sexta-feira, 15 de março de 2013

GRANDE RECIFE: AV. NORTE SERÁ MODERNIZADA


Uma esperança para a Avenida Norte

Publicado em 13/03/2013, Às 21:00

Uma luz surgiu no fim do túnel para a esquecida e abandonada Avenida Norte, um dos mais importantes corredores viários do Recife, com nove quilômetros de pura degradação que não condizem com sua importância na malha viária da capital e também da Região Metropolitana. Os recursos ainda não estão liberados e até isso acontecer levará, no mínimo, um ano, mas na semana passada o projeto de construção de um corredor de transporte público operado por BRTs (Bus Rapid Transit) ganhou novo fôlego ao ser aprovado tecnicamente pelo governo federal dentro do novo Programa de Aceleração do Crescimento, agora batizado de PAC da Pavimentação. O corredor, preterido num consenso entre o governo do Estado e a antiga gestão da Prefeitura do Recife por falta de recursos, poderá mudar a face da via, resgatando a mobilidade que vem sendo perdida dia após dia no corredor.
O corredor de BRT, pelo projeto básico apresentado ainda na primeira gestão do governador Eduardo Campos, em 2010, traria um transporte de primeiro mundo à Avenida Norte, seguindo os princípios básicos do BRT: embarque em nível, pagamento antecipado das passagens e vias exclusivas para os veículos articulados. O futuro corredor teria 8,1 quilômetros de extensão – cinco deles elevados numa espécie de viaduto – e prazo de execução de 18 meses. Na época, o custo era de R$ 199 milhões. Pelo projeto básico, o corredor começaria na BR-101, no Terminal Integrado da Macaxeira, e seguiria até a Avenida Cruz Cabugá, no Centro da cidade. Entre a Macaxeira e o Vasco da Gama, seria em nível, ou seja, no chão, no centro da via. A partir daí, até o viaduto sobre a Avenida Agamenon Magalhães, passaria a ser elevado, a uma altura de sete metros do chão. Após o viaduto, voltaria a ser em nível. A avenida passaria a ter 17 estações de embarque e desembarque – dez delas no trecho elevado.
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O projeto é mais do que esperado porque a Avenida Norte está sufocada. E não é de hoje. Usada como rota de fuga de vias extremamente saturadas da Zona Norte da cidade, como as Avenidas Rosa e Silva e Rui Barbosa, há alguns anos tem extensos congestionamentos nos horários de pico e retenções durante todo o dia. O resultado é que todos sofrem: carros ficam retidos no trânsito pesado, ônibus não têm qualquer prioridade na via, fazendo com que passageiros realizem viagens demoradas em veículos lotados, e pedestres não dispõem de calçadas ou canteiro central. Esse é o cenário.
O secretário das Cidades, Danilo Cabral, lembrou, entretanto, que existe um longo caminho para que a implantação do corredor comece. “De fato, tivemos uma aprovação técnica dos Ministérios das Cidades e do Planejamento, mas agora precisamos preparar os projetos, reavaliar os custos e dar entrada em todo o processo. Em 2010, quando estávamos fechando os projetos para o PAC da Mobilidade, tivemos que preterir a Avenida Norte em função de outros projetos. Queremos viabilizá-lo, sabemos dos problemas que a via enfrenta hoje em dia e que a solução passa pela transformação em um corredor de transporte público, mas o caminho ainda é longo. Conseguimos a aprovação de R$ 192 milhões e precisamos rever o valor porque o pré-projeto está defasado”, explicou Danilo Cabral.
Leia mais na edição desta quinta-feira do Jornal do Commercio
Veja a opinião da população sobre os problemas e o projeto para a Avenida Norte:


Postado por Roberta Soares

domingo, 10 de março de 2013

OLINDA - ACIDENTE COM BUSS RODOTUR


Ônibus desgovernado derruba dois postes em Olinda. Dois carros são atingidosPor conta do acidente, a região está sem fornecimento de energia elétrica

Publicação: 10/03/2013 10:47 Atualização: 10/03/2013 12:37
Poste ficou pendurado na dianteira do veículo. Foto: Alexandre Brito/DP/D.A Press
Poste ficou pendurado na dianteira do veículo. Foto: Alexandre Brito/DP/D.A Press
Um ônibus desgovernado atingiu esta manhã dois postes na Avenida Getúlio Vargas, Bairro Novo, em Olinda. Um dos postes atingiu dois veículos, um Sandero e um Celta, que estavam estacionados na galeria Alameda do Sol.
Duas pessoas ficaram feridas e foram atentidas por uma equipe do Samu. No momento do acidente 20 pessoas estavam no ônibus.
Entre os postes atingidos, um era de alta tensão, que caiu sobre o veículo, ao lado do transformador. Alguns fios ficaram espalhados pela via. A área foi interditada para evitar choques elétricos. Por conta do acidente, a região ficou sem fornecimento de energia elétrica. De acordo com a Celpe, o abastecimento será normalizado após a conclusão de reparos na rede elétrica.
O motorista José Silvino da Silva Filho, de 59 anos, contou que perdeu o controle do veículo depois de desviar de um carro que cruzou na sua frente bruscamente.

Com informações do repórter Raphael Guerra

domingo, 3 de março de 2013

GRANDE RECIFE - UM DIA SEC 23

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Transporte público em Dublin



Metrô de superfície. Em Dublin é chamado de LUAS. Confira o vídeo.

GRANDE RECIFE = TI XAMBÁ EM ABRIL E AS LINHAS FICARÁ ASSIM = texto de Fabricio dos Santos




LINHAS DO TI XAMBÁ E FROTA QUE IRA OPERAR EM CADA LINHA

831 AGUAZINHA / T.I XAMBÁ 3
841 NOVA OLINDA / T.I XAMBÁ 2
842 ÁGUAS COMPRIDAS/T.I XAMBÁ 4
843 ALTO DA BONDADE / T.I XAMBÁ 5
844 SANTA CASA/T.I XAMBÁ 5
847 ALTO NOVA OLINDA/T.I XAMBÁ 2
851 CÓRREGO DO ABACAXI/ T.I XAMBÁ 2
852 CAIXA D'ÁGUA / T.I XAMBÁ 5
838 ALTO DA CONQUISTA/T.I. XAMBÁ 7
892 ALTO DO CAJUEIRO /T.I. XAMBÁ 5
894 ALTO DA SUCUPIRA / T.1. XAMBÁ 2
895 ALTO DO SOL NASCENTE / T.I. XAMBÁ 6

lntertermlnais
861 T.1. XAMBÁ / T.1. J. BEZERRA 23
870 T.1. XAMBÁ / AFOGADOS 10
881 T.1. XAMBÁ / RIO DOCE (G.VARGAS) 20
882 T.1. XAMBÁ / RIO DOCE (C.L.CAVALCANTI) 11
883 T.1. XAMBÁ / RIO DOCE (TI PE•15) 12
Troncais
820 T.1. XAMBÁ (CABUGÁ) 9
860 T.1. XAMBÁ (PRINCIPE) 19
810 T.1. XAMBÁ / ENCRUZILHADA 5

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

GRANDE RECIFE VAI CRESCER




O projeto de requalificação urbanística do Cais José Estelita, denominado Novo Recife, passou por ajustes e pretende fazer mais referências à memória arquitetônica e histórica do lugar e melhorar a mobilidade na região. Dentre as novidades, estão a construção de um viaduto no Cabanga, cruzando a Avenida Engenheiro José Estelita, novos acessos para a Ilha do Leite e avenidas Sul e Dantas Barreto e a implantação de uma ciclovia de Boa Viagem à Avenida Norte. No sentido Centro/Zona Sul, será criada mais uma faixa de rolamento na avenida já existente, que possui três faixas nesse sentido, sendo uma ociosa, e duas no sentido contrário. Dentro do complexo, haverá uma via paralela ao cais com duas faixas. Na próxima quarta, o projeto será discutido mais uma vez em audiência pública na Câmara.

De acordo com o consórcio Novo Recife, formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL Empreendimentos e Ara Empreendimentos, todo o complexo terá permeabilidade e irá se comunicar com os bairros de São José, Cabanga e Ilha do Leite. Quem vier da Zona Sul pela ponte Agamenon Magalhães poderá acessá-lo diretamente por um viaduto que será feito ao lado do Capitão Temudo, cruzando a Av. Engenheiro José Estelita. Dentro do complexo, o estudo prevê uma passagem em nível para a Avenida Sul, de onde será possível acessar a Imperial e a Ponte Joaquim Cardozo, desembocando na Ilha do Leite.

Para viabilizar esses acessos, o consórcio está se comprometendo com a prefeitura a requalificar vias inseridas nesse trajeto, o que inclui desapropriações num trecho da Avenida Central. Também está sendo negociada com o governo federal a retirada de partes ou de todo o muro da antiga Refesa que margeia a Avenida Sul. O muro, inclusive, é um dos entraves encontrados pelo consórcio para permitir que a área do entorno do complexo seja inserida no processo de urbanização que vai acontecer da beira do cais até a linha férrea.

“Faremos os acessos viários para carros e pedestres, mas não podemos avançar pois o terreno não é nosso”, explicou um dos arquitetos que assinam o projeto, Jerônimo da Cunha Lima. Segundo o arquiteto, se o projeto seguisse, por exemplo, o mesmo traçado de construção da Avenida Boa Viagem, aos invés de 12 edifícios, seriam erguidos 50 na mesma área.

Segundo os empreendedores, há uma grande expectativa para que o poder público utilize a atual linha férrea para a circulação de um VLT, que sairia do novo terminal marítimo de passageiros e iria até o encontro das linhas Sul e Centro, onde o usuário faria a conexão para o metrô. Já o viaduto das Cinco Pontas, cuja demolição foi sugerida pelo Iphan como uma das medidas mitigadoras do projeto, poderá ou não permanecer. O consórcio está disponibilizando R$ 2 milhões para fazer a derrubada. Caso a PCR não concorde com a ideia, o dinheiro será deslocado para outra ação compensatória a ser indicada pelo Iphan.

VLT - Ainda em relação ao projeto Novo Recife, a Prefeitura estuda uma forma de utilizar a linha férrea que passa pela área e é a mais antiga do Brasil, datada de 1885. De acordo com Braga, pode ser colocado um Veículo leve sobre trilhos (VLT) em cima do trilho, para ligar Afogados ao Centro. A questão está sendo debatida com o Porto do Recife e o Governo do Estado, por exemplo.

GRANDE RECIFE - TANCREDO NEVES E VLT AGORA EM MARÇO


Locomotiva perto de sair de cena





Por
Tânia Passos
O trem a díesel que a mais de meio século transporta passageiros do Cabo de Santo Agostinho até a estação do Curado, no Recife, está mais perto de sair de cena. O modelo que tem capacidade para transportar até mil passageiros será substituído pelo Veículo Leve sobre Trilho (VLT) a partir da segunda quinzena de março.
No lugar da velha locomotiva, trens mais rápidos e confortáveis. O VLT, no entanto, tem uma capacidade menor e transporta apenas 600 passageiros por viagem. A principal vantagem do VLT em relação ao trem díesel é justamente a velocidade, que possibilitará um número maior de viagens e de pessoas transportadas.
Embora a operação regular com dois VLTs tenha data prevista para março, o intervalo das viagens não será muito diferente do que acontece hoje. O tempo de espera na estação pelo trem é de 47 a 49 minutos. Já o VLT, o intervalo será de 41 minutos. “Como só existe uma linha não podemos ter dois trens na linha ao mesmo tempo.
Por questão de segurança é preciso esperar que todo o percurso seja concluído”, explicou o diretor de Operações do Metrorec, João Dueire. O tempo de viagem de Cajueiro ao Cabo é feito em 35 minutos pelo trem a díesel e de 25 a 30 minutos no VLT. “O trem díesel, além de ser mais lento tem que fazer a acoplagem da locomotiva toda vez que muda de sentido. O VLT tem direção nos dois sentidos”, revelou Dueire.
Somente com a duplicação da linha, o intervalos das viagens será reduzido para cerca de 12 minutos. “Com a linha duplicada poderemos ter mais trens em circulação. Dispomos de sete VLTs e a linha do Cabo poderá operar com quatro em 2014”, afirmou. Já o percurso Cajueiro até o Curado também terá o trem díesel substituído por um VLT.
Os planos, no entanto, é de prolongar a linha do VLT até o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), que já é atendido pelo metrô. “Será uma linha paralela. Quem estiver em Cajueiro Seco não precisará descer na estação Joana Bezerra para seguir viagem até o TIP”, explicou o gerente de operações.
À espera do trem para o Cabo, a estudante Raissa de Oliveira Negrão, 20 anos, já teve oportunidade de fazer o percurso pelo trem a díesel e pelo VLT, que já vinha funcionando nos finais de semana. “Apesar do trem ser mais lento, ele tem uma capacidade maior. Já o VLT, a impressão é que ele fica mais apertado nos horários de pico”, revelou.
Já a dona de casa, Selma Maria da Silva, 38 anos, está otimista. “O trem a díesel é um atraso de vida. Não vejo a hora do VLT ficar de vez”, revelou. Embora esteja saindo da linha regular, o trem díesel vai funcionar como coringa. “Ele poderá ser usado quando algum VLT entrar em manutenção ou pode ser transformado em um trem turístico”, sugeriu Dueire.
O cronograma da operação regular, prevista para março, não deverá ser alterado com o incidente com dois VLTs ocorrido no sábado de carnaval. Na ocasião, o segundo trem que estava acoplado a outro para o abastecimento se desacoplou e bateu na traseira do trem que estava na frente e acabou ficando com a área frontal, também chamada de máscara danificada.
A peça, que é feita de fibra de vidro foi solicitada ao fabricante. “Temos sete VLTS e vamos iniciar a operação com dois. Esse incidente não muda em nada o nosso cronograma”, afirmou Bartolomeu Carvalho, gerente de manutenção do Metrorec.
Dois trens novos na Linha Sul
O mês de março entram em operação dois dos 15 trens novos adquiridos pelo Metrorec na Linha Sul do metrô. A entrada dos novos trens não irá significar aumento da frota na linha, pelo menos por enquanto. Dois trens antigos serão retirados para manutenção.
Mas, segundo a gerência de Operações do Metrorec, a Linha Sul está apta a receber a demanda do Terminal Integrado Tancredo Neves, que já está pronto desde o ano passado. Mas ainda não há data confirmada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano para que o Tancredo Neves comece a operar.
Atualmente seis trens atendem a Linha Sul, nos horários de pico, desde que entrou em funcionamento o Terminal Integrado de Cajueiro Seco. Antes eram cinco. A expectativa é que o Terminal Integrado Tancredo Neves fosse inaugurado, finalmente, em março, com a chegada dos trens novos. A previsão era de aumentar a frota da Linha Sul para sete trens.
“Se houver necessidade de aumentar o número de trens na linha, nós temos todas as condições, mas acreditamos que, inicialmente, os seis trens existentes sejam suficientes para o Tancredo Neves operar”, afirmou o diretor de Operações, João Dueire.O Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano informou pela assessoria que, oficialmente, não foi informada de que o metrô já está apto para atender a demanda do Tancredo Neves.
“Os terminais de Aeroporto e Cajueiro Seco foram inaugurados de acordo com o cronograma do aumento da frota de trens. O mesmo pode acontecer com o Tancredo Neves”, revelou Dueire.
O metrô do Recife tem uma frota de 25 trens e terá até 2014 um total de 40 trens para as duas linhas Sul e Centro. Três trens novos já chegaram. A expctativa é que o número de pessoas transportadas alcance cerca de 400 mil usuários com a integração do metrô com os 25 terminais de ônibus do Sistema Estrutural Integrado (SEI).
Saiba Mais
Metrô do Recife
Linha centro
14 estações
1983 – início das obras
1985 – Início da operação na estação Werneck
1986 – Início da operação das estações Coqueiral e Rodoviária
2002 – Início da operação da estação de Camaragibe
220 passageiros por dia
4,4 minutos de intervalo nos horários de pico
8 minutos fora do horário de pico
Linha Sul
2005 – Estação Recife/Imbiribeira
2008 – Imbiribeira/Shopping
2008 – Shopping/Tancredo Neves
2009 – Tancredo Neves/Cajueiro Seco
R$ 1,60 é a tarifa do metrô Recife, integrada ao ônibus
45 mil usuários por dia
8,5 minutos de intervalo nos horários de pico
12,5 minutos de intervalo fora do horário de pico
40 trens devem operar nas duas linhas até novembro de 2013
400 mil usuários é a previsão das duas linhas
Fonte: Metrorec

One thought on “LOCOMOTIVA PERTO DE SAIR DE CENA

  1. Olha o que relata o texto: os TIs novos foram liberados conforme conograma do aumento da frota de trens.
    Isso se chama falta de planejamento! Se há intenção de fazer um TI atrelado ao metrô ou VLT, o prazo da entrega de um deveria andar em conjunto com a oferta do outro e não cada um ter um prazo, por sinal bem elástico, pois estamos com um TI há mais de seis meses parado.
    Não por acaso que certas obras aqui são questionadas ou feitas sem privilegiar alguns. Viadutos para Agamenon inicialmente aceitos desconsiderando vários limitadores. Duplicação do Temudo ignorando no começo linha do metrô e ainda não criaram espaço para pedestre ou ciclista.
    Quanto ao VLT, boa parte do trecho para o Cabo já é duplicado, mas só devem efetivamente reduzir o tempo nesse trajeto quando sair do papel o ramal recuperado e duplicado para Suape. Cajueiro/TIP é outro trecho que fala-se em duplicar, mas não tem prazo pelo visto. E o futuro trecho, trato como especulação até concreta formalização, Largo da Paz-Forte ou Largo da Paz-Terminal Marítimo. Vão manter a rede singela?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

GRANDE RECIFE - FAZ DE CONTA E TOME ENGANAR O POVO


Em PE, obras de dragagem do Rio 



Capibaribe ainda não sai do papel.


Ordem foi assinada no dia 17 de janeiro em cerimônia com o governador.
Segundo secretário das Cidades, dragagem começa até 17 de março.

Do G1 PE
5 comentários
Mais de um mês depois de assinada a ordem de serviço, as obras de dragagem do Rio Capibaribe, no Recife, não saíram do papel. A assinatura do governador Eduardo Campos aconteceu em uma cerimônia no Parque de Santana, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, no dia 17 de janeiro. A dragagem faz parte do projeto que vai permitir o transporte coletivo de passageiros no Capibaribe.
A obra, orçada em R$ 101 milhões, prevê a criação de dois corredores de transporte pelo rio. No dia da solenidade, uma draga em ação dava a entender que os trabalhos começariam no mesmo dia, mas foi retirada do local pouco depois. Desde então, as obras estão paralisadas. "Começou, parou. A cidade do Recife é cercada de rios, é um recurso que a gente poderia expolorar", acredita a estudante Mirna Albuquerque, que passa todos os dias pelo parque.
A tranquilidade do Parque Santana, no bairro da Torre, é bem diferente do que foi visto na festa da solenidade. A dona de casa Alaíde Almeida está entre os que estranharam a paralisação. "Pergunto por que parou. Estava tão bonito, eu estava esperando para poder passear pelo rio", conta Alaíde.
O secretário das Cidades, Danilo Cabral, explica que a draga estava de maneira simbólica no dia da solenidade. "A draga foi colocada para que a gente mostrasse, para a cidade, o início da realização de um sonho, que foi tirado do papel. Esse sonho de fazer o nosso Rio Capibariba ser aproveitado não somente do ponto de vista ambiental, turístico, mas também do transporte público", afirma Cabral.
O prazo do contrato é de que a dragagem começasse em um prazo de 60 dias, segundo o secretário. "Pelo contrato, o prazo é de que até o dia 17 de março se inicie a dragagem", garante Cabral, lembrando ainda que a previsão é concluir todo o processo de dragagem até março de 2014. Nesse prazo, também deverão estar concluídas as obras das sete estações, que vão servir de base para o transporte fluvial no Capibaribe.
Recuperação
O projeto prevê a recuperação de 17 quilômetros do rio, que nasce em Poção, no Agreste do estado, e atravessa 42 municípios até encontrar o mar. As obras serão realizadas da BR-101 até o limite entre as cidades do Recife e Olinda. O trabalho de dragagem de toda essa extensão deve durar 18 meses, executado pelo Consórcio ETC & Brasília.
Segundo o governo estadual, para diminuir o impacto ambiental, o material será retirado do Rio Capibaribe em duas etapas. A primeira será a dragagem do material contaminado, que fica na camada inicial. Esses sedimentos serão depositados em um aterro sanitário, após passarem por uma triagem. Após esse processo, as máquinas vão retirar os materiais não contaminados, que serão levados para o bota-fora oceânico.
Projeto
A Região Metropolitana do Recife terá sete estações, que serão licitadas em fevereiro deste ano e as obras, executadas durante o processo de dragagem. As estruturas serão integradas com os demais sistemas de transportes. O programa todo foi orçado em R$ 289 milhões e vai criar um canal de navegação com 14 quilômetros para 12 embarcações. "Essa é a única obra do Brasil de corredor fluvial com transporte público de passageiros. É uma obra em parceria com as prefeituras do Recife e Olinda e governo federal, que vamos entregar em 2014 para mais de 350 mil passageiros terem uma outra opção de ir e vir para onde desejam", falou o governador Eduardo Campos.

De acordo com o governo estadual, o projeto vai permitir a ampliação do sistema integrado de transporte de passageiros na Região Metropolitana com a criação de dois corredores fluviais.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

GRANDE RECIFE - OLINDA DESCASO E $$$ JOGADO FORA


JC TRÂNSITO // OLINDA

Avenida Presidente Kennedy: retrato do descaso e da desorganização


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Neste ponto da avenida, carroças disputam lugar com carros e ônibus circulam na faixa do tráfego misto
Fotos: Patrícia Bonfim/JC Trânsito

Patrícia BonfimDo JC Trânsito
A Avenida Presidente Kennedy, uma das vias mais movimentadas e importantes de Olinda, no Grande Recife, é a reprodução da negligência dos governantes, das irregularidades dos motoristas e do desrespeito à população.

Cortando cerca de quatro bairros, entre eles Peixinhos, Aguazinha, Sapucaia e Vila Popular, a avenida é de grande utilidade para a população, além de fazer integração com outras vias principais do município, como a Perimetral e a Pan Nordestina.

O corredor exclusivo para ônibus que foi construído em Olinda se parece com as estruturas das avenidas Caxangá e Conde da Boa Vista. Os coletivos trafegam por um corredor que foi instalado no meio da via, enquanto que os demais veículos circulam pelas faixas laterais. Em Olinda, foram criadas 16 paradas de ônibus, oito em cada sentido.

O resultado das obras, entretanto, é insatisfatório e lamentável. O novo sistema de tráfego na avenida aumentou o número de acidentes na via e deixou o trânsito numa total desordem. A construção, que custou mais de R$ 8 milhões e durou pouco mais de um ano, foi concluída, porém quem utiliza a via não consegue entender o motivo de o trânsito ainda continuar caótico.

A bagunça é generalizada: carros e ônibus circulam em qualquer faixa


A pista, embora precariamente, está sinalizada horizontalmente com letreiros determinando os trechos dos ônibus e do fluxo misto. Contudo, falta fiscalização para que os condutores sigam as novas regras de tráfego da avenida. O que se vê é uma verdadeira confusão: ônibus circulam na faixa dos carros e os autopasseios trafegam pelas baias dos coletivos.

O trânsito confuso complica a vida dos moradores que precisam pegar ônibus e não sabem em que parada ficar, se na nova ou na antiga. "Não tá fácil porque ninguém está entendendo o que foi feito aqui", afirma a moradora Roseane Benício, 38 anos. A maioria dos ônibus continua a utilizar as estações antigas para embarque e desembarque de passageiros, que ainda não foram desativadas. As novas paradas, construídas no meio da avenida, estão abandonadas e acumulam lixo e entulhos.

Comerciantes tomaram posse da via e montaram suas barracas na faixa lateral


Sem fiscalização, incontáveis veículos param e estacionam na avenida, despreocupados em serem autuados. O corredor dos ônibus também é utilizado como estacionamento de motos, carros e caminhões que realizam carga e descarga de mercadorias. Além disso, quase não há espaço nas calçadas: veículos ocupam a área que é destinada aos pedestres e, em alguns trechos, são os comerciantes que utilizam o espaço. Os ambulantes tomam as calçadas e fazem, do lugar, seus locais de trabalho.

Constantemente, veículos ligam o alerta e param na avenida em horário de pico


A equipe do JC Trânsito também registrou flagrantes de imprudência. Um carro do Governo do Estado fez um retorno proibido e cruzou a avenida, seguindo para o outro lado da via. De acordo com moradores, a manobra é frequente e não há fiscalização para coibir a ação.

Ciclistas e motoristas se arriscam e arriscam a vida da população para realizar conversões proibidas; carroças dividem o espaço da avenida com os carros


Durante toda manhã, a reportagem constatou que não há agentes de trânsito no local para organizar o tráfego e autuar os motoristas infratores. E, por conta da desorganização no tráfego, o Terminal Integrado (TI) de Xambá, recentemente construído às margens da avenida e que deveria estar ajudando no deslocamento mais veloz da população através do Sistema Estrutural Integrado (SEI), está pronto e fora de uso.

TI de Xambá pronto mas ainda não foi inaugurado


Erros de planejamento e execução na obra da avenida Presidente Kennedy impediram a inauguração do TI. A reclamação é geral. "A via ficou muito estreita", diz o taxista Luciano Lima, 37. “Vários acidentes já aconteceram aqui porque as curvas ficaram estreitas e perigosas. Tem pontos aqui que a própria população interditou porque muita gente estava se acidentando”, continua o taxista.

Moradores interditaram a avenida em pontos que geram perigo para a população


De acordo com Grande Recife Consórcio de Transporte, a inauguração do Terminal Integrado de Xambá está prevista para o primeiro trimestre deste ano, sendo a próxima inauguração realizada pelo Consórcio após o TI de Cajueiro Seco.

Já a Secretaria Estadual das Cidades, através do Prometrópole - órgão responsável pela construção das obras -, informou que o serviço, envolvendo a requalificação da avenida, a construção de 16 paradas de ônibus e mais a sinalização da via com faixas e placas, já foi concluído e que a organização de tráfego na via deve ser feita pelo município. Além disso, segundo o Prometrópole, a responsabilidade de elaborar um projeto em locais onde deveria existir semáforos de pedestres é da Prefeitura; o Prometrópole só executa.

A equipe do JC Trânsito também entrou em contato com a Prefeitura de Olinda e a Secretaria de Trânsito do município sobre a falta de fiscalização na via, de manutenção e de limpeza urbana. Em nota, a assessoria informou que após o Carnaval iria intensificar os trabalhos na avenida Presidente Kennedy. “Serão concluídos os loopings de quadra, o canteiro central e melhorada a sinalização vertical. Após isso, serão realizadas medidas educativas para conscientização da população em relação ao novo tráfego na Avenida. A previsão é de que no início de março a situação esteja normalizada”, comunica a nota.

A reportagem fez uma nova visita na avenida na manhã desta sexta-feira (15) para comprovar as ações que a Prefeitura iria colocar em prática após a folia, mas o que se verificou foi mais do mesmo: nenhuma fiscalização de trânsito está sendo realizada na via. Não há agentes de trânsito para orientar os motoristas e a mesma desorganização continua. O lixo e os entulhos, no entanto, estavam sendo recolhidos por equipes de limpeza urbana. Espera-se, a partir de agora, que o município de Olinda cumpra com todas as suas promessas e promova uma maior fluidez no trânsito da avenida.