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Adamo Bazani, em 10 de agosto de 2015.
Veículo de 23 metros de comprimento está sendo movido por Ethabiodiesel que, segundo a fabricante, pode emitir 16 vezes menos materiais particulados que o óleo diesel da atual geração.
Ônibus movido com Ethabiodiesel circula no Corredor Metropolitano ABD. Desempenho vai ser comparado com dos veículos de mesmo modelo.
Você já ouviu falar em Ethabiodiesel? É um biocombustível distribuído pela Ethabio que, segundo a fabricante, é 100% renovável e obtido pela transesterificação (reação química) de óleos vegetais com etanol ativo e posterior acréscimo de um aditivo da fabricante.
No ABC Paulista, um ônibus superarticulado de 23 metros de comprimento da
Metra, projetado para operar com óleo diesel, está sendo abastecido e operando com este combustível no Corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, ao Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, passando pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema.
De acordo com a produtora do combustível, as emissões de materiais particulados no ar podem ser 16 vezes menores em comparação ao óleo diesel dos atuais padrões, S 10, com 10 partículas de enxofre por milhão. O consumo é igual ao do biodiesel e 5% maior que o diesel convencional.
“Além de ser 100% renovável, o Ethabiodiesel ainda tem outras vantagens em relação ao óleo diesel (não renovável) e ao biodiesel (90% renovável). Enquanto a emissão de particulados dos dois primeiros são de 0,048 e 0,096, respectivamente, a do Ethabiodiesel é de apenas 0,03. O óleo diesel libera no ar 18,68 gramas de óxidos nitrosos (gás poluente) por quilometro por hora e o biodiesel, 10,39. Já o Ethabiodiesel, só 1,33.” – diz a nota.
Combustível emite 16 vezes menos materiais particulados, segundo fabricante.
Segundo a Ethabio, o combustível pode ser usado em motores do ciclo diesel sem nenhuma alteração das características originais dos propulsores. No caso do veículo da Metra, o motor é
Mercedes-Benz O 500 UDA.
Ônibus movido com Ethabiodiesel circula no Corredor Metropolitano ABD. Desempenho vai ser comparado com dos veículos de mesmo modelo.
A presidente da Metra, Maria Beatriz Setti Braga, disse em nota que a empresa, que opera também trólebus e outros modelos elétricos, busca novas alternativas de transportes menos poluentes.
“ Nossos investimentos vão além da oferta de ônibus confortáveis e com design moderno. Estamos também buscando sempre novas alternativas e tecnologias de última geração para veículos cada vez mais limpos, menos poluentes … A história da Metra é marcada positivamente pela preocupação com o meio ambiente. Seja com a manutenção do Corredor Verde, onde cultivamos mais de 5 mil mudas de Manacás da Serra pelos mais de 30 km do Corredor ABD, com o reuso de água para a lavagem dos nossos ônibus e terminais, o que gera uma economia de mais de 10 milhões de litros de água por ano, e com uma frota de ônibus cada vez mais limpos”, destaca Maria Beatriz.
Ainda na nota, a empresa operadora de ônibus alerta para os prejuízos causados pela poluição, com o aumento do número de mortes em decorrência do problema.
“Uma preocupação que se justifica. De acordo com dados do Instituto Saúde e Sustentabilidade, em 2011, a poluição atmosférica foi responsável pela morte de mais de 2 milhões de pessoas pelo mundo. Em 2012, esse número mais do que triplicou, chegando a 7 milhões de mortes.”
Os testes ainda estão em andamento e os resultados devem ser divulgados após a conclusão e a comparação com o desempenho dos outros veículos de mesmos portes e modelos.
Fonte:OB.