Passageiros reclamam de mudança nas linhas de ônibus que circulam pela Avenida Caxangá
Usuários do sistema reclamam de ônibus lotados, demora para chegar ao destino e problemas na compra do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM).
Há um pouco mais de um mês, oito linhas de ônibus deixaram de ir do subúrbio ao Centro da capital para deixar passageiros na Avenida Caxangá, ao fazer parte da integração temporal da via com o corredor Leste-Oeste do BRT. Para o Grande Recife Consórcio de Transporte, a mudança representa mais comodidade para o passageiro e um ganho no tempo da viagem. Porém, os usuários do sistema reclamam de ônibus lotados, demora para chegar ao destino e problemas na compra do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). (Veja vídeo acima)
Agora, para utilizar o sistema é necessário pagar só a primeira passagem, desde que o embarque no segundo ônibus seja feito em até duas horas depois. Esse pagamento pode ser realizado apenas com o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM).
A empregada doméstica Gilda Gonçalves acredita que era feliz no transporte público do Recife e não sabia. Há 30 dias, o percurso de casa para o trabalho se tornou bem mais cansativo. "Antes eu gastava quarenta minutos para chegar no trabalho. Agora, eu saio de casa às 5h30 para chegar no trabalho às 7h30. E olha que eu vim imprensada na porta do ônibus", conta.
A reclamação mais frequente é exatamente esta: ônibus comuns e BRTs lotados. A dona de casa Irene Galdino não aguentou mais e resolveu trocar o meio de transporte pela disposição. Ela acha mais rápido fazer um trecho do caminho a pé de casa até a Estação Caiara, na Caxangá.
“Venho andando porque, se for esperar o [ônibus] Engenho do Meio, é mais atraso ainda. Gasto 10 minutos caminhando. Se fosse mudando de ônibus, dava quarenta minutos a mais. Preferia antes que era uma viagem só”, diz.
Com a novidade, são oito linhas que sofreram alteração. São elas: Engenho do Meio, Brasilit, Avenida do Forte, Sítio das Palmeiras, Torrões, Roda de Fogo, Monsenhor Fabrício e Barbalho/Detran. Ao todo, a novidade afeta 27 mil passageiros, segundo o Grande Recife Consórcio.
A auxiliar de serviços gerais Conceição Nilo saiu de Chã Grande, na Zona da Mata Sul, para uma consulta no Recife. Para usar o BRT, ela teria que comprar o VEM. Entretanto, quem precisou comprar o cartão nesta segunda-feira (13) encontrou dificuldade em duas das três estações percorridas pela reportagem, pois as máquinas estavam quebradas.
“A gente está na parada há meia hora, uma hora, mas não conseguimos pegar o ônibus se não tiver o cartão. Isso mesmo com dinheiro. Parece que nosso dinheiro não vale mais. A consulta está marcada há quatro meses e é bem provável que eu não consiga ser atendida”, afirma.
Respostas
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) concordou que algumas máquinas de venda do VEM apresentaram falhas no fim de semana. Segundo a Urbana-PE, elas foram consertadas e já estão funcionando. O cartão pode ser carregado nos Terminais de Integração, no posto de atendimento na Rua da Soledade, na área central do Recife, e pela internet.
Já o Grande Recife Consórcio de Transporte informou que continua acompanhando a mudança e fazendo alterações sempre que necessário. Disse também que o total de BRTs previsto para a integração Avenida Caxangá era de 59 veículos. Depois dos ajustes, há um mês, passou para 66 ônibus. Contudo, não divulgou o que será feito a partir das reclamações.
“O usuário que tem como destino a Avenida Conde da Boa Vista, e que utiliza a linha de BRT 2441 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, contou com ganho de acréscimos de veículos. Antes essa linha operava com 6 e agora conta com 12 ônibus. O desembarque dessa linha, na Avenida Conde da Boa Vista, que é feito em duas estações provisórias de BRT também teve seu horário ampliado, passando de 5h às 9h para 5h às 12h.
Já o passageiro que tem como destino a Avenida Conde da Boa Vista e deseja utilizar linhas convencionais ganhou acréscimos de veículos em duas delas. A 2439 – Av. Caxangá (BR – 101)/Conde da Boa Vista, que antes operava com quatro veículos, foi ampliada para oito carros. E a 2446 – UR-07, que operava com oito ônibus, teve um acréscimo de um veículo, passando a operar com nove”.
O povo pede respostas que solucionem este problema, e o GRCT nada faz pra resolver.
fonte: G1 Pe
Edição Jailson silva