sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

DEPOIS DO ACOCHO DA FLTP-PE A CONVERSA É OUTRA





A príncipio, 15 ônibus novos circularão em duas linhas convencionais da Região Metropolitana do Recife
A príncipio, 15 ônibus novos circularão em duas linhas convencionais da Região Metropolitana do RecifeFoto: Divulgação/Grande Recife Consórcio
Os ônibus articulados do sistema Bus Rapid Transit (BRT) poderão ser trocados por veículos comuns com ar-condicionado e portas em ambos os lados em linhas de baixa demanda. É o que garante o Grande Recife Consórcio de Transporte. Segundo o órgão, primeiramente 15 dos 40 ônibus já adquiridos pelo consórcio Conorte, que opera no sistema, circularão nas linhas interterminais convencionais 1986 - TI Rio Doce/PE-15 (5 ônibus; 100% da frota) e 1977 - TI Pelópidas/Conde da Boa Vista (10 ônibus; cerca de 77% da frota).

A expectativa é de que os novos veículos rodem a partir da próxima quinta-feira (16). Atualmente, as duas linhas escolhidas para receber primeiramente os ônibus novos transportam respectivamente 1.950 e 5.600 passageiros por dia, totalizando 7.550 usuários. Já a troca dos ônibus articulados do BRT pelos comuns está em estudo e não deve ser feita antes de fevereiro, garante o diretor de operações do Grande Recife, André Melibeu, uma vez que a demanda tradicionalmente cai durante as férias escolares de janeiro.

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As linhas BRT que receberão os novos coletivos serão definidas após os estudos técnicos do Grande Recife. “Ainda está sendo definida a possibilidade dos novos ônibus irem para algumas linhas de BRT de baixa demanda. Isso requer um estudo operacional para checar a viabilidade”, explicou André Melibeu.

“Estamos estudando para atender a maior quantidade de passageiros”, acrescentou o diretor, reiterando que os novos ônibus estão em processo de cadastramento para irem às ruas. Como possuem portas dos dois lados, os ônibus poderão operar nas estações de BRT e nas paradas convencionais. “Não é só tirar e botar, precisamos fazer uma avaliação se é possível ou não substituir. Vamos ver se esses carros atendem a demanda nas linhas que queremos tirar”, continuou Melibeu.

Caso determinada linha passe a ser operada por um dos novos ônibus menores, os veículos maiores serão realocados para outras linhas com maior demanda. “Se tirarmos, por exemplo, o BRT da linha PE-15/PCR é porque a demanda dela pode ser atendida por um carro de 13 metros. Se não for possível não será feito. Será uma avaliação futura”, frisou o diretor de operações.

A troca dos articulados, que possuem 21 metros de comprimento e comportam 130 passageiros em pé e sentados, pelos novos ônibus, com ar-condicionado, suspensão a ar, 13,2 metros de comprimento e capacidade para 80 passageiros, deve reduzir os custos operacionais desnecessários com a queda na demanda de usuários do BRT no último ano.

Entre novembro de 2018 e novembro de 2019, a redução geral no número de passageiros do sistema foi de 4%. Em algumas linhas, aponta o Grande Recife, a queda chegou a 15%. De acordo com o consórcio, 156 mil passageiros usam as 14 linhas dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste diariamente, que, juntos, somam 33 quilômetros de extensão.

Um comentário:

  1. Os BRTs no Brasil em geral são construídos sem o planejamento devido ou usados como um ganho político,já nascem com vida curta ou são sub dimensionados,não comportando a demanda para eles prevista,ou super dimensionados em corredores com baixa demanda onde a sua presença não se faz necessária,onde um corredor com faixas exclusivas para ônibus regulares seria a solução mais adequada.Planejamento é uma coisa que a maioria dos administradores ignoram ou fingem que não saber que existe.

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