quarta-feira, 12 de junho de 2019

PASSARELA DA BR101 HOSPITAL DAS CLÍNICAS CADE ELA HEIM


Promessa de passarela foi feita há 1 ano


Quando a estrutura que auxiliava na travessia da BR-101 em frente ao Hospital das Clínicas foi retirada, outra seria colocada no lugar


Por: Samantha Oliveira e Guto Moraes







Após a retirada da passarela, semáforos e sinalizações de trânsito foram colocados no localFoto: Rafael Furtado/ Folha de PE




Na semana em que completa um ano de retirada da passarela que ligava o bairro de Engenho do Meio com a Cidade Universitária, na Zona Norte do Recife, pedestres que circulam no entorno do Hospital das Clínicas (HC) ainda enfrentam problemas. O serviço, realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ocorreu pelas péssimas condições em que se encontrava a estrutura, que estava enferrujada e oferecia riscos aos transeuntes.




Após a retirada, foram colocadas faixas de pedestres e semáforos nas quatro pistas da BR-101, que estão lá desde então. A responsabilidade de construir uma outra estrutura de concreto até o fim de 2018 ficou sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura, mas após um ano, nada aconteceu.




O investimento de R$ 192 milhões de reais para a estrutura da nova passarela faz parte do projeto de requalificação da BR-101, que está sob responsabilidade da atual Secretaria de Infraestrutura. “Nosso dinheiro vai para todo canto, menos de volta para as nossas necessidades”, reclama o comerciante José Ailton, de 34 anos que possui uma barraca em frente à atual faixa de pedestres. Ele, que atua há mais de 20 anos na área, não viu melhorias após a retirada da passarela.


“Não é difícil acidentes por aqui. Desde que colocaram o semáforo e a faixa, já houveram quatro acidentes”, relata. Ele ainda relembra que os pedestres se colocam em risco, principalmente no período da noite, quando a iluminação é menor. “Depois das sete horas aqui é terra sem lei, passam correndo, não respeitam o sinal, e tem gente tentando atravessar o tempo todo. Eu posso correr ainda, mas e quem é idoso? É preciso lembrar dessas pessoas”, questiona José.




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No entanto, a opinião do comerciante não reflete a de outros pedestres. Existem aqueles que não confiavam na estrutura da passarela e enxergam a faixa de pedestre como algo mais prático, como é o caso de Lindalva Machado, 55, que tinha medo das antigas estruturas. “A estrutura era de ferro, mal cuidada e vivia balançando. Eu que já tenho medo de altura evitava passar por ali, principalmente sozinha, porque era muito perigoso”. O estado da passarela quando estava em funcionamento é algo comum à outras estruturas como essa na cidade. A falta de manutenção e segurança são as principais queixas dos usuários.




Os semáforos, que poderiam ser uma solução definitiva para os pedestres, apresentam problemas de funcionamento. O trânsito, que já está intenso por conta das obras na BR no mesmo sentido, intensifica-se com os sinais que não são sincronizados, dificultando a passagem dos usuários que ficam presos no meio do trajeto. No outro sentido, veículos de alta velocidade passam a todo momento pela área, oferecendo risco aos pedestres que ficam próximos à via.




Para o representante da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) e especialista em mobilidade, César Cavalcanti, a situação envolve o pior de todos os cenários, como o tráfego rápido e misto na rodovia, com variedade de transportes individuais e de carga. "É uma situação transitória, que não deve perdurar por muito tempo. Não é ideal que se torne uma coisa permanente. É necessária uma passarela que efetivamente separa em dois níveis pessoas e veículos. O que evitaria qualquer conflito ou tragédia. Até porque prejudica o tráfego, que tem horas que é muito elevado", defende.




Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que a passarela localizada em frente ao HC ameaçava desabar e foi retirada para construção de uma nova, que será em concreto, cujo projeto executivo está sendo elaborado pelo consórcio formado pelas emprepelassas Andrade Guedes e Astep. A expectativa de prazo para conclusão dos serviços e entrega do novo equipamento é dezembro deste ano.
Fonte: Folha Pe
Postado por Jailson Silva Blogueiro especialista em mobilidade transpotes

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