Temendo sanções, o Sindicato do Rodoviários decidiu em assembleia pela não suspensão das atividades até que o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) julgue a legalidade das três últimas paralisações da categoria. O julgamento seria realizado às 10h de hoje, mas foi adiado pelo TRT-PE para o dia 18 de setembro. Na manhã desta terça-feira, a maioria dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus presentes votaram contra a paralisação, mas a decisão será ratificada em segunda votação às 15h30. A categoria não está satisfeita com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, apesar de manter o aumento salarial de 10%, reduziu o percentual do reajuste do tíquete-alimentação de 75% para 10%.
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O presidente eleito do Sindicato dos Rodoviários (a diretoria só assume em dezembro), Benílson Custódio, acredita que o aumento salarial de 10% foi uma vitória para a categoria, mas admite que esse é um momento de calma. “Não podemos deixar de reconhecer nossa vitória ao garantir os 10% sobre os salários e ainda queremos o reajuste do tíquete, mas temos que ter cuidado para evitar a ilegalidade do movimento", afirma. A assessoria jurídica da classe aponta o risco dos trabalhadores perderem o reajuste conquistado, caso o processo siga no Superior Tribunal Federal (STF).
O Sindicato dos Rodoviários promete que a luta por melhores condições salariais ainda não acabou. "Em 2015 teremos uma campanha salarial árdua. O reajuste salarial não será decidido apenas pelo patronato, a categoria também irá opinar no percentual recebido de aumento", afirma Genildo Pereira, assessor de comunicação da diretoria eleita.
Em 30 de julho, o TRT-PE concedeu 10% de reajuste salarial e 75% sobre o tíquete. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE) recorreu ao TST e o aumento ficou em 10% também para o tíquete alimentação. A Urbana-PE também divulgou um déficit nas contas do setor de R$ 7 milhões por mês.
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