Mobilidade em Pernambuco fica, com sorte, para 2014
Publicado em 05/12/2013
Por Fernando Castilho
Coluna JC Negócios
Lembra daquela promessa do governo de colocar para funcionar todos os seis novos terminais do SEI no primeiro semestre e 2014? Adie. E aquela de operar os dois sistemas de Integração – Norte e Sul e Leste Oeste – também em março? Esqueça. E aquela de concluir todo o pacote de obras de dragagem do Porto de Suape para a refinaria? Bom, pode ser que antes dela operar, no começo de 2015, o serviço seja retomado e fique pronto.
Quanto aos terminais, como se sabe, três estão prontos. Mas em relação aos de Joana Bezerra, Afogados e Prazeres, ou o governo do Estado saca do seu caixa e conclui o pagamento das faturas vencidas ou as obras que dependem da União vão se arrastar e, em alguns casos, como o da Joana Bezerra, ficarão parados até o início de 2014.
O problema é que desde junho o Ministério das Cidades (que está bancando as obras, via PAC) decidiu conferir tudo. E como sempre acontece, acha o que contestar e aí o pagamento não sai. Em alguns casos, depois de 90 dias sem receber, a empreiteira já pode desmobilizar as equipes e isso já está acontecendo. Na verdade, quem está operando esses contratos para o Estado finaliza apenas os serviços que podem ficar mais caros se parar a obra de vez, pois, faz tempo que a Secretaria das Cidade não paga a seus fornecedores.
Se o problema é grave com os terminais em construção do SEI, o problema é mais sério em relação aos dois grandes corredores – Norte Sul e Leste Oeste. Sem verbas federais, o ritmo é menor. Quem é do setor acha que em março nenhum dos dois ficará pronto porque, sem verbas, os contratados do governo do Estado estão mantendo o fluxo dos contratos até onde é possível e o ritmo de obras ficou lento.
E como tudo que é ruim pode ficar pior, é bom saber que dia 20 o setor da construção dá férias coletivas e só volta em 6 de janeiro. Ou seja: serão duas semanas de paralisação nas obras. As dificuldades de captação do Estado na União têm outra data ruim. Se até o dia 15 as faturas das obras já entregues não forem empenhadas, ficam para o exercício de 2014
No fundo, o que acontece nas Secretarias das Cidades e de Desenvolvimento Econômico é reflexo do comportamento de Brasília: o que antes era pago em nome do cronograma, agora exige conferência total. O complicador dessa falta de caixa com verba da União é o fechamento do exercício dia 15. Não há expectativa de que o que falta pagar de 2013 seja empenhado. Ou seja: a mobilidade da RMR ficou para 2014.