sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Envolvida na Operação Lava Jato, empreiteira é punida por abandono de obra do Corredor Leste-Oeste

Viaduto sobre canteiro central da Avenida Caxangá está funcionando, mesmo sem ter sido concluído. Foto: Sérgio Bernardo.
Viaduto sobre canteiro central da Avenida Caxangá está funcionando, mesmo sem ter sido concluído. Foto: Sérgio Bernardo.
A novela do Corredor Leste-Oeste ainda não acabou. A via de doze quilômetros de extensão é considerada uma das mais importantes intervenções para a mobilidade do Recife. Mas as obras pararam desde o mês de março. E até o momento, não foram retomadas. A Secretaria das Cidades culpa a Mendes Júnior pela paralisação. A empreiteira é acusada de abandono dos canteiros e quebra de contrato. Por esse motivo, acaba de ser punida com aplicação de multa no valor de R$ 33 milhões pela Secid. A decisão  da Secid foi publicada no Diário Oficial do Estado, mas até ontem à noite a empreiteira não havia se pronunciado sobre o assunto. Ela sofreu, também, uma outra punição, por não ter realizado o serviço completo do Ramal da Copa. A empreiteira é uma das envolvidas na chamada Operação Lava Jato.
No caso do Corredor Leste-Oeste, a burocracia oficial não tem dado sorte. A Secid informa que precisa realizar um diagnóstico da situação da obra e tem tentado contratar uma empresa, para que ela informe,  o que é necessário fazer ainda.  A empresa que vencer a licitação terá um prazo de cem dias para concluir o levantamento. Depois, o Governo de Pernambuco publicará um outro edital, convocando uma nova empreiteira para concluir a obra. Como se sabe, das 23 estações previstas de BRT do Corredor Leste-Oeste, só 16 foram concluídas. Um viaduto que passa sobre o canteiro central da Avenida Caxangá, com destinação exclusiva a esse tipo de transporte, também ainda não está pronto. Mesmo assim, já está funcionando.
O que se observa é que há muito acabamento por fazer.  A Secid realizou um pregão eletrônico em julho, para escolher a empresa que fará o levantamento das necessidades do Corredor. A sessão foi no dia 25 daquele mês, mas a licitação deu deserta (quando não aparece nenhum candidato). Foi publicado um novo edital, com novo pregão, no dia 28 de agosto. Mas a sessão foi “fracassada” (quando candidatos são todos desclassificados, porque não preenchem as exigências do edital). Foi então, lançado um terceiro edital. E as propostas serão abertas nessa sexta-feira. Ao último, apenas duas empresas compareceram, mas mesmo assim foram desabilitadas. Uma licitação é considerada “fracassada”, quando todas as empresas são desabilitadas, por problemas que vão do tipo de proposta apresentada a falhas na documentação.
 FONTE: JC TRANSITO com Letícia Lins

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