Geraldo Julio deve assumir o debate do Novo Recife, que receberá pedido de vistas amanhãO Instituto Arquitetos do Brasil quer saber detalhes da proposta que prevê, entre outros pontos, a construção de 13 torres no Cais José Estelita
Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicação: 29/11/2012 10:58 Atualização: 29/11/2012 12:13
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| Prefeito João da Costa defende a aprovação do projeto, mas o sucessor é quem deve assumir a polêmica |
O futuro prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), deve iniciar a gestão com pelo menos duas polêmicas urbanísticas para debater com a sociedade: a construção dos quatro viadutos da Avenida Agamenon Magalhães, principal artéria da cidade, e o projeto Novo Recife, que prevê o levantamento de 13 torres no Cais José Estelita por meio da iniciativa privada.
O prefeito João da Costa (PT) está tentando aprovar o empreendimento imobiliário amanhã, em reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), mas a ousada proposta receberá pedido de vistas e só deve ser votada dentro de um mês, tempo suficiente para Geraldo Julio assumir o mandato.
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Quem vai pedir vistas do projeto é o Instituto de Arquitetos do Brasil, presidido por Vitória Régia de Andrade. Segundo ela, a entidade leu a proposta que seria votada pelos 28 integrantes do CDU, mas não conseguiu entender se haverá ligação dos futuros imóveis com as vias públicas mais centrais do Recife, a exemplo da Avenida Dantas Barreto, da Agamenon Magalhães, além dos bairros do Pina, de Afogados, Santo Antônio e São José. “O empreendimento terá impactos em vários bairros e a gente não está conseguindo enxergar a transformação ao redor. A proposta não está amadurecida e precisa de maiores esclarecimentos porque repercuti num raio metropolitano”, afirmou.
Vitória Régia disse que, nos últimos anos da gestão, o papel do Conselho de Desenvolvimento Urbano foi completamente esvaziado e os interesses privados estão se sobrepondo às regras da cidade e ao interesse público. “Esse é um momento de mudanças, de troca de governo, e o CDU precisa ser revitalizado. Não pode ser um lugar apenas de aprovação e carimbo”, declarou, ressaltando que o “Novo Recife” tem impacto maior ou tão importante quanto os viadutos previstos para a Agamenon Magalhães.
Embora Geraldo Julio tenha mantido silêncio sobre as polêmicas que irá assumir, o prefeito João da Costa afirmou, ontem, ter autonomia para decidir, até o final de dezembro, os melhores caminhos para a cidade. Ele defendeu a aprovação do Novo Recife, dizendo ser “muito estranho” tantos interesses contrários.
Ao saber que o Fórum Direitos Urbanos debatia as mudanças do Estelita nas redes sociais, no Facebook, com a participação de mais de sete mil pessoas, o prefeito procurou minimizar. Disse que o Recife tem mais de um milhão e meio de habitantes e não pode se pautar por discussões subjetivas e de “gostos”. De acordo com ele, o Novo Recife já recebeu a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o que mostra que as obras irão preservar o patrimônio histórico.
Vitória Régia disse que, nos últimos anos da gestão, o papel do Conselho de Desenvolvimento Urbano foi completamente esvaziado e os interesses privados estão se sobrepondo às regras da cidade e ao interesse público. “Esse é um momento de mudanças, de troca de governo, e o CDU precisa ser revitalizado. Não pode ser um lugar apenas de aprovação e carimbo”, declarou, ressaltando que o “Novo Recife” tem impacto maior ou tão importante quanto os viadutos previstos para a Agamenon Magalhães.
Embora Geraldo Julio tenha mantido silêncio sobre as polêmicas que irá assumir, o prefeito João da Costa afirmou, ontem, ter autonomia para decidir, até o final de dezembro, os melhores caminhos para a cidade. Ele defendeu a aprovação do Novo Recife, dizendo ser “muito estranho” tantos interesses contrários.
Ao saber que o Fórum Direitos Urbanos debatia as mudanças do Estelita nas redes sociais, no Facebook, com a participação de mais de sete mil pessoas, o prefeito procurou minimizar. Disse que o Recife tem mais de um milhão e meio de habitantes e não pode se pautar por discussões subjetivas e de “gostos”. De acordo com ele, o Novo Recife já recebeu a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o que mostra que as obras irão preservar o patrimônio histórico.
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