sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O futuro que não saiu do papel na mobilidade do Grande Recife

Cidade da Copa só ficou na maquete crédito: Arena/reprodução

Cidade da Copa só ficou na maquete
crédito: Arena/reprodução
Nem tudo o que é desenhado vira obra. Na última década, o recifense esperou e acreditou em uma nova cidade, de mais espaços de convivência e melhores condições de deslocamentos. O anúncio da capital pernambucana como subsede da Copa encheu de expectativas de novas possibilidades em infraestrutura, principalmente na área de mobilidade.
Da ilusão da implantação do monotrilho ou do Veículo Leve sob Trilho (VLT) à realidade do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) ainda incompleto vimos a cidade do futuro em forma de maquetes e acordamos com a realidade das obras inacabadas na segunda metade da década de 2010.
Projeto dos viadutos na Agamenon foi abortado pelo estado por pressão dos moradores Crédito: Secretaria das Cidades/Divulgação
Projeto dos viadutos na Agamenon foi abortado pelo estado por pressão dos moradores Crédito: Secretaria das Cidades/Divulgação
Também sonhamos com uma nova cidade, a da Copa, idealizada nas imediações da Arena Pernambuco para estimular o desenvolvimento na Zona Oeste, mas isso só ficou na maquete. “A gente esperava que essa região seria mais valorizada com a Arena, mas as pessoas assistem aos jogos e vão embora”, relatou o mecânico Gustavo Xavier, 43, na sua oficina às margens da BR-408.
Requalificação da PE-15 não saiu do papel e não tem previsão de sair. Crédito: Secretaria das idades/reprodução
Requalificação da PE-15 não saiu do papel e não tem previsão de sair. Crédito: Secretaria das Cidades/reprodução
Não foi a primeira vez que a Zona Oeste do Recife ficou no “quase”. No fim da década de 1970, com a construção do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), a expectativa era estimular o desenvolvimento local com a implantação de um Centro Administrativo do estado, o projeto desenhado por Oscar Niemeyer no governo de Marco Maciel não saiu do papel. “A proposta era descentralizar e estimular o desenvolvimento, mas depois Marco Maciel foi para o Senado, vice-presidência e o projeto não foi adiante. O cenário seria outro, sem dúvida”, afirmou o arquiteto e urbanista José Luiz da Mota Menezes.
Previsto para ser entregue em 2014, projeto de navegabilidade tem nova previsão em 2017 - crédito: Secretaria das Cidades/Reprodução
Previsto para ser entregue em 2014, projeto de navegabilidade tem nova previsão em 2017 – crédito: Secretaria das Cidades/Reprodução
Com a Cidade da Copa todos os olhares voltaram-se novamente para a Zona Oeste e até um condomínio de luxo se instalou nas imediações. A Cidade da Copa havia sido projetada para ser a primeira Smart City da América Latina a 19 quilômetros do Centro do Recife. A proposta era implantar um modelo de mobilidade urbana com incentivo ao transporte público e criação de faixa exclusiva para ciclistas e pedestres no entorno da Arena. Além de moradias, também prometia faculdades, bancos e hospital. Mas hoje é um grande espaço de nada no entorno da Arena.
O governo do estado acabou concentrando os esforços para viabilizar a construção da Arena e dos corredores de transporte de BRT. A Arena ficou pronta depois de consumir R$ 743 milhões na parceria público-privada. Já os corredores de BRT ainda estão com as obras inacabadas, um ano após a realização do mundial. E deixando de fora pontos previstos no projeto original como a pavimentação nova ao longo dos corredores, faixas segregadas, expansão dos terminais antigos e requalificação da PE-15.
Segundo a Secretaria das Cidades o corredor Norte/Sul será entregue até o fim do ano. O Leste/Oeste está parado e depende de nova licitação. Já a requalificação da PE-15 depende de captação de recursos.
Para o urbanista Geraldo Marinho, as obras incompletas ou modificadas provocam frustração e perda na qualidade dos espaços. “É um desastre, uma vez que o produto esperado  não se concretiza e causa frustração e descrédito do poder público”, apontou.
Uma Agamenon a ser reinventada
Avenida Agamenon Magalhães, perimetral do Recife, travada. Foto: Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Avenida Agamenon Magalhães, perimetral do Recife, travada. Foto: Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Dos espaços idealizados em maquetes, a Avenida Agamenon Magalhães é um dos que mais receberam projetos que não saíram do papel nesta última década. Em 2009, o urbanista Jaime Lerner trouxe para a cidade um desenho futurista de uma Agamenon com um elevado sobre o canal em toda sua trajetória com um espaço segregado para o transporte público.
O projeto, contratado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), tinha como propósito a implantação do corredor Norte/Sul nos moldes do BRT. Pelo projeto de Lerner, as estações ficariam sobre o canal e sob o elevado e o ônibus não teria nenhum contato com o tráfego misto.
Dois anos depois, o governo do estado apresentou um outro projeto para o corredor Norte/Sul no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. O elevado de Jaime Lerner ao longo do canal ficaria de fora e, no lugar dele, quatro viadutos cortando os principais cruzamentos da perimetral.
A proposta do governo era garantir velocidade para o transporte público com uma faixa exclusiva para o BRT ao lado do canal e não mais em cima. Os viadutos acabaram provocando uma forte reação da sociedade e o estado recuou e não levou o projeto adiante.
Para o corredor Norte/Sul foi desenhado um terceiro projeto. Os viadutos saíram, mas a faixa exclusiva ao lado do canal e as estações sobre o canal foram mantidas. O projeto passou a ser chamado de ramal da Agamenon. Ou seja, o corredor Norte/Sul passa pela Avenida Cruz Cabugá, que está em obras, e outro ramal passará pela Agamenon. O projeto era para ficar pronto até a Copa, ainda não saiu do papel. E não há previsão de quando o ramal será construído ou se a Agamenon receberá um quarto projeto ainda nesta década.
Segundo o secretário adjunto da Secretaria das Cidades, Gustavo Gurgel há pendências com o consórcio responsável pela obra, orçada em R$ 96 milhões. “Estão sendo revistas questões contratuais com consórcio Heleno Fonseca/Consben referente a remanescentes do início da obra e adequação ao modelo determinado pelo Tribunal de Contas da União. A empresa alega que a adequação determinada pelo TCU é anterior à assinatura do projeto”, revelou Gurgel. A Secretaria das Cidades decidiu não dar prazo de início das obras na Agamenon. “Não temos como precisar, pois se não houver acordo com a empresa teremos que refazer a licitação”. 
fonte: fórum de mobilidade e transportes.

Mobilidade - Biarticulados pra diminuir a super lotação dos BRT de Pernambuco, hoje já esta se tornando um sufoco andar neles.



Grande Recife estuda implantação de ônibus Biarticulados

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Apontado como uma das formas de amenizar a superlotação nos horários de pico em Recife, o ônibus biarticulado – modelo que combina duas articulações e três cabines, com capacidade até 53% maior que a de um articulado simples ainda segue distante do transporte rápido por ônibus (BRT) da cidade.

Enquanto o Rio de Janeiro já recebeu as primeiras 150 unidades para o corredor Transoeste, entre a Barra da Tijuca e o aeroporto do Galeão, O GRCT, que regula o transporte da capital pernambucana, vem estudando uma possível implementação destes ônibus em alguns corredores da região metropolitana.

A opção por corredores que não comportam o coletivo de alta capacidade é apontada por especialista como um fator que ameaça tornar o sistema de BH saturado em pouco tempo.

Estes ônibus foram implementados pela primeira vez em Curitiba em 2011 como o maior ônibus do mundo, na qual teria a capacidade de transportar até 250 passageiros por viagem e fora implantado, na qual faz parte de um sistema de linhas diretas que transitam apenas em vias exclusivas e com um número menor de paradas do que o expresso tradicional da cidade (biarticulados vermelhos). Como não param em todos os tubos e têm prioridade nos semáforos, os ônibus Ligeirão reduzem o tempo de viagem. 

Esses veiculos já foram implantados em cidades de Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia, Campinas e até em São Luís.

Ainda de acordo com o GRCT, ainda não há previsão de implantação desses ônibus na cidade do Recife.

Informações: Blog Meu Transporte

Envolvida na Operação Lava Jato, empreiteira é punida por abandono de obra do Corredor Leste-Oeste

Viaduto sobre canteiro central da Avenida Caxangá está funcionando, mesmo sem ter sido concluído. Foto: Sérgio Bernardo.
Viaduto sobre canteiro central da Avenida Caxangá está funcionando, mesmo sem ter sido concluído. Foto: Sérgio Bernardo.
A novela do Corredor Leste-Oeste ainda não acabou. A via de doze quilômetros de extensão é considerada uma das mais importantes intervenções para a mobilidade do Recife. Mas as obras pararam desde o mês de março. E até o momento, não foram retomadas. A Secretaria das Cidades culpa a Mendes Júnior pela paralisação. A empreiteira é acusada de abandono dos canteiros e quebra de contrato. Por esse motivo, acaba de ser punida com aplicação de multa no valor de R$ 33 milhões pela Secid. A decisão  da Secid foi publicada no Diário Oficial do Estado, mas até ontem à noite a empreiteira não havia se pronunciado sobre o assunto. Ela sofreu, também, uma outra punição, por não ter realizado o serviço completo do Ramal da Copa. A empreiteira é uma das envolvidas na chamada Operação Lava Jato.
No caso do Corredor Leste-Oeste, a burocracia oficial não tem dado sorte. A Secid informa que precisa realizar um diagnóstico da situação da obra e tem tentado contratar uma empresa, para que ela informe,  o que é necessário fazer ainda.  A empresa que vencer a licitação terá um prazo de cem dias para concluir o levantamento. Depois, o Governo de Pernambuco publicará um outro edital, convocando uma nova empreiteira para concluir a obra. Como se sabe, das 23 estações previstas de BRT do Corredor Leste-Oeste, só 16 foram concluídas. Um viaduto que passa sobre o canteiro central da Avenida Caxangá, com destinação exclusiva a esse tipo de transporte, também ainda não está pronto. Mesmo assim, já está funcionando.
O que se observa é que há muito acabamento por fazer.  A Secid realizou um pregão eletrônico em julho, para escolher a empresa que fará o levantamento das necessidades do Corredor. A sessão foi no dia 25 daquele mês, mas a licitação deu deserta (quando não aparece nenhum candidato). Foi publicado um novo edital, com novo pregão, no dia 28 de agosto. Mas a sessão foi “fracassada” (quando candidatos são todos desclassificados, porque não preenchem as exigências do edital). Foi então, lançado um terceiro edital. E as propostas serão abertas nessa sexta-feira. Ao último, apenas duas empresas compareceram, mas mesmo assim foram desabilitadas. Uma licitação é considerada “fracassada”, quando todas as empresas são desabilitadas, por problemas que vão do tipo de proposta apresentada a falhas na documentação.
 FONTE: JC TRANSITO com Letícia Lins

BOATOS DE UMA POSSIVEL PARALISAÇÃO DE RODOVIÁRIOS E METROVIÁRIOS, NÃO ACONTECEU.

OS SINDICATOS ATÉ O MOMENTO NÃO DESMENTIU , MAS O QUE SE VER É O NOSSO TRANSPORTE FUNCIONANDO NORMALMENTE.


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MAIS NOTICIAIS EM INSTANTES.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Violência Metrô do Recife tem mais um assalto a passageiros Usuários entraram em pânico. Ladrões estão foragidos.

Ithallyne Marques/TV Jornal
Ithallyne Marques/TV Jornal
Reprodução/TV Jornal
Mais um assalto levou pânico a passageiros da Linha Centro do Metrô do Recife, na tarde desta quarta-feira (9). Três homens levaram o celular de uma mulher na Estação Werneck, na Zona Oeste, e entraram em um trem, só descendo em Santa Luzia, o ponto seguinte, onde tentaram roubar outras pessoas.

De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os assaltantes pularam as catracas na Estação Werneck, na Zona Oeste, por volta das 12h30. O trio anunciou o assalto pouco antes de o trem fechar as portas, entrando no veículo e provocando tumulto.

A repórter da TV Jornal Ithallyne Marques estava no trem no momento do assalto. "Eu estava próximo ao maquinista quando as pessoas começaram tumultuar e querer sair do vagão", afirmou.

Nenhum dos assaltantes foi preso. Segundo a CBTU, há suspeitas de que eles fugiram pelos trilhos.Este ano já foram registrados mais de 100 roubos e furtos no metrô do Recife. O número é maior do que o de ocorrências em todo o ano passado: 90 assaltos nas plataformas e nos trens.
fonte : TV jornal 
assiste video
http://mais.uol.com.br/view/15604030

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Mudanca de Terminal da linha ,518.


LINHA 518 – APIPUCOS/RIOMAR (OPCIONAL) TEM MUDANÇA DE MINITERMINAL





Os usuários de ônibus que utilizam a linha 518 – Apipucos/RioMar (Opcional) devem ficar atentos a mudança de miniterminal dos veículos. É que a partir desta terça-feira (1º), a linha terá seu miniterminal transferido para a área interna do Shopping Center RioMar, no mesmo local onde já funciona o terminal da linha 053 – Shopping RioMar (Opcional). 
Com a mudança, o ponto de retorno da linha 518 passa a ser na pracinha localizada no cruzamento da Rua Coronel João Batista do Rêgo Barros com a Rua Antônio Batista de Souza, ao lado do Parque da Macaxeira, onde funcionava o antigo terminal da linha. 
É importante lembrar que com a alteração, as viagens da 518 passam a sair do Shopping RioMar. 
Para mais informações, os usuários dispõem da Central de Atendimento ao Cliente no 0800.081.0158. 

MOBILIDADE - AGORA A MULTA É PRA VALER E INVADIR FAIXA AZUL É GRAVÍSSIMO.

Depois de uma semana funcionando em caráter educativo, a faixa azul instalada na Rual Real da Torre, Zona Oeste do Recife, começa a multar nesta segunda-feira.

Os condutores que insistirem em passar pela via exclusiva poderão responder por infração gravíssima, com multa de R$ 191,54 e sete pontos na carteira. Além dos ônibus, táxis cadastrados no município do Recife também podem circular pela Faixa Azul. 

A faixa tem cerca de 1,5 km e vai da Rua Marrocos até a José Osório. Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), aproximadamente 22 mil veículos transitam pela via todos os dias e 10 linhas de ônibus passam pelo local, o que contempla 52 mil passageiros, segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte. 

Com a implantação das vias exclusivas, a CTTU pretende melhorar o trânsito no Recife. Segundo a companhia, com a criação das quatro faixas (Mascarenhas de Moraes, Herculano Bandeira/Domingos Ferreira e Rua Cosme Viana – a velocidade média do ônibus aumenta. “O ganho na velocidade média dos coletivos chegou a 50% na Av. Domingos Ferreira, por exemplo, que passou de 16 km/h para 21 km/h”, afirma a CTTU. 

Fonte: CTTU

sábado, 5 de setembro de 2015

PLANEJAMENTO URBANO | 04.09.15 - 12H28 Instituto Pelópidas Silveira realiza seminário técnico sobre prioridade do transporte público


Evento faz parte do processo de construção do Plano de Mobilidade do Recife e contou com palestras de gestores da SPTrans. (Foto: Inaldo Lins/PCR)

A Secretaria de Planejamento Urbano, através do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), realizou, nesta quinta-feira (3), o segundo seminário técnico de discussão sobre o Plano de Mobilidade do Recife. Com o tema A Prioridade é o Transporte Público, o evento debateu a implantação de faixas exclusivas de ônibus e contou com palestras dos gestores da SPTrans, que apresentaram as experiências vivenciadas na cidade de São Paulo. O encontro aconteceu no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco, no Bairro do Recife. 
"Priorizar o transporte público é um dos caminhos para melhorar a mobilidade urbana e uma das ferramentas que temos para isso é a criação de corredores exclusivos de ônibus. Esse processo é muito complexo, por isso trouxemos a experiência de São Paulo para ampliar o debate", explicou o presidente do ICPS, João Domingos. O seminário foi aberto ao público e teve como um dos objetivos manter a discussão junto à sociedade na construção do Plano de Mobilidade do Recife, que teve seus estudos já iniciados pelo Instituto.
Os mais de 100 participantes puderam conhecer um pouco do sistema paulista de implantação de corredores exclusivos para ônibus. Para a diretora de Planejamento de Transportes da SPTrans, Ana Odila de Souza, o ônibus é o transporte mais eficiente, pois está presente em todo o território. "A democratização das vias e o resgate do espaço urbano para o transporte público sofre muita resistência no começo, mas depois a população tende a ficar favorável a esse modelo". No Recife, a gestão municipal vem implantando, desde do final de 2013, as faixas exclusivas de ônibus. Chamadas de Faixa Azul, hoje a cidade conta com cerca de 23km  de corredores exclusivos em alguns dos principais pontos da cidade.   
Durante o evento também foi abordada a integração dos Planos Diretor e de Mobilidade de São Paulo. Para isso, uma das ferramentas utilizadas na capital paulista foi o adensamento ao longo dos eixos de circulação. "Quando estimulamos a criação de empregos fora do centro e o aumento de moradia na área central, começamos a evitar os grandes deslocamentos e, assim, minimizamos os congestionamentos", explicou o superintendente de Transportes da SPTrans, Tácito Pio da Silveira.
A primeira reunião pública sobre mobilidade foi realizada na abertura do ciclo de discussões do Recife Planeja, que realiza discussões sobre a cidade uma vez por mês e também é coordenado pelo ICPS. Até o final deste ano, serão realizados mais dois seminários para construção do Plano de Mobilidade. Após esse processo, as sugestões serão compiladas em um documento e apresentados à sociedade.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

ARTICULADOS SUFICIENTES OU INSUFICIENTES ?




Grande Recife conta hoje com 163 ônibus articulados em operação

domingo, 30 de agosto de 2015
Região Metropolitana do Recife tem hoje uma das maiores frotas de ônibus articulados do Brasil, na qual mais de 2 milhões de pessoas usam o transporte coletivo todos os dias.

Se levarmos em comparação a outras grandes cidades do Brasil, Recife só perde para São Paulo neste quesito, então porque ainda os ônibus andam superlotados?

Umas das problemáticas do transporte é vermos ônibus pequenos andando em corredores de ônibus importantes da cidade, para especialistas, vias de grande porte deveriam ser mais exploradas por estes ônibus para que o fluxo de passageiros fosse melhor distribuído.

Outro grande problema é quanto a falta destes articulados em alguns terminais integrados, um exemplo é a diminuição destes veiculos na linha Barro/Macaxeira/BR-101 e também em linhas consideradas problemáticas no centro da cidade, caso das linhas circulares que saem do terminal integrado do Recife.

Ou seja, mesmo com este número de articulados, é preciso ter um sistema uniformizado onde os ônibus articulados sejam mais explorados nos corredores e terminais da cidade.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transportes, A Região Metropolitana do Recife é atendida hoje por 163 ônibus articulados somando aos novos do Sistema BRT.

Hoje esses ônibus articulados usam ss corredores Leste/ Oeste e Norte/ Sul que já estão em operação, futuramente os corredores Agamenon Magalhães e BR-101 que fará a ligação entre Abreu e Lima e Jaboatão.

FONTE: Blog Meu Transporte
com Cleyton Leal.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Mudancas a vista na linha 1906.


LINHA 1906 - TI PELÓPIDAS/TI MACAXEIRA FARÁ ATENDIMENTOS A ESTRADA DO FRIO

Para atender a solicitação da comunidade, o Grande Recife informa que a linha 1906 - TI Pelópidas/TI Macaxeira irá realizar atendimentos a Estrada do Frio, em Paulista, apenas nos finais de semana. A medida passa a ser realizada a partir deste sábado (5).

É importante lembrar aos usuários que os atendimentos acontecerão em horários específicos, sendo sinalizadas nos ônibus. Para mais informações, os usuários podem entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente, no  0800 081 0158.

4 mil Kms de corredor de BRT e 6 mil Kms de faixas exclusivas para ônibus. Gostou?



Quatro mil quilômetros de sistema BRT (Bus Rapid Transit) e seis mil quilômetros de faixas exclusivas. Tudo isso ao custo de R$ 16 bilhões anuais, para ser executado em até cinco anos. Que tal? Gostou? Acha possível? Esse foi o desafio lançado pelo presidente de NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano), Otávio Cunha, durante seminário nacional que a entidade promove esta semana em São Paulo. Na plateia, nada menos que o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e o secretário de Transportes e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Dário Lopes.
Quase sempre – o seminário nacional da NTU está em sua 15ª edição – Otávio Cunha lança propostas que priorizem o transporte coletivo por ônibus. Foi assim quando a NTU sugeriu a implantação de cinco mil quilômetros de faixas exclusivas, em 2013, e atuou como uma das principais propagadoras do sistema BRT no Brasil, anos antes da Copa do Mundo, quando o governo federal ainda discutia os tipos de modais que teriam o financiamento turbinado.

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“Temos perdido passageiros ao longo dos anos, foram 20 milhões de pessoas a menos nos ônibus nos últimos 15 anos. E não é a crise econômica que explica essa perda. É a briga por espaço nas ruas, a crise da mobilidade. Tudo isso acontece porque o transporte não consegue oferecer qualidade, fica preso no trânsito disputando espaço com os carros. É necessário dar prioridade para ele na via e isso só acontece com faixas e corredores exclusivos”, ensina.
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Otávio Cunha, entretanto, alerta que os recursos para executar a proposta lançada precisam ser do OGU (Orçamento Geral da União). “Não adiantar querer realizar através de financiamento dos municípios. As prefeituras não têm mais condições de assumir dívidas. É um projeto que precisa ser apropriado pelo governo federal. E o que são R$ 16 bilhões? O ganho de velocidade de um ônibus quando ele circula livre, em via preferencial, é de no mínimo 21%, podendo aumentar. As faixas exclusivas de São Paulo estão aí para comprovar: a população teve um ganho de 40 minutos por dia em viagens. Precisamos trazer o passageiro de volta”, argumenta o presidente da NTU.


Corredores de BRT precisam ser expandidos, diz NTU
Corredores de BRT precisam ser expandidos, diz NTU

Existem no País, segundo a NTU, 419 projetos de corredores de BRT e faixas exclusivas, que totalizam 3.270 quilômetros de prioridade ao transporte público por ônibus. Mas só 132 estão em operação – 318 quilômetros. Os outros 299 ainda são projetos. “Falta muita coisa. O Brasil, o governo e a sociedade precisam entender que custa muito mais caro ao País não investir na priorização do transporte público do que investir. E a população aprova, muita gente quer deixar de ir trabalhar de carro, por exemplo, mas precisa de um transporte rápido, eficiente, confortável. Em Belo Horizonte, o Move, o BRT mineiro, teve 74% de aprovação pela população”, afirma.
Os apelos de Otávio Cunha, entretanto, não arrancaram comprometimento por parte do Ministério das Cidades. Muito educado, o ministro Kassab lembrou a crise econômica do País, mas elogiou a proposta e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para discutir essa e outras futuras ideias. Só.
Fonte,: De Olho no Trânsito com Roberta Soares

BR-101 vira campeã de reclamações e pernambucanos se queixam da omissão de autoridades





População está cansada da buraqueira da BR-101, que só faz aumentar a cada dia. Foto: Diego Nigro
A frase já se tornou lugar comum. “E ninguém faz nada”. Ela demonstra o sentimento de orfandade a que o pernambucano está submetido, diante de tantos problemas que não se resolvem. Sejam eles na saúde pública, na segurança, na educação. Na área de mobilidade, também, a gritaria é grande. E os relatos vêm de todos os pontos da Região Metropolitana. Mas a campeã de reclamações, ultimamente, tem sido a BR-101, principalmente no trecho que vai de Abreu e Lima a Jaboatão dos Guararapes. É uma extensão de 30 quilômetros, de puro suplício. E cada dia está pior. É buraco que não acaba mais, matagal, lixo nas margens. A rodovia, como se sabe, está sob responsabilidade do Governo de Pernambuco, através da Secretaria das Cidades, que alega estar fazendo trabalhos de manutenção. Só que ninguém percebe onde esses serviços estão. Porque o clamor é geral. Para os motoristas que por lá circulam, ela virou um exemplo de omissão das autoridades.
“Viajei no final de semana para o litoral sul, e de repente me defrontei com muita poeira. Achei que o trecho estava em obras. Mas era que o asfalto tinha acabado mesmo. Estava no barro”, conta Vicente Ribeiro Simony, funcionário da Chesf. “Isso não é uma imagem da lua, nem um buraco na camada de ozônio. É apenas uma cratera na BR-101, na entrada da Avenida Guararapes, em Prazeres, no sentido Recife”, afirma o leitor Ilo Siqueira, depois de enviar uma foto de um buraco imenso na rodovia. “Situação é precária na BR-101. Motoristas enfrentam engarrafamentos a qualquer dia e a qualquer hora”, reclama um outro, Leonardo França. “BR-101 não presta para nada”, queixa-se um terceiro, Gilliard Marcel. Realmente, o que se observa ali só tem um nome: descalabro.
De Paulista também chegam queixas com a Ponte do Janga, que não tem manutenção e está estrangulada pelo tráfego movido a 80 mil veículos por dia. A ponte liga os municípios de Paulista e Olinda, e moradores se queixam, com frequência, dos engarrafamentos “a qualquer hora do dia”, como relata leitor Caetano Macedo. “Nossos governantes não se posicionam, não dão perspectiva de melhoria da situação. Não aguentamos mais”, desabafa. Em Olinda, população também se queixa. Informa que sem novas vias, trânsito virou um caos. E fugindo dos engarrafamentos, automóveis invadem Sítio Histórico. Em junho, esse JC nas Ruas denunciou a situação, que seria resolvida em dois meses. Mas até agora a prometida inversão do trânsito na Cidade Alta não aconteceu, para suplício das pessoas que residem no Sítio Histórico.
Fonte: Jc notícias com Letícia Lins

COOTRAPE DIZ QUE GRANDE CONSÓRCIO RECIFE PREPARA GOLPE CONTRA PERMISSIONÁRIOS DE JABOATÃO

Foto: reprodução facebook
“Se preciso for vamos derramar nosso sangue” afirmam diretores
A Cootrape, cooperativa que integra a maioria dos permissionários do transporte municipal de Jaboatão dos Guararapes, por meio de vans e microônibus, postou hoje, 3 de setembro, nota indignada e extrema em sua página oficial do facebook, com relação a próxima inauguração do terminal de Prazeres e as possíveios linhas de transporte coletivo que serão abrigadas no terminal.
A preocupação dos permissionários é que sejam beneficiadas apenas empresas de transportes da Urbana PE e o sistema genuinamente jaboatonense fique de fora ou apenas com linhas deficitárias, uma vez que o “plano” tem sido mantido em segredo, não sendo discutido nem com os permissionários nem com a população.
Veja a íntegra da nota abaixo, onde os diretores afirmam ao final que, se preciso, vão derramar o próprio sangue, e também chamam as empresas de “invasores”:
“Estivemos semana passada reunidos no Grande Consórcio Recife com o Presidente Papaléo e com o diretor de planejamento Alfredo Bandeira, que bem poderia ser chamado de “Alfredo Bandeira dos Empresários de Ônibus”. Fomos atrás de informações sobre a nova rede que está sendo planejada para Jaboatão, com a inauguração do novo TI de Prazeres,mas como de costume, não nos foi revelado o projeto. Sabemos que esse Consórcio está na mão dos empresários de ônibus e que com certeza estão preparando mais um GOLPE contra nós permissionários de Jaboatão. Eles não têm nenhum respeito por nossa categoria e nem com o nosso povo. O senhor Papaléo e o senhor Alfredo acham que esse projeto preparado por eles para atender aos empresários de ônibus vai ser empurrado de goela abaixo como fizeram com o TI de Cajueiro Seco. Contamos com a sensibilidade do nosso Prefeito Elias Gomes, que sempre esteve ao nosso lado e ao lado do povo jaboatonense, que não permita mais essa barbárie, e contamos com todas as comunidades que nos tem procurado prestando solidariedade e apoio contra essa tentativa de monopolizar o nosso transporte tirando o direito do nosso povo de ter uma passagem mais barata e outra opção para se locomover. Não iremos desistir jamais, temos condições de prestar um serviço muito melhor que o deles e o mais importante trazendo recursos para nossa Cidade, para que seja investido na melhoria de vida de nosso Povo, porque pagar impostos para eles e não para o nosso Município. Estamos preparados para mais uma “Batalha dos Guararapes.” Se for preciso derramar nosso sangue em defesa de nossas famílias e de nosso povo, iremos derramar, pois nosso povo está acostumado a expulsar invasores.
Fonte:GGazeta Nossa

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ATRASOS Corredores de BRT também têm terminais intermináveis no Grande Recife



Obras no IV Perimetral estão paradas 
Foto: Lorena Barros/NE10

Amanda Miranda
Não são só os atrasos na conclusão dos terminais Joana Bezerra, Santa Luzia e Prazeres que comprometem a integração do transporte coletivo na Região Metropolitana do Recife. Três TIs dos corredores Norte-Sul e Leste-Oeste, prometidos para a Copa do Mundo, estão atrasados há mais de um ano. E para dois deles sequer há previsão de as obras serem retomadas.
O Terminal Integrado de Abreu e Lima começou a ser erguido em agosto de 2012. Exatamente três anos depois, as obras se arrastam a passos muito lentos. Ou seja, a situação é a mesma que no corredor que ele integra, o Norte-Sul. De acordo com a Secretaria das Cidades, a nova previsão é que o terminal seja entregue em dezembro.

Até lá, serão gastos R$ 5,7 milhões a mais do que o valor inicial, de R$ 9,4 milhões. A justificativa da secretaria é de que o Grande Recife Consórcio de Transporte solicitou melhorias no projeto - mas será que elas não poderiam ter sido pensadas antes? Segundo o Consórcio, 21 mil passageiros devem usar as nove linhas de ônibus que vão atender o terminal.

A situação é ainda pior no Corredor Leste-Oeste, onde estão em obras os terminais III e IV Perimetral, na Avenida Caxangá. Já existem estruturas e placas, entretanto tudo está cheio de mato e com sinais do abandono de mais de seis meses. As obras foram paradas pela construtora Mendes Júnior, envolvida na Operação Lava Jato, sob a alegação de dificuldades financeiras.
Veja outros terminais intermináveis:

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Uma nova licitação está sendo feita para escolher uma empresa que fará um levantamento sobre os serviços executados até agora. Depois, será preciso fazer um novo processo para selecionar a empreiteira que terminará a construção, iniciada em fevereiro de 2013. Os valores iniciais foram de 5,7 milhões e 5,6 milhões, respectivamente. Mas, usando a expressão popular, "só Deus sabe" qual será o orçamento final.

A expectativa do Grande Recife Consórcio é de que nove linhas de ônibus atendam 11 mil pessoas por dia no III Perimetral. No IV, a demanda deverá ser ainda maior, de 36 mil usuários diariamente em 10 linhas. Ao todo, o sistema de transporte na RMR tem 2,5 milhões de passageiros diários.

Fonte: JC TRÂNSITO

ATRASOS Terminais intermináveis: obras se arrastam em Prazeres, Joana Bezerra e Santa Luzia



Joana Bezerra está em obras desde 2011 
Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito

Amanda Miranda
Três terminais integrados na Região Metropolitana do Recife parecem ter virado lenda. Com atrasos de mais de um ano nas obras, transtornos, prejuízo e violência. Estão em construção há mais de três anos Joana Bezerra, na área central da capital pernambucana, além de Santa Luzia, na Zona Oeste, e Prazeres, na cidade vizinha de Jaboatão dos Guararapes. A cada novo prazo, menos esperança dos quase 110 mil passageiros que têm cada vez menos esperança de poder usufruir das melhorias dos R$ 16,6 milhões investidos.

VEJA AS FOTOS

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O primeiro terminal a começar a ser erguido foi o de Joana Bezerra, em 2011 - mas as promessas são de mais de dez anos. Esse é também o mais caro, custando R$ 9,4 milhões, de acordo com a secretaria executiva de Projetos Especiais. É, ainda, o que deverá beneficiar mais passageiros: 67 mil por dia, em 14 linhas de ônibus, enquanto atualmente são 40 mil usuários em dez linhas.

Cavalo fica no entorno de Joana Bezerra
Cavalo fica no entorno de Joana BezerraFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito
Para o ambulante Roberto Ferreira, 42 anos, que trabalha há 20 anos no terminal, desde a sua inauguração, o novo TI ajudará muita gente quando ficar pronto. O problema é exatamente esse. "Dizem que vai ficar pronto em setembro. Só precisamos saber de que ano", ironiza. "Falta pouca coisa, mas complica muito. É muito assalto, muita gente que entra de graça no metrô, muita confusão", lamenta.

No dia em que o JC Trânsito esteve em Joana Bezerra, a última quinta-feira (27), apenas um funcionário trabalhava na obra. Já podem ser vistas as estruturas montadas para receber os ônibus, mas ainda precisam ser feitas as entradas para os veículos, por exemplo. "Por enquanto, o único passageiro é o cavalo", reclama Roberto Ferreira.

A Secretaria das Cidades defende que as obras estão em fase de acabamento e a previsão é que sejam entregues ainda este mês, dois anos depois da previsão inicial. O órgão alega que os atrasos foram pela escassez de recursos e por causa da necessidade de readequações de projetos.

Integração de Prazeres só existe na placa
Integração de Prazeres só existe na placaFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito
Prazeres é integração só na placa na entrada da estação do metrô e nas catracas já instaladas. A obra, atrasada em cerca de dois anos, já tem cara de terminal, mas faltam muitos detalhes, como o piso e as peças de granito que vão compor a recepção, os banheiros e as cantinas. Para quem trabalha na construção - eram cerca de 10 pessoas no fim de agosto, quando finalmente as obras foram retomadas -, deve se prolongar pelo menos até o fim de outubro, embora a Secretaria das Cidades prometa entregar o TI à população este mês. 

Quando estiver pronto, sete linhas de ônibus vão atender 25 mil passageiros por dia. "Vai melhorar muito a situação daqui, mas quando vai sair, ninguém sabe", brinca o vendedor Daniel Alves, 44. "Até lá, fica o transtorno na rua, com tapume fechando a calçada e atrapalhando o pedestre", reclama a pedagoga Aline Lindoso, 31.

Há ainda o Terminal Integrado de Santa Luzia, que atenderá 17 mil pessoas diariamente, em oito linhas de ônibus, quando estiver pronto. Mas sequer há um prazo para isso. Pela assessoria de imprensa, a Secretaria das Cidades afirmou apenas que "está com o terminal de ônibus concluído, mas faltam alguns ajustes sugeridos pela CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) após a conclusão do projeto, para maior segurança e comodidade dos usuários. Para a adequação às necessidades apontadas pela CBTU estima-se que seja investido em torno de R$ 80 mil." A obra do TI começou em 2012, orçada em R$ 3,4 milhões.

Moradores denunciam assaltos no acesso ao metrô, em Santa Luzia (Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito)

Enquanto esse impasse impede o funcionamento do terminal, o que foi construído começa a ser destruído. Moradores abriram uma passagem do metrô e têm acesso ao TI.

Permanece também a insegurança dos passageiros. "Há pelo menos três meses ninguém vem aqui. É só mato, motos nas passarelas e assalto", conta a telefonista Rosângela Soares, 49. Segundo a moradora, por causa da violência, pouca gente ainda pega ônibus aos domingos, quando o movimento diminui, e os comerciantes têm que sair antes de anoitecer. "Quando vou para o metrô, tenho que esperar juntar um grupo para poder seguir. Isso piorou depois da construção do terminal. Comeram o dinheiro do povo e nada", reclama. Em nota, a Polícia Militar afirmou que intensificará as rondas no local. Até a entrega do terminal, no entanto, fica difícil ter esperança.
Fonte: JC TRÂNSITO

terça-feira, 1 de setembro de 2015

MOBILIDSDE - Corredores de transporte e a prioridade ao coletivo



Os corredores de transporte coletivo têm papel fundamental e podem ser implantados de acordo com as especificidades de cada cidade. Como regra, busca-se na operação equilibrada entre linhas troncais e alimentadoras uma priorização ao modal sobre pneus. As diferentes soluções possíveis para que se dê prioridade ao coletivo surgem a partir da análise da situação da circulação dos ônibus e dos desejos de viagem. 




A cidade de São Paulo serve como excelente exemplo para entendimento do estudo das alternativas. É servida por cerca de 1.350 linhas regulares, entre as chamadas bases, retornos operacionais, atendimentos etc, e dispõe de 15.000 veículos para atendimento à demanda. 

As linhas distribuem-se ao longo de aproximadamente 4.500 km de ruas e avenidas, de um total de cerca e 17.000 km do viário urbano. No total, o sistema paulistano de transporte urbano sobre pneus contabiliza mais de 8 milhões de embarques por dia, enquanto o modo metroferroviário não atinge a metade desse valor. 

Ainda que o ideal para uma cidade desse porte seja contar com ampla e densa rede sobre trilhos, considerações de ordem prática e econômica determinam como ponto pacífico que o sistema de ônibus continuará como espinha dorsal do transporte público na localidade por muitos anos. 

Ônibus X Automóvel 
Apesar da sua relevância, o desempenho operacional do modal ônibus vem sendo mais e mais comprometido pelo adensamento crescente dos fluxos de tráfego e o consequente congestionamento das ruas e avenidas, compartilhadas nem sempre harmoniosamente com os carros particulares e demais veículos. Normalmente, os coletivos são os mais prejudicados no conflito pelo uso das vias, entre outras causas pela falta de agilidade em função de suas características dimensionais e principalmente por se caracterizar como um sistema parador. 


Juntamente com outros fatores, tanto conjunturais como estruturais, as crescentes dificuldades de circulação dos ônibus vêm sendo responsáveis pela gradativa e constante queda de qualidade do serviço prestado que se reflete em aumento dos tempos de viagem, ociosidade ou superlotação da frota, tempos de espera excessivos, desconforto e insegurança. Com o carro particular mais acessível a um número maior de famílias e a infraestrutura viária essencialmente a mesma, as perdas do transporte coletivo são agravadas nos congestionamentos e conflitos de trânsito. 

Apesar da importância para o deslocamento das pessoas em sua rotina diária, apenas uma pequena parte das vias utilizadas pelos ônibus, aproximadamente 120 km, oferece algum tipo de preferência. Desses, muito pouco é considerado como verdadeiro corredor, por segregar, a exemplo do metrô, efetivamente os veículos do tráfego geral. Exceção deve ser feita ao corredor Expresso Tiradentes, considerado uma ilha de excelência. 

A recomendação de preferência ao coletivo vem sendo indicada desde meados da década de 70, quando o Projeto Sistran (Sistema de Transporte Urbano de Passageiros), da Região Metropolitana de São Paulo, preconizou a criação de um sistema de média capacidade, que teria como função atender o vácuo de oferta de carregamento existente entre o Metrô e as linhas de ônibus. Como definição, esse seria constituído por determinado conjunto de linhas de grande capacidade circulando sobre uma rede de corredores. Ou seja, um subconjunto da rede arterial urbana onde se implementariam pistas ou faixas exclusivas com diferentes graus de prioridade aos ônibus. A implantação, ainda que isolada e incompleta, de alguns elementos da proposta do Sistran beneficia efetivamente o atendimento aos usuários do sistema coletivo, a exemplo do Corredor Santo Amaro. 

Contudo, mesmo na ausência dessa condição privilegiada, devemos induzir e incentivar uma divisão mais justa do espaço viário. Considerando que o modelo adotado concentra as viagens mais longas e demoradas no subsistema denominado estrutural e que essas linhas trafegam num viário selecionado, é razoável admitir a possibilidade de intervenção no leito carroçável para viabilizar um melhor desempenho operacional. 

No conceito do tratamento viário para a operação por meio de corredores em favor do transporte coletivo e a partir do crescente nível de investimento, podemos ter diversas soluções, entre elas: faixa prioritária junto à calçada; faixa exclusiva junto à calçada com separação por tachões; faixas segregadas à esquerda (com ou sem ultrapassagem); faixa exclusiva no contrafluxo; canaleta para transporte coletivo; e via exclusiva segregada. 

Como contribuição ao debate sobre a mobilidade urbana, o Sindicato dos Engenheiros publicou o documento “Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento”, no qual propõe uma série de diretrizes de transporte, plenamente exequíveis e capazes de trazer melhoria das condições de deslocamento da população com qualidade de vida. 

Fonte e texto:Edílson Reis é diretor do SEESP (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo) e Coordenador do Comitê Temático “Cidade em Movimento” do Conselho Tecnológico da entidade.