Em breve, as principais cidades brasileiras devem contar com mais uma alternativa de veículo de transporte coletivo que emite menos poluentes na operação. A Mercedes-Benz e a Comil testam o modelo Svelto Dual Fuel.
Trata-se de um veículo bicombustível movido a óleo diesel (e suas misturas, como biodiesel) e a gás natural.
O veículo trafega por diversas regiões, em especial a do ABC Paulista, onde fica a planta da Mercedes-Benz.
Segundo a Comil, produtora da carroceria, não é possível fornecer detalhes sobre o veículo, já que o ônibus ainda está em fase de homologação.
No entanto, o conceito bicombustível de motor Mercedes-Benz para ônibus foi apresentado na Transpúblico, feira de mobilidade urbana e de veículos de transporte coletivo, na edição de 2013.
Na ocasião, a Mercedes-Benz confirmou, naquela ocasião, os avanços nos testes ainda de bancada (dentro de fábrica) do motor OM 926 LA de 6 cilindros e 7,2 litros, que atende à legislação Proconve P-7 (equivalente ao Euro 5).
Hoje, os testes do veículo com carroceria da Comil já ganham as ruas.
De acordo com a Mercedes-Benz, a maior parte das operações do ônibus terá como principal combustível o Gás Natural, podendo chegar a 90% do tempo de funcionamento do veículo.
A vantagem, segundo a montadora, é que não houve grandes alterações em relação ao motor diesel convencional.
Assim, caso a empresa operadora optar ou se houver dificuldades de abastecimento por Gás Natural Veicular, pode usar apenas diesel no ônibus.
O modelo testado tem motorização dianteira.
De acordo com a Mercedes-Benz, se o ônibus contar com 90% de GNV nas operações é possível chegar a uma redução de 18% nas emissões de Gás Carbônico, um dos principais poluentes que causam o efeito estufa, e de até 30% de material particulado.
A injeção do GNV é feita diretamente na entrada do coletor de emissão do motor. Há um sistema dosador e misturador. A quantidade de gás que vai ser usada pelo ônibus depende das condições de operação. Equipamentos de gerenciamento eletrônico determinam esta quantidade. A relação ar/combustível também é controlada eletronicamente.
A carroceria recebeu um reforço especial para abrigar o espaço onde é armazenado o GNV.
Apesar de os testes estarem avançados e o veículo já estar na fase de homologação, não há prazo para o ônibus se lançado comercialmente.
A reportagem agradece ao colaborador Anderson Moraes por ceder a imagem.
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