terça-feira, 3 de março de 2015

Mobilidade - Ser governante não significa, ser competente e essas obras paradas mostra a imaturidade do atual governo , de se articular pra resolver.

Obras de terminais integrados de ônibus atrasam e comprometem a integração no Grande Recife

Enquanto pelo menos 900 mil pessoas, dos 2,5 milhões de passageiros diários do sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife, sofrem com a lotação nos ônibus que fazem integração, cinco terminais integrados estão parados devido a pendências com as obras. Três deles estão completamente paralisados há pelo menos quatro meses e outros dois se arrastam a passos lentos, tendo expirado o prazo de entrega há mais de um ano. Juntas, as unidades representam quase R$ 50 milhões de recursos públicos parados. Uma situação que não condiz com a dependência quase total que o transporte do Grande Recife possui da integração física, ou seja, entre terminais.
O prejuízo afeta diretamente o Sistema Estrutural Integrado (SEI), alicerce do transporte no Grande Recife, porque as cinco unidades integrarão o sistema, mas também o metrô e, principalmente, a expansão do BRT (Bus Rapid Transit). Dois dos cinco TIs fazem parte do Corredor Leste–Oeste: III Perimetral e IV Perimetral, às margens da Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife. Os dois estão com as obras paralisadas desde novembro de 2014, quando a Construtora Mendes Júnior começou a dar sinais de problemas – está na mira da Operação Lava-Jato, que investiga a relação ilegal entre políticos, gestores públicos e empreiteiras.
A situação mais crítica é a do TI da IV Perimetral, o maior do Leste-Oeste, que irá receber, quando estiver pronto, dez linhas, sendo duas troncais (para o Centro) e oito alimentadoras. Tinha valor de construção estimado em R$ 9 milhões. A unidade hoje, do jeito que está, retrata o abandono. Deveria estar pronto em junho de 2013, ainda para a Copa das Confederações, mas tem apenas 65% da construção executada. Dos cinco TIs visitados pela reportagem é o que mais impressiona pela degradação.
TI da IV Perimetral. Fotos: Diego Nigro/JC Imagem
TI da IV Perimetral. Fotos: Diego Nigro/JC Imagem
O TI da III Perimetral rendeu protestos quando começou a ser construído por destruir árvores centenárias, ocupar parte do terreno do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e desativar uma agência do Banco do Brasil. Hoje, está parado com mais de 90% dos trabalhos concluídos. Faltam apenas pequenos detalhes, o chamado acabamento refinado. Das duas plataformas de embarque e desembarque, apenas uma ainda está sem cobertura. O resto está pronto. No TI de Abreu e Lima, que integra o segundo corredor de BRT pernambucano, o Norte–Sul, as obras caminham lentamente, mas a entrega da unidade está atrasada em mais de um ano.
O TI de Joana Bezerra, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife, levou dez anos para começar a ser construído e está parado desde outubro. Enquanto isso os passageiros penam no antigo terminal, uma das piores infraestruturas do sistema. O TI de Prazeres, que integra com o metrô, assim como o TI Joana Bezerra, não teve as obras interrompidas, mas é mais um atrasado.
TI da III perimetral
TI da III perimetral
A secretaria das Cidades, responsável por todas as obras, faz promessas. Ruy Rocha, secretário executivo de projetos especiais, garante empenho e diz que as obras do TI Joana Bezerra serão retomadas em dez dias e ele ficará pronto em, no máximo, 75 dias. O TI de Prazeres será finalizado em 15 de abril e o de Abreu e Lima no fim de abril. “Podem ter certeza de que estamos empenhados”, disse.

TI Joana Bezerra
TI Joana Bezerra


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fonte: Blog de Olho no Trânsito
titulo: Jailson Silva - Editor de Blog Grande Recife Mobilidade Pe.

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