domingo, 17 de maio de 2015

Os gargalos do transporte público Desrespeito marcado por filas intermináveis e coletivos sempre superlotados
















Dois milhões de passageiros diariamente, três mil ônibus circulando nas ruas e um problema que parece distante de ser solucionado. Para, além do desrespeito marcado por filas intermináveis e coletivos sempre superlotados, a má qualidade na prestação do serviço de transporte na RMR enfrenta outros gargalos, como a malha viária repleta de obras inacabadas, a falta de planejamento e um trânsito engarrafado. O atual formato de integração, adotado no Estado há 30 anos, é outro problema. O alívio no bolso ao se deslocar pagando uma única tarifa já não se apresenta como solução, mas sim como risco e perda de tempo para quem precisa do transporte público.
O percurso antes executado em um único veículo, apanhado na porta de casa, agora chega a ser feito por três, em uma verdadeira maratona de embarques e desembarques. Para especialistas, há, ainda, a falta de engenharia de tráfego, já que mesmo sendo maior que a de outras praças, a frota da Capital não atende à demanda. Somado a todos esses entraves, outro agravante: motoristas que encaram jornadas de trabalho de até 12 horas e suportam os congestionamentos em ônibus sem ar-condicionado e em meio às queixas dos usuários. “Hoje sentimos as consequências de um sistema carente, implantado em uma época em que não havia ferramentas para conhecer de perto as necessidades dos usuários”, explica o consultor em mobilidade, professor da UFPE, César Cavalcanti. Segundo ele, comparado a outras regiões metropolitanas do País, como a de Curitiba (com 1,9 mil veículos e 2,2 milhões de usuários diários), o quantitativo de ônibus em operação na RMR poderia ser visto como satisfatório. “O formato de integração aberta, esquecido por aqui, é utilizado na maioria dos municípios com mais de 100 mil habitantes. É uma ferramenta que evita transtornos e não necessita de altos investimentos”, defendeu. O Grande Recife conta com 19 terminais integrados em funcionamento, estando ainda cinco em construção e mais dois em processos de reforma ou ampliação. O sistema temporal, em testes há mais de um ano, prevê que o passageiro possa se deslocar em um prazo de duas horas, embarcando e desembarcando ao longo do percurso. Detalhe: o benefício é desconhecido pela maioria dos usuários. “Das 394 linhas, 74 estão habilitadas para o sistema. Mas não há condições de abrir o processo para a livre escolha do usuário, representaria mais custos que teriam que ser repassados”, afirmou o diretor de operações, André Melibeu. Questionado, ele não forneceu a relação das linhas participantes.
OS TERMINAIS
A Folha percorreu importantes terminais da RMR em horários considerados conturbados, entre as 5h30 e 9h, tornando a visitá-los entre às 17h e 20h. Nos locais, cenas de um filme já conhecido pelos usuários do sistema de ônibus, com o desrespeito se mostrando como palavra de ordem. No Terminal da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, por onde circulam 55 mil pessoas todos os dias, a correria é percebida desde a entrada.
“Sempre enfrentamos o mesmo tormento. O tempo de espera é grande e com isso as filas parecem não ter fim”, disse a auxiliar de cozinha Monica Nascimento, 46 anos. Nos pontos de embarque, o fator segurança parece ser deixado de lado, com passageiros amontoados nas portas, que seguem entreabertas após a partida do veículo. “Já fui empurrado e cai no chão”, contou o vendedor Hugo Santana, 41.
Comportando dez linhas, o Terminal do Barro também amarga falhas estruturais, com muitas reclamações dos usuários. “Hoje sou obrigado a sair muito mais cedo de casa para conseguir chegar a tempo. É uma perda na qualidade de vida”, reclamou o técnico em laboratório Elias Souza, 61. A situação é confirmada pela dona de casa Meury Silva, 57. “Já cheguei a passar 50 minutos esperando ônibus”, disse. Passando para o Terminal da PE-15, em Olinda, considerado o mais antigo em operação, a doméstica Maria José, 54, conta um pouco do drama enfrentado na região. “Antes eu precisava pegar um único ônibus para chegar ao trabalho. Agora são três, todos lotados. A vontade é de desistir”, criticou.
No Joana Bezerra, que além das dez linhas também abraça o sistema de metrô, a situação pode ser compreendida como amais precária, incluindo a falta de abrigo nos dias de chuva. “A volta para casa é sempre complicada. A gente já fica pensando no dia seguinte”, revela o pintor Asidezio Francisco, 55, que mora no Jordão e também precisa embarcar em três coletivos. Grávida de cinco meses, a auxiliar administrativa Regina Gonçalves, 26, divide as dificuldades também encaradas por idosos e portadores de dificuldades de locomoção. “Não há respeito nem mesmo para disputar as cadeiras reservadas. E os fiscais não são vistos”, disse.
FISCALIZAÇÃO
Os problemas encontrados diariamente nas ruas são alvos de constantes reclamações dos usuários que apontam a ausência de uma fiscalização ostensiva para as irregularidades. A Federação dos Usuários de Ônibus de Pernambuco assinala que as arrancadas bruscas, a queima de paradas e o desrespeito na prestação do serviço tornaram-se comuns. “Os cidadãos procuram a central de atendimento ou mesmo a ouvidoria do Grande Recife e não recebem qualquer retorno. A sensação que fica é de que nada é executado. A maioria já acha uma perda de tempo”, explica a presidente Renilda Acioli, que também aponta a falta de vistoria diária nos terminais e corredores de grande circulação.
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, a Central de Atendimento ao Cliente recebe uma média de 270 ligações diárias, entre denúncias, reclamações e esclarecimentos. Conforme o órgão, o serviço recebeu 3.842 reclamações de janeiro até a última quinta-feira. O Consórcio reforçou que, a partir das informações recolhidas, é gerado um número de protocolo. Os dados são encaminhados para o setor responsável ou diretamente para a empresa, que tem um prazo de dez dias úteis para responder a demanda. O passo seguinte, informou o Consórcio, é o contato com o usuário para um posicionamento.
Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, as falhas no sistema de transporte público são frutos de erros que se repetem. “As linhas não são organizadas como deveriam, com as saídas dos terminais em horários desregrados, sem considerar a demanda do turno e a distinção de ônibus comuns e articulados, capazes de transportar muito mais passageiros”, explica, reforçando a falta de políticas de valorização aos profissionais, que enfrentam longas jornadas e recebem baixos salários.
MALHA VIÁRIA
Com obras sofrendo um ciclo de atrasos há mais de dois anos, importantes corredores como as avenidas Conde da Boa Vista e Caxangá, no Recife, assim como a PE-15 e Pan-Nordestina, em Olinda, ainda estão inacabados, bloqueando caminhos por onde passam mais de 300 mil pessoas. A disputa de espaço entre BRTs e carros de passeio é constante.
Para o engenheiro Germano Travassos, trata-se de imbróglios que não podem ser desconsiderados. “O rendimento da frota não pode mais ser medido apenas pela quantidade de ônibus, mas pela velocidade que eles conseguem operar. Assistimos a um entrave quanto à produtividade ao pensar nos congestionamentos e trajetos feitos com velocidade abaixo de 15 km/h”, alerta. A defesa perpassa pela criação de mais corredores exclusivos para ônibus, segregados por canteiros ou ainda marcados por sinalizações horizontais. “Sem fiscalização, essas vias não são respeitadas e assim não temos qualquer avanço”, acrescentou Travassos.
O processo de licitação para as empresas operadoras de ônibus, promovido em 2014 e dividido em sete lotes, ainda cumpre etapas burocráticas, como assinaturas de contratos, não havendo um cronograma definido. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, cerca de 700 novos veículos seriam necessários para uma renovação consistente na frota.
“O problema não está na quantidade de veículos nas ruas, mas na velocidade do sistema. Efetuamos alterações constantes na programação no sentido de atender essas demandas. Mas, em alguns momentos do dia, os ônibus que deixam as garagens ou os terminais não voltam em tempo hábil. Os intervalos maiores para o embarque e o público acentuado são inevitáveis”, minimizou o diretor de operações André Melibeu.
PLANEJAMENTO
Para qualquer projeto de melhoria no sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife, apontam especialistas, é fundamental o conhecimento da atual realidade da demanda viária. Fatores como os novos polos de trafego, vias que tiveram a circulação ampliada e as rotas hoje adotadas por ciclistas integram a lista a ser considerada. Contrariando essas necessidades, estudos desse porte na RMR não registram avanços há quase duas décadas. A última pesquisa de origem/destino na Região Metropolitana do Recife foi executada em 1997, quando foram coletados dados para servir de base para investimentos na área de transportes. A realidade da época era de menos de 500 mil veículos emplacados. Um número três vezes menor que o atual demais de 1,2 milhão. De acordo com último censo, a população, hoje de 3,6 milhões, também teve um salto de cerca de 700 mil pessoas. “O tempo passou, as cidades mudaram e o perfil dos indivíduos também. Essas informações seriam fundamentais para o planejamento das ações atuais e futuras. As novas linhas de ônibus, por exemplo, acabam surgindo a partir de ofícios, interesses políticos ou reivindicações de comunidades, sem um estudo dedicado que aponte as suas reais necessidades”, explicou o consultor em mobilidade Carlos Augusto Elias. De acordo com a Secretaria Estadual das Cidades, o processo licitatório para a contratação da empresa que produzirá a pesquisa deve ter início até o fim deste ano.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, a instalação de terminais muito próximos aos bairros é um fator que não colabora. “Varias linhas diretas foram destituídas e o cidadão se viu obrigado a desembarcar em poucos minutos, perdendo seus assentos e enfrentando filas”, afirmou o presidente Benilson Custódio. Segundo ele, o quantitativo apresentado de três mil ônibus circulando não considera que em torno de 25% ficam fora das ruas por problemas mecânicos.
fonte:Folha Pe\ Cotidiano

sábado, 16 de maio de 2015

BRT - Primeiro dia de mudanças no Norte\ Sul e com muitos problemas, a segunda-feira vai ser decisivo, e GRTC por sua vez , sem saber como agir.

 Muitos passageiros não sabiam onde esperar o BRT e por onde o veículo iria passar / Foto: Sérgio Bernardo/JC ImagemMuitos passageiros não sabiam onde esperar o BRT e por onde o veículo iria passar
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Duas novas linhas de BRT (Bus Rapid Transit) entraram em operação no Corredor Norte/Sul neste sábado (16). Nos Terminais Integrados, muitas queixas dos passageiros. Eles não sabiam onde esperar o veículo e por onde ele iria passar. A reportagem do JC Trânsito estava no local nesta manhã e verificou problemas nos equipamentos e desorganização. Durante o fim de semana, o movimento de usúarios é menor. Somente na segunda-feira (18) será possível perceber o impacto das mudanças nos terminais.

Das novas linhas, uma sai do TI de Igarassu e a outra do TI Pelópidas Silveira. A "1946 – TI Igarassu (PCR)" e a "1976 – TI Pelópidas (PCR)" atendem a Prefeitura do Recife, passando pelo Bairro do Recife. A primeira opera com 14 veículos e 76 viagens. Os 18 ônibus da segunda realizam 178 viagens por dia.
Motorista teve duas semanas de treinamento para operar BRT
Motorista teve duas semanas de treinamento para operar BRTFoto: Mariana Campello/ JCTrânsito
No terminal de Igarassu, uma passageira critica a falta de organização no local."Faltam pessoas para nos dar informações sobre as linhas. Estou há mais de meia hora tentando pegar o BRT e não consigo. Todo mundo está perdido aqui", afirma Neide Almeida, que trabalha como auxiliar-administrativa. Ela e outros passageiros que estavam tentando encontrar o local certo da parada também reclamavam da falta de panfletagem.
Cerca de quatro pessoas com a camisa da divulgação do Grande Recife Consórcio responsáveis por dar informações sobre a frota se recusaram a falar com a imprensa. 
Quando chegou no Terminal de Igarassu, o BRT não conseguiu encaixar direito na plataforma. Ficou uma brecha entre o veículo e meio-fio, dificultando a entrada dos passageiros. Três orientadores tentavam ajudar o motorista a estacionar no lugar certo. Abel Vicente é um dos motoristas que tiveram duas semanas para aprender a conduzir o BRT. Ele dirige há 29 anos e trabalha no Grande Recife Consórcio há 12.
Maria José reclama da lentidão do coletivo
Maria José reclama da lentidão do coletivoFoto: Mariana Campello/ JCTrânsito
A costureira Maria José resolveu pegar o BRT para ir ao Centro do Recife e  acredita que o novo coletivo é mais lento que os ônibus comuns. "Achei confortável e bom, mas ele é muito devagar", disse Maria. O BRT tem capacidade de levar 46 pessoas sentadas e 113 em pé. O diferencial do BRT é exatamente a velocidade. 
No Terminal Pelópidas Silveira havia uma pessoa fazendo panfletagem sobre as mudanças na mobilidade e passando informações para as pessoas que passavam pela área. Dentro do coletivo, inaugurado hoje, já havia comerciantes informais vendendo pastilhas e pipocas para os usuários, atividade que é proibida dentro dos veículos e no terminal. A passageira Elisângela Moura, supervisora de Call Center, reprovou a organização das empresas e do atraso das obras. "Existem várias estações fechadas o que dificulta o percurso. A estação da Avenida Cruz Cabugá não está pronta e terei que descer em outra e precisarei caminhar 20 minutos para chegar ao trabalho. Eles nem divulgam a previsão para tudo estar pronto", disse Elisângela.
O BRT que saiu do TI Pelópidas estava sem sinalização para assentos de grávidas, idosos e obesos. Havia apenas adesivagem para deficientes físicos. 
Na Estação Nossa Senhora do Carmo, que também começou a operar neste sábado, os monitores da estação não funcionam e idosos fazem fila para mostrar a carteirinha e assinar o nome em uma ata antes de entrar na área de espera do BRT. O movimento se intensificou quando um coletivo chegou e várias pessoas tentavam embarcar no momento em que as portas se abriram. Na Estação Tabajara, a porta não abriu e os passageiros não conseguiram desembarcar.
Todas as quinze linhas deveriam ter sido entregues até junho de 2014, antes da Copa do Mundo, porém só duas estavam operando durante o evento, uma no Corredor Norte/Sul e outra no Corredor Leste/Oeste.  Além das linhas inauguradas hoje,  o corredor conta com as Via Livre 1915/ PE-15 (Dantas Barreto) que funciona com 12 BRTs na frota e realiza 142 viagens e a TI Pelópidas (Dantas Barreto), que possui 14 BRTs e faz 106 viagens. Esta última deixará de operar nos finais de semana e circulará de segunda a sexta, das 5h30 às 22h30, também a partir deste sábado. O investimento total da obra foi de R$ 187 milhões.
  • 1
  •  
  • 2
  •  
  • 3
  •  
  • 4
  •  
  • 5
  •  
  • 6
  •  
  • 7

Novas linhas de BRT


Crédito: Sérgio Bernardo/JC Imagem

link origina: http://noticias.ne10.uol.com.br/jc-transito/noticia/2015/05/16/com-problemas-novas-linhas-de-brt-do-corredor-nortesul-comecam-a-operar-546962.php

sexta-feira, 15 de maio de 2015

MAIS DUAS LINHAS DE BRT E QUATRO ESTAÇOES, ENTRAM EM OPERAÇÃO NO CORREDOR NORTE/SUL





O Corredor Norte/Sul dará início, a partir deste sábado (16), a operação de mais duas linhas do BRT Via Livre, uma saindo do Terminal Integrado de Igarassu e a outra do TI Pelópidas Silveira. A novidade é que as novas linhas, a 1946 – TI Igarassu (PCR) e a 1976 – TI Pelópidas (PCR), atenderão a Prefeitura do Recife, passando pelo bairro do Recife Antigo. Elas irão operar com 14 veículos e 76 viagens e 18 ônibus e 178 viagens por dia, respectivamente.

A linha 1946, do TI Igarassu, seguirá pelas rodovias BR-101 e PE-15 e também atenderá o TI Pelópidas e o TI PE-15. Os ônibus da 1976, do TI Pelópidas, seguirão a mesma lógica e entrarão no Terminal Integrado da PE-15. As duas novas linhas irão operar de domingo a domingo. A 1946 – TI Igarassu (PCR) terá operação das 4h10 às 21h30 e a 1976 – TI Pelópidas (PCR), das 4h às 23h40.

Além das novas linhas, o Corredor Norte/Sul já conta com as linhas do Via Livre 1915 – PE-15 (Dantas Barreto), que opera com 12 BRTs e realiza 142 viagens, e a linha 1979 – TI Pelópidas (Dantas Barreto), que possui 14 BRTs e faz 106 viagens. Esta última deixará de operar nos finais de semana e circulará de segunda a sexta, das 5h30 às 22h30, também a partir do dia 16 de maio.

Os usuários do Corredor Norte/Sul também ganharão mais quatro estações em operação, são elas: Nossa Senhora do Carmo, localizada na Av. Dantas Barreto, em frente ao Edf. IEP; Maurício de Nassau, situada na Av. Martins de Barros, no cruzamento com a rua 1º de Março; Istmo do Recife, localizada em frente ao prédio da Polícia Federal da Av. Cais do Apolo, e a estação Forte do Brum, situada na Av. Cais do Apolo, em frente a Prefeitura do Recife.

Com o início da operação desses novos pontos de embarque e desembarque, o Corredor Norte/Sul passa a contar com 20 estações em funcionamento, são elas: José de Alencar, Hospital Central, São Salvador do Mundo, Cidade Tabajará, Jupirá, Aloísio Magalhães, Bultrins, Quartel, Sítio Histórico, Mathias de Albuquerque, Kennedy, Tacaruna, Santa Casa da Misericórdia, Treze de Maio, Riachuelo, Praça da República, Nossa Senhora do Carmo, Maurício de Nassau, Istmo do Recife e Forte do Brum. 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Protesto - Trava todos os dias o Recife

Do JC Trânsito
Trânsito foi bloqueado em todas as faixas inicialmente / Foto: Monitoramento CTTU
Trânsito foi bloqueado em todas as faixas inicialmenteFoto: Monitoramento CTTU
Um protesto bloqueou a Avenida Agamenon Magalhães, um dos principais corredores viários do Recife, na manhã desta quinta-feira (14). Dezenas de manifestantes atearam fogo na via, no sentido Olinda/Zona Sul, por volta das 9h.
O Corpo de Bombeiros chegou ao local para apagar as chamas aproximadamente meia hora depois, liberando incialmente duas faixas da avenida. Com isso, os manifestantes saíram em passeata pelo sentido oposto, entrando no bairro de Santo Amaro, próximo à reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE).

quarta-feira, 13 de maio de 2015

COPA DO MUNDO TCE - alerta para falta de uso do TI Cosme e Damião

Não há ônibus circulando diariamente no TI Cosme e Damião, mesmo após inaugurado. O cenário é desértico e beira o abandono, demonstrado pelo mato e entulhos no local.    / JC Imagem/Guga Matos

Não há ônibus circulando diariamente no TI Cosme e Damião, mesmo após inaugurado. O cenário é desértico e beira o abandono, demonstrado pelo mato e entulhos no local.

JC Imagem/Guga Matos


A Arena Pernambuco não é o único “legado mobiliário” da Copa do Mundo que está funcionando aquém do que foi estimado. Não há sequer uma linha que circule diariamente pelo Terminal Integrado de Passageiros Cosme e Damião, ainda que ele tenha sido inaugurado há quase um ano, inclusive com a visita da presidente Dilma Rousseff (PT). O uso só acontece de forma excepcional, quando há jogos na Arena. Nos demais dias, o cenário é desértico e o estado beira o abandono. A falta de utilidade do equipamento contrasta com o alto investimento na obra, que demandou, até agora, um total de R$ 17,5 milhões em recursos públicos. O evidente prejuízo à sociedade em razão da perda da função social do TI terminou por acender o sinal amarelo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que emitiu um Alerta de Responsabilização à Secretaria das Cidades. 
No documento, enviado pela conselheira Teresa Duere no dia 27 de abril, o ente público é alertado dos riscos “advindos da omissão em diligenciar as providências que se façam necessárias para prover o equipamento de uma função social que justifique os recursos públicos investidos”. A conselheira ainda faz uma ressalva de que, caso o governo estadual não reaja à situação, cabe a devolução integral desses recursos no âmbito da Auditoria Especial de número 1303980-5, instalada pelo TCE para apurar o caso. O alerta estabeleceu um prazo de 90 dias para que seja apresentado à Corte de Contas um plano de uso e ocupação do TI. 

A situação tem deixado inconformados os moradores do Loteamento Santo Cosme e Damião e outras comunidades vizinhas, como a UR-07 e loteamentos São Paulo, Santo Antônio e Viana. “Exceto quando tem jogos, não tem utilidade nenhuma. E as pessoas daqui já tem dificuldade de acessar o transporte público, com poucas opções. A falta de propósito desse TI é tanta que a população às vezes usa o estacionamento para caminhadas ou até atividades recreativas da comunidade”, denunciou o comerciário Romildo Junior, 36 anos. Ontem, no sol a pino das 13h, o estudante Lucas Henrique, 13 anos, aguardava o ônibus na parada instalada do lado de fora do TI. “É, poderia estar lá dentro. Seria mais confortável”, confessou. Já a dona de casa Glace Kelly, de 25 anos, reclamou que o equipamento sem uso ou manutenção tem causado transtornos. “Quando chove, alaga tudo. E quando funciona em dia de jogo, é uma confusão”, comentou. 
Quando inaugurado, dia 14 de junho de 2014, o governo estadual divulgou que o TI Cosme e Damião iria atender até 20 mil passageiros por mês. Duas linhas circulariam ali dentro, a TI Cosme e Damião – Circular, com 60 viagens diariamente, e a TI Cosme e Damião/TI Caxangá – IV Perimetral, com 116 viagens. Nada virou realidade, no pós-Copa. O Alerta do TCE ainda chama atenção para as mudanças empreendidas no projeto original licitado do Ramal da Copa (complexo viário de acesso à Cidade da Copa), o que, segundo o órgão, influenciou na atual situação do TI. Antes, estava prevista a circulação de linhas do tipo BRT. “As mudanças acarretaram na sua ociosidade em grande parte do tempo, ficando o mesmo com sua função social comprometida”, denunciou o TCE. Procurada, a Secretaria das Cidades se limitou a confirmar que recebeu o documento do TCE. “A secretaria está analisando o documento e dentro do prazo determinado se manifestará a respeito”, concluiu.
link original:http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2015/05/13/tce-alerta-para-falta-de-uso-do-ti-cosme-e-damiao-180915.php

terça-feira, 12 de maio de 2015

Mobilidade » Ministério das Cidades cancela BRT em Caruaru e corredores exclusivos em Olinda e Paulista Medida foi tomada pelo não cumprimento de prazos



O Ministério das Cidades decidiu cancelar a implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O projeto existe há três anos, quando o órgão constatou que havia viabilidade na área, no entanto, orçado em R$ 250 milhões, nunca saiu do papel. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira. Além disso, também anulou a execução das obras de corredor exclusivo de ônibus de complementação da III Perimetral, trecho Olinda e Recife e trecho Paulista.

Segundo a publicação, a implantação deveria obedecer aos atos normativos que regem o Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte) e o calendário com os prazos estabelecidos para contratação da operação de crédito no Programa. "Considerando a ocorrência de desistências formalizadas da contratação da operação de crédito e o não cumprimento dos prazos estabelecidos, resolve: Art. 1º Tornar insubsistente a seleção das propostas listadas no Anexo I desta portaria em função da não continuidade da contratação no Programa Pró-Transporte, para fins de realocação dos recursos do programa", consta no documento.

O sistema deveria ligar Caruaru de Leste a Oeste - do Alto do Moura ao Bairro das Rendeiras, com estações próprias e aproveitando o trajeto da linha férrea. Através de nota oficial, a Prefeitura de Caruaru explicou que os atrasos ocorridos, quando dos prazos estabelecidos no início, não foram cumpridos por causa da demora na aprovação do projeto, além de outros aspectos formais, que não foram detalhados.




Mobilidade - Nem choro, nem vela com paralisação de obras do corredor Leste/Oeste do Recife

Estação de BRT do corredor Leste/Oeste com obras paradas na Benfica Foto: Gustavo Glória Especial DP/D.A.Press
Estação de BRT do corredor Leste/Oeste com obras paradas na Benfica Foto: Gustavo Glória Especial DP/D.A.Press
O que parecia uma chance de finalmente termos corredores de transporte de massa com qualidade na Região Metropolitana do Recife, vem se transformando em pesadelo. Nem no prazo, nem com qualidade como chegou a afirmar o então governador Eduardo Campos, em sua última entrevista de fim de ano, antes de entregar o governo para se candidatar à presidência. Ele não poderia imaginar o que o destino lhe tinha reservado. Mas do ponto de vista das obras, os constantes atrasos já davam sinais de que as obras de mobilidade iriam emperrar no meio do caminho.
E elas emperraram não apenas na falta de recursos, mas também na mudança do que era esperado dos projetos. O pavimento por onde deveria circular o BRT, por exemplo, deveria ter sido todo refeito e com dimensões diferenciadas do asfalto comum, em razão do peso do veículo articulado. Mas olhando para o resultado do que já foi feito, esse detalhe não passa de uma uma lenda. Assim como a requalificação da PE-15.
Também vem se tornando lenda a construção das estações de BRT de Camaragibe, da Avenida Conde da Boa Vista (mesmo que as improvisadas sejam concluídas como definitivas), da ampliação do Terminal de Camaragibe e as obras dos dois terminais da 2ª e 3ª perimetrais. Tudo parece um grande faz de conta. Talvez hoje, seja mais fácil dizer que as empresas do consórcio perderam a condição de tocar a obra em razão das irregularidades na Petrobras. Mas o prazo que essas obras deveriam ter sido entregues era muito anterior ao caso Petrolão.
Ainda quando o então secretário das Cidades, Danilo Cabral, respondia pela pasta, garantiu inúmeras vezes a entrega dos corredores até dezembro de 2013. Somente no fim de 2013, ele admitiu que o prazo se estenderia para março de 2014 em razão do Túnel da Abolição. O túnel foi entregue somente no mês passado, mais de um ano depois, e como já dissemos, encolhido meio metro.E o Leste/Oeste ainda se arrasta.
Sempre estivemos longe de alcançar a eficiência na qualidade das obras e agora estamos sem perspectiva de prazo. Nem uma coisa, nem outra. O ex-governador Eduardo Campos também não imaginou que a principal obra de mobilidade do seu governo – os dois corredores de BRT -  tivesse um caminho tão diferente do que ele sonhou que teria. Ou do que nós sonhamos.
Abaixo a matéria com o secretário executivo de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Marcelo Bruto ao comunicar a suspensão das obras do Leste/Oeste. Leia abaixo a matéria publicada na edição do Diario de Pernambuco:
=======
O secretário-executivo de Mobilidade da Secretaria das Cidades de Pernambuco, Marcelo Bruto, confirmou que o estado não renovará o contrato com o Consórcio Mendes Júnior – Servix Engenharia S/A, responsável pelas obras do Corredor Leste/Oeste. No fim da noite, o secretário das Cidades, André de Paula, disse que foram feitos todos os esforços para a conclusão pelo consórcio, mas ficou evidente que isso não é possível. Com isso, as obras deverão sofrer novo atraso, já que um processo licitatório será aberto para escolher a nova empresa.
Para justificar a decisão, o secretário citou a desistência pela Mendes Júnior do contrato de manutenção e recuperação da BR-101 e destacou a dificuldade da entrega do Túnel da Abolição, que integra o Corredor Leste-Oeste. No caso da BR-101, disse, a conclusão do contrato foi oferecida à segunda colocada, a Ferreira Guedes, que declinou do convite nas condições propostas pela Mendes Júnior. André de Paula salienta que foram estudadas alternativas, mas concluiu de forma taxativa, que “esgotaram-se as possibilidades”.
Terminal da 3ª Perimetral em obras Foto: Gustavo Glória Especial DP/D.A.Press
Terminal da 3ª Perimetral em obras Foto: Gustavo Glória Especial DP/D.A.Press
Uma das promessas para a Copa do Mundo, o Corredor Leste/Oeste está com obras paradas há mais de cinco meses. Os BRTs (do inglês (“Bus Rapid Transport”) que já estão em operação transportam 38,5 mil passageiros/dia. Paralelamente, 30 linhas convencionais que perderam os corredores exclusivos disputam espaço com carros, caminhões, motocicletas, carroças e bicicletas, conduzindo 150 mil passageiros diariamente. Das 26 estações previstas para o corredor, quatro ainda não construídas são justamente as do extremo Oeste, em Camaragibe. Outras seis ainda não concluídas se localizam na Avenida Conde da Boa Vista.
Segundo dados da Secretaria das Cidades (Secid), dos R$ 168,7 milhões orçados para o Leste/Oeste foram investidos R$ 136 milhões que equivalem aos aproximadamente 80% das obras concluídas

ACIDENTE Sindicato dos Rodoviários critica falta de concorrência entre empresas nos terminais de integração

No TI do Barro, só a Metropolitana opera a linha Barro-Macaxeira


TI Barro, segunda-feira (11) pela manhã, no ponto de embarque da linha Barro-Macaxeira / Foto: Guga Matos/JC Imagem

TI Barro, segunda-feira (11) pela manhã, no ponto de embarque da linha Barro-Macaxeira

Foto: Guga Matos/JC Imagem


O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, defendeu nesta terça-feira (12) o fim do monopólio de empresas de ônibus nos Terminais de Integração (TI). “No terminal do Barro, só a Metropolitana faz a linha Barro-Macaxeira. Por isso os coletivos estão sempre superlotados. Se houvesse concorrência, a população teria um serviço melhor”, afirma o sindicalista depois de acompanhar a entrevista concedida pelo motorista da linha Barro-Macaxeira onde viajava a estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Camila Mirelle Pires da Silva, 18 anos, que morreu depois de cair do veículo.
“Num acidente como esse, o operador não pode ser responsabilizado. Como o motorista pode trabalhar com um carro nessas condições, superlotado?”, questiona Benilson Custódio. O sindicato propõe a divisão das linhas entre duas ou mais empresários. “Com o monopólio, a empresa oferece o serviço e, sendo bom ou não, a população tem de se submeter a ele. Tendo concorrência, elas vão se esforçar para atender bem e não perder passageiro”, avalia. Ele disse que o sindicato colocou um advogado à disposição do motorista, para acompanhá-lo no processo que investiga a morte da estudante.
De acordo com Benílson Custódio, o sindicato tinha pedido às empresas que operam com ônibus articulados um acréscimo de 20% no salários dos motoristas. “A responsabilidade dos profissionais que levam os articulados é muito grande, pelo tamanho do carro e pela quantidade de gente transportada. Mas a opção das empresas, para não dar o acréscimo, foi trocar o ônibus maior pelo menor. Como a demanda de passageiros é grande e a quantidade de ônibus é pouca, os veículos ficam cheios rapidamente”, comenta.
Nesta terça-feira (12), a partir das 16h30, o sindicato estará na BR-101, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, para fiscalizar o embarque e desembarque de passageiros no trecho da rodovia onde a estudante caiu do veículo. “Muita gente sobe pelas portas do meio e de trás (portas de desembarque), sem pagar passagem, por causa da superlotação. Vamos cobrar melhorias ao Grande Recife Consórcio de Transporte”, avisa.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Insatisfação - Governo Paulo Câmara mostra sinais de despreparo e de esta a deriva, transportes e saude a deriva.(titulo: Jailson Silva)

foto : Cleyton Leal


Filas grandes, passageiros obrigados a embarcar com ônibus em movimento, empurra-empurra. Essa é a triste realidade de quem precisa dos terminais de integração no Grande Recife. No caso do TI Barro, de onde saem o Barro/Macaxeira e outras nove linhas, é ainda pior, pois a situação se repete de domingo a domingo. A repórter do Jornal do Commercio Cleide Alves esteve lá ontem e hoje. Foram só reclamações. "É sempre muito cheio. As pessoas não respeitam a fila. Todo mundo invade a parada e, quando o ônibus chega, as pessoas empurram. Ninguém espera a gente descer para começar a subir", afirmou Rosilândia Isidoro Paes, moradora da comunidade UR-02, no Ibura. Você costuma usar os terminais e também passa por isso? Na sua opinião, quais são os principais problemas do sistema de integração?
Fotos: Tato Rocha/JC Imagem

domingo, 10 de maio de 2015

Protestos - Estudantes protestam após morte de Camila Mirele,nesta segunda as 16 horas e vão fechar a BR101 nos 2 sentidos.

UFPE »A manifestação foi organizada por alunos da Universidade Federal e terá início às 16h. Testemunhas dizem que a jovem não foi atropelada por nenhum outro veículo



Camila Mirele, 18, morreu após cair de um ônibus na última sexta. Foto: Camila Mirele/Facebook/Reprodução
Camila Mirele, 18, morreu após cair de um ônibus na última sexta. Foto: Camila Mirele/Facebook/Reprodução

Após a estudante Camila Mirele Pires da Silva, de 18 anos, morrer ao cair de um ônibus na BR-101, na Cidade Universitária, na noite da última sexta-feira, alunos da Universidade Federal de Pernambuco marcaram um protesto contra o descaso com o transporte público. A manifestação está marcada para as 16h desta segunda. A concentração será no hall do Centro de Ciências Biológicas (CCB), onde a jovem cursava o terceiro período de biomedicina. O grupo pretende fechar a rodovia federal nos dois sentidos.

O acidente com Camila Mirele aconteceu por volta das 18h35, uma parada após o embarque da jovem no ônibus Barro/Macaxeira, da Empresa Metropolitana. Apesar da hipótese inicial apontar para um atropelamento após a queda, testemunhas dizem que nenhum outro veículo passou na hora do acidente.

"A gente estava esperando o ônibus e ele veio muito lotado, como sempre vem nesse horário. Eu subi com meus amigos e ela veio por último. Entramos pela porta do meio porque estava realmente bem cheio, não era dos (veículos) articulados", contou a também estudante de biomedicina Bárbara Lima, 21. De acordo com Barbara, a bolsa de Camila teria ficado presa na porta e por isso a estudante acabou seguindo viagem encostada na porta. "O motorista não quis parar na parada seguinte, que é a da Casa do Estudante, porque estava muito cheio. Ele foi um pouquinho mais adiante e abriu a porta ainda com o ônibus em movimento. Foi nessa hora que ouvimos um barulho. Ela já tinha caído", detalhou.

Para os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelos ferimentos causados, Camila poderia ter sido atropelado por outro ônibus após a queda. A informação, no entanto, é negada por Bárbara. "O coletivo estava muito próximo do meio-fio. Ela caiu na calçada, somente metade da perna ficou na rua. É mais provável que ela tenha batido no próprio ônibus que a gente estava", lembrou. A estudante ainda chegou a ser encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu. Ela foi enterrada no sábado, no Cemitério de Jaboatão dos Guararapes.

Através de nota oficial, a UFPE demonstrou pesar pela morte da estudante e cobrou uma apuração rigorosa do caso por parte das autoridades responsáveis. Nas redes sociais, muitos amigos da vítima postaram a imagem preta #somostodxscamilamirele como forma de luto.

Questionada pela equipe de reportagem, a empresa de ônibus Metropolita informou que só irá se pronunciar oficialmente após a conclusão da perícia.
link original:http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/05/10/interna_vidaurbana,575820/estudantes-protestam-apos-morte-de-camila-mirele.shtml

Morte e descaso - Estudante cai de onibus lotado, e morre atropelada.

A universitária Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos, morreu após cair do ônibus em que voltava para casa e ser atropelada por outro veículo, no Recife. O acidente aconteceu na noite de sexta-feira (08), quando o ônibus da linha Barro-Macaxeira passava pela BR-101, em frente à Casa do Estudante, perto do campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A linha é operada pela empresa Metropolitana.

Aluna do segundo ano do curso de biomedicina na UFPE, Camila estava voltando para casa, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e o ônibus estava lotado. O veículo estava em movimento quando a porta se abriu e a jovem caiu, sendo atropelada por outro ônibus.

Ela foi socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. O pai de Camila cuidou da liberação do corpo da filha no Instituto Médico Legal, nesta manhã, e não quis conversar com a imprensa. Vizinhos que estavam com ele disseram que a família está revoltada, muito abalada e quer explicações sobre como a porta se abriu. O velório e enterro aconteceram na tarde deste sábado, no cemitério do Barro, em Jaboatão.

Em nota, a Universidade lamentou a morte da estudante. "A UFPE colocou assistentes sociais e psicólogos para prestar apoio à família da estudante. A Universidade cobra das autoridades responsáveis pelo transporte público na Região Metropolitana do Recife uma rigorosa apuração dos fatos que levaram à morte da aluna".

O caso foi registrado pela Central de Flagrantes, onde um parente da vítima esteve para relatar o que aconteceu. A Polícia Civil vai decidir se a investigação ficará a cargo da Delegacia de Trânsito ou do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa.

O Grande Recife Consórcio de Transporte, responsável pela fiscalização dos ônibus que circulam na Região Metropolitana, informou que está à disposição das autoridades para fornecer as informações necessárias que ajudem nas investigações sobre o acidente.

Leia o depoimento da estudante Lays Camila, que estava no ônibus na hora do ocorrido:

"Nós estávamos na parada em frente ao Centro de Ciências Sociais (CCS) e quando o ônibus parou entramos pela porta do meio porque estava muito lotado. Meu amigo até ajudou ela pois a bolsa de Camila tinha ficado presa na porta. Não sei quantas paradas depois, mas o motorista passou da parada e abriu a porta. Ela não estava segurando em nada, apenas encostada na porta e quando a porta abriu ela caiu. Foi muito rápido. Todo mundo começou a gritar para o motorista parar e quando ele parou nós fomos vê-la. Só vi que a calça dela estava rasgada e a perna muito machucada. Não imaginei que tinha sido tão grave a ponto de chegar à morte. Ela ainda estava consciente e até conseguindo mexer a perna." 

Informações: G1 PE
link original:http://meutransporte.blogspot.com.br/2015/05/no-recife-aluna-cai-de-onibus-lotado-e.html

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Circulação de ônibus pode ser suspensa duas horas antes e duas depois em dias de jogos Afirmação é do sindicato dos rodoviários. Medida começa a valer neste sábado


Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem

Da Rádio Jornal
postado por Alana Lima

Alegando falta de segurança nos ônibus, o Sindicato dos Rodoviários anunciou, no fim da tarde desta sexta-feira (8), que a circulação dos coletivos pode ser suspensa duas horas antes até duas horas depois das partidas do Campeonato Brasileiro que vão ser realizadas no Grande Recife. A suspensão vai acontecer se não houver policiamento na área dos jogos e nos veículos que dão acesso aos corredores dos estádios. A medida começa a valer neste sábado (9) quando Náutico e Luverdense se enfrentam na Arena Pernambuco às 16h30.
Genildo Pereira, assessor de comunicação do sindicato, afirma que uma reunião foi convocada para discutir com a Polícia Civil, Militar, Ministério Público, Federação Pernambucana de Futebol, Grande Recife Consórcio e a Urbana-PE a questão da segurança nos coletivos em dia de jogos. De acordo com ele, a questão foi negligenciada pelas autoridades e apenas representantes da Urbana e das polícias compareceram ao encontro.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Mobilidade - Por falta de planejamento e empenho Perimetrais 2 e 3 não sairá do papel.( titulo: Jailson Silva)

As obras da 2ª e 3ª perimetrais serão executadas pela Prefeitura do Recife. No caso da 2ª perimetral, o projeto contempla a requalificação viária  para implantação de um corredor exclusivo de ônibus para todo o trajeto. Com a redução de uma das faixas no Túnel da Abolição, o corredor não será mais todo exclusivo. A perimetral terá 9,4 quilômetros de extensão e irá atravessar 12 bairros do Recife de Norte a Sul.

No sentido Norte/Sul ela começa em Olinda, depois passa pelas avenidas Cidade Monteiro,  Beberibe, Estrada Velha de Água Fria, Rua Cônego Barata, Rua Pe. Roma, Rua Sebastião Malta Arcoverde, Rua João Tude de Melo, Ponte Viaduto da Torre – Parnamirim, Rua José Bonifácio, Rua Professor Trajano de Mendonça, Rua Real da Torre (onde está o túnel), Rua João Ivo da Silva, Rua Cosme Viana, Rua Santos Araújo, Rua Quitério Inácio de Melo, Rua Augusto Calheiros e Ponte Gilberto Freyre.

A ideia é que a 2ª perimetral faça ligação no futuro com a Via Metropolitana Norte, que nascerá em Paulista, passará por Olinda e irá se encontrar a perimetral por meio de um viaduto desenhado sobre o Terminal da PE-15. A obra da Via Metropolitana Norte já foi iniciada, mas ainda não há previsão de quando a 2ª Perimetral sairá do papel. Ela está entre as obras contempladas com os recursos do PAC de Mobilidade. No final do ano passado, a Caixa Econômica Federal liberou recursos para elaboração dos projetos executivos da 2ª e 3ª perimetrais, além da Radial Sul.

Informações: Diário de Pernambucp | Blog Mobilidade Urbana