ESTE TIPO DE FISCALIZAÇÃO DEVERIA SER ADOTADO NO BRT PERNAMBUCO

BRT do Rio de Janeiro passa a fiscalizar pagamentos de tarifa no interior dos ônibus e estações


Jaílson Silva Blogueiro especialista em mobilidade transpotes


21 horas atrás


A estimativa é de que cerca de 70 mil passageiros, em média, entram sem pagar todo dia nas estações e terminais. Foto: Divulgação.




Passageiro que não comprovar ter pago a passagem poderá ser multado em R$ 170


JESSICA MARQUES


A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que a partir desta segunda-feira, 17 de junho de 2019, haverá um controle de pagamento de tarifa no BRT da cidade. A verificação do pagamento está sendo realizada no interior dos ônibus e nas estações do sistema.


A Secretaria Municipal de Transporte publicou no Diário Oficial o ato criando este mecanismo para coibir os calotes no BRT. Segundo o documento, o passageiro do BRT que não comprovar ter pago a passagem poderá ser multado em R$ 170.


De acordo com a nova regra, a exemplo do que já ocorre no VLT, o controle de pagamento das tarifas“poderá ser realizado mediante verificação eletrônica no interior e/ou na saída das estações de embarque do sistema BRT, terminais rodoviários e nos veículos que operam nos corredores de BRT”.


Ainda segundo a resolução da SMTR, o “usuário do sistema BRT deverá comprovar o pagamento da tarifa por intermédio da apresentação do cartão eletrônico, previamente validado nas roletas de acesso, mediante requisição dos agentes controladores, a qualquer momento a partir do ingresso nas estações, terminais e veículos do sistema BRT, para efeitos de controle do pagamento das tarifas ou da validação das gratuidades estabelecidas em lei”.


O documento autoriza os concessionários que operam o sistema BRT e os agentes públicos, como a Guarda Municipal, a conferirem o pagamento das tarifas e benefícios de gratuidades no interior dos veículos, estações de embarque e terminais rodoviários.


Em caso de não comprovação do benefício da gratuidade ou do não pagamento da tarifa, a multa será de R$ 170.


“O alto índice de calotes é um dos principais problemas do BRT, desde a inauguração do sistema, em 2012. Muitos caloteiros furam a fila de passageiros pagantes e promovem atos de vandalismo”, justificou a Prefeitura, em nota.


A estimativa é de que cerca de 70 mil passageiros, em média, entram sem pagar todo dia nas estações e terminais. Desta forma, segundo a Prefeitura, a tarifa média recebida pelo BRT é de R$ 2,45 por passageiro, o que levaria o prejuízo com os calotes a um valor próximo de R$ 5 milhões por mês.


Jessica Marques para o Diário do Transporte