Após anos com as portas fechadas, a Estação Central Capiba reabre nesta segunda (22) no bairro de São José, Centro do Recife. A principal plataforma de trens da capital pernambucana nos séculos 19 e 20, no entanto, não recebe mais locomotivas e passageiros. Agora, funciona como um equipamento cultural e vai contar a história do trem em Pernambuco por meio do acervo do Museu do Trem.
O espaço reabre com a exposição "Chegada e Partida – A Memória do Trem em Pernambuco", que conta com mais de 500 peças colhidas nas antigas estações de trem do estado. Há desde apitos, bilheterias e relógios até locomotivas a vapor e um vagão. As relíquias pertencem ao Museu do Trem desde a sua criação, em 1972. Era o primeiro museu do trem do Brasil e o segundo da América Latina e tinha Gilberto Freyre como patrono. Mesmo assim, fechou as portas em 1983. Por isso, as peças estavam trancafiadas em uma sala da estação central desde então.
"Estamos devolvendo o museu à sociedade com a pretensão de trabalhar com a memória do trem e dos caminhos de ferro de Pernambuco. O museu conta com um acervo riquíssimo e a exposição é um marco na história do trem. Mesmo assim, pretendemos ampliá-la com a aquisição de outras peças importantes que estão abandonadas pelos pátios ferroviários do estado", conta o museólogo Aluízio Câmara, responsável pela exposição que ocupa o térreo e o primeiro andar do museu. Entre as peças que foram solicitadas ao Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) estão uma locomotiva construída em Pernambuco, um motor a diesel e placas de empresas que atuavam na época dos trens.
A mostra ainda faz uma referência à Revolução Industrial, da qual a locomotiva é um grande ícone, segundo Câmara. "Usamos o trem como ponto de partida para mostrar o surgimento da máquina, da arquitetura de ferro e das estradas de ferro no Brasil e em Pernambuco", explica o museólogo. A temática é abordada em peças, vídeos e aulas que duram 40 minutos e podem ser agendadas por grupos e escolas através do número (81) 3184-3097.
Estação Central Capiba
Assim como o Museu do Trem, a Estação Capiba estava desativada desde os anos 1990. O espaço começou a ser reformado para a reinauguração em 2011, quando sua administração passou do Banco do Brasil para a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). No total, foram investidos R$ 2,5 milhões na requalificação e no projeto museológico.
Assim como o Museu do Trem, a Estação Capiba estava desativada desde os anos 1990. O espaço começou a ser reformado para a reinauguração em 2011, quando sua administração passou do Banco do Brasil para a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). No total, foram investidos R$ 2,5 milhões na requalificação e no projeto museológico.
Além de reparos na estrutura física, a estação recebeu elevador, gerador de energia elétrica, projetos de climatização, iluminação, expográfico, sistema de combate a incêndio, sinalização bilíngue, cenografia, equipamentos multimídia e câmeras de segurança.
A Fundarpe justificou a demora na finalização do projeto com a burocracia enfrentada na arrecadação de recursos. De acordo com o arquiteto Victor Guerra, foram necessárias várias licitações para fechar o orçamento. Por isso, a reforma se estendeu por três anos.
A Estação Central Capiba fica na Rua Floriano Peixoto, s/n, São José, Centro do Recife. O Museu do Trem reabre às 17h desta segunda-feira e fica aberto para visitação de terça a sexta, das 9h às 17h, e das 10h às 17h aos sábados e domingos.
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