No TI do Barro, só a Metropolitana opera a linha Barro-Macaxeira
TI Barro, segunda-feira (11) pela manhã, no ponto de embarque da linha Barro-Macaxeira
Foto: Guga Matos/JC Imagem
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, defendeu nesta terça-feira (12) o fim do monopólio de empresas de ônibus nos Terminais de Integração (TI). “No terminal do Barro, só a Metropolitana faz a linha Barro-Macaxeira. Por isso os coletivos estão sempre superlotados. Se houvesse concorrência, a população teria um serviço melhor”, afirma o sindicalista depois de acompanhar a entrevista concedida pelo motorista da linha Barro-Macaxeira onde viajava a estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Camila Mirelle Pires da Silva, 18 anos, que morreu depois de cair do veículo.
“Num acidente como esse, o operador não pode ser responsabilizado. Como o motorista pode trabalhar com um carro nessas condições, superlotado?”, questiona Benilson Custódio. O sindicato propõe a divisão das linhas entre duas ou mais empresários. “Com o monopólio, a empresa oferece o serviço e, sendo bom ou não, a população tem de se submeter a ele. Tendo concorrência, elas vão se esforçar para atender bem e não perder passageiro”, avalia. Ele disse que o sindicato colocou um advogado à disposição do motorista, para acompanhá-lo no processo que investiga a morte da estudante.
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De acordo com Benílson Custódio, o sindicato tinha pedido às empresas que operam com ônibus articulados um acréscimo de 20% no salários dos motoristas. “A responsabilidade dos profissionais que levam os articulados é muito grande, pelo tamanho do carro e pela quantidade de gente transportada. Mas a opção das empresas, para não dar o acréscimo, foi trocar o ônibus maior pelo menor. Como a demanda de passageiros é grande e a quantidade de ônibus é pouca, os veículos ficam cheios rapidamente”, comenta.
Nesta terça-feira (12), a partir das 16h30, o sindicato estará na BR-101, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, para fiscalizar o embarque e desembarque de passageiros no trecho da rodovia onde a estudante caiu do veículo. “Muita gente sobe pelas portas do meio e de trás (portas de desembarque), sem pagar passagem, por causa da superlotação. Vamos cobrar melhorias ao Grande Recife Consórcio de Transporte”, avisa.
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