sexta-feira, 1 de agosto de 2014

No Recife, viaduto do BRT na Av. Caxangá vira alvo de análise do Crea

Em princípio, engenheiros afirmam que construção não apresenta risco.

Deformações na maioria das vigas, entretanto, preocupam especialistas.

Do G1 PE
Os espaços entre as placas de concreto e as deformações nas vigas têm chamado a atenção de quem passa pelo viaduto do BRT na Avenida Caxangá, Zona Oeste doRecife. Especialistas em cálculo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PE) começaram a analisar a estrutura da construção, para saber se ela apresenta algum tipo de risco para a população.
Assista o : http://g1.globo.com/videos/pernambuco/bom-dia-pe/t/edicoes/v/deformacoes-em-viga-de-concreto-chamam-atencao-de-motoristas-no-viaduto-do-brt/3535335/
A olho nu, quem passa pelo viaduto acha esquisito os espaços entre as placas de concreto; nas laterais, ainda é possível observar que as vigas parecem empenadas.  Apesar da aparência, uma equipe técnica formada por especialistas em cálculo e em estrutura, professores e conselheiros do Crea tranquiliza as pessoas. Os engenheiros afirmam que os espaços entre as placas devem mesmo existir para que elas possam se dilatar nas horas mais quentes.
Entretanto, segundo os especialistas, as deformações na maioria das vigas transversais que ficam sobre as colunas que sustentam o viaduto não são aceitáveis. Ainda não é possível se posicionar sobre o assunto, mas o conselho vai tomar providências.
“Existe uma urgência porque apresenta problema aparente que, de imediato, compromete a estética do projeto. Em princípio, o viaduto está funcionando, suportando a carga. Mas não podemos dizer que a segurança está comprometida”, disse o presidente do Crea-PE, José Mário Cavalcanti.
Sobre a estrutura de sustentação do viaduto, a Secretaria das Cidades enviou um parecer à equipe de reportagem do NETV, elaborado pelo responsável pelo projeto de estrutura. De acordo com o engenheiro calculista Gustavo Andrade, as peças metálicas do viaduto, que parecem deformadas, servem para melhor fixar as vigas principais.
As cargas do viaduto são diretamente transferidas da laje para as vigas principais, em seguida para os pilares e, por fim, para as fundações. Ainda de acordo com o engenheiro, a peça metálica não participa do percurso de transferência de cargas e, portanto, não compromete a estabilidade do viaduto.

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