Após assembleia na Estação Central do Recife, os funcionários do metrô decidiram manter a greve em 100% do sistema. Na ocasião, a direção do Sindicato dos Metroviários apresentou a proposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de que 30% da operação fosse retomada, o que não foi aceito pela categoria. Com menos opções de deslocamento, cerca de 400 mil passageiros terão que enfrentar ônibus e terminais integrados ainda mais lotados nesta quinta-feira (9), terceiro dia da paralisação.
A greve poderia ter chegado ao fim à tarde, durante uma reunião entre as partes na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE). Como não houve consenso, foi discutido o cumprimento da ordem judicial que previa a operação dos trens nos horários de pico, ou seja, das 5h às 9h e das 17h às 21h, de segunda a sexta, e das 5h às 13h, aos sábados. Na ocasião, a entidade que representa os trabalhadores sugeriu redução nessa carga horária, se comprometendo a levar para avaliação da classe. Se fosse aceita, a proposta também incluiria o perdão da dívida de R$ 800 mil pelos dois dias de paralisação e a redução da multa, em caso de novos descumprimentos, para R$ 50 mil diários.
Em greve desde a última terça-feira (7), os metroviários pedem mais segurança. Eles alegam que as estações e os trens do sistema são alvos, constantemente, de assaltos, invasões e atos de vandalismo. Entre as reivindicações, estão um convênio com a Polícia Militar, a contratação de mais vigilantes patrimoniais armados e mais segurança nos dias de partidas de futebol nos estádios da Região Metropolitana do Recife.
Nesta quinta-feira, às 14h, o sindicato terá uma reunião com a CBTU no Rio de Janeiro para tratar dos pontos pedidos pela categoria, que não incluiu cláusulas econômicas, como aumento de salário, na pauta de reivindicações. Além disso, uma audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT-PE) ficou acertada para o próximo dia 16.
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