Existe uma luz no fim do túnel. Aliás, no fim do corredor. A boa notícia é que ainda há esperança para o Corredor de BRT (Bus Rapid Transit) Leste-Oeste, cujas obras estão paralisadas desde novembro de 2014. A tentativa do governo de Pernambuco de diagnosticar o custo de retomada da construção parece que vai dar certo. Duas empresas apresentaram propostas no pregão eletrônico, realizado na tarde desta quinta-feira (6/8). Pregão é um modelo de licitação caracterizado por inverter as fases do processo licitatório comum regido pela lei 8.666/93. Pode ser presencial ou eletrônico. Nele, ocorre primeiro a abertura das propostas e depois o julgamento da habilitação, valendo o menor valor.
Ainda não é nenhuma garantia, até porque as empresas podem não conseguir se habilitar, segundo a Secretaria das Cidades (Secid). Mas ao menos a disputa não deu deserta, como aconteceu da primeira vez. A empresa que for escolhida irá apontar as necessidades e os novos custos para finalizar o Leste-Oeste, que está com 80% dos trabalhos feitos, mas se degradando a olhos vistos. No Terminal da IV Perimetral, às margens da BR-101, a vegetação tomou conta do espaço ao ponto de um pé de melancia estar crescendo no local. O TI da III Perimetral (ao lado do Hospital Getúlio Vargas). A partir daí será definida a retomada do corredor e os prazos de conclusão. O governo garante que há dinheiro em caixa.
O Corredor Leste-Oeste deveria estar pronto ainda em dezembro de 2013 e sofreu vários adiamentos. Teve as obras paralisadas depois que a empresa responsável, a Construtora Mendes Júnior foi envolvida na Operação Lava-Jato, abandonando o contrato. O ritmo das obras caiu antes do escândalo por falta de repasse de recursos pelo governo federal, mas os trabalhos só foram paralisados mesmo depois da Lava-Jato.
O Leste-Oeste tem quase 20 km, ligando Camaragibe ao Centro do Recife. Custou quase R$ 200 milhões e deveria operar com 22 estações, mas atualmente tem apenas 15 em operação. Deveria transportar 130 mil passageiros por dia, mas hoje leva apenas 41 mil. Entrou em operação às pressas, em cima da Copa do Mundo de 2014.
O Leste-Oeste tem quase 20 km, ligando Camaragibe ao Centro do Recife. Custou quase R$ 200 milhões e deveria operar com 22 estações, mas atualmente tem apenas 15 em operação. Deveria transportar 130 mil passageiros por dia, mas hoje leva apenas 41 mil. Entrou em operação às pressas, em cima da Copa do Mundo de 2014.
Até março deste ano, o secretário das Cidades, André de Paula, ainda tinha esperança de conseguir convencer a Mendes Júnior a terminar o projeto. Mas foi em vão. Agora, o setor jurídico da secretaria prepara a munição para acionar judicialmente a empreiteira. Na secretaria, estão todos de dedos cruzados para que o pregão dê certo e o Corredor Leste-Oeste possa ser retomada.
Fonte: de Olho no Trânsito
Com Roberta Soares
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