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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

OUTUBRO 2019 CHEGAM OS ÔNIBUS COM AR CONDICIONADO 25 % NESTE PRIMEIRO ANO O VALOR DESTE EQUIPAMENTO O PASSAGEIRO VAI PAGAR...

Quem vai pagar a conta da refrigeração dos ônibus?


Publicado por Roberta Soares  - MoveCidade

Publicado por > Jaílson Silva blogueiro especialista em Mobilidade e Transportes
Recife e Olinda, uma por iniciativa do Legislativo e a outro do Executivo, criaram as leis determinando a climatização total da frota em quatro anos. Fotos: Sérgio Bernardo/Arquivo JC Imagem

Em no máximo três meses, os ônibus que circulam no Recife e em Olinda terão que ser refrigerados. Pelas novas leis criadas nas duas cidades – uma pelo Legislativo e outra por decreto do Executivo –, apenas as linhas que começam e terminam nos limites dos dois municípios, sem integração metropolitana, terão que ter, a cada ano, 25% da frota rodando com ar-condicionado, até totalizar 100% em quatro anos, contados a partir de outubro. Recife criou a lei, via Câmara Municipal, e Olinda copiou, via decreto. E como se diz, lei é lei, não se discute. Cumpre-se. Mas a questão que precisa ser discutida agora – e que não está prevista em nenhuma das duas legislações – é: quem vai pagar a conta da refrigeração da frota de ônibus? O passageiro, não duvide disso.
Esse detalhe, nenhuma lei, nenhum decreto, nenhum vereador, prefeito, gestor público ou empresário de ônibus avisou à população. As leis afirmam, apenas, que o custo consequente da medida deverá ser analisado pelo Estado quando o realinhamento tarifário for discutido. Ou seja, dá carta branca para que esse custo incida sobre a passagem. Não se vai fazer uma campanha contra a refrigeração dos coletivos, não se trata disso. Mas as informações precisam ser claras. O lucro político dessas medidas não pode impedir que a informação chegue ao passageiro que usa o transporte urbano por ônibus diariamente. Na hora em que ele exigir o ar-condicionado no coletivo que usa para ir ao trabalho ou à faculdade precisa saber, ao menos, que será ele quem pagará a conta. Afinal, o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) é um monstro bancado em 85% pela tarifa paga pelo usuário. Apenas 15% são subsídios pagos pelo Estado. E, mesmo assim, parte dele é indireto porque é composto pelos créditos do VEM que expiram se não forem utilizados pelo passageiro com 180 dias. Ou seja, de todo jeito, o custo é do usuário. Até porque, embora sejam, além do Estado, os únicos integrantes do Consórcio de Transporte Metropolitano, nem o Recife nem Olinda mexem no bolso quando o custo do sistema de transporte aumenta.

E não adianta achar que os empresários de ônibus deveriam bancar esse custo porque isso não vai acontecer. Os contratos e as relações existentes entre o gestor do sistema de transporte não preveem isso. O empresário vai comprar o ônibus novo com ar, mas ele será remunerado por isso. Ponto final. Sempre e em qualquer sistema. Ou seja, há uma regra clara no sistema de transporte público: não tem almoço de graça. Alguém sempre, sempre, pagará a conta. E ela vai sair alta. Números da Urbana-PE, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, mostram que o ônibus com refrigeração – lembrando que não se coloca ar-condicionado no coletivo, compra-se um novo já com o equipamento – custa 15% mais caro. O consumo de combustível também aumenta 30% e a manutenção dos veículos onera em 25%.
Outro aspecto que precisa ser considerado é que, a refrigeração é importante para qualquer sistema de transporte – sem dúvida –, mas o que o passageiro mais valoriza é a viagem rápida. É chegar rapidamente ao destino. Quem anda de ônibus vai concordar com essa afirmação. O conforto térmico, inclusive, foi a 16ª exigência feita pela população no Relatório de Contribuições Sociais para o Plano de Mobilidade Urbana do Recife, que ainda está em execução. O primeiro lugar ficou com a regularidade do transporte, que todos sabem que está diretamente à prioridade viária para os ônibus.

A solução metropolitana é a melhor forma de beneficiar o maior número de pessoas com a refrigeração da frota. Isso significa colocar a climatização em veículos que operem linhas e corredores de alta demanda, mesmo que não estejam limitados ao município do Recife ou de Olinda”,
Marcelo Bruto, secretário de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco
Sendo assim, leis e decretos que obrigassem os municípios, o Estado, os gestores e o setor empresarial a implantar e financiar faixas e corredores exclusivos nas ruas e avenidas deveria ser uma prioridade diante da refrigeração. E elas não são caras. Onerosa é a coragem de enfrentar a predominância do automóvel, a carro dependência da sociedade. Lembrando que, sem a prioridade viária, as viagens ficarão cada vez mais demoradas e o consumo do ar-condicionado maior. E o passageiro pagará por isso.
A verdade é que o transporte público segue sem prioridade nas gestões públicas. Tem força e está presente no discurso, mas não na prática. Somente o governo do Estado subsidia o sistema. São R$ 250 milhões por ano, ou seja, R$ 20 milhões por mês, o que não é muito quando consideramos que o transporte coletivo responde por 80% dos deslocamentos da população nos centros urbanos.
DIFÍCIL OPERACIONALIZAÇÃO
Como se não bastasse, foi criada uma dificuldade de operacionalização porque são legislações municipais para serem aplicadas num sistema de transporte metropolitano. Ou seja, se as leis forem seguidas ao pé da letra, o passageiro de uma linha que comece e termine no Recife ou em Olinda irá andar em ônibus com ar-condicionado, enquanto aquele que pega a PE-15-Boa Viagem ou a TI Cabo-TI Recife, por exemplo, não terá o mesmo direito. E o que é pior: mesmo assim, pagará uma passagem mais cara sem usufruir do benefício se o custo da refrigeração for repassado para a tarifa sem qualquer subsídio. Mas isso ninguém explicou ao passageiro.
O governo do Estado não vai reconhecer publicamente, mas a verdade é que está com um enorme problema nas mãos. É tanto que o corpo técnico do setor de transporte estadual (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco e Grande Recife Consórcio de Transportes), do Recife e de Olinda está desde então debruçado sobre uma solução metropolitana para a climatização da frota. “O que nós estamos buscando é uma forma de beneficiar o maior número de pessoas com a refrigeração da frota. Isso significa colocar a climatização em veículos que operem linhas e corredores de alta demanda, mesmo que não estejam limitados ao município do Recife ou de Olinda”, explicou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcelo Bruto, que é o responsável pela gestão do transporte na RMR.
De fato, não previmos uma fonte de renda para isso. Copiamos a lei do Recife, basicamente. Sabemos que haverá um impacto na tarifa, sim, e entendemos que ele terá que ser discutido na época do realinhamento tarifário. Teremos que encontrar alternativas. Agora, a população de Olinda precisava ser beneficiada”,
Evandro Avelar, assessor especial da Prefeitura de Olinda
Segundo o secretário, as discussões estão avançadas e, em no máximo dez dias, a solução deverá ser apresentada. “Temos uma grande dificuldade porque a maioria das linhas municipais afetadas pelas novas leis são dos contratos de permissões e, não, das concessões. Ou seja, o custo vai recair na tarifa. Além disso, é preciso dar segurança jurídica para que o setor empresarial invista. Nas concessões, ele tem a garantia do contrato. Por isso envolvemos a Procuradoria Geral do Estado (PGE)”, afirmou.
SÓ VAI NA PRESSÃO
O lado positivo de todo o processo é que, se não for assim, com legislações para pressionar, a refrigeração da frota de ônibus acontecerá num ritmo lento. Isso porque a compra de veículos com ar é um processo que anda a passos lentos. Não há uma obrigação pré-definida pelo gestor do sistema – o governo de Pernambuco. É sempre uma negociação. A exceção são as concessões, ou seja, as linhas operadas pelos Consórcios Conorte e Mobi-pe, que incluem o sistema BRT. Nas concessões, em cada aniversário dos contratos (comemorados anualmente) é discutido uma ampliação da refrigeração. Mas sem que haja um limite mínimo de veículos. Assim como nas permissões, tudo também precisa ser negociado entre o Consórcio Grande Recife e os operadores. Até porque, se o custo da operação ficar muito acima da receita, o governo do Estado tem que cobrir a diferença. E para cobrir, ou ele transfere para a passagem e assume o desgaste político, ou subsidia.
Evandro Avelar, assessor especial da Prefeitura de Olinda, cidade que determinou a climatização da frota via decreto, explica que o objetivo do Executivo foi beneficiar a população de Olinda e que, no caso de uma solução metropolitana, ela será muito bem-vinda. Sobre uma consequente majoração da tarifa, diz que soluções terão que ser discutidas no Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). “De fato, não previmos uma fonte de renda para isso. Copiamos a lei do Recife, basicamente. Sabemos que haverá um impacto na tarifa, sim, e entendemos que ele terá que ser discutido na época do realinhamento tarifário. Teremos que encontrar alternativas. Agora, a população de Olinda precisava ser beneficiada”, pontua.
fonte: Move Cidade caderno do JC

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

MAIS UMA QUEDA DE BRAÇO VENCIDA PELA FLTP-PE

Um conselho sem credibilidade

Publicado por Roberta Soares do Blog de Olho no trânsito especialista em mobilidade e transportes.
Fotos: Filipe Jordão/JC Imagem

É difícil discordar da percepção popular, política e técnica de que o governo do Estado não está preocupado em discutir melhorias reais para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP). E que se reúne quase que exclusivamente apenas para aprovar o aumento das passagens. Não estamos aqui afirmando que as mudanças não acontecem, nem que não haja a intenção de executá-las, mas que o gestor do sistema não gosta de discuti-las no fórum adequado. O adiamento, no início da manhã desta terça-feira (12/2) da reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), colegiado que tem autoridade para aprovar ou não as principais mudanças do setor, deu um recado claro: ela aconteceria apenas para aprovar o reajuste tarifário. E com certeza, como a expectativa nos bastidores confirmava, seria o percentual de 7,07% defendido pelo próprio governo do Estado.
Ninguém do Estado concedeu entrevista sobre as razões do adiamento. Em nota oficial, é dito: “A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) informa que, em consideração à decisão judicial que suspende a eficácia de uma eventual deliberação sobre a revisão das tarifas, a reunião extraordinária do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), marcada para hoje (12), foi suspensa. A nova data será agendada em momento oportuno”. Ou seja, não restam dúvidas de que ela aconteceria apenas para validar um aumento, que não seria o proposto pelos empresários de ônibus, de R$ 16,18%. A reunião foi adiada, mais uma vez, por decisão do juiz Djalma Andrelino, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, numa decisão cautelar dentro da ação civil pública movida pela Articulação Recife pelo Transporte, que reúne entidades da sociedade civil como a Frente de Luta Pelo Transporte Público (FLTP) e o Centro Popular De Direitos Humanos (CPDH).
O funcionamento equivocado do CSTM é lamentável para o sistema de transporte público. Perdem todos: gestores, operadores e, mais do que qualquer um, passageiros. O colegiado foi criado para ser muito mais do que um validador dos aumentos da tarifa pré-definidos anteriormente pelo governo – quem acompanha o setor sabe como a votação é feita. Não é à toa que há muitos anos passou a ser fechada, sem acesso da imprensa. Antes, os jornalistas acompanhavam todo o processo. Muita gente não sabe, mas o CSTM deveria se reunir a cada dois meses (antes, era mensalmente), o que nunca aconteceu. Por muitos anos, inclusive, era uma única reunião por ano, exatamente a que definiria o reajuste. A reportagem aguarda dados oficiais do governo com a relação de reuniões realizadas e as pautas discutidas nos últimos cinco anos. Em 2018, por exemplo, foram apenas três encontros.
Deveria discutir melhorias, cobrar mudanças e rever erros da operação. Para se ter ideia: a criação de linhas ou a eliminação delas só precisam ser validadas pelo conselho. A obrigatoriedade de refrigeração nos ônibus é outro exemplo. Ou seja, para o bem e para o mal, o sistema de transporte precisa da aprovação do CSTM. E ele se reúne uma ou três vezes no ano? Como pode?
Confira AQUI como deveria funcionar o CSTM

A composição do conselho é outro aspecto questionável, que embasou, ente outras informações, a ação civil pública movida na Justiça por entidades da sociedade civil e que resultou no cancelamento, pela segunda vez, da reunião do CSTM que validaria o aumento das passagens. São 24 conselheiros presididos por quem estiver sentado no comanda da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), antes chamada Secretária das Cidades. Atualmente quem preside o CSTM é o secretário Marcelo Bruto, responsável pelo cancelamento do encontro. A composição é a seguinte: Governo do Estado (6 representantes), Prefeitura do Recife (1), Prefeitura de Olinda (1), Assembleia Legislativa (1), Câmara de Vereadores do Recife (1), Câmara de Vereadores de Olinda (1), empresários de ônibus (1), Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU (1), Sindicato dos Rodoviários (1), Sindicato do Transporte Complementar do Recife (1), usuários do sistema (4), estudantes (2), pessoas com deficiência (1) e idosos (1). Ou seja, uma composição com mais representatividade do poder público e que historicamente fecha com o governo do Estado.
Confira AQUI a composição atual do CSTM
ENTENDA O PROCESSO
Uma coisa é certa: se a reunião do CSTM acontecer, o aumento sairá. É fato. Para sorte dos passageiros, a expectativa é de que predomine o reajuste de 7,07% defendido pelo governo do Estado, gestor do sistema de transporte. Sendo oficializado, o anel A passará de R$ 3,20 para R$ 3,45; o anel B de R$ 4,40 para R$ 4,70, e o anel G (pouco utilizado) de R$ 2,10 para R$ 2,25. Pela proposta do governo, o anel D seria extinto e as quatro linhas que hoje o utilizam passariam a integrar o anel A. </DC>Nos bastidores é praticamente certo que a proposta dos empresários de ônibus não deverá passar para felicidade dos 1,8 milhão de passageiros que utilizam o sistema diariamente. O setor, representado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), defende uma majoração de 16,18% nas tarifas. Caso fosse aprovada, a passagem do anel A subiria para R$ 3,70, do anel B iria para R$ 5,10, o anel D (hoje de R$ 4,35) chegaria a R$ 4 e o anel G passaria para R$ 2,45.
Os movimentos defendem a redução da passagem para R$ 2,90 (redução para R$ 2,70 que, com o IPCA de 2017 e 2018, subiria para R$ 2,88), de acordo com os valores do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2015 a 2018, e tendo como base o Manual de Operação do sistema, que condiciona o aumento ao imposto. Segundo a articulação, os três últimos aumentos das passagens foram acima do IPCA e faltam documentos que comprovem o desequilíbrio econômico-financeiro do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Outro argumento levantado leva em consideração a Nota Técnica para Recomposição Tarifária de 2019 apresentada pelo Grande Recife, que, segundo a Articulação, não leva em consideração as receitas provenientes de publicidade nos ônibus e comércio dentro dos terminais, além de apresentar argumentos que não justifiquem o aumento, como por exemplo, a redução de passageiros e o aumento da frota. O último ponto apresentado são as eleições para conselheiros da Sociedade Civil do CSTM.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Reunião de reajuste de passagens pode ser novamente adiada

Em reunião com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, representantes da sociedade civil pediram adiamento da discussão
JC Online


Os conselheiros pediram que o adiamento seja confirmado em três dias pelo presidente
Os conselheiros pediram que o adiamento seja confirmado em três dias pelo presidente
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
As tarifas das passagens de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) voltaram a ser discutidas e a reunião para definição do reajuste, marcada para o dia 12 deste mês, pode ser novamente adiada. Na tarde desta sexta-feira (1º), representantes da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP) se reuniram com o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação e presidente do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), Marcelo Bruto, para apresentar as reivindicações da sociedade civil, incluindo a proposta de redução da passagem de R$ 3,20 para R$ 2,70, a adesão da tarifa única e transparência de custos.
Durante o encontro, os representantes da FLTP Pedro Josephi e Márcio Morais, que também são conselheiros do CSTM, pediram o adiamento da reunião de discussão do reajuste alegando falta de documentos que comprovem a necessidade do aumento. “Não ficou claro se o reajuste é da tarifa, que é preço final pago pelo consumidor, ou do Preço de Remuneração ao Operador (PRO), que é o custo do serviço. Se for a segunda opção, precisam disponibilizar documentos que comprovem a necessidade do aumento das passagens. Mas, se o aumento for na tarifa final, não aceitaremos, já que os reajustes devem seguir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) e, segundo ele, a passagem deveria estar custando R$ 2,70”, explica Pedro.

Outro ponto citado pelos representantes foi que, caso o aumento seja nas despesas do serviço, as mesmas podem ser custeadas de outras formas, não apenas com as passagens. Um das sugestões do grupo é que, para fechar a conta, seja usado os valores bloqueados do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). “Por ano, são milhões de reais bloqueados. Esse valor poderia ser utilizado para arcar com esse aumento sem que o reajuste chegasse ao consumidor”, pontua. Os créditos do VEM são retidos após seis meses da recarga.
Também discutida a atualização da composição do Conselho, onde apenas oito dos 25 conselheiros são representantes da sociedade civil, a implementação completa do Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação (Simop) e a criação de um cronograma de implementação da tarifa única, promessa do governador Paulo Câmara em seu primeiro mandato, e a integração temporal.

No último dia 24, a FLTP e a Articulação Recife Pelo Transporte conseguiram, junto à Justiça, cancelar a discussão que determinaria o reajuste das passagens, marcada para o dia seguinte, 25 de janeiro.
Os conselheiros pediram que o adiamento seja confirmado em três dias pelo presidente. Questionada sobre o que foi discutido e acatado na reunião, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação não se pronunciou.

Prêmio lata de sardinha

Paralelamente à reunião, membros dos dois grupos realizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Contestando o posicionamento do governador Paulo Câmara, manifestantes usaram um carro de som para chamar atenção do público que chegava para a posse dos novos deputados estaduais, que acontecia no mesmo local. O grupo levou latas de sardinhas para serem entregues ao governador.
“Viemos aqui entregar a Paulo Câmara o Prêmio Lata de Sardinha, que é como nós, usuários do transporte público, nos sentimos dentro dos ônibus e metrôs lotados. Ele precisa ter responsabilidade fiscal com o dinheiro público e social, com o povo pernambucano. Também estamos aqui para pedir à nova legislatura que seja criada na Casa uma frente ampla em defesa do transporte público”, registrou Raisa Rabelo, coordenadora da FLTP.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

REUNIÃO AMANHA PARA DISCUTIRIR SOBRE A REDUÇÃO DAS PASSAGENS DE 3,20 PARA 2,70 ANEL A


Frente de Luta apresenta proposta de redução das passagens de ônibus



Assunto será discutido com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto, às 15h30
Fonte:Redação OP9

Redução na tarifa será pauta nesta sexta Foto: Grande Recife/Divulgação
Redução na tarifa será pauta nesta sexta Foto: Grande Recife/Divulgação
Representantes da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP) se reunirão com o governo do estado, na tarde desta sexta-feira (1º), para apresentar uma proposta de redução na tarifa dos ônibus. Na reunião será discutida a baixa no valor da tarifa do Anel A de R$ 3,20 para R$ 2,70, além da extinção dos outros anéis.
O assunto será discutido com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto, às 15h30. Na ocasião, também será discutida a implementação integral do Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação (Simop), no qual o usuário pode ter acesso através do aplicativo às opções de ônibus e seus destinos, valor das tarifas, horário das linhas, entre outros. O sistema atualmente está funcionando em fase de teste, com dois corredores de BRT e na frota da empresa Globo.
A FLTP também pretende abordar a segurança e climatização dos veículos, modelo remuneratório e tarifário, licitação para linhas de ônibus e a transparência e abertura dos dados do sistema e das empresas de ônibus. Entre os principais assuntos que a frente pretende discutir está o valor tarifário único. “A tarifa única foi um compromisso do governador Paulo Câmara. Esperamos que o novo secretário faça encaminhamentos concretos”, explicou o conselheiro Pedro Josephi.