Corredor de BRT na Avenida Agamenon Magalhães ainda sem data para começar a ser construído
Publicado em 15/04/2014, Às 8:00
As obras do ramal Agamenon do Corredor de BRT (Bus Rapid Transit) Norte-Sul, que será implantado na Avenida Agamenon Magalhães com o propósito de transportar 73 mil passageiros diariamente, permanecem sem previsão de início. Depois de polêmicas geradas pela intenção de construir viadutos transversais à avenida e de supressão vegetal para dar lugar às estações de embarque e desembarque, apenas três canteiros permanecem na via há mais de seis meses, vazios e sem movimento. O governo de Pernambuco alega estar esperando a aprovação do projeto pelo governo federal para que os R$ 96 milhões previstos para a obra sejam liberados. Mas sem qualquer previsão de data.
O ramal Agamenon completa a primeira etapa do Corredor Norte-Sul, que está quase concluído e ligará o município de Igarassu, no extremo Norte do Grande Recife, ao Centro da capital. Terá 4,7 quilômetros, começando no Shopping Tacaruna e seguindo até o Terminal Integrado Joana Bezerra, com nove estações e uma passarela de pedestres no bairro de Santo Amaro, nas imediações das comunidades do Chié, Ilha do Joaneiro e Santa Luzia. O alargamento do Viaduto João de Barros (nos dois sentidos) também está previsto.
O atraso no início dos trabalhos, segundo a Secretaria das Cidades, deve-se à mudança de estratégia para captação de recursos. “Quando lançamos a obra, ainda no ano passado, pretendíamos usar dinheiro do governo do Estado. Mas no fim do ano surgiu a oportunidade de financiá-la pelo PAC Grandes Cidades. Diante da possibilidade, submetemos os projetos à análise da Caixa Econômica Federal (CEF). Agora, precisamos esperar essa avaliação ser concluída e o projeto enviado ao Ministério das Cidades para que os recursos sejam liberados. Só não podemos precisar datas”, explicou o secretário executivo de mobilidade de Pernambuco, Gustavo Gurgel.
A supressão vegetal de dezenas de árvores na Avenida Agamenon Magalhães, que fez o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendar a suspensão das obras, está resolvida por enquanto. Segundo a Secretaria das Cidades, a licença ambiental foi dada pela Agência Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH) – responsável pela liberação já que a obra é metropolitana – e a retirada e transferência de árvores localizadas às margens do canal foram autorizadas pela Prefeitura do Recife.
A Secretaria de Meio Ambiente do Recife explicou que autorizou apenas a supressão que foi solicitada e que limita-se a três pontos específicos da obra. “Não tratamos das nove estações. Autorizamos apenas a supressão de sete árvores e a remoção de outras 25 para instalação da Estação Tacaruna e da passarela de pedestres, o corte de uma castanhola localizada num dos canteiros da obra, a supressão de 23 árvores e a remoção de outras 53 para o alargamento do Viaduto João de Barros”, explicou o gerente de controle ambiental do Recife, Ismael Cassimiro.
Segundo o gerente, após reuniões e ajustes no projeto foi possível reduzir a supressão vegetal. “A quantidade era muito maior. Para cada árvore que será suprimida, o Estado plantará o dobro no bairro de Santo Amaro”, garantiu. O promotor Ricardo Coelho, da Promotoria de Meio Ambiente, confirmou que a obra está com licença ambiental e autorização para supressão vegetal, mas garantiu que os trabalhos serão fiscalizados de perto pela promotoria.
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