No último domingo (30), o portal LeiaJá publicou uma reportagem que denunciava o uso de cassetetes por parte dos seguranças contratados pelas empresas de ônibus. De acordo com a matéria, para controlar o acesso dos passageiros ao coletivo e inibir o vandalismo, os seguranças poderiam utilizar a ‘força’ para garantir a ‘ordem’ nas paradas de ônibus localizadas nas imediações do Pina e Boa Viagem.
Ao se deparar com a denúncia, o vereador do Recife Raul Jungmann (PPS) decidiu entrar com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra as empresas de ônibus. Dentre os argumentos da ação está a denúncia de instituição de milícias privadas e o uso de violência contra passageiros nas paradas da Avenida Engenheiro Antônio de Góes.
Segundo o líder da bancada de oposição na Câmara do Recife, a atitude ‘violenta’ é desumana, pois fere a dignidade da população. “Essa situação é desumana. Jamais poderia imaginar que chegaríamos a esse ponto. A população já apanha da polícia quando faz protestos nos ‘currais integrados’ – sim, porque não são terminais integrados. E agora, quando vai pegar o coletivo na volta para casa de um domingo de lazer na praia, é tangido como um gado e leva pancadas de cassetetes por parte de funcionários das empresas de ônibus. Isso é um absurdo sem tamanho”, criticou Jungmann.
O tema também foi levado à Câmara do Recife, nesta terça-feira (2). Na tribuna do legislativo municipal, o parlamentar se disse revoltado e declarou que a denúncia será formalizada no MPPE e Polícia Federal. “A população está sofrendo com a ação de milícias contratadas por empresas de ônibus que estão utilizando cassetetes e paus de forma irregular. Conforme denúncia, eles utilizam os instrumentos para inibir o tumulto, mas ferem os direitos humanos quando ameaçam os usuários dos transportes coletivos. É lamentável ver a população sofrendo esse tipo de agressão durante o seu momento de lazer. Não podemos deixar que isso aconteça”, indignou-se o vereador.
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