e alargamento das calçadas, estão parados, sem qualquer previsão de sair do papel, mesmo com recursos federais à disposição. São os corredores da Segunda e Terceira Perimetrais, interligando as Zonas Oeste e Norte da capital, e o corredor Radial Sul, um elo entre o Ibura e a orla de Boa Viagem, na Zona Sul. Juntos, os três projetos totalizam R$ 812 milhões e estão com os recursos autorizados pelo governo federal, mas o município alega não dispor dos R$ 200 milhões necessários como contrapartida.

"Estamos falando de concepções ainda dos anos 80 e muita coisa precisou ser revista porque não havia soluções previstas. Um exemplo é a solução para acomodar o tráfego que sairá do Ibura e terá que entrar na Avenida Recife, no caso da Radial Sul. Ali teremos que construir uma alça. Outro problema é a quantidade de desapropriações para requalificar a Terceira Perimetral, que antes não existiam”
Alexandre Rebelo, secretário de Planejamento e Gestão do Recife


Os corredores seriam viabilizados com recursos do PAC 2 Mobilidade Grandes Cidades, anunciado pelo governo federal ainda em 2012, na época em que o País preparava a arrumação para a Copa do Mundo de 2014, com a promessa de remodelar a mobilidade em metrópoles. Essa verba estava no pacote de R$ 2,9 bilhões destinados à Região Metropolitana do Recife – e que incluía a implantação do sistema BRT, parcialmente implementado. Do total de R$ 812 milhões, R$ 150 milhões seriam apenas para custear as desapropriações de imóveis, fundamentais às obras.



Pela proposta divulgada na época, o corredor da Segunda Perimetral teria 18 quilômetros e ligaria o Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste, à Avenida Presidente Kennedy, Zona Norte do Recife, no limite com Olinda. Passaria por Afogados, Madalena e Torre, na Zona Oeste, e Tamarineira e Água Fria, na Zona Norte da capital.
Já o corredor da Terceira Perimetral ligaria a Zona Norte, a partir do Rio Morno, na Linha do Tiro, à Zona Sul, passando por bairros como Areias, Imbiribeira e Boa Viagem. Já o corredor Radial Sul seria uma ligação direta entre a BR-101 (Quarta Perimetral) e a Avenida Boa Viagem, utilizando vias de bairros como Ibura, Ipsep e Boa Viagem. Pela última previsão da gestão municipal, as obras começariam, já com atraso, no segundo semestre de 2015.





Os corredores seriam viabilizados através de dois contratos. O primeiro, no valor de R$ 528,9 milhões, sendo R$ 389 milhões de empréstimo com recursos do FGTS e contrapartida do município no valor de R$ 139,8 milhões. Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), os desembolsos dos recursos desse contrato são realizados conforme o percentual de obra executada, ou seja, nada ainda foi liberado. A vigência vai até fevereiro de 2018. O segundo contrato tem recursos do Orçamento Geral da União (OGU) no valor inicial de R$ 292 milhões. Devido a alterações, o valor subiu para R$ 329 milhões, sendo R$ 62 milhões de contrapartida do município. A quantia de R$ 27 milhões chegou a ser liberada pela União para a elaboração dos projetos dos três corredores, mas a prefeitura utilizou apenas R$ 5,5 milhões. A empresa JBR Engenharia foi contratada após licitação e teria começado os projetos.

Secretário de Planejamento e Gestão do Recife, Alexandre Rebelo, reconhece a dificuldade do município, mas garante que os corredores são prioridade da gestão. “De fato, não conseguimos os recursos para entrar com a contrapartida. Boa parte do dinheiro viria do Banco Mundial, mas depois de vencermos uma longa etapa para viabilizar a liberação de US$ 220 milhões – que incluiria outros projetos da cidade –, a crise nacional fez com que o banco desistisse da modalidade de financiamento acertada e agora estamos refazendo todo o caminho”, explica. Na prática, a prefeitura teria que entrar com uma média de R$ 3 milhões por mês de contrapartida para dar início às obras.



Segundo o secretário, os projetos também passaram por diversos ajustes. “Estamos falando de concepções ainda dos anos 80 e muita coisa precisou ser revista porque não havia soluções previstas. Um exemplo é a solução para acomodar o tráfego que sairá do Ibura e terá que entrar na Avenida Recife, no caso da Radial Sul. Ali teremos que construir uma alça. Outro problema é a quantidade de desapropriações para requalificar a Terceira Perimetral, que antes não existiam”, argumenta Rebelo.Para quem participou da captação dos recursos ainda em 2012, a análise é de que a atual gestão não priorizou os corredores. “É visível a falta de prioridade da prefeitura com os projetos. E o mais grave é que, se perderem esses recursos porque o prazo dos contratos expiraram, o Recife ficará numa situação difícil porque não conseguirá buscar novos recursos já que não fez o Plano de Mobilidade Urbana. Ou seja, o risco é grande. Esse discurso de que não há dinheiro não se sustenta. O dinheiro está disponível e, por incompetência, a gestão municipal não pode utilizá-lo”, alerta um técnico que acompanhou de perto a busca por recursos para os três corredores.



Quantidade de desapropriações para implantar o corredor de transporte na Terceira Perimetral é outro obstáculo, segundo a prefeitura

Diferentemente do PAC Copa, que contemplou a Via Mangue, as obras que receberem recursos do PAC 2 Mobilidade não teriam que, necessariamente, ficar prontas até o mundial de futebol, em 2014. Recife foi uma das nove cidades-sede de região metropolitana a ter projetos contemplados. Na época, o prefeito era João da Costa. Ao todo, 51 municípios brasileiros receberiam dinheiro do programa. Os recursos para o Brasil chegavam a R$ 32 bilhões, dos quais R$ 22 bilhões eram provenientes do governo federal.

Temos tudo isso pra que o Governo coloque em pratica as obras e até agora 2018 as coisas se arrastam ou já forem engavetadas, pois esta materia é de 2016 e só agora a 2 perimetral começou uma requalificação.

Vamos aguardar um novo governo em Pernambuco e veremos se as coisas andam;

Jaílson silva( Blogueiro)
fonte> JC Materia de 2016

terça-feira, 24 de abril de 2018

PLANO DE MOBILIDADE DO RECIFE


Ruas mais lentas para garantir a segurança de pedestres e ciclistas




A segurança de pedestres e ciclistas estará acima de qualquer eficiência do trânsito. É a promessa da prefeitura. Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Nos próximos domingos, o Blog De Olho no Trânsito vai detalhar o Plano de Mobilidade Urbana do Recife, que está sendo concebido pela prefeitura desde 2015 e que começa a entrar na reta final, com alguns tópicos divulgados na imprensa nos últimos meses. Começou com a pesquisa de origem e destino, feita totalmente online (escolha que tem recebido críticas, inclusive, por só atender a quem tem acesso à web), e mais recentemente passou  a detalhar as políticas setoriais de mobilidade urbana. É exatamente sobre elas que estaremos nos debruçando. Mas, antes de tudo, é importante considerar que essa fase significa a criação das diretrizes gerais que deverão ser seguidas quando o plano virar lei, o que deverá acontecer em 2019 – se o governo federal não adiar mais uma vez o prazo de entrega do documento pelas cidades com mais de 20 mil habitantes.
Nossos argumentos são fortes: 72% das mortes acontecem nas vias com 60 km/h. Os atropelamentos que acontecem com o veículo a essa velocidade têm 83% mais probabilidade de provocar mortes. Quando reduzirmos 10 km/h, trazendo o limite de velocidade para 50 km/h, esse percentual de morte cai para 50%. Ou seja, vale a pena demais”,
Sideney Schreiner, diretor executivo do ICPS
Ela ainda não representa o detalhamento das mudanças, com exemplos práticos, fase prevista para o fim do semestre, segundo o Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), o cérebro do PMU. A segurança viária será a primeira abordagem dessa série. Começamos com ela porque é o mais importante e encabeça as políticas setoriais do plano. A segurança das pessoas será soberana sobre tudo e todos, independentemente da eficiência dos sistemas de transporte motorizado. Irá se sobrepor, sempre, à eficiência. Ou seja, a segurança de quem está no trânsito, a pé e de bicicleta, estará acima do bom desempenho da circulação. Esse é o principal recado do plano.
As ruas da cidade do Recife terão velocidade máxima de 50 km/h. O limite valerá para todas as vias arteriais principais (como exemplo, Avenida Agamenon Magalhães). A única exceção será a Via Mangue, considerada via de trânsito rápido, que permanecerá com o limite de 60 km/h. Como argumento para essa mudança – que com certeza desagradará a muitos motoristas, pelo menos até virar costume –, estão as mortes no trânsito. “Nossos argumentos são fortes: 72% das mortes acontecem nas vias com 60 km/h. Os atropelamentos que acontecem com o veículo a essa velocidade têm 83% mais probabilidade de provocar mortes. Quando reduzirmos 10 km/h, trazendo o limite de velocidade para 50 km/h, esse percentual de morte cai para 50%. Ou seja, vale a pena demais”, defende Sideney Schreiner, diretor executivo do ICPS.
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Redutores e controladores de velocidade devem funcionar 24 horas. As estatísticas mostram que a maioria das mortes está acontecendo à noite. Inclusive, com um alto índice de choques, ou seja, quando o veículo se choca com objetos parados: postes, árvores e muros, por exemplo. O que evidencia o excesso de velocidade, além de outros fatores como consumo de álcool e cansaço. É mais uma razão para os equipamentos de fiscalização serem religados”,
argumenta Sideney Schreiner


Religamento das lombadas à noite
A intenção do ICPS é, inclusive, retomar a briga do município com a Justiça para religar os equipamentos de fiscalização eletrônica da cidade, desligados por determinação judicial – atendendo a uma provocação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) – desde 2006. “Redutores e controladores de velocidade devem funcionar 24 horas. As estatísticas mostram que a maioria das mortes está acontecendo à noite. Inclusive, com um alto índice de choques, ou seja, quando o veículo se choca com objetos parados: postes, árvores e muros, por exemplo. O que evidencia o excesso de velocidade, além de outros fatores como consumo de álcool e cansaço. É mais uma razão para os equipamentos de fiscalização serem religados”, argumenta Sideney Schreiner.




Foto: Hélia Schepa/Arquivo JCImagem

Pedestres
Um dos atores principais e mais fragilizados do trânsito – juntamente com os ciclistas –, os pedestres vão ganhar destaque no futuro Plano de Mobilidade Urbana do Recife. Pelo menos é o que planeja o município. O caminhar, aliás, ganhará nuances de prioridade que vão além da qualificação das calçadas. Mais tempo nas travessias semaforizadas, inclusive com a adoção mais frequente de passagens elevadas, iluminação e arborização são algumas das novidades para priorizar a mobilidade a pé e, principalmente, estimulá-la.
Hoje, a programação semafórica da cidade é programada para atender ao veículo motorizado e evitar transtornos à circulação desses mesmos veículos. O PMU quer um foco semafórico específico aos pedestres e com tempos adequadamente calculados nas vias que serão indicadas na última fase da futura política. Também vai exigir iluminação voltada para as calçadas e, não como acontece na maioria dos projetos atuais, sobre as árvores e projetada para os veículos motorizados que passam nas vias.

Chegando às calçadas, um dos subprodutos do plano será o Manual de Calçadas do Recife, que levará todas essas nuances em consideração, cujo cumprimento será obrigatório para os futuros projetos. “As pessoas caminham e precisam fazê-lo com segurança. Queremos não só que a cidade ofereça isso, mas também que todos sejam estimulados ao caminhar”, planeja Sideney Schreiner.

PMU vai exigir a adequação da malha ciclável ao Plano Diretor Cicloviário (PDC), pronto desde 2014. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem

Ciclistas
Assim como com os pedestres, os futuros projetos públicos ou privados executados no Recife terão que oferecer infraestrutura segura também para os ciclistas. Além de rotas cicláveis, a iluminação e arborização terão que estar previstos. Para guiar e orientar a todos sobre a implantação desse infraestrutura – especialmente a pública municipal –, o Plano Diretor Cicloviário (PDC) da Região Metropolitana do Recife será o ator principal. Mesmo com a execução se arrastando desde 2014, quando foi concluído pelo governo de Pernambuco ao custo de quase R$ 1 milhão. Pelo PDC, o Grande Recife terá 590 quilômetros de infraestrutura para bicicletas, sendo 250 quilômetros somente no Recife

fonte: Blog de Olho no Transito