terça-feira, 26 de setembro de 2017

BRT Corredor Norte sul - Obras se arrastam a cinco anos e carece de manutenção urgentes e o Governo omisso a sua funcionalidade

BRT no Brasil

BRTs fazem fila para passar na PE-15, nos Bultrins, por conta de buracos / Filipe Jordão/JC Imagem
BRTs fazem fila para passar na PE-15, nos Bultrins, por conta de buracos / Filipe Jordão/JC Imagem

Resultado de imagem para brt no complexo salgadinho olinda
No Corredor Via Livre BRT Norte-Sul, que liga Igarassu ao Recife, obras e descaso caminham juntos. Ao mesmo tempo em que o governo anuncia mais uma etapa do projeto – o alargamento da ponte sobre o Canal da Malária, na PE-15, Complexo de Salgadinho, em Olinda – trechos do corredor, que vem sendo implantado há cinco anos, se deterioram visivelmente. Inúmeras crateras no asfalto, descontinuidade da faixa exclusiva e passeios tomados por mato levam o Norte-Sul a deixar pelo percurso de 32,2 quilômetros os ganhos que o sistema deveria oferecer: velocidade, conforto e melhor acessibilidade.

Mas o projeto ainda inclui outras obras. O alargamento da Ponte Preta, localizada sobre o Rio Beberibe, em Olinda, também começa nos próximos dias, segundo a Secretaria Estadual das Cidades (Secid). E estão em fase de licitação a requalificação dos terminais integrados da PE-15, Pelópidas Silveira e Igarassu.

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“A previsão é de que o TI Igarassu inicie as obras ainda em 2017 e que os serviços nos terminais PE-15 e Pelópidas comecem em 2018, com previsão de um ano de obra e conclusão total do projeto em 2019”, informa a secretaria, por meio de nota.

MANUTENÇÃO

Ao todo, R$ 136,5 milhões já foram investidos no corredor, estimado em R$ 188 milhões, conforme a Secid. Mas apesar do alto custo sua manutenção vem sendo negligenciada.

Nas proximidades da Estação Sítio Histórico, em Ouro Preto, Olinda, o piso dos BRTs (veículos que custam em torno de R$ 800 mil) chega a se arrastar no asfalto enquanto os motoristas tentam driblar as crateras, muitas cobertas por água. Alguns coletivos convencionais que usam a mesma faixa optam por trafegar pelo passeio, que é de terra, para fugir dos buracos, arriscando a vida dos pedestres.

Já os BRTs, que medem 19 ou 21 metros e transportam até 160 pessoas, formam fila para vencer os buracos. Nas imediações da Estação Bultrins, em Jardim Fragoso, Olinda, o cenário também é crítico. “A situação está muito difícil para a gente. Os veículos quebram, a viagem atrasa e aumenta o risco de acidentes porque a gente se mistura com os carros pequenos”, lamenta o motorista de BRT Adalberto Ferreira, 47 anos.

RECLAMAÇÕES

As reclamações dos passageiros vão mais além. “No começo o BRT era mais rápido e funcionava bem. Agora ele atrasa por conta dos buracos, vive tendo assalto e estamos com dificuldade de carregar o VEM (bilhete eletrônico). Aqui mesmo (na Estação Bultrins) roubaram a máquina de recarga e amarraram o funcionário”, conta a vendedora autônoma Crisleide Pontes, 53 anos.

O corredor começou a ser implantado em janeiro de 2012 e deveria ter ficado pronto para a Copa de 2014, mas somente em julho daquele ano passou a funcionar parcialmente. Hoje, opera com 27 das suas 29 estações, oito das nove linhas e 75 dos 126 BRTs previstos. Conforme o Grande Recife Consórcio de Transporte, 66,4 mil pessoas são transportadas ao dia, devendo chegar a 160 mil quando o corredor for concluído.

“A manutenção dos trechos críticos da PE-15 está sendo executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), que iniciou os serviços na última sexta-feira (11/09/17)”, informa a Secid.

fonte: Secretária das Cidades/ Secid 
edição de testo e imagens; Jailson silva

Um comentário:

  1. Esta é a ineficiência que falei na matéria anterior, um sistema caótico e difícil de ser concluído.
    Onde tudo estaria concluído se fosse um corredor segregado eficiente, sem paradas de concreto no meio da via praticamente uma encima da outra.
    No corredor os ônibus correria mas livres e a viagens mas rapidas.
    Esse sistema foi um grande ERRO DO ESTADO NA MOBILIDADE URBANA NO GRANDE RECIFE.

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