Rodoviários afirmam que apenas 30% da frota está circulando na Região Metropolitana
Greve dos rodoviários continua nesta terça-feira (2). A decisão foi tomada depois de uma reunião que durou cerca de sete horas no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), no Recife, em que trabalhadores e classe patronal não chegaram a acordo. Saiba mais: http://migre.me/fgXCg
Foto: Priscila Buhr/JC ImagemAudiência de conciliação no TRT deve decidir os novos rumos do movimento
01/07/2013 17:06 - Marcílio Albuquerque, com informações de Eduarda Feitosa e Ivson Menezes
Eduarda Feitosa/Cortesia
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Patrício Magalhães, foi recebido ao som de fortes vaias pelos representantes da categoria, que exigem seu imediato afastamento da entidade. O grupo segue com as acusações de que o atual gestor exerceria algum tipo de acordo com a classe patronal, fazendo com que as reivindicações não fossem atendidas. Os brados de “Fora Patrício” que soaram à exaustão, sinalizam o extremo enfraquecimento da liderança sindical.
À frente do movimento intitulado de Oposição Rodoviária de Verdade, o motorista Aldo Lima, afirmou que 30% da frota dos coletivos já voltaram a circular e que o restante dos carros deve retornar às garagens. “Nossa reivindicação é pacífica e visa à garantia de melhorias para a nossa categoria. A porcentagem de carros nas ruas (80%) que nos foi exigida, não conseguiria demonstrar a nossa extrema insatisfação”, afirmou. Os rodoviários pedem 33% de aumento salarial. A oferta das empresas, no entanto, é de apenas 3%.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE) solicitou que o TRT declare abusiva a greve. A entidade patronal pede ainda que, caso o Tribunal decida pela abusividade do movimento grevista, as empresas não paguem os dias parados e que seja estabelecida multa diária de R$ 100 mil se os empregados não retornarem imediatamente ao trabalho, bem como o cancelamento das cláusulas ainda pendentes de conciliação.
O desembargador Pedro Paulo Pereira conversará com os representantes dos sindicatos trabalhista e patronal. "A melhor solução para um conflito é sempre o acordo", afirmou o jurista. A reunião não tem hora para acabar.
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