sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Grande Recife Mobilidade - As eleições vem ai 07/ de outubro cobrem por um transporte digno,pois esses politicos que passam a pé enfrente de sua casa, passará nos seus carrões importados e blindados com ar-condicionado ,logo mais após a eleição.


PERNAMBUCANOS SOFREM COM TRANSPORTES DESCONFORTÁVEIS E RODOVIÁRIOS COM SALÁRIOS DEFASADOS.


A espera pela melhoria do transporte a cada degrau - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
A espera pela melhoria do transporte a cada degrau – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Depender do transporte público no Recife nunca foi tão incerto. Sem nenhum aviso, o usuário pode ser surpreendido por uma paralisação. A eterna disputa entre patrões e empregados sobre o percentual de reajuste salarial da categoria não deveria comprometer o funcionamento do sistema, mas compromete. Dispor de um transporte diário é mais que um direito, mas talvez já tenha passado da hora de avançar nessa discussão e subir alguns degraus para um serviço de melhor qualidade.
Enquanto Amanda Stephanie, 25 anos, aguarda a chegada do ônibus, em uma parada da Marquês de Olinda, no Centro do Recife, sem ter ideia de quanto tempo terá que esperar, em outra esquina encontramos a estudante Helena Gomes, 20, que faz uma busca no celular para localizar a posição exata do seu ônibus. A tecnologia já existente ainda não chegou para todos.
Além da necessidade de se ter um aparelho capaz de baixar o aplicativo do CittaMob, disponibilizado pelas empresas de ônibus, é preciso sorte para o alcance do sinal. “Onde moro, na Guabiraba, não pega, mas aqui no Centro eu acesso. É bem prático”, contou Helena. Além do CittaMob, existem outros aplicativos em operação, mas isso não tira a responsabilidade do órgão gestor de disponibilizar informações nos pontos de parada e terminais.
Os painéis eletrônicos dos terminais da RMR, que deveriam informar as linhas e os horários, permanecem inoperantes. O sistema da central de controle operacional do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, só deve iniciar os testes do projeto piloto no fim do ano. Enquanto isso, nas paradas de ônibus não há informação das linhas e muito menos conforto nos abrigos ou calçadas que dão acesso às paradas.
“Há medidas que poderiam ser implantadas de imediato para a melhoria do sistema, como a boa pavimentação da faixa do ônibus, acessibilidade das calçadas e a disponibilização da tecnologia GPS, para que o ponto de ônibus seja ponto de chegada e não de espera infinita”, apontou o urbanista Nazareno Affonso, do Movimento pelo Direito ao Transporte (MDT).
No Grande Recife, o Sistema de Transporte Público de Passageiros deixa de fazer cerca de mil viagens por dia por conta do trânsito ruim. “Precisamos ampliar as faixas exclusivas. Não adianta aumentar o número de ônibus com trânsito travado”, destacou o presidente do Grande Recife Consórcio, Nélson Menezes.
Estação de BRT no corredor Leste/Oeste - Foto - Alcione Ferreira - DP.D.A/Press
Estação de BRT no corredor Leste/Oeste – Foto – Alcione Ferreira – DP.D.A/Press
As promessas da linha do BRT
Depois de 40 anos de jejum em investimentos na mobilidade na RMR, a construção de dois corredores com o sistema Bus Rapid Transit (BRT) encheu de expectativas os usuários do sistema de transporte público. A operação, no entanto, ainda é limitada em decorrência de atraso nas obras. E dos 300 mil passageiros diários previstos para os dois corredores, somente 10% tiveram o privilégio de usufruir do modal.
O sistema, que começou com três estações no corredor Leste/Oeste, opera com 10 das 27 paradas previstas. Já o Norte/Sul, começou com uma e atualmente está com quatro das 28 estações que permaneceram no projeto.
Os corredores de BRT do Recife, previstos para serem entregues entre dezembro do ano passado e março deste ano, podem ser finalizados até o fim do ano. O ritmo das obras é lento, as faixas, que deveriam ser segregadas, permanecem coletivas e não há sinal da obra de urbanização da rodovia PE-15. “Houve atraso, mas no quadro geral a mobilidade avançou muito em relação há 40 anos. Antes tínhamos nove terminais integrados. Hoje temos 15 e vamos chegar a 27”, avaliou o secretário das Cidades, Evandro Avelar.
Não basta entregar a obra. Para ter o padrão de BRT, o corredor deve atender a requisitos essenciais para tornar o sistema eficiente. “Além da estação nivelada com o piso do ônibus e o pagamento antecipado, quanto menos intervenções no corredor melhor”, afirmou Clarisse Linke, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).

Grande Recife Mobilidade - E agora Presidentes

Carta aberta aos presidenciáveis pede mais atenção para o transporte público brasileiro

Publicado em 11/09/2014, Às 16:39

Foto: JC/Imagem
Foto: JC/Imagem

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) elaborou uma carta aberta aos candidatos à presidência da República, com sete propostas para melhorar o transporte coletivo no Brasil, e a encaminhou aos presidenciáveis na última segunda-feira. A carta faz um retrato da falta de investimento no transporte de massa e critica a priorização do transporte individual no Brasil. Entre os problemas apontados pela NTU estão a queda do número de passageiros, a redução da velocidade média das viagens em 50%, a falta de priorização dos ônibus nas vias urbanas e tarifa justa, aspectos que refletem diretamente na qualidade do serviço prestado à população.
Otávio Cunha, presidente da NTU, reafirma que transporte público de qualidade custa caro, mas é fator fundamental para o desenvolvimento econômico e social da nação brasileira. “É preciso que haja um comprometimento das lideranças políticas do País em relação ao transporte coletivo urbano. Investir na melhoria do serviço significa mais qualidade de vida e aumento da produtividade de todos os setores econômicos instalados nas áreas urbanas”, ressalta Cunha.
As propostas apresentadas pela NTU são:
• Priorizar o transporte coletivo sobre o transporte individual no sistema viário.
• Avançar na construção de redes de transporte modernas, integradas, multimodais, racionais e de alto desempenho.
• Garantir a continuidade dos investimentos federais, estaduais e municipais na infraestrutura destinada aos transportes públicos coletivos.
• Prosseguir na desoneração dos tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre os serviços e sobre os insumos do setor.
• Utilizar os orçamentos públicos para custear os benefícios tarifários que tanto sobrecarregam os usuários comuns.
• Instituir um fundo com recursos dos combustíveis para subvencionar o transporte público coletivo viabilizando um transporte de qualidade com tarifa acessível à toda a população, ou seja, distinguir a tarifa pública cobrada dos usuários da tarifa de remuneração do operador.
• Implantar uma política de preços reduzidos para o óleo diesel consumido no transporte público urbano e de caráter urbano por ônibus.
Segundo levantamento da NTU, a  inflação do transporte público no País foi quatro vezes maior que a inflação do transporte individual nos últimos 10 anos. Enquanto o preço da tarifa de ônibus subiu 111% no período de 2002 a 2012, o IPCA que mede a inflação subiu 82,9%, o preço do carro novo subiu apenas 6,3% e a gasolina 43,9%.

Confira a carta aberta na íntegra aqui:
Carta aos presidenciáveis – NTU

Postado por Roberta Soares


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Grande Recife Mobilidade -Em breve, as principais cidades brasileiras

Comil Svelto Dual Fuel, um ônibus bicombustível movido a diesel e gás natural. Com motor Mercedes-Benz, veículo está em testes de campo. Redução nas emissões de poluição varia entre 18% e 30% na comparação com um veículo de características semelhantes, movidos somente a diesel. Foto: Anderson Moares – Matéria: Adamo Bazani
Comil Svelto Dual Fuel, um ônibus bicombustível movido a diesel e gás natural. Com motor Mercedes-Benz, veículo está em testes de campo. Redução nas emissões de poluição varia entre 18% e 30% na comparação com um veículo de características semelhantes, movidos somente a diesel. Foto: Anderson Moares – Matéria: Adamo Bazani
Em breve, as principais cidades brasileiras devem contar com mais uma alternativa de veículo de transporte coletivo que emite menos poluentes na operação. A Mercedes-Benz e a Comil testam o modelo Svelto Dual Fuel.
Trata-se de um veículo bicombustível movido a óleo diesel (e suas misturas, como biodiesel) e a gás natural.
O veículo trafega por diversas regiões, em especial a do ABC Paulista, onde fica a planta da Mercedes-Benz.
Segundo a Comil, produtora da carroceria, não é possível fornecer detalhes sobre o veículo, já que o ônibus ainda está em fase de homologação.
No entanto, o conceito bicombustível de motor Mercedes-Benz para ônibus foi apresentado na Transpúblico, feira de mobilidade urbana e de veículos de transporte coletivo, na edição de 2013.
Na ocasião, a Mercedes-Benz confirmou, naquela ocasião, os avanços nos testes ainda de bancada (dentro de fábrica) do motor OM 926 LA de 6 cilindros e 7,2 litros, que atende à legislação Proconve P-7 (equivalente ao Euro 5).
Hoje, os testes do veículo com carroceria da Comil já ganham as ruas.
De acordo com a Mercedes-Benz, a maior parte das operações do ônibus terá como principal combustível o Gás Natural, podendo chegar a 90% do tempo de funcionamento do veículo.
A vantagem, segundo a montadora, é que não houve grandes alterações em relação ao motor diesel convencional.
Assim, caso a empresa operadora optar ou se houver dificuldades de abastecimento por Gás Natural Veicular, pode usar apenas diesel no ônibus.
O modelo testado tem motorização dianteira.
De acordo com a Mercedes-Benz, se o ônibus contar com 90% de GNV nas operações é possível chegar a uma redução de 18% nas emissões de Gás Carbônico, um dos principais poluentes que causam o efeito estufa, e de até 30% de material particulado.
A injeção do GNV é feita diretamente na entrada do coletor de emissão do motor. Há um sistema dosador e misturador. A quantidade de gás que vai ser usada pelo ônibus depende das condições de operação. Equipamentos de gerenciamento eletrônico determinam esta quantidade. A relação ar/combustível também é controlada eletronicamente.
A carroceria recebeu um reforço especial para abrigar o espaço onde é armazenado o GNV.
Apesar de os testes estarem avançados e o veículo já estar na fase de homologação, não há prazo para o ônibus se lançado comercialmente.
A reportagem agradece ao colaborador Anderson Moraes por ceder a imagem.

Protesto de ambulantes no Derby


Mas uma vez a Policia militar,abusa do poder e da força e armas com a população desarmada e metem bala no povo,lembra a ditadura Militar.

Grande Recife Mobilidade - Protesto de ambulantes fecha a Agamenon




Um protesto fechou o tráfego da Avenida Agamenon Magalhães. A manifestação começou no final da manhã desta quinta-feira, na altura da Praça do Derby. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU) o trânsito foi interrompido no sentido Olinda, com pneus queimados. Duas viaturas da companhia estão no local.

A manifestação é realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife (Sintraci). Eles reivindicam a permanência nas ruas, cobram um posicionamento da Prefeitura do Recife e a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para estabelecer normas de fiscalização.

Os ambulantes adiatam que irão acionar o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) para denunciar fiscais que estariam cobrando propina para permitir a continuidade dos comerciantes nas vias públicas.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Grande Recife Mobilidade - Rodoviários prometem, que não farão novas paralisações até julgamento do dissidio.


Mobilidade » 

Publicação: 09/09/2014 18:12 Atualização: 09/09/2014 19:39

Em assembleias realizadas nesta terça-feira (09), o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Pernambuco optou por não fazer novas paralisações até que seja publicado o acórdão do julgamento  das cláusulas econômicas do dissídio coletivo da categoria, julgado na segunda-feira (08) pelo Tribunal Superior do Trabalho. A categoria também vai aguardar o julgamento da legalidade das últimas manifestações, marcado para o próximo dia 18, no Tribunal Regional do Trabalho
Após o dissídio ter sido julgado, nessa segunda (08), no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, e a categoria ter recebido reajuste de 10% no salário, a insatisfação continua pelo tíquete alimentação. Em decisão anterior, o TRT havia concedido aumento de 75% no valor do benefício, mas o TST definiu apenas 10% de reajuste.

De acordo com o presidente do sindicato - eleito, mas não empossado -, Benílson Custódio, os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus não aprovaram a taxa de realinhamento, mas vão esperar o próximo julgamento antes de novos atos.

A assessoria jurídica da classe orienta pela reromada do processo de negociação apenas na campanha salarial de 2015. Os advogados consideram as conquistas surpreendentes e apontam o risco dos trabalhadores perderem o reajuste conquistado, caso o processo siga no Superior Tribunal Federal (STF). O advogado Ricardo Estevão acredita que o acórdão seja publicado em cerca de 10 dias.

De acordo com a decisão do TST, o valor do tíquete passa de R$ 171 para R$ 188. O percentual fica abaixo do que havia sido definido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, que havia votado pelo reajuste de R$ 75% com o qual o tíquete passaria para R$ 300. Os empresários recorreram ao TST da decisão do TRT e divulgaram um déficit nas contas do setor de R$ 7 milhões por mês.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Grande Recife Mobilidade - Sindicato e motoristas garatem os coletivos nesta terça.



Em coletiva de imprensa realizada no fim da tarde desta segunda, o Sindicato dos Rodoviários criticou a redução do reajuste do tíquete-alimentação, que passou 75% para 10%. “Nós não aceitamos esse percentual de reajuste do vale alimentação, não gostamos da decisão, consideramos uma traição. Isso é um sentimento unânime da categoria. Mas a nossa assessoria jurídica está tomando conhecimento da decisão e vai nos passar o que podemos fazer, se vale a pena entrar com recurso. Também estamos convocando duas assembleias, às 9h30 e às 15h30 desta terça (9), para decidir o vamos fazer em relação ao julgamento. Amanhã, a ida e volta para casa está garantida", disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio.

Grande Recife Mobilidade - Clima tenso nesta tarde no Recife e região metropolitana e a população deve ficar atenta, aos Rodoviário que receberam apenas 10% de aumento e não satisfeitos podem protestar ainda hoje ou amanha. Aguardem novas noticias em breve...



O dissídio coletivo dos rodoviários foi julgado na tarde desta segunda-feira (8), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. E foi concedido apenas 10% no salário e tickts e agora Dependendo do resultado, que foi negativo os motoristas e cobradores de ônibus podem programar protestos ou atos grevistas ainda na segunda. “Com essa decisão desfavorável, vai ser difícil segurar esses trabalhadores”, afirma Roberto Torres, presidente da Associação dos Rodoviários de Pernambuco, que viajou para a capital federal para tentar sensibilizar os ministros. 

Segundo Torres, a categoria até pode abrir mão do reajuste salarial de 10% e ficar apenas com a recomposição da inflação. “Mas ninguém quer abrir mão do aumento do tíquete alimentação de R$ 171,00 para R$ 300. Não dá para se alimentar pagando menos de R$ 10 por dia”, defende o presidente da associação. Esse seria o ponto mais problemático da negociação, pois o patronato propõe pagar somente R$ 181 para as refeições.

Grande Recife Mobilidade - Apenas 10% pra o salário e os Tickets,o que deve acontecer são novas paralisações na cidade do Recife. Será?...


TST mantém reajuste de 10% para salários e vale alimentação dos rodoviáriosEm decisão anterior, do TRT, a categoria teria aumento de 75,43% no tíquete alimentação. No entanto, a liminar foi suspensa pelo TST. O sindicato ainda não se pronunciou sobre a decisão


Dissídio coletivo »

O Pais legal da presidente é assim.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou,na tarde desta segunda-feira, o aumento de 10% nos salários e tíquete alimentação dos rodoviários de Pernambuco. A decisão foi tomada por cinco votos a favor e dois contra, no julgamento iniciado por volta das 13h30, na Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), em Brasília.

O índice, arbitrado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região no julgamento do dissídio coletivo da categoria, foi questionado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco, mas a SDC deu provimento apenas parcial ao recurso, modificando a decisão do TRT na cláusula referente ao auxílio-alimentação, corrigindo-o no mesmo índice adotado para os salários.

Na cláusula sobre o auxílio-alimentação, a SDC deu provimento ao recurso. O benefício foi aumentado de R$ 171 para R$ 300 (no percentual de 75,43%) pelo TRT-PE, mas, segundo o relator, ministro Fernando Eizo Ono, a jurisprudência da SDC é no sentido de que a correção acima dos níveis concedidos para os salários extrapola os limites do poder normativo da Justiça do Trabalho, por importar custo financeiro às empresas. Por maioria, a SDC restringiu o reajuste aos 10% aplicados aos salários.

Ainda para o relator, apesar da vedação à correção de salários com base em índices de preços, o parágrafo 2º do artigo 13 da Lei 10192/2001 permite a concessão de aumento real sob o prisma da produtividade, desde que fundamentado em indicadores objetivos, vinculados ao desempenho econômico no segmento das empresas diretamente envolvidas no dissídio coletivo. No caso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de transportes e serviços auxiliares teve crescimento de 14,7%.

A manutenção do reajuste arbitrado pelo Regional levou em conta também que, os sindicatos patronais, ao longo das negociações, apresentaram proposta de reajuste com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, de 6,06%. O relator cita informações de que as empresas de transporte coletivo de Pernambuco movimentam R$ 80 milhões e usufruem de diversas isenções fiscais e previdenciárias concedidas pelo governo estadual e federal ao setor, como a isenção do ICMS do diesel e a redução de 20% para 2% da alíquota sobre a folha de pagamento para a Previdência Social.

O voto considera também o parecer do Ministério Público do Trabalho, segundo o qual o nível salarial mais baixo da categoria – o de cobrador – é apenas R$ 14 superior ao salário mínimo nacional. Outro ponto ressaltado foi o de que a decisão sujeitou o reajuste de 10% à compensação de quaisquer outros reajustes, legais ou espontâneos, já concedidos no período imediatamente anterior.

Os mesmos fundamentos foram adotados para negar provimento ao recurso quanto à cláusula relativa aos pisos salariais, reajustados também em 10%. No caso das diárias, auxílio-funeral e indenização por morte ou invalidez, ficou mantido o reajuste de 6,06% concedido pelo TRT-PE.

Fcaram vencidos os ministros Ives Gandra Martins Filho e Dora Maria da Costa, que davam provimento ao recurso para conceder reajuste de 6% nos salários e nas demais cláusulas econômicas. Para a divergência, a concessão de aumento real deve estar condicionada à negociação coletiva.

Ao manifestar seu voto no mesmo sentido do relator, o ministro Walmir Oliveira da Costa lamentou "a violência com que a categoria recebeu o efeito suspensivo" do reajuste deferido pelo presidente do TST, ministro Barros Levenhagen, em agosto. "É fato público e notório que, em razão da suspensão do reajuste de 10%, houve depredações e queima de ônibus", afirmou. Para o ministro Walmir, a violência não se justifica. "Sei que é uma minoria, e não a totalidade da categoria, mas caberia ao advogado do sindicato dos trabalhadores pedir a reconsideração da decisão à Presidência do TST, e o ministro Levenhagen examinaria o pedido com sensibilidade para evitar maior prejuízo à coletividade".

Grande Recife Mobilidade - Sem corredor segregado, BRTs brigam por espaço nas ruas do Grande Recife

Sem corredor segregado, BRTs brigam por espaço nas ruas do Grande Recife

Publicado em 05/09/2014, Às 22:00





Não estava no script. Ver os BRTs (Bus Rapid Transit) brigando por espaço em seu próprio corredor, não só com ônibus convencionais, mas, principalmente, com o transporte individual, não era previsto ainda em 2010, quando o governador Eduardo Campos começou a pensar em adotar o sistema, criado há 40 anos por Curitiba (PR) e universalizado com o Transmilenio, de Bogotá (Colômbia), em 2000. A falta de planejamento, consistência dos projetos e o atraso escabroso das obras são os responsáveis por deixar o BRT capenga, sem o R de Rapid, rapidez. Além de incomodar ver os imponentes BRTs espremidos entre coletivos comuns e carros, a disputa por espaço está afetando a operação, reduzindo a velocidade dos veículos entre 50% e 75%. Não era o planejado para o sistema usado e abusado nos discursos governamentais como a solução para a mobilidade da Região Metropolitana do Recife.
O consolo é que a descaracterização dos projetos de BRT não é vista apenas no Via Livre, nome do modelo pernambucano. É praticada, mesmo que pontualmente, em alguns projetos. Não na proporção do Recife, é verdade. Três dos quatro mais recentes sistemas de BRTs criados no Brasil têm trechos não segregados, mas a diferença é que foram corredores totalmente novos, construídos e, não, adaptados ou remendados como o Via Livre. O mais antigo, o TransOeste, no Rio de Janeiro, inaugurado em 2011, possui oito dos 56 Km de extensão em tráfego misto; o MOVE de Belo Horizonte, inaugurado em junho, tem 1,8 Km em que os BRTs dividem o espaço com veículos comuns dos 17,4 Km do corredor; e o Expresso DF Sul, de Brasília, possui 8,8 de via mista dos 36,2 Km em operação. Nesse caso, o trecho fica no Eixão, área de preservação histórica, o que impediu a mudança do pavimento para concreto ou qualquer tipo de segregação. Já o TransCarioca, o segundo BRT do Rio de Janeiro, em operação desde junho, não tem nenhum trecho misto nos seus 39 Km. Os quatro projetos tiveram a consultoria de entidades especializadas na implantação do sistema, como a Embarq Brasil e o ITDP Brasil.

ASSISTA:
https://www.youtube.com/watch?v=RD3NrmFuVgg

Os corredores do Via Livre (Leste-Oeste, ligando Camaragibe ao Centro do Recife, e o Norte-Sul, entre Igarassu e a capital), além de estar ainda no início da operação, têm grandes extensões de disputa entre BRTs, ônibus comuns e automóveis. Situação potencializada pelo fato de que os corredores foram adaptações do que já existia e, não, uma construção nova. Onde há mais de uma década já existia segregação para os ônibus, ela permaneceu. Em trechos onde não havia prioridade, a promessa do governo é promovê-la, ao menos parcialmente. Hoje, do jeito que está, o Corredor Leste-Oeste possui 6,7 Km de tráfego misto dos 14,6 Km de extensão, e o Corredor Norte-Sul 5,7 Km dos 13 que estão em operação.
Na Avenida Cruz Cabugá, por exemplo, chega a dar pena ver o BRT tendo que abrir espaço para automóveis, mesmo na área das estações. A cena se repete na Avenida Belmino Correia, em Camaragibe, na Avenida Benfica, na Madalena, ou com os ônibus convencionais na Avenida Conde da Boa Vista. “Além de atrasar a viagem em pelo menos 40 minutos, estressa a gente. Temos que ter uma atenção redobrada para não danificar o veículo. É uma pena não termos a via segregada”, reclama Eduardo Gomes, motorista da única linha em operação do Norte-Sul. A falta de segregação provoca, inclusive, danos físicos. A Estação Tacaruna, na Cruz Cabugá, teve o teto externo danificado por uma carreta que passou na área apesar da altura superior à permitida – 3,9 metros.


Fotos: Michelle Souza/JC Imagem
Fotos: Michelle Souza/JC Imagem

As descaracterizações dos BRTs foram discutidas e criticadas durante o Seminário Nacional 2014 da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte de Passageiros), realizado na semana passada em Brasília. “Vivemos uma época em que os sistemas de BRT já evoluíram tanto que ganharam mais um R, de confiabilidade (reliability, em inglês). O passageiro não espera apenas o conforto do veículo e do embarque. Ele quer a confiabilidade do serviço e, no tráfego misto, é impossível o BRT conseguir essa eficiência”, alerta o diretor-presidente da Embarq Brasil e maior garoto-propaganda do BRT no País, Luis Antônio Lindau.

BRT2_MS

GOVERNO MINIMIZA IMPACTOS
O governo de Pernambuco minimiza o impacto da briga por espaço viário que o BRT Via Livre está travando nas ruas. O presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Nelson Menezes, pondera que os trechos de tráfego misto são poucos e que não havia como segregar os corredores nessa fase de implantação. Segundo ele, com as obras em execução, o impacto sobre os automóveis e os ônibus comuns seria ainda maior.
“A sociedade e a imprensa já estão promovendo uma enorme grita na Avenida Caxangá, onde o BRT trafega isolado, porque deixamos apenas duas faixas para o tráfego do restante dos veículos. Imagine se fôssemos separar os corredores em vias como a Avenida Cruz Cabugá? Por isso a operação começou sem o isolamento”, argumentou o presidente do GRCT, ponderando que em dezembro os dois corredores de BRT – Leste-Oeste e Norte-Sul – deverão ser totalmente concluídos.

Teto externo da Estação Tacaruna do BRT NOrte-Sul foi danificada por um caminhão que passou na área
Teto externo da Estação Tacaruna do BRT NOrte-Sul foi danificado por um caminhão que passou na área mesmo tendo altura acima da permitida


Segundo Nelson Menezes, o tráfego misto tem impactado nos resultados do BRT, mas ainda não é tão prejudicial porque o sistema está em implantação. Mesmo assim, a redução de velocidade é fato: o Corredor Norte-Sul deveria ter velocidade operacional de 24 km/h e está em 16 km/h, enquanto o Leste-Oeste foi projetado para desenvolver, no mínimo, 22 km/h e está em 18 km/h, graças à faixa exclusiva da Avenida Caxangá.
Mas, mesmo em dezembro, prazo final prometido pelo Estado, serão vários os trechos em que os BRTs continuarão trafegando misturados a ônibus e/ou carros. Corredor Norte-Sul: Complexo de Salgadinho, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel, Praça da República. Corredor Leste-Oeste: Avenida Belmino Correia, Rua Benfica, Derby, Avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes.

BRT MOVE, de BH, possui tem corredor segregado e apenas 1,8 Km de via mista
BRT MOVE, de BH, possui tem corredor segregado e apenas 1,8 Km de via mista. Foto: Divulgação

BRT TransCarioca, do RJ, é todo segregado. Fotos: Divulgação
BRT TransCarioca, do RJ, é todo segregado. Foto: Divulgação
Leia mais na edição impressa do JC

Postado por Roberta Soares

Grande Recife Mobilidade - TST » Dissídio coletivo dos rodoviários será julgado hoje em Brasília



O dissídio coletivo dos rodoviários vai ser julgado nesta segunda-feira, em Brasília, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A sessão começa às 13h30.Dependendo do resultado, motoristas e cobradores de ônibus podem programar protestos ou atos grevistas ainda nesta segunda-feira. “Se a decisão for desfavorável, vai ser difícil segurar esses trabalhadores”, observou Roberto Torres, presidente da Associação dos Rodoviários de Pernambuco, que viajou para a capital federal para tentar sensibilizar os ministros. 

Segundo Torres, a categoria até pode abrir mão do reajuste salarial dos 10% e ficar apenas com a recomposição da inflação. “Mas ninguém quer abrir mão do aumento do tíquete alimentação de R$ 171,00 para R$ 300. Não dá para se alimentar pagando menos de R$ 10 por dia”, defende. O patronato propõe pagar somente R$ 181 para os tíquetes.

domingo, 7 de setembro de 2014

Grande Recife Mobilidade - Greve descartada até quarta e amanha sairá o resultado em Brasilia no TRT federal.

Rodoviários realizam nova assembleia e decidem não paralisar atividades até quarta

Secretário-geral da categoria afirmou que a população não deve se preocupar enquanto houver negociação

Não haverá paralisação dos rodoviários até a próxima quarta-feira (10). Esta decisão foi tomada na tarde deste sábado (6), em assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitanas da Mata Sul e Norte (STTREPE) com apoio da Central Sindical Popular (CSP).
    O encontro reuniu cerca de 40 pessoas entre representantes do sindicato e rodoviários, na rua do Hospício, no bairro da Boa Vista, na área Central do Recife, e teve como objetivo informar aos trabalhadores sobre as diretrizes e pautas que serão abordadas nas apreciações que acontecerão no início desta semana.
    Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco
    O encontro reuniu cerca de 40 pessoas entre representantes do sindicato e rodoviários, na rua do Hospício
    Na próxima segunda-feira (8) haverá o julgamento do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, às 13h - e na próxima terça-feira (9), na apreciação da legalidade das paralisações que será realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), às 10h, na sede do órgão situada na avenida Cais do Apolo, no Bairro do Recife.
    "Nesta reunião foram tratadas as diretrizes que acontecerão nos dois julgamentos do início desta semana. Nós estamos convocando a categoria para uma nova assembleia que está marcada para a próxima quarta-feira (10), independentemente de qual serão as decisões tomadas pelos ministros em Brasília e pelos desembargadores aqui em Recife, para que os trabalhadores decidam os rumos que virão. E é importante salientar que as empresas que não pagarem o reajuste concedido pela Justiça, que é um direito que conquistamos, serão autuadas e penalizadas conforme a lei", declarou o secretário-geral do STTREPE, Josival José da Costa.
    O gestor afirmou à reportagem da Folha de Pernambuco que não haverá paralisações entre os dias de julgamentos, e informa a possibilidade de parada da categoria apenas para a próxima quarta-feira. "Essas novas paralisações serão decididas pela categoria em assembleia na quarta-feira, às 15h30, quando iremos avaliar o saldo das apreciações. Nós por meio de nossa assessoria jurídica estamos com uma boa expectativa para as decisões que serão tomadas. A população pode ficar despreocupada em relação a paralisações entre os dias de julgamento, pois iremos disponibilizar uma carta-aberta à sociedade informando os futuros atos que realizaremos. E se for decidido pelos trabalhadores uma nova greve, eu garanto que os passageiros serão previamente informados através deste documento", comentou.

    sábado, 6 de setembro de 2014

    Grande Recife Mobilidade - Novo Apache Vip da Caio promete agitar mercado de urbanos

    Por , em 5 de setembro de 2014.
    Veículo tem design modernizado e ganhos funcionais como Central Elétrica mais espaçosa.
    Além de design modernizado, modelo ganha avanços funcionais, como nova janela para o motorista e central elétrica mais espaçosa. Divulgação
    Além de design modernizado, modelo ganha avanços funcionais, como nova janela para o motorista e central elétrica mais espaçosa. Divulgação
    Caio já começou a divulgar para frotistas e profissionais de transporte folders apresentando a nova versão do modelo urbanoApache Vip.
    A carroceria é a mais vendida da Caio e figura entre os mais procurados no segmento de urbanos com motor dianteiro, que corresponde à maior parte do mercado de ônibus brasileiro.
    As mudanças mais significativas são estéticas, mas também há ganhos de funcionalidade.
    Os faróis, conjuntos óticos e luzes de posição são de Led. Os três faróis redondos em cada conjunto dianteiro dão lugar à dois faróis maiores retangulares estilizados. O objetivo é conferir um ar mais moderno ao veículo.
    As lanternas traseiras são de Led também em blocos intercambiáveis, o que facilita a manutenção e reposição das peças.
    A janela do motorista também recebeu um novo layout para facilitar a manutenção e aumentar a visibilidade do condutor.
    Ainda na parte da funcionalidade, a central elétrica do veículo é mais espaçosa, o que também ajuda o trabalho dos profissionais da área de manutenção.
    De acordo com o material de divulgação, as principais especificações são:
    “Anteparos das portas e motorista em tubos de aço encapsulados de PVC – Iluminação de LED, itinerário eletrônico, janelas laterais com vidros temperados e incolores. Para-brisa dianteiro bipartido, laminado e incolor. Piso de Chapa de Alumínio Lavrado. Elevador para portadores de deficiência física. Portas de acesso de duas folhas com acionamento pneumático. Poltrona do Motorista com regulagem longitudinal, da altura do assento e reclinação do encosto, com cinto de segurança retrátil de 3 pontos.”
    Material de divulgação a profissionais do transporte e frotistas do Novo Caio Apache Vip. Divulgação
    Além de design modernizado, modelo ganha avanços funcionais, como nova janela para o motorista e central elétrica mais espaçosa. Divulgação
    Como opcionais, o novo Caio Apache Vip pode ter: ar-condicionado, desembaçador de para-brisa com ar quente e ar frio, guarda-lama atrás das rodas, instalação para rádio, com alto falante a antena no para-brisa, isolação térmica de isopor, janelas com vidro inteiriço colado, puxador para janela com trava, quebra-sol para motorista tipo Sanefa.
    As dimensões do veículo são as seguintes:
    • Comprimento: Entre 9,5 metros e 13,2 metros
    • Largura Externa: 2,5 metros
    • Altura Externa: 3,18 metros a 3,26 metros
    • Altura Interna: 2,06 metros a 2,14 metros.
    O modelo pode ser encarroçado em chassis da IvecoAgraleMercedes-BenzVolvoScania e MAN-Volkswagen Caminhões e Ônibus.
    As inovações do modelo já vinham sendo desenvolvidas pela Caio.
    Com o lançamento do Novo Torino, da Marcopolo, principal concorrente, a Caio se apressou em colocar o Novo Apache Vip para divulgação no mercado.
    A “briga” neste segmento promete ser interessante.

    sexta-feira, 5 de setembro de 2014

    Grande Recife Mobilidade - DESFILE 7 DE SETEMBRO

    Esquema especial é montado para o desfile do 7 de Setembro
    Publicado em 05/09/2014
    Do JC Trânsito
    Alguns pontos da Avenida Mascarenhas de Morais serão bloqueados das 5h às 12h. / Foto: Guga Matos / JC Imagem
    Alguns pontos da Avenida Mascarenhas de Morais serão bloqueados das 5h às 12h.Foto: Guga Matos / JC Imagem
    Um esquema especial será montado para o desfile cívico-militar do dia 7 de Setembro, que ocorrerá na manhã deste domingo (7) na Av. Marechal Mascarenhas de Morais, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
    Mais de dez mil pessoas são esperadas no desfile, que comemora 192 anos da independência do Brasil. Para evitar complicações na Marcha, que vai do Viaduto Tancredo Neves até o Metrô Porta Larga, em Jaboatão dos Guararapes, alguns trechos da Av. Mascarenhas de Morais serão interditados a partir das 5h do domingo e devem ser liberados a partir do meio dia.

    No sentido subúrbio-cidade, o trecho entre a Avenida Armindo Moura e a Avenida General MacArthur será bloqueado para tráfego. Já no sentido cidade-subúrbio, será bloqueado o trecho entre a Avenida Jean Emile Favre e a Alça Noroeste do Viaduto Tancredo Neves.
    O bloqueio de alguns trechos da Mascarenhas de Morais interferirá também nas linhas de ônibus que circulam no local. Dezessete paradas de ônibus serão desativadas e 42 linhas terão seus intinerários alterados durante o desfile.
    Além do trânsito, um esquema especial também será montado para garantir a saúde da população: serão disponibilizados 9 postos de atendimento médico, 11 ambulâncias e 30 profissionais de saúde ao longo do trajeto

    quinta-feira, 4 de setembro de 2014

    Grande Recife Mobilidade - Arco Metropolitano pronto no mínimo em 2017

    INFRAESTRUTURA

    Metade do projeto esperado desde 2008 voltou para a prancheta.



    Fonte : Giovanni Sandes

    Nova rodovia é solução contra gargalos na BR-101 urbana / Diego Nigro/ JC Imagem

    Nova rodovia é solução contra gargalos na BR-101 urbana

    Diego Nigro/ JC Imagem

    O acúmulo de atrasos do Arco Metropolitano criou uma situação preocupante para a futura rodovia. Não há mais dúvidas, o Arco só ficará totalmente pronto no mínimo em 2017. Mas como a obra sequer foi licitada e mais da metade dela voltou à fase de estudos, o cronograma do Arco já ameaça transformar no futuro a obra em um desafio de uma década de existência.
    Diante dos crônicos engarrafamentos na BR-101 urbana, em 2008 o Estado encomendou um estudo sobre um desvio. Essa longa alça viária, o Arco, funcionará como um desvio da rodovia federal a partir de Igarassu por fora do Recife, cruzando a BR-408 e também a BR-232, para voltar à BR-101 no Cabo de Santo Agostinho.
    O projeto do Arco mudou várias vezes e hoje ele deve chegar a 100 quilômetros de extensão. Seu último orçamento, de R$ 1,34 bilhão, também indefinido, pode subir R$ 200 milhões.
    O lote 2, com 44 quilômetros entre o Cabo e São Lourenço da Mata, semana passada foi apresentado para licenciamento da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Esse trecho deve ficar pronto em 2016, avalia o secretário de Infraestrutura, João Bosco de Almeida. “E, se tudo correr como prometido, no ano seguinte sai o lote 1”, comenta, fazendo menção ao trecho que vai de São Lourenço a Igarassu, em estudo.
    Bosco lembra que um pacote já em andamento de R$ 212 milhões em recuperação de rodovias estaduais, mais o lote 1, criará um “Arco Alternativo”.
    Mas a insegurança sobre a conclusão do Arco envolve a complexidade da obra.
    Diante dos desafios de engenharia e do custo alto, de 2011 a 2013 o projeto foi estruturado como parceria público-privada (PPP) por um consórcio da Odebrecht, Invepar e Queiroz Galvão. Nessa versão, o Arco teria menos curvas e rampas. “A rodovia imaginada na PPP seria de alto padrão”, conta Bosco. Mas o Estado precisaria bancar R$ 800 milhões do projeto, que ainda teria pedágio para custear os R$ 1,7 bilhão da obra.
    Essa versão do Arco teve licenciamento iniciado pelo Estado, mas o trabalho parou. Em abril de 2013, o governo federal assumiu a obra. Mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por problemas nos direitos autorais com o consórcio, só recebeu o material de 2008.
    O Dnit refez parte da papelada e em dezembro passado lançou a licitação, pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC) na modalidade integrada, na qual a construtora faz o projeto executivo e a obra. O Fórum Socioambiental de Aldeia impugnou o edital, pela ausência de projeto e licenças.
    O Dnit previa um Arco cortando uma área de proteção ambiental com Mata Atlântica e uma importante fonte de água do Grande Recife. “A CPRH suspendeu o processo e rejeitou até o traçado do consórcio privado, menos agressivo que o traçado do Dnit”, afirma Herbet Tejo, membro do Fórum.
    O órgão federal cancelou a licitação e dividiu a obra nos atuas lotes 1 e 2. Semana passada, reapresentou o Arco à CPRH – foi o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do lote 2, o trecho sul, que pode ser licitado ainda em 2014. “Mas serviço mesmo, só ano que vem”, avalia João Bosco.
    O lote 1 está indefinido. Tudo indica que o traçado vai contornar a Mata Atlântica e passará de 33 quilômetros para mais de 50 km. Um veto prévio da CPRH sairá nos próximos dias, o que obriga o Dnit a voltar com metade do Arco para a prancheta. A licitação só deve sair no primeiro semestre de 2015. Se tudo começar a dar certo.

    Grande Recife Mobilidade - Arco Metropolitano pronto no mínimo em 2017

    INFRAESTRUTURA

    Metade do projeto esperado desde 2008 voltou para a prancheta.



    Fonte : Giovanni Sandes

    Nova rodovia é solução contra gargalos na BR-101 urbana / Diego Nigro/ JC Imagem

    Nova rodovia é solução contra gargalos na BR-101 urbana

    Diego Nigro/ JC Imagem

    O acúmulo de atrasos do Arco Metropolitano criou uma situação preocupante para a futura rodovia. Não há mais dúvidas, o Arco só ficará totalmente pronto no mínimo em 2017. Mas como a obra sequer foi licitada e mais da metade dela voltou à fase de estudos, o cronograma do Arco já ameaça transformar no futuro a obra em um desafio de uma década de existência.
    Diante dos crônicos engarrafamentos na BR-101 urbana, em 2008 o Estado encomendou um estudo sobre um desvio. Essa longa alça viária, o Arco, funcionará como um desvio da rodovia federal a partir de Igarassu por fora do Recife, cruzando a BR-408 e também a BR-232, para voltar à BR-101 no Cabo de Santo Agostinho.
    O projeto do Arco mudou várias vezes e hoje ele deve chegar a 100 quilômetros de extensão. Seu último orçamento, de R$ 1,34 bilhão, também indefinido, pode subir R$ 200 milhões.
    O lote 2, com 44 quilômetros entre o Cabo e São Lourenço da Mata, semana passada foi apresentado para licenciamento da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Esse trecho deve ficar pronto em 2016, avalia o secretário de Infraestrutura, João Bosco de Almeida. “E, se tudo correr como prometido, no ano seguinte sai o lote 1”, comenta, fazendo menção ao trecho que vai de São Lourenço a Igarassu, em estudo.
    Bosco lembra que um pacote já em andamento de R$ 212 milhões em recuperação de rodovias estaduais, mais o lote 1, criará um “Arco Alternativo”.
    Mas a insegurança sobre a conclusão do Arco envolve a complexidade da obra.
    Diante dos desafios de engenharia e do custo alto, de 2011 a 2013 o projeto foi estruturado como parceria público-privada (PPP) por um consórcio da Odebrecht, Invepar e Queiroz Galvão. Nessa versão, o Arco teria menos curvas e rampas. “A rodovia imaginada na PPP seria de alto padrão”, conta Bosco. Mas o Estado precisaria bancar R$ 800 milhões do projeto, que ainda teria pedágio para custear os R$ 1,7 bilhão da obra.
    Essa versão do Arco teve licenciamento iniciado pelo Estado, mas o trabalho parou. Em abril de 2013, o governo federal assumiu a obra. Mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por problemas nos direitos autorais com o consórcio, só recebeu o material de 2008.
    O Dnit refez parte da papelada e em dezembro passado lançou a licitação, pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC) na modalidade integrada, na qual a construtora faz o projeto executivo e a obra. O Fórum Socioambiental de Aldeia impugnou o edital, pela ausência de projeto e licenças.
    O Dnit previa um Arco cortando uma área de proteção ambiental com Mata Atlântica e uma importante fonte de água do Grande Recife. “A CPRH suspendeu o processo e rejeitou até o traçado do consórcio privado, menos agressivo que o traçado do Dnit”, afirma Herbet Tejo, membro do Fórum.
    O órgão federal cancelou a licitação e dividiu a obra nos atuas lotes 1 e 2. Semana passada, reapresentou o Arco à CPRH – foi o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do lote 2, o trecho sul, que pode ser licitado ainda em 2014. “Mas serviço mesmo, só ano que vem”, avalia João Bosco.
    O lote 1 está indefinido. Tudo indica que o traçado vai contornar a Mata Atlântica e passará de 33 quilômetros para mais de 50 km. Um veto prévio da CPRH sairá nos próximos dias, o que obriga o Dnit a voltar com metade do Arco para a prancheta. A licitação só deve sair no primeiro semestre de 2015. Se tudo começar a dar certo.